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Os princípios da escola austríaca de economia são aplicados atualmente no seu país de origem? Se sim, quais são seus resultados? E se não, por que isso acontece?

Não.
Por que nenhum político aplica princípios que diminuíram o poder deles, aumentaria a prosperidade e dificultaria ganhar o eleitorado com promessas baratas, como subsídio em eletrodoméstico? Além da ignorância (são poucos, até entre os economistas, que são adeptos das ideias austríacas em todo o mundo, o que dizer daqui do Brasil), nenhum político e nenhum burocrata vai querer perder tanto poder para o "livre mercado". Sem contar que, mesmo que os políticos soubessem e acreditassem nas ideias da escola austríaca, quem votaria neles além de uma meia duzia de gatos pingados? As ideias da escola austríaca não tem nenhuma popularidade entre o eleitorado. Defender isso seria suicídio político.
-Acton

A economia de livre mercado é irrefutável? Pq até agora, praticamente de todos os debates que já participei, nunca vi um anti-mercado conseguir sair sem falácias.

Não, o livre mercado, como qualquer instituição humana, é imperfeito, e portanto pode e deve ser criticado. Ele só é melhor do que as opções.
Infelizmente, a média de quem se propõe a debater contra o livre mercado são pessoas que não conhecem os argumentos pró-livre mercado e, muitas vezes, nem alguns argumentos dos contra o livre mercado.
-Acton

Sobre as manifestações em sp, os libertários querem a privatização dos transportes coletivos, mas como haveria concorrência nesse mercado? no metro haveriam mais de uma linha fazendo o mesmo trajeto?

Poderia até existir dois túneis paralelos, mas eu acho muito difícil. É mais provável que exista competição entre diferentes modalidades de transporte: ônibus (e diferentes empresas de ônibus), metrô, carros, balsas, monotrilho, taxi, vans e deus sabe o que vão inventar. A competição pode ser entre diferentes meios de transporte. E essa é a maravilha do mercado: ninguém é capaz de prever o que vão inventar para resolver o problema. São as pessoas, com os incentivos certos, que terão a oportunidade de resolver o problema, e não um grupo restrito de burocratas sofrendo pressão de quem já está no mercado.
-Acton

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Os libertários no Brasil possuem um partido que os represente? Se não, qual o partido que mais se aproxima das ideias libertárias?

Por enquanto, existe o Liber, que ainda não foi oficilizado e precisa alcançar 500 mil assinaturas para poder concorrer as eleições. Segue o link: http://libertarios.org.br/liber
Também existe o Novo, que está na mesa situação que o Liber, mas com mais assinaturas e mais próximo de se oficializar. Apesar de alguns libertários apoiarem ele, o Novo não é um partido abertamente libertário.
Dos partidos que existem atualmente, nenhum tem bandeiras muito próximas das libertárias. Nós defendemos algumas bandeiras que a esquerda defende (casamento gay, liberação de drogas etc), e alguns deputados dizem defender bandeiras de liberdade econômica, mas nada perto do que os libertários defendem (um deputado do PSC até mandou uns questionamentos pro Banco Central, como o artigo abaixo relata: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1178)
-Acton

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O que quer dizer a frase: "capitalismo não é um jogo de soma-zero"?

Que todos os que participam do mercado ganham nele. Se você faz uma troca, é porque você acha vantajoso trocar X por Y. Se não achasse, não trocaria. Isso não vale só pra dinheiro e objetos, mas pra qualquer coisa na vida.
Claro que algumas vezes você se engana, isso se chama prejuízo. MAs o próprio prejuízo é um mecanismo pra você aprender e não errar na próxima.
Vídeos pra entender melhor:
1) http://www.youtube.com/watch?v=dN_mdLiz3fMCafeMises’s Video 49463734025 dN_mdLiz3fMCafeMises’s Video 49463734025 dN_mdLiz3fM
2) http://www.youtube.com/watch?v=6qKqmQ7HWsgCafeMises’s Video 49463734025 6qKqmQ7HWsgCafeMises’s Video 49463734025 6qKqmQ7HWsg
3) http://www.youtube.com/watch?v=JGfpgAz3el0CafeMises’s Video 49463734025 JGfpgAz3el0CafeMises’s Video 49463734025 JGfpgAz3el0
Ass: João Locke

Privatizar uma Estatal sem abrir e desregulamentar o mercado é apenas uma troca de monopólio? Seria uma criação de um corporativismo?

