Alan Capriles

Como acontece com todo vício, a melhor maneira de parar é sendo radical, ou seja, tomando a firme decisão de não fazer mais aquilo. Uma vez que acessar pornografia é o tipo de coisa que uma pessoa faz quando não tem ninguém olhando, uma boa disciplina é só usar o computador quando houver alguém por perto. Quando não tiver ninguém em casa, ou quando todos estiverem dormindo, o computador (e até mesmo o celular) precisam ficar desligados. Este radicalismo é necessário, pois o caso já virou uma compulsão. Os primeiros dias serão os piores, mas depois de uma semana já é possível se sentir relativamente livre do problema. Mas, assim como acontece na disciplina dos alcoolicos anônimos, é preciso se viver um dia de cada vez, e em cada evitar a todo custo o primeiro gole. No caso da pornografia, a primeira olhada. Sendo assim, é preciso apagar todo o material pornográfico que se tenha baixado, pois do contrário a tentação de dar uma espiadinha será ainda maior. É bom também evitar entrar no banheiro com o celular, pois quando se está a sós a tentação é também mais forte. Porém, mesmo que se tomem todos estes cuidados, não posso deixar de dizer que a pornografia atrai espíritos malignos, os quais procuram influenciar a pessoa a continuar consumindo esta porcaria. Portanto, é imprescindível que esta pessoa se converta a Jesus Cristo, confessando seus pecados em oração com sincero arrependimento e passe a fazer parte de uma igreja séria, que o conduza ao batismo e aprendizado da Palavra de Deus. A luz dissipa as trevas. Estou dando um curso que está sendo gravado e publicado na internet, chamado Batalha Espiritual Bíblica. Aconselho que toda pessoa presa a qualquer pecado assista a todos estes vídeos. Espero ter ajudado de alguma forma. Desejando mais orientações, por favor escreva para o meu e-mail: alancapriles@gmail.com Ou, se preferir, podemos continuar conversando por aqui mesmo, a fim de manter seu total anonimato. Deus lhe abençoe!

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Não sei exatamente qual a sua dúvida, mas deixarei que a Palavra de Deus nos ensine a respeito desses assuntos:
“Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Lc 3:16)
“Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo.” (Jo 1:33)
“Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24:49)
“Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” (At 1:5)
“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1:8)
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” (Atos 2:4)
“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.” (At 2:38-39)
“Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus. Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.” (At 8:14-17)
“Quando, porém, comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, como também sobre nós, no princípio. Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. Pois, se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós nos outorgou quando cremos no Senhor Jesus, quem era eu para que pudesse resistir a Deus?” (At 11:15-17)
“Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo. Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João. Disse-lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus. Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.” (Atos 19:1-6)
- Outros vers.: 1 Coríntios 12:8-11 e 1 Coríntios 14:1-5,12-13,18-19,23-28)

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Interessante essa pergunta ter chegado agora, pois na semana passada uma nova igreja começou a realizar cultos quase em frente a nossa, num salão de festas. Mas gostei da atitude do pastor, que veio nos conhecer, explicando que estavam naquele local apenas até conseguirem um lugar mais apropriado. Por mim, eles podem ficar o tempo que precisarem, pois não estão nos incomodando em nada. Talvez fosse diferente se um culto interferisse no outro, como já vi acontecer em outras igrejas. Neste caso, acho que os pastores precisam conversar e, obviamente, o que chegou por último é que deve se adequar, colocando o culto em horário que não interfira no culto da igreja mais antiga. Não é apenas uma questão de ética e de amor ao próximo, mas de temor a Deus, que nos advertiu a que não sejamos motivo de escândalo. Não fica nada bem para o evangelho haver brigas entre pastores, ou igrejas inteiras. Portanto, não vejo problema em igrejas coladas umas nas outras, desde que se respeitem e procurem realizar um trabalho que glorifique o nome do Senhor na comunidade onde se encontram. Por outro lado, vejo que já temos igrejas demais por aqui e o que precisamos não é de mais igrejas evangélicas e sim de mais evangelho nas igrejas. Este sim é o verdadeiro problema.

