@FabioPauper

† Fábio Silvério φ

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"Verdade é a correspondência entre a idéia e o que é." Conhece as teorias deflacionárias da "verdade"? Recomendo aos leitores estudarem Frank P. Ramsey, Willard Quine, Donald Davidson. Verdade tem mais a ver com de como se usa as proposições do que com metafisica.

"Verdade tem mais a ver com de como se usa as proposições do que com metafisica". E isso é verdade? E a verdade disso depende do modo como se usam as proposições?
Qualquer teoria que diga que a verdade não é adequação cai em contradição.

É contraditório fazer adoração ao Santíssimo Sacramento no sacrário após ter comungado na Santa Missa, já que nos tornamos Sacrário também?

É um pouco. E é por isso que a Igreja não recomenda muito que haja adoração como extensão da Missa. Mas isso não ocorre porque temos Jesus no Sacrário, mas porque O temos na alma. A finalidade principal da Santíssima Eucaristia é ser comungada.
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Fábio, você acha que o rock faz mal à alma de um cristão?

Caro, depende do Rock. Se você quiser saber os argumentos mais correntes que embasam a visão de certos religiosos contra o Rock, leia o livro do Pe. Labouche, Bach e Pink Floyd: http://musicaeadoracao.com.br/recursos/arquivos/diversos/bach_floyd.pdf
Eu gosto de Rock, principalmente o Metal Sinfônico. Há vários tipos de Rock, e eu penso que a coisa chega num extremo em que deixa de ser música. Mas, quanto a um rock que seja verdadeira arte, eu particularmente não vejo tanto problema. Geralmente se advoga que o rock inverte a ordem hierárquica dos elementos musicais - ritmo, harmonia e melodia - e que isso provoca desordem na pessoa, fazendo-a concentrar-se, ora no corpo, ora nos afetos, etc. Eu acho o argumento meio furado. Essas coisas têm sentido, mas se assim fosse, teríamos de ablir todas as músicas infantis, por exemplo, pois o ritmo delas é por vezes o elemento de destaque.
Eu penso que essas idéias contra o rock servem mais para as músicas religiosas e litúrgicas. Mas se considerarmos, por exemplo, as músicas judaicas, há nelas um ritmo bastante acentuado. E eu creio que Jesus muitas vezes as cantou. Ademais, nem todas as músicas devem expressar êxtase, enlevo. Pegue uma música medieval, que instigava os soldados à guerra: crês que ela obedecia essa gradaçãozinha de que se fala?
Elementos de energia, revolta, raiva, etc. são partes essenciais de uma personalidade humana sadia. Os santos foram pessoas às vezes bastante enérgicas - muito diferentes dos anêmicos que hoje são pregados. E se se quer expressar essa energia, essa detestação do mal numa canção, como ela deve ser? Gregoriano?
Enfim, acho que cabe aí o bom senso. Penso que se deva evitar de todo rocks "rasgados" - que, como eu falei, deixam de ser música -, rocks satânicos e assemelhados. Também acho que a pessoa deve se abster de rocks veadáticos, como Restart, Fresno, e teletubices similares. Mas há bom rock, e muita arte nele, e apreciá-la não faz mal.

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esse anón das locuções, apesar de ser chato pra caralho, me fez mudar de ideia em certas posições. ele me disse umas loucuras que agora vejo que fazem sentido. gostaria de poder conversar com ele. saberia dizer quem ele é?

Não sei. Fica aí o convite.

Fábio, a verdade sempre é objetiva? Se há países que usam a pena de morte e outros não, qual julgamento é justo, ou seja, qual justiça é verdadeira?

Verdade é a correspondência entre a idéia e o que é. O determinante é a coisa, isto é, o objeto. Então a verdade é objetiva. Do contrário, ela seria invenção, criação, e não verdade. Dizer que a verdade é subjetiva sempre leva a aporias.
Agora, há verdades que nos ultrapassam, e a respeito dessas haverá discordâncias entre os sujeitos. Uns terão maior alcance, e outros, menor.
Sobre a questão da pena de morte, há que se considerar muita coisa: a compreensão da dignidade humana, o conhecimento da própria constituição humana - se é corpo e alma ou só corpo - e, portanto, a afirmação ou negação de uma vida póstuma, as idéias de punição/recompensa também póstumas, a gravidade do delito, as contingências do caso - se é possível o sujeito ser detido ou não, etc.
Uma sociedade materialista, como é a nossa, já se exclui então de entender qualquer coisa minimamente. Só uma sociedade tradicional, em que esses conhecimentos estejam preservados, é, portanto, capaz de julgar com mais acerto. Como, no entanto, algumas dessas verdades escapam à simples apreensão natural humana, é preciso aderir-lhes por fé, e aqui foi-se a evidência. Logo, serão objeto de discordâncias. Mas, mesmo assim, propostas destoantes não podem estar ambas corretas sob o mesmo aspecto.
Eu advogo que seja correta a concepção cristã.

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Qual sua opinião a respeito do neotomismo? Qual pensador que considera mais importante desta escola?

nanaddaf’s Profile PhotoNathaniel Naddaf
Eu não os li muito, mas eu penso que o Cornélio Fabro tem uma importância fundamental por ter "redescoberto" a questão do Esse, que é mesmo o ponto central do tomismo. Segundo ele, logo depois da morte de Tomás, a coisa começou a desandar pra um essencialismo, o que o deixava mais similar ao aristotelismo.