Seria sim, a criação de mais um monopólio, se fosse sem abrir o mercado. Se houvesse regulamentação (no sentido de haver uma agência reguladora), provavelmente acabaria como um oligopólio. O ideal é abrir o mercado e deixar quem quiser concorrer concorrer.
E eu acho que o termo "criar um corporativismo" é meio torto, e seria mais ou menos um corporativismo. Eu vejo mais corporativismo como uma aliança entre o setor privado e o estado. Nesse caso seria só o estado privatizando vendendo a estatal pra alguém, que possivelmente, ai sim, seria um corporativista.
-Acton

Vocês podiam responder algumas questões mais complicadas aqui com vídeos, facilita o entendimento (:

Agradeço a sugestão! Vamos ver se mais pra frente (quando tivermos mais moderadores, em especial) fazemos isso! Mas normalmente, já postamos vídeos de outros lugares, como o youtube, que acredito eu que ajude a entender!
Agradeço, novamente, a sugestão!
-Acton

Sobre o Passe Livre?

(Essa é uma resposta geral sobre o Passe Livre. As perguntas sobre o tema enviadas serão respondidas com o tempo. Agradeço)
Não existe Passe Livre, assim como não existe almoço grátis. O Passe Livre é uma ilusão. Alguém vai pagar pela passagem. A ideia de fazer com que o estado pague todas as passagens de ônibus é ilusória, porque somos nós que financiamos o estado com os impostos. Pior: dado os custos, o estado vai recorrer a impressão de dinheiro, que vai gerar inflação, que sempre afeta mais os mais pobres.
Depois, se o serviço for de graça, os incentivos para usar o serviço de maneira racional desaparecem. As pessoas vão pegar ônibus para todo o tipo de trajeto. Um trajeto que hoje uma pessoa faria a pé, porque o custo-benefício é muito baixo, ela vai passar a fazer de ônibus porque é de graça. Isso significa ônibus mais cheio, necessidade de mais investimento na frota, mais custos etc
Deixo o vídeo do Milton Friedman sobre almoço grátis para explorar mais a questão:
http://www.youtube.com/watch?v=bSnoOJ0EiOcCafeMises’s Video 49454874633 bSnoOJ0EiOcCafeMises’s Video 49454874633 bSnoOJ0EiOc
-Acton

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Qual a diferença entre a economia keynesiana de bem-estar social e a economia planificada? A economia keynesiana seria uma versão mais branda da segunda?

Sim, porém não exatamente. A principal diferença que gera várias outras é que ela é intrinsecamente um capitalismo intervencionista, e por isso possui um grau de liberdade econômica elevado em relação a economia planificada, mesmo estando longe do ideal do livre mercado. O keynesianismo também copia vários aspectos da economia planificada, como por exemplo o bem-estar social e o assistencialismo.
-Roth

A Crise de 29, afinal, foi ou não uma crise do Liberalismo? Se não, numa sociedade de amplo livre mercado, como nunca se teve, existe a possibilidade de crise?

Não, não foi uma crise do liberalismo. Já existia bastante intervencionismo na época, e depois do Crash da Bolsa, aconteceu uma pequena recuperação até o governo se meter e aprofundar a crise. Eu sugiro a leitura do Livro "O mito da Grande Depressão", do Rothbard, no Instituto Mises Brasil. Existe alguns outros artigos lá e no Portal Libertarianismo sobre o tema. Indico um aqui: http://www.libertarianismo.org/index.php/academia/artigosnovo/1277-se-o-livre-mercado-realmente-funciona-o-que-explica-a-crise-de-29
Sobre a possibilidade de crises no livre mercado: elas poderiam acontecer, com menos força e mais curtas das que acontecem hoje em dia. Como o argumento de muitos libertários sobre a crise econômica se pauta na existência do Banco Central, eu vou deixar uma palestra em inglês, sem legendas (infelizmente), sobre crises pré-FED, do excelente Thomas Woods. Peço desculpa pela ausência de legendas e ausência de mais exemplos:
http://www.libertyclassroom.com/panics/
-Acton

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Existe miséria em Hong Kong?

