É errado uma pessoa querer parar de pecar não por amor a Deus, mas por querer ter mais autocontrole? Isso é orgulho?
Não é um erro moral; é um erro de apreciação.
Parar de pecar é um bem. A ação de abster-se do mal é boa em si. Desejá-la é, a princípio, um bem. Porém...
Aquilo que está por trás dela pode corrompê-la. O que a motiva?
Nós somos tendentes ao bem, de modo que querer o bem e evitar o mal é natural.
Porém, como estamos desordenados, é comum que optemos pelo mal, mas sempre visado sob o aspecto de bem.
O desejo pelo próprio bem pode ser distorcido, gerando o orgulho. E o orgulho - um amor combativo e demasiado de si mesmo - pode motivar atitudes que são boas se vistas de modo neutro mas que instrumentalizadas reforçam o mal. É o caso de quem quer ser superior moralmente por orgulho. A superioridade moral como sucedânea da superioridade física ou da intelectual é uma das falcatruas mais clássicas do amor próprio.
Eu falava de erro de apreciação. Com isso eu queria dizer que, embora o desejo de parar de pecar nos pareça como um bem, ele é, na prática, impossível. Daí que desejar algo impossível não é das coisas mais inteligentes. Sem Deus, nada feito. Veja, é possível abster-se deste ou daquele pecado em específico. Basta desenvolver as virtude cardeais e muita da desordem comum já se vai. Porém, o homem não é capaz de, por sua própria força, se tornar bom. Ele precisa de Deus pra isso.
Parar de pecar é um bem. A ação de abster-se do mal é boa em si. Desejá-la é, a princípio, um bem. Porém...
Aquilo que está por trás dela pode corrompê-la. O que a motiva?
Nós somos tendentes ao bem, de modo que querer o bem e evitar o mal é natural.
Porém, como estamos desordenados, é comum que optemos pelo mal, mas sempre visado sob o aspecto de bem.
O desejo pelo próprio bem pode ser distorcido, gerando o orgulho. E o orgulho - um amor combativo e demasiado de si mesmo - pode motivar atitudes que são boas se vistas de modo neutro mas que instrumentalizadas reforçam o mal. É o caso de quem quer ser superior moralmente por orgulho. A superioridade moral como sucedânea da superioridade física ou da intelectual é uma das falcatruas mais clássicas do amor próprio.
Eu falava de erro de apreciação. Com isso eu queria dizer que, embora o desejo de parar de pecar nos pareça como um bem, ele é, na prática, impossível. Daí que desejar algo impossível não é das coisas mais inteligentes. Sem Deus, nada feito. Veja, é possível abster-se deste ou daquele pecado em específico. Basta desenvolver as virtude cardeais e muita da desordem comum já se vai. Porém, o homem não é capaz de, por sua própria força, se tornar bom. Ele precisa de Deus pra isso.