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Segundo as escrituras cristãs não há distinção entre homens e mulheres no reino de Deus (Gálatas 3:28). No entanto, não podemos ignorar o fato de que o Novo Testamento foi redigido numa época extremamente machista. Ninguém naquele tempo nem sequer imaginaria uma mulher ocupando qualquer posição de liderança. Sendo assim, se Jesus tivesse alguma mulher entre os 12 apóstolos isso teria lhe trazido muitos problemas com a sociedade, o que seria um desgaste ainda maior para o seu ministério. Não obstante, Jesus era seguido e até mesmo sustentado por muitas mulheres, o que indica não haver preconceito algum de sua parte para com elas. Além disso, temos o curioso caso de Priscila, cujo nome é citado (em três passagens) antes do nome de seu marido Áquila, o que provavelmente significa que ela tinha mais proeminência na obra de Deus do que ele (Atos 18:18,26; Romanos 16:3) Alguns evangelhos apócrifos indicam também que Maria Madalena desempenhou papel de liderança em uma das igrejas cristãs primitivas, o que pode até ser verdade. Quando Paulo afirma que o homem é o cabeça da mulher (1Co 11:3) é muito mais provável que ele esteja fazendo uma analogia com o casamento do que uma proibição de que a mulher exerça o pastorado. O contexto não estava se referindo a isso. E quanto ao trecho de 1Coríntios 14:33b-35 (onde as mulheres são proibidas de falar nas igrejas) muitos especialistas em crítica textual asseveram que Paulo não escreveu tal coisa, mas que esse pequeno trecho foi acrescentado à passagem, o que parece muito provável, uma vez que o contexto não tinha nada a ver com esse assunto - e quando se retira esse trecho o texto continua fluindo de onde havia parado, o que praticamente comprova que foi um acréscimo posterior. O fato é que não há proibição de que as mulheres exerçam o pastorado nos escritos do Novo Testamento e sim prerrogativas e atribuições para este serviço - em outras palavras, competência e bom testemunho é algo que nada tem a ver com o sexo.

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Se alguém vê algo de errado na árvore de natal, que não monte árvore de natal. Eu, particularmente, estudei bastante sobre o assunto há alguns anos atrás e não tenho a menor dúvida de que quase todos os símbolos do natal são provenientes do paganismo. Mas isso tem um passado tão distante, mas tão distante, que considero um extremismo improfícuo proibir-se a celebração do natal. Sabemos que Jesus não nasceu em 25 de dezembro e sabemos que nesse dia os romanos celebravam o deus sol. No entanto, parece-me óbvio que, há muitos séculos, ninguém celebra o natal adorando o sol, ou sequer pensando nele. Quanto à árvore, ocorre o mesmo, ninguém monta sua árvore com motivações de uma religião pagã e nem coloca presentes como uma oferenda a Ninrode. E ainda que as pessoas façam hoje festas natalinas mas se esqueçam de Jesus, pelo menos estão se reunindo com a família e demonstrando o amor que deveriam exercer por todo o ano. Não se trata de hipocrisia, mas de uma tentativa sadia de manter os laços familiares, algo que ocorre somente no natal. Além disso, nenhuma outra festividade consegue promover tanto o amor ao próximo quanto o natal. Orfanatos e asilos recebem mais que o triplo de visitas e de doações nessa época do ano - e alguns desses visitantes tornam-se mais assíduos a partir de então. Para mim, o natal é a festa do amor e, como festa que promove o amor, vejo o natal como algo maravilhoso do qual Cristo se agrada. Ainda que Jesus não tenha nascido em 25 de dezembro, é nesta data que o amor de Deus renasce em muitos corações. E, só para lembrar:
"Deus é amor.
Aquele que permanece no amor permanece em Deus,
e Deus nele."
(1João 4:16)
"Todas as coisas são puras para os puros;
todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro."
(Tito 1:15)

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Sei que há pastores que proíbem o namoro e orientam os jovens a tão somente "fazerem a corte", que limita-se a tão somente conversar e, no máximo, dar as mãos. Beijos, de jeito nenhum! Conheço um casal que passou por isso e hoje está bem casado, graças a Deus, mas não sei se isso dá certo com todos. Particularmente, acho a corte um exagero. Às vezes é somente no momento do beijo que um casal percebe que está cometendo um erro. Se o beijo for somente após o casamento, isso será percebido tarde demais... Sendo assim, minha opinião é equilibrada e bastante simples, resumindo-se em duas palavras: decência e propósito. Ou seja, desde que o namoro seja decente e tenha o propósito do casamento, não vejo problema algum em se namorar. Para que seja decente meu conselho é que o casal de namorados jamais esteja sozinho, pois a ocasião é que gera a tentação. Ao mesmo tempo, se não houver propósito de casamento, para que namorar? Isso, no entanto, não significa que todo namoro resultará em casamento, mas significa que ao menos haverá uma motivação correta enquanto durar o namoro.