Existe. Em parte é gente que fugiu da China porque a miséria de Hong Kong é melhor que as condições de vida da China, ou as perspectivas são melhores. Mas em que lugar não há miséria?
-Acton

o que é socialismo

É uma sistema econômico em os os meios de produção são controlados coercitivamente pelo estado e que não possui um mercado privado, e por isso o realocamento racional de recursos não existe (leia-se tragédia dos comuns, http://www.youtube.com/watch?v=Up7klPvGyWYCafeMises’s Video 46675490825 Up7klPvGyWYCafeMises’s Video 46675490825 Up7klPvGyWY) devido a ausência do cálculo econômico. Recomendo uma leitura do "Uma Teoria do Socialismo e do Capitalismo", de Hans Hermann-Hoppe (http://www.mises.org.br/files/literature/TeoriaSocialismoCapitalismo.pdf).
-Roth

http://ask.fm/CafeMises/answer/38073872393 Ainda assim, deveria haver a determinação de um salário mínimo?

Não, pois assim haveria desemprego por haver a a imposição de um custo mínimo para empresários, sendo que nem todos podem arcar com ele. O resultado seria a demissão de trabalhadores inexperientes e que não produzem o suficiente para arcar com o novo custo mínimo.
Ele também impede que trabalhadores inexperientes entrem no mercado por não serem capazes de produzir o equivalente necessário para se obter lucro acima do salário mínimo.
-Roth

Qual foi o governo americano mais libertário?

Nunca existiu um governo libertário na história dos EUA, mas existiram vários governos que se aproximavam do ideal libertário, durante o período pós-independência até 1913. Muitos desses governos não foram libertários pois realizavam várias políticas que contrariavam o ideal, como por exemplo o intervencionismo militar na América Latina.
-Roth

Que tipo de "politicagem" é o SINDICALISMO?

É quando um grupo de determinada profissão se une e começa a pressionar o governo para criar regulamentações e benefícios a seu favor, o que acaba gerando desemprego, queda na concorrência e a dificuldade de novas pessoas ingressarem no mercado. Mas também ocorrem casos em que certos sindicatos fazem acordos com empresas, gerando monopólios e oligopólios e danificando o resto do setor daquela profissão.
-Roth

Por quais obras devo começar a ler para entender bem o pensamento Libertário da Escola Austríaca?

Eu sugeriria a tríade clássica: As Seis Lições, do Ludwig von Mises, A Lei, Do Bastiat, e O Caminho da Servidão, do Hayek
Mas também é interessante ler antes - especialmente se você for um economista - o livro "A economia austríaca", do Huerta de Soto
Depois da tríade, sugiro ler o Ação, Tempo e Conhecimento, do Ubiratan Iorio
Todos estes livros estão disponíveis aqui: http://www.mises.org.br/Ebooks.aspx?type=99
Depois, o mundo é a sua ostra. Se você quiser entender mais de economia austríaca, você pode ler o Ação Humana (tem no link acima) ou ler os Princípios de Economia Política do Carl Menger (tem aqui: http://www.libertarianismo.org/index.php/biblioteca/31-carl-menger/62-principios-de-economia-politica)
E ainda tem o Mises Institute, lá dos Estados Unidos, que tem excelentes livros sobre a Escola Austríaca, mas em inglês, incluindo uma biografia do Mises, vários livros do Hayek, do Mises e de libertários mais novos. E também um guia de estudo para o Ação Humana, altamente recomendado. Segue o link: http://www.mises.org/Literature
-Acton

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como o libetarianismo pode acabar com a desigualdade social?

Acabar eu não acredito que acabe, e talvez possa até aumentar. Mas o importante é que todos fiquem mais ricos: se os ricos ficarem mais ricos e os pobres mais ricos do que eram, os dois saíram ganhando.
Eu acredito que as desigualdades iriam diminuir, porque muita das regulações estatais beneficiam os ricos (quem ganha mais do estado: os pobres com o bolsa família ou os rico com empréstimos do BNDES?). Além disso, várias regulações que impedem ou dificultam a competição - desde o estabelecimento de oligopólios, como é o caso dos onibus, até leis que aumentam em muito os custos de abrir uma empresa - dificultam o progresso econômico e o enriquecimento de todos, inclusive os mais pobres.
Eu sugiro que você acompanhe e leia os textos do blog "Capitalismo para os pobres" ( http://www.capitalismoparaospobres.com/ ), e sugiro que você leia/assista os seguintes textos/vídeos:
http://www.libertarianismo.org/index.php/academia/artigosnovo/1294-o-livre-mercado-ignora-os-pobres
http://www.youtube.com/watch?v=LryfamQhFZwCafeMises’s Video 49045156617 LryfamQhFZwCafeMises’s Video 49045156617 LryfamQhFZw
-Acton

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Qual e a função do estado para um liberal ???

