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Irmandade Druídica Galaica

Havia realmente Druidas e Druidesas na Galiza?

Sim.
– Primeiro por lógica geográfica: O território galaico nunca foi uma excepção no seu entorno sócio-cultural Atlântico-Europeu, com o que leva interagindo e tendo uma relação directa desde o período Megalítico. Porém, a cultura céltica e a sua religião, elemento coesionador fulcral, também não foram estranhos. Dentro dessas expressões de espiritualidade aparecem já os Druidas e Druidesas, figuras de saber e poder pan-Célticas.
– Segundo pela existência nos âmbitos religioso, espiritual, filosófico, comportamental (psicológico), cultural, etnográfico, folclórico e lendário galaico de elementos claramente célticos (isto é, em consonância directa com outros territórios célticos), chamados normalmente de “pré-romanos” como eufemismo.
– Terceiro pela existência de epigrafia documentando o conhecimento e presença de tais figuras, nomeadamente na Gallaecia Bracarensis. Por exemplo, inscrições mostrando a evolução do termo proto-Céltico:
druwid- “sacerdote, druida” (cf. Matasovic)
durwid- (metátese de /r/ em contacto com /u/ ou /w/, cf. Matasovic s. v. *tawr-)
durbid- (cf. PIE *tawr- > PClt *tarw- > OIr. tarb “touro”; esta última evolução dá-se também na inscrição
a MARTI TARBUCELI, de Braga, AE 1983, 562).
E posteriormente a forma galaica durbed- [de aí posteriormente Durvate] surgida seguramente a partir dum étimo dru-weyd-
Algumas inscrições conhecidas são:
D(IS) M(ANIBUS) S(ACRUM) / POS(UIT) IULI/A QUTI FI/LIO IULIO / FAUSTO {A} / AN(N)OR(UM) XXXIII / ET DURBE/DI(A)E NEP/TI SU(A)E CA/RISSIM{E}/IS MEIS (Vigo: HEp-15, 00307)
CELEA / CLOUTI / DEO D/URBED/ICO EX V/OTO A(NIMO) [L(IBENS?)] (Guimarães: AE 1984, 00458)
LADRONU[S] / DOVAI BRA[CA]/RUS CASTEL[LO] / DURBEDE(NSE) [H]IC / SITUS ES[T] / AN(N)O/RU[M] XXX(?) / [S(IT) T(IBI)] T(ERRA) L(EVIS) (AE 1984, 458)
Onde DURBEDIE é um antropónimo feminino, é dizer, Druidesa (Druwidyā), DURBEDE um lugar nalgures perto de Braga (druwidī), e DEO DURBEDICO um epíteto “ao deus dos druidas” ou “ao deus druídico” (Druwid-ik-).
– Quarto pela constância em período histórico de, alo menos, dous Druidas devidamente “convertidos” em Bispos:
Primeiramente Prisciliano (S. IV), assassinado pelas suas “tendências pagãs” já que defendia, entre outras cousas, a igualdade entre mulheres e homens, a abolição da escravidão, o direito ao casamento de membros do clero, a utilização da dança e música nas liturgias, o animismo, o contacto com a natureza e celebração de liturgias nela, o emanacionismo, etc. Mas a influência Priscilianista perdurou por muito, e a sua figura é vivamente lembrada até época actual.
Em segundo lugar Mailoc (S.VI), líder espiritual e político da colónia britã estabelecida no norte da Galiza por emigrantes célticos que abandonaram a Ilha de Bretanha (actual Grã-Bretanha) e Armórica (actual Bretanha continental), fugindo das invasões germânicas. O seu legado e o da sua Comunidade ainda perdura nessas zonas do País.