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Antes de tudo, devo enfatizar que respeito quem pratica a guarda do sábado. Quanto a mim, sigo a orientação de Paulo, apóstolo, o qual escreveu aos gentios (como eu):

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"Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus."
(Romanos 14:4-6)
“Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo”
(Cl 2:16-17)

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O mandamento de guardar o sábado não é ordenado em parte alguma dos quatro evangelhos, nem no livro de Atos, nem nas epístolas, nem no apocalipse. No período neo-testamentário milhares de gentios converteram-se a Cristo. As epístolas que temos na Bíblia foram escritas para eles (exceção para Hebreus). Se guardar o sábado fosse realmente necessário, não é óbvio que Paulo, o apóstolo dos gentios, teria ensinado isto aos novos convertidos? E em At 20:27 Paulo declara nunca ter deixado de anunciar todo o conselho de Deus. Logo, se conclui que a guarda do sábado não é aconselhada por Deus para os gentios, mas trata-se de um pacto exclusivo com o povo de Israel (Confira Ex 31:16,17; Dt 5:1-3,12; Ez 20:10-12).

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Em Atos encontramos ainda uma conclusão contundente a esse respeito, que ocorreu quando a Igreja de Jerusalém precisou decidir se os gentios convertidos a Cristo estariam obrigados a seguir os preceitos judaicos. Primeiro falou Pedro:
"Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram." (Atos 15:10-11)
E depois foi a vez de Tiago que concordou dizendo: "não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus" (Atos 15:19)
E concluíram com a redação de uma carta que deveria ser lida em todas as igrejas gentílicas, a qual nada ordenava sobre se guardar o sábado, mas dizia:
"Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais:
que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde."
(Atos 15:28-29)
Ora, se a guarda do sábado fosse importante para a salvação dos gentios, é óbvio que essa ordenança seria mencionada nesta carta, uma vez que eles nada sabiam sobre a lei de Moisés.

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Mas não julgo quem guarda o sábado. Apenas considero que, para quem está em Cristo, o que vale é "a fé que atua pelo amor" (Gl 5:6). O restante é desnecessário.

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De vez em quando recebo emails de pessoas me perguntando qual igreja é mais certa, se é a Batista, Presbiteriana, Assembléia, Congregacional, Nova Vida, etc, etc, etc... Penso que não existe uma igreja mais certa, e sim a igreja que é mais certa pra você. Todos nós estamos numa jornada espiritual e é evidente que nessa jornada há irmãos mais amadurecidos e outros mais infantis, que ainda precisam de "leite" e de doutrinas didáticas. E não estou me referindo a tempo de conversão, mas a diferença de almas, que é algo misterioso pra mim, mas que é um fato: somos diferentes! Portanto, parei de julgar o que acontece em cada denominação, porque sei que há um propósito para cada igreja, onde as pessoas ali estão porque se sentem bem e não porque foram obrigadas. E se estiverem sendo enganadas por promessas de riqueza, foram atraídas pela própria cobiça e merecem o pregador que as engana. Sendo assim, a igreja certa é a igreja certa pra você. "Dize-me sua igreja e te direi quem és." Agora, se você me perguntar qual igreja é a mais errada, então lhe direi que é aquela onde não há amor. Uma igreja sem amor não é uma igreja de verdade. Fuja de lugares assim.
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros."
(Jesus Cristo - João 13:35)
"Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor."
(1João 4:8)

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Sim, conheço ateus e alguns são até grandes amigos. Minha opinião sobre eles é que, em geral, são pessoas muito inteligentes, dotadas de um senso crítico acima da média. Justamente por isso sentem dificuldade para crer no "deus" que as religiões oferecem, pois esse "deus" não responde suas principais indagações. Obviamente não estou me referindo ao Deus que creio, pois esse está muito acima das religiões e não pode ser contido em dogmas arquitetados pelo homem. O fato é que são as próprias religiões, com seus absurdos em nome de Deus, que aumentam a fileira de ateus ao redor do mundo. Creio que minha empatia pelos ateus reside justamente nessa compreensão que tenho daquilo que os faz serem ateus. Talvez eles não estejam realmente rejeitando a Deus, mas ao deus desfigurado que lhes foi apresentado.