Depende de quanto liberal a pessoa é. Temos os "liberais sociais" ou os ordoliberais que aceitam algum papel social do governo, desde distribuição de renda, saúde e educação - não necessariamente administrados pelo estado -, temos os minarquistas que defendem que o estado cuide apenas da justiça e da segurança até aqueles que argumentam que o estado é uma milícia violenta e monopolista e deve ser extinto.
Frederico Bastiá

Libertários costumam ser contra ou a favor da pena de morte? E da diminuição da maioridade penal?

Não há consenso quanto a pena de morte. Alguns acreditam que, da mesma forma se A rouba B, então B tem o direito de ser ressarcido da mesma forma + uma multa, então se houver um crime contra a vida o assassino deva perder a sua também. Outros acreditam que essa pena possa ser transformada em uma multa em prol dos seus familiares. Mas isso só poderia ocorrer em tribunais privados. Quanto a isso, acredito que o único consenso é que o estado não deve ter o poder supremo de matar pessoas.
Quanto a maioridade penal, normalmente os libertários são a favor da diminuição da maioridade penal para 1 dia de nascido. Alguns argumentam que o ideal é algo em torno dos 10 ou 12 anos.
Frederico Bastiá

Se o governo não punir quem discrimina mulheres, negros e gays (afinal, segundo alguns libertários, "cada um é livre para pensar e dizer o que quiser de quem quiser"), os direitos conquistados por tais grupos não serão ignorados?

Acreditamos que homens, mulheres, negros, amarelos, vermelhos, verdes, brancos, heteros, gays e poligâmicos são indivíduos e cada um é igual perante a lei, sem direitos a mais ou a menos.
Entendemos que existem pessoas preconceituosas aos montes e é direito de cada um pensar e dizer o que quiser e de quem quiser, desde que não ocorra ameaça ou violência física. Mas isso não quer dizer de devamos ser coniventes com isso. Os próprios processos de mercado e o boicote funcionam muito bem.
Frederico Bastiá

Como seria a emissão de papel-moeda numa sociedade de livre-mercado sem um Banco Central? O papel-moeda seria um produto como qualquer outro, entregue ao mercado e a concorrência? Como isso funcionaria?

Exatamente. E como em qualquer processo de mercado as melhores moedas sobreviveriam.
E claro, imaginamos que as moedas mais confiáveis seriam aquelas lastreadas 100% por algum metal como ouro, prata ou platina.
Hoje mesmo existe uma moeda 100% privada, disponível no mundo todo e digital: o Bitcoin
O livro Desestatização do dinheiro de Hayek está disponível gratuitamente no site do IMB: http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=57

O que é sabidamente imoral ou prejudicial não deve ser proibido ou regulado pelo estado? Se sei que faz mal e causa danos à sociedade, pq não proibir? P/ ter mais gente se ferrando e ferrando os outros? Prostituir-se, dirigir bêbado e fazer propaganda de cigarros ou cervejas não deve ser ilegal?

Não, porque cada pessoa é proprietária do próprio corpo. Só você deveria ter o direito de decidir o que você vai fazer com o seu corpo, contanto que isso não agrida os outros. Afinal, quem melhor do que você para tomar as decisões sobre você a sua vida? E, se podemos proibir substâncias que fazem mal ao corpo, porque não poderíamos proibir opiniões que fazem mal a mente?
Ainda: que drogas deveriam ser legalizadas e quais permitidas? Algumas drogas que são 100% legais podem ter efeitos devastadores sobre as pessoas e podem levar ao vício.
E não esqueça que os efeitos da guerras as drogas são devastadores e os resultados, mínimos. (http://www.libertarianismo.org/index.php/academia/artigosnovo/1322-a-guerra-as-drogas-e-mais-imoral-do-que-o-uso-delas)( e ainda existem muitos outros artigos e vídeos sobre o tema) Talvez seja bom lembrar que durante a Lei Seca nos Estados Unidos, que ilegalizou todo o tipo de bebida alcoólica, o comércio de bebidas alcoólicas acabou na mão das máfias. Quando a lei foi revogada,as grandes empresas puderam assumir a produção e, consequentemente, a máfia perdeu espaço.
Agora, existe um consenso de que se uma ação de um indivíduo faz mal a terceiros, ela deve ser proibida. Se a propaganda está neste ramo, é extremamente discutível (existem artigos tanto no Portal Libertarianismo quanto no Instituto Mises Brasil sobre o tema, mas eu recomendaria especialmente o livro do Mises "The Clash of groups of interest", já que no segundo artigo do livro ele trata do tema). Sobre prostituição, eu recomendo que você leia o livro Defendendo Indefensável, que tem um capítulo dedicado a isto (tem de graça no IMB). Por último, sobre dirigir bêbado, existe um debate: a maior parte dos libertários é contra a lei seca (especialmente nos termos atuais), porque você não deveria ser capaz de punir alguém baseado na possibilidade de ela cometer um crime, já que a única razão para proibir alguém de dirigir alcoolizado seria o risco de acidentes. De acordo com a maioria dos libertários, a pessoa deveria responder caso causasse um acidente. Mas, por outro lado, se em um sistema de ruas privadas, como proposto pelos anarcocapitalistas, o dono da lei quisesse proibir pessoas alcoolizadas de dirigir, ele poderia (e eu acredito que a maioria proibiria). (Essa questão da lei seca já foi dissertada de forma melhor aqui: http://ask.fm/CafeMises/answer/40643264009)
Eu vou terminar essa resposta com uma pergunta clássica entre os libertários:

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O que é sabidamente imoral ou prejudicial não deve ser proibido ou regulado pelo

O libertarianismo prega o relativismo moral? Aborto, eutanásia, uso de drogas e casamento gay são permitidos pq "cada um faz o que quer com seu corpo" ?

Questão complicada. Acho que a vasta maioria dos libertários acham que o seu corpo é sua propriedade, então se você quer destruir usando drogas, ou qualquer coisa do tipo, tá liberado. A questão do aborto é sempre polêmica entre os libertários, já que alguns veem o feto como uma vida, e portanto abortar seria matar alguém, enquanto outros veem o feto como um parasita e não uma vida independente, e portanto a mãe poderia escolher sobre a vida do "filho" (particularmente, apoio a primeira visão, mas é minha visão pessoal).
Sobre eutanásia, se a pessoa é proprietária do corpo e da vida e quer acabar com a própria vida, mas não é capaz, não há nada de errado em outra pessoa voluntariamente aceitar matar a pessoa incapaz de tirar a própria vida. Acredito eu que não existam muitas divergências nesse caso entre os libertários.
O casamento gay, novamente, é um contrato voluntário entre duas pessoas. Então, não haveria porque os libertários se oporem. Parece justo que se uma instituição decide não aceitar o casamento gay, ela não é obrigada a realizar um (ex.: a igreja católica). Mas ela não tem nenhum direito de proibir que outra instituição reconheça o acordo entre os dois. Alguns libertários, inclusive, seriam a favor de o estado não interferir no casamento de maneira alguma, então a questão não seria legalizar o casamento civil gay, mas simplesmente abolir a burocracia para reconhecer que duas pessoas estão unidas.
Mas não é uma questão de "relativismo moral", é uma questão de reconhecer que você nem ninguém não tem o direito de interfirir em um contrato entre duas pessoas (ou o mal que uma pessoa causa a ela mesma) se ele é voluntário e não te agride (aqui sim, existem muitas divergências de o que é considerado agressão ou não e existem muitos debates)
-Acton

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[só como comentário, não há necessidade de publicar]: desculpe pela minha "pressa" na resposta à pergunta sobre keynes e o keynesianismo, não sabia da "alta demanda" que vcs têm. compreendo perfeitamente e mais uma vez me desculpo. grato!

Sem problemas, estamos nos adequando à ferramenta

Pra que serve um Banco Central?

Principalmente, para emitir a moeda do país (mas é a casa da moeda que imprime. É mais ou menos como uma editora que manda produzir uma nova edição de um livro, mas é a gráfica que imprime) e controlar a política monetária, ou seja, alterar taxa de juros, vender papéis para controlar a quantidade de moeda estrangeira no país. Também é importante citar que eles são responsáveis de "regular" algumas coisas sobre banco e resgatar bancos em últimos casos.
Sò aproveitando a deixa: o maior problema dos Bancos Centrais são que eles podem imprimir dinheiro de forma irresponsável se o governo precisar para financiar os gastos do estado - apesar da teórica independência do Banco Central. Isso gera inflação. Além disso, eles também são um dos principais agentes na hora de se criar uma bolha, manipulando a taxa de juros (o que também se dá criando mais dinheiro, mas na forma de números no computador dos bancos), e claro, resgatam os bancos falidos, quando um bom liberal é a favor de deixar o banco afundar.
-Acton

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Language: English