Latest answers from Irmandade Druídica Galaica

Bom dia, ha algum tipo de "rezo" ou bem-vinda que lhe devamos dar a um menino que acava de nascer? Algum ritual específico galaico que conheçamos? Sim, vamos ser pais :)

Olá! Parabéns! :)
Antes de mais nada as nossas desculpas pela demora em respondermos esta pergunta. Por algum motivo não foi recebida a notificação automática e passou-se algum tempo.
Bom...
Os ritos de "boas-vindas" (assim como os posteriores ritos que marcam um passo de idade) podem variar (por vezes depende de o/a Durvate que possa oficiá-lo), mas normalmente procura-se um entorno natural de significância para os pais onde o mais importante é estabelecer um vínculo entre a criança, os pais, a Natureza e os ancestrais.
Assim, se um/a Durvate não pode estar presente, os pais deverão primeiro "chamar à paz" aos quatro pontos cardinais e procederem, depois, a pronunciar algumas palavras onde ratifiquem o seu compromisso de responsabilidade e protecção, e que incluam os elementos antes nomeados.
Também não é estranho dar à criança um outro nome (alcunha) não-oficial que faça referência a algum elemento da Druidaria, embora isto seja totalmente opcional.
Para mais informações personalizadas contactem sempre a IDG em idg@durvate.org

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Tenho entendido que os druidas eram os "líderes" ou "chefes" (a falta de palavras melhores), mas também ouvi que só andavam "de passo", não fixados a um grupo, viajando em pares...

É certo que os antergos Druidas e Druidesas eram figuras de autoridade em muitos campos, como na filosofia, medicina, direito, etc (e religião, claro). Destacavam claramente sobre o resto da população a nível intelectual e talvez isso mais que nada era o que lhes permitia receberem esse título. Pelo que é sabido seguramente ostentavam um poder político de facto sobre os reis e príncipes celtas, algo compreensível pois eram as figuras de referência do saber, "eruditos" e "conselheiros", cuja voz tinha peso, e actuavam também como diplomatas entre tribos e reinos na resolução de conflitos.
Assim, era comum que na sua formação e trabalho peregrinaram e se deslocaram com mais frequência que nenhum outro membro das suas comunidades. Certo é que se deviam ao seu clã, mas a troca de informação e esse relacionamento entre toda a Céltia era algo absolutamente fulcral (e constatável).
Não temos informações, aliás, de se sempre viajavam em companhia ou não, ou em que número. Achamos que dependeria da situação e circunstâncias.

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Há algum livro ou obra escrita que recolha a mitologia galaica que recomendedes especialmente? Ou algum livro para a mitologia céltica? Desde que era novo estudeis mais os mitos nórdicos. Sei que as mitologias europeias são muito semelhantes entre elas e mesmo sincréticas, mas queria concretar aquí.

Olá! Deixa-nos comentar primeiro a segunda parte da tua mensagem ;) É certo, muitas crenças nativas europeias apresentam semelhanças, e no caso da Europa Atlântica a mitologia nórdica – ainda que diferente à céltica – tem elementos em comum com a nossa, embora não acreditamos que se produza um “sincretismo”.
Sobre leituras que tratem com a mitologia galaica talvez botamos em falta uma grande obra que a “resuma” de forma didáctica, mas é possível fazer-se uma boa ideia – desde um ponto de vista académico - lendo as obras de Blanca G. Fernández-Albalat (quase impossíveis já de comprar, mas disponíveis em algumas bibliotecas públicas e universitárias) ou Rosa Brañas. É também muito recomendável, e uma leitura mais ligeira sobre a nossa mitologia tradicional, o 'Dicionário dos seres míticos galegos' (livro algo caro mas de edição ilustrada cuidada; ainda se pode encontrar em boas livrarias).
Podes ver os detalhes destas obras e algumas mais na nossa web: http://recursos.durvate.org
No referente a mitologia céltica em geral (não exclusivamente galaica), há duas obras "clássicas" que nunca está de mais revisar: o 'Dieux et Héros des Celtes' ou 'Celtic Gods and Heroes' de Marie-Louise Sjoestedt (edição original francesa de 1940 e 1949 na primeira edição inglesa, mas ainda reeditado até o ano 2000, que é a edição que se pode comprar), e o 'Celtic Mythology' de Proinsias MacCana. O problema é se não podes ler em inglês porque, cremos, não foram traduzidas a outros idiomas... O segundo pode ser especialmente complicado de encontrar, mas o primeiro é relativamente fácil (e barato) em internet, afortunadamente.