Qual o lugar da mística no catolicismo romano?

Tentemos definir a mística mais ou menos como o contato vivencial das realidades referidas pelo símbolo doutrinal. Assim, a mística é uma culminância da doutrina, mas não é uma culminância estritamente necessária - pelo menos não nessa vida. Por cá, o justo vive pela Fé. Mas esta Fé, que é um conhecimento obscuro, é obscuro justamente porque há, já, num âmbito inconsciente, um contato. São João da Cruz diz que a Fé não é treva, mas luz excessiva, e que, por ofuscar, assemelha-se-nos psicologicamente à treva. Mas só o faz porque entra em contato conosco. A mística se daria quando este contato torna-se consciente.
Isso ocorre nas fases avançadas da vida espiritual - tecnicamente, a partir das quartas moradas do Castelo Interior. Nessa fase, como anda devidamente purificada daquilo que era mais grosseiro, a alma desenvolve uma sutileza que lhe permite notar algo do que se lhe ocorre. E, nessa fase, as ações de Deus tendem, algumas vezes, a "escorrer" da parte superior da alma até onde os sentidos o percebem e a consciência o divisa. Como isso configura uma experiência, é necessariamente individual. E como isso se dá para além das vivências ordinárias que inspiram a linguagem humana, é também irreferível a não ser alegoricamente.
Na vida de Fé, é preciso entender que a linguagem está a serviço da realidade. E esta Fé deve nos dispor para a fruição dessas realidades. Se não for assim, caímos num verbalismo. Então, há um aspecto que é coletivo - o doutrinal-linguístico - e há um aspecto que é forçosamente individual - o caminho por dentro do símbolo. Esta distinção é o que São João da Cruz chamava de notícia-substância. Para alcançá-la, é preciso simplificar a alma, readquirindo uma inocência de tal modo que a linguagem não funcione como mediação - e portanto distância - entre si e o real. Esta inocência permite a tomada de consciência do fundamento de tudo o que é, e que nunca esteve fora. Se, como diz São Paulo, em Deus existimos, nos movemos e somos, não é preciso ir a algum lugar, mas apenas curar-se da cegueira. Isto, obviamente, se dá com o auxílio divino: "Senhor, que eu veja!"

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Tem milagres no islã também......

Se considerarmos que um sinal de reticências serve para continuar veladamente um significado, sendo um tipo de extensão semiapofática, espécie de ofuscamento gradiente, e que, na medida do crepúsculo semântico, os contornos conceituais dão lugar a uma abrangência que carece de limites e permite a apreensão intuitiva do todo, dois sinais de reticências, se bem meditados, podem talvez servir para tornar-se um meditativo, um místico de trevas, e alcançar Prajna.

Como provar a veracidade desses milagres?? Me dê uma luz?

Ué. Leia o que diz a ciência a respeito deles. A resposta é sempre a mesma: não entendemos. As causas de tais fenômenos não são naturais. Estão com certeza acima da natureza. Velho, hoje em dia, duvidar de milagres e da existência do sobrenatural é coisa de desinformado ou de desonesto. O sobrenatural é um fato!
Vê aquelas experiências de quase morte em que as pessoas não apenas viam coisas do outro lado, mas viam eventos que ocorriam neste mundo, em lugares adjacentes de onde estava o seu corpo, e simultaneamente à morte clínica. Daí, quando retornados, eles podiam contar o que haviam visto e aquilo tudo era confirmado pelos presentes.

Como a irmã Lúcia mesmo disse, Deus, por pura liberalidade, aumentou a eficácia do Rosário. Esses grupos de Rosário onde Nossa Senhora aparece são fervorosos e persistentes. São milhares deles, intercedendo dia e noite. Existem grupos que nem imaginamos, por exemplo o da Valentina Papagna etc. etc.

A Irmã Lúcia disse isso aí, foi?

Se a intercessão dos santos é essencial para q ocorram alguns milagres, isso implicaria dizer que sem ela certos milagres não aconteceriam, mas isto implicaria dizer que Deus teria sido convencido a praticar aquele milagre, o que contradiz a natureza de Deus já q Ele é imutável?

A intercessão não é essencial. Deus faz milagre quando quer. Às vezes, Ele quer que intercedam para poder agir. Mas se Ele não quiser agir, nem todos os santos do mundo são suficientes. Ao mesmo tempo que Ele pode agir sem que ninguém peça. Deus é infinitamente livre.

Se Deus é onisciente por que Ele espera que algumas pessoas interceda por outras pra que certos milagres aconteçam? Ele sendo eternamente bom, sábio e misericordioso não deveria já intervir quando algum filho seu precisa, antes mesmo da intercessão de outros? (por exemplo, a intercessão de um santo)

Ele quer que nós nos ajudemos, nos amemos, etc. Ele quer que precisemos disso. Só assim estaremos abertos ao amor d'Ele. É uma condição: "como amar quem não vejo se não amo quem eu vejo?" Nós todos somos membros uns dos outros. No estado decaído, nós nos vemos como um pé que não precisa do joelho, etc. Mas isso é uma ilusão. A cura passa pela conscientização da nossa necessidade dos outros e da necessidade dos outros de nós.

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