Uma vez ocorreu quando tirei uma nota razoável que me fez deixar em dúvida sobre a exatidão da mesma, não querendo permanecer aflito e desconfiado de um possível erro da professora, e acima de tudo desejoso de saber a verdade e não permitir que ele estivesse cometendo uma injustiça com um aluno exemplar como eu , contidamente fiz uma pergunta com uma voz estável e pausada, porém com o evidente e angustiante vontade de esclarecer o que tivesse de ser esclarecido
"Professora, você tem certeza que corrigiu essa prova direito?"
Questionei ciente de que estava certo de reivindicar meus direitos , além de esperar humildade suficiente da professora em reconhecer que ela estava errada mesmo diante de uma postura de profissional livre de qualquer descuido que a pudesse fazer cometer uma falha, mas acabei surpreendido por altos risos do meus colegas de classe, que se entusiasmaram a gargalhar diante de um considerado"abuso" de um aluno como eu tão quieto e não muito questionador, e logo em seguida, emudecida com uma expressão nada agradável de quem possivelmente não estava nenhum um pouco satisfeita com minha indagação inesperada, a tal professora em questão se levantou da cadeira onde estava sentada corrigindo o restante das outras provas, e se dirigiu lentamente a porta da sala de aula, a abrindo, e fazendo com seu dedo, um gesto indicando o caminho para onde eu deveria traçar: o do corredor, fora daquele recinto, que até então ela acreditava dominar, mas foi contrariada pela intimidadora presença de um senhor como eu.
No fundo, acho mesmo que ela não se importou muito com a pergunta em si, mas sim com o fato de eu ter me referido a ela usando o pronome "você", e não "Senhora", como todos não devemos utilizar como um aforma mais respeitosa de falara com alguém que merece respeito(ou nem tanto), mas pensando bem, chamar-la de senhora poderia soar como uma ofensa também levando- se em consideração o fato dela está em uma idade bem avançada, onde não seria necessário alguém ficar lembrando o tempo todo que ela já uma senhora, e diga se de passagem, uma senhora nada conservada.
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