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Falando das estações do ano... Não era que os celtas só tinham inverno e verão? Porquê celebrar o "Equinócio de Primavera" e similares?

A pergunta tem muita lógica. Pois é, existia uma grande divisão anual em duas metades, mas esta era principalmente simbólica, entre a "época escura" (Giamos, que começa com o Magusto) e a "época luminosa" (Samos, que começa com os Maios). Portanto, não se podem considerar estações propriamente ditas, pois era bem sabido que a mudança de clima e luz começava antes destes momentos, mas era aí quando se faziam totalmente patentes (entre outras cousas).
Há indícios de que numa primeira época havia três estações no sentido meteorológico, acoplando o Outono dentro do Inverno, mas em verdade o modelo que se impus foi o de quatro estações. Ora bem, as estações célticas cobriam épocas diferentes do ano às que estamos afeitos/as agora, e estavam associadas às grandes celebrações religiosas. Assim, o Inverno começa com o Magusto (Samhain; em Novembro), a primavera com o Entroido (Imbolc; em Fevereiro), etc. Estas eram as quatro celebrações principais do ano, e as que realmente marcavam o ritmo da vida, no religioso e no civil.
Porém, com o seu amplo conhecimento de astronomia, sabiam perfeitamente dos equinócios e solstícios, e embora sendo celebrações secundárias também eram tidas em conta e incorporadas à "roda do ano". Assim, não é estranho que esta data do 20 de Março fosse a "meia primavera" (pois realmente já começara em Fevereiro com o Entroido, ou que a Festa dos Lumes (24 Junho) fora o "meio verão", etc.
O problema que nós encontramos com isto tudo é que, sabendo quais são as principais e quais as secundárias, podemos ter problemas com a terminologia, pois é impossível saber como se chamava, por exemplo, este equinócio da "primavera"... Sabemos outros nomes, mas neste caso é só conjectura, e antes de inventarmos uma falsidade preferimos usar algo que seja reconhecível para todos/as, como é o nome "primavera".
Seja dito, isso sim, que estamos cada vez mais inclinados a usar os termos de "meia-primavera" e similares. A investigação e aprendizagem conjunta na nossa cultura e religião continua, e isso também é maravilhoso :)

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Olá. Na última entrada do blogue falades das Nove Virtudes. Gostaria realmente de saber quais são essas noves virtudes para a Irmandade e uma breve explicação, se puidera ser, sobre cada uma. Sou ciente de que pode ser muito, mas gostaria muito de saber mais. Um abraço.