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Foi quando tive que escolher entre seguir meu chamado pastoral ou ser corretor de imóveis na zona sul do Rio. Por mais incrível que possa parecer, a verdade é que na mesma semana em que eu iria começar pra valer no ramo imobiliário eu recebi o convite para auxiliar um pastor em São Gonçalo. Isso foi em 1998, mas até hoje me lembro da aflição em que eu me encontrava. Eu não estava aflito por mim, mas pelo que as pessoas diriam. Algumas haviam investido em mim, pagando o curso para que eu conseguisse tirar o creci. Eu não queria decepcioná-las. Mas o chamado do Senhor falou muito mais forte e eu não pensei duas vezes. Por outro lado, essa foi uma atitude muito difícil porque afetava não somente a mim, mas também a minha esposa e meu primeiro filho, que tinha somente dois anos. Tivemos que renunciar a muitas coisas e, num primeiro momento, deixamos o conforto da nossa casa para morar numa sala dentro de uma igreja.

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Isso não é possível. Engana-se quem diz que aceitou Jesus, mas vive desprezando seus ensinamentos. Aceitar a Jesus nada mais é do que aceitar seus ensinamentos, algo que Ele mesmo esclareceu, tanto por parábolas, quanto de forma clara e direta (Mateus 7:21-27, Lucas 6:46 e João 14:23-24).
O problema é que muitos confundem fé com crença. Uma pessoa pode acreditar que Jesus morreu na cruz por ela, mas isso não basta para que ela seja salva, a não ser que tal crença venha acrescida de fé. Os primeiros cristãos compreendiam a profundidade do termo fé, que significa "estar em sintonia", "harmonizar-se com". Isso é mais do que meramente acreditar. Fé em Cristo, portanto, significa estar em sintonia com Ele, de tal forma que a sua vontade se torna também a minha vontade.
Há, por exemplo, ensinamentos de Cristo que se referem diretamente à salvação e que, se não forem praticados, anulam qualquer possibilidade de vida eterna. Por exemplo, Jesus foi bem claro ao advertir que sem arrependimento de pecados não há salvação (Mateus 4:17 e Lucas 13:3,5) e que se não perdoarmos nosso próximo tampouco nosso Pai nos perdoará as ofensas (Mateus 6:15). Igualmente, se não fizermos do amor uma prática incorreremos no sério risco de nos descobrirmos apartados daquele que é a própria essência do Amor (Mateus 25:31-46, João 13:34-35 e 1João 4:16). Como poderia ser salvo alguém que ainda alimenta seu orgulho, ódio e desprezo pelo próximo? Aceitar Jesus é aprender dEle, que é manso e humilde de coração, é andar nEle, que é o Caminho para a verdadeira vida (Mateus 11:28-30 e João 14:6).
A igreja precisa urgentemente consertar esse equívoco teológico, que faz separação entre a pessoa de Jesus e seus ensinamentos, e retornar à sua verdadeira missão, que é fazer verdadeiros discípulos de Cristo, ensinando-lhes a obedecerem tudo o Senhor nos ordenou (Mt 28:19-20).

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Muitos talvez não saibam, mas a verdade é que não há títulos eclesiais no Novo Testamento. O que hoje chamamos de título (apóstolo, bispo, pastor, diácono, evangelista) para os primeiros cristãos era entendido como uma função, um serviço, uma responsabilidade. Se pesquisarmos o nome dos apóstolos, bispos e pastores do NT veremos que eles não vem precedido de título algum nas Escrituras. Ou seja, Pedro, apesar de ser apóstolo, não era chamado de "Apóstolo Pedro" e Timóteo não era chamado de Pastor Timóteo, apesar dele exercer o pastorado. O mesmo ocorre com todos os outros. O fato é que não existem títulos no reino de Deus, apenas funções diferentes, com diferentes responsabilidades. Abaixo de Deus somos todos iguais, somos apenas irmãos, como nos ensinou Jesus (Mateus 23:8; Marcos 10:42-44) Particularmente, não faço questão de ser chamado de pastor. Para mim basta-me a certeza de que sou chamado por Deus para o pastorado. Somente a insegurança de seu chamado faz com que alguém exija ser chamado de pastor pelos homens. Quanto à falta de respeito, ela só ocorre quando a motivação é maligna. Por exemplo, se alguém deixa de chamar um verdadeiro pastor de "pastor" com a intenção de menosprezá-lo tal atitude é desrespeitosa, pois sua motivação é má. Como não me cabe julgar, pois só Deus conhece as intenções do coração, só me resta esperar que não haja inveja ou qualquer outra atitude negativa naqueles que não me chamam de pastor.

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