Olá! Achamos que a filosofia e ética da Druidaria baseia-se em três eixos principais: responsabilidade, honra e compromisso. Daí derivam os 9 Compromissos e, como complemento, as 9 Virtudes.
É tudo bastante simples de compreender pois evocam princípios básicos de como uma pessoa deveria se guiar para encontrar o seu próprio caminho assim como a melhor forma de se relacionar com outros/as. Se enumeramos os 9 Compromissos, ou aspectos nos que o indivíduo deve pôr-se "mãos à obra", na sua execução e defesa, temos:
Compromisso com a Natureza – Compromisso com a Humanidade – Compromisso com a Paz – Compromisso com as Raízes – Compromisso com a Liberdade – Compromisso com a Independência – Compromisso com a Espiritualidade – Compromisso com o Conhecimento – Compromisso com a Verdade.
Se os Compromissos é onde um deve se envolver, as Virtudes são as formas ou as ferramentas de "como" fazer isto:
- Honorabilidade: Algo fulcral, claro, pois pouco é mais importante na cultura celta que a honra. A tua palavra é o que vales; o que dizes, o que fazes, é como és visto/a, a tua integridade.
- Justiça: Tentar sempre ser uma pessoa justa e equânime, e actuar em consequência mesmo se isso pudera ir contra dos teus interesses.
- Lealdade: Às ideias, às pessoas. Se tomas partido, cumpre a tua parte até o fim. Não é questão de "seguidismo cego", mas de não trair nada e ninguém por uma circunstância passageira ou interesseira.
- Valentia: Muita vezes é difícil perguntar a pergunta certa, ir ao sítio indicado, fazer o que deve ser feito... O valor, a força, para levar isto tudo a cabo pode ser complicada de encontrar, mas há que lutar contra o medo que turva o nosso pensamento e acção.
- Generosidade: Oferece, dá, partilha sem perguntar, e outros/as farão o mesmo contigo criando uma rede de abundância.
- Hospitalidade: Fundamental na cultura celta, até o ponto de o Deus da Morte (Berobreo) acolher-te na sua casa de braços abertos e sorriso no rosto, pois é também o Deus da Hospitalidade! Trata os teus hóspedes o melhor que poidas e oferece o melhor que tenhas (nada mais galego que isso! ;) ).
- Humildade: Que não falsa humildade. Tens que ser consciente do que és e do que não és. Aproveita o que sabes, o que podes, contribui, mas reconhece os teus limites a admite quando não sabes ou podes.
- Sabedoria: Escuta, estuda, aprende, adquire experiência. Analisa, sente, compara. Nunca é suficiente. A verdadeira sabedoria não chega de repente e sempre é possível fazer melhor as cousas.
- Eloquência: Que há de bom em ser uma grande pessoa se não podes contribuir ao teu Clã? Que egoísmo guardar o saber e não partilhar com os teus? Mas para isso tens que ser quem de articular um discurso, ser didáctico/a, elegante, persuasivo/a se tens razão. Deixarias uma má ideia ou injustiça triunfar porque alguém é capaz de a expressar melhor?
Aguardamos ter podido ajudar.
+info: http://durvate.wordpress.com/druidismo/ :)

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Bom dia! Há algum tipo de guia ou ajuda para levar a cabo algum tipo de ritual ou ofrenda?

Olá! Normalmente fazemos indicações do significado das datas relevantes e possíveis oferendas, e até algum texto que pode ser usado em rituais, nos nossos artigos (www.durvate.org). Realmente não dispomos de um "livro" ou "manual" ao respeito.
Se tens algum tipo de pergunta concreta sobre algum ritual podes contactar-nos em idg@durvate.org, pois informações específicas de culto são habitualmente transmitidas em privado (como fazemos com os/as nossos/as Caminhantes). Ficaremos gratos/as de resolver qualquer dúvida.

Olá! Parabéns pola iniciativa. Eu, sem saber ainda se há algo escrito ao respeito porque há pouco que conheço à irmandade, gostaria de saber qual é a vossa visão global sobre a morte e o rito funerario. Entendo que se crê na reencarnação e em que há que vivir com honradez e paixão mas há que temer?

Obrigad*s nós pelas perguntas!
A nossa visão da morte é que, em consonância com o resto da Druidaria, esta não supõe um fim, mas uma continuação. De facto, pode ser vista como uma realidade mais abrangente, enquanto esta vida é um espelho, parte só dessa realidade mais completa. Atenção, o que vivemos é bem real e importante, mas não é tudo, embora é o que há que fazer agora.
Também, como em muitas tradições druídicas e muito presente na cultura popular galaica, acreditamos que a alma pode transmigrar em liberdade dum ente físico a outro. Falamos disto na nossa web de perguntas frequentes - http://faq.durvate.org - assim como das diferenças com o que habitualmente se diz sobre a reencarnação por influência oriental, que é diferente à visão druídica, onde por exemplo não se acredita no "karma".
Em resumo, tudo isto entra a formar parte desses aspectos da Natureza que ficam num espaço mais escuro, não por sobrenaturais (não acreditamos nesse conceito), senão simplesmente fora do nosso alcance directo, e que completam as peças do enormemente complexo universo no que vivemos, sempre em estado de fluir permanente.
Temer? O medo à morte é perfeitamente normal, mas como crentes podemos dizer que podemos sentir apreensão do momento mesmo da morte e as possíveis circunstâncias que nos levem a ela, não do depois, onde ficaremos nas boas mãos de Berobreo. E mesmo assim, um pode se preparar para esse intre de trânsito, tanto desde um ponto de vista religioso como estritamente psicológico.
Sobre o rito funerário este é importante para muitas pessoas, pois marca um passo onde há que fazer o difícil esforço de encarar a lógica tristura do momento no deleite das bondades de quem já marchou. Na nossa tradição, e para quem quiser, existe o velório do corpo mediante o rito religioso do "Avelhão", seguido de cremação, "festa funerária" e cremação de cinzas. Acreditamos que este ciclo completo pode ajudar à pessoa na sua viagem.

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Por que “Galaica” e não “Galega”?

Quando se fala de adscrição territorial as formas “galega” ou “galego” são associadas frequentemente só ao território actual da denominada “comunidade autónoma de Galicia” [sic]. Mas tradicionalmente o termo galaico – principalmente dentro do campo dos estudos célticos – abrange bem à antiga Gallaecia céltica como mesmo ao Reino Galego medieval, que ultrapassam com muito os limites actuais da tal comunidade autónoma.
Para a IDG, então, o termo galaico transcende esses limites administrativos, e fai referência a territórios não-oficialmente “galegos” mas que partilham connosco língua, cultura, história e, de forma sobranceira baixo o nosso prisma, uma espiritualidade comum. Assim, o campo de acção da IDG é a actual Galiza, Norte de Portugal (com extensão matizada além Douro até o Mondego) e zonas limítrofes orientais da Galiza onde seja solicitada voluntariamente a presença ou atenção da IDG.
É por isto, por exemplo, que na tradução ao inglês ‘galaico’ vire "pan-Galician" (pan-Galego).

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Que representa o logótipo da IDG?

O nosso logótipo representa a união entre um símbolo Druídico moderno reconhecido por todos e todas os e as crentes da Druidaria no mundo, e um símbolo céltico também muito conhecido, mas desta vez na sua variante galega. O primeiro é o Awen, os três “pauzinhos” (em verdade raios) verdes. O segundo é o tríscele ou xabúcia azul.
Awen significa inspiração em galês (como Imbás em irlandês), e é o nome desse símbolo – criado no S.XVIII – representando três raios de luz que caem de acima. O número três é de grande importância na Druidaria pois toda realidade é percebida em tríades, sejam deidades, os três passos do Sol (alvorada, meio-dia e sol-pôr), os três Reinos clássicos (Terra, Água e Céu), os três componentes do ser humano (corpo, mente e espírito), as três estações clássicas (primavera, verão e inverno), as três etapas da vida (nascimento e infância, maturidade e plenitude, velhice e morte), etc.
O tríscele ou xabúcia é um símbolo sagrado comum em muitas culturas arredor do mundo desde a mais remota antiguidade. No caso galego também encerra o significado da tríade antes nomeado, com atenção aos três passos do Sol, que caminha pelo Céu: morre e renasce sem fim, de Oeste a Este, do mundo dos mortos ao dos vivos, e volta a começar (de aí o sentido de giro no que é representado). O tríscele na Galiza tem sempre um papel protector, benéfico, de ajuda e guia mesmo no trânsito ao Além (sentido de giro de Este a Oeste nesse caso).
As cores verde e azul foram escolhidas por representarem Terra (verde), Água e Céu (azul), onde os mesmos raios viram verdes na sua descida nessa complementaridade e comunicação entre todos os elementos. São, aliás, as cores da psique céltica tradicional, associadas à protecção, boa sorte e bons agoiros, fartura, beleza e esperança.

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Existe algum livro ou escritos sagrados?

Não. Na Druidaria não existem livros sagrados, nem escrituras reveladas, nem ordens gravadas na pedra. O que prima na Druidaria – como em geral na cultura céltica – é o pluralismo, embora tendo uma série de princípios filosóficos, éticos e crenças comuns. Os livros sagrados levariam a Druidaria a uma excessiva rigidez e detalhe à letra. Os escritos, como esta página, são vistos unicamente como vias de comunicação e transmissão de certos conhecimentos. Como curiosidade dizer que toda a tradição druídica antiga era eminentemente de carácter oral.

Language: English