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Poesia 39.

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Ela
Estava mais velha
Mais amarga
Menos cuidadosa
E com olheiras graciosas
Ela
Era uma mulher nobre de sentimentos
Intensa nas emoções
Amável
Ela
Foi embora
Voltou dias depois
Carregava um olhar cansado
E poucas falas
Parecia ter ido e se transformado no caminho
Claro isso seria muito possível
Pois é comum que as pessoas mudem nos seus caminhos
Culpa dos tropeços, da maldade
Mas a vida nunca lhe deu garantias
E por tal coisa ela ria
Parecia tirar vantagem de tudo que lhe havia sido tirado
A juventude, as boas transas, o vinho francês,
Ela era a mulher mais segura mesmo em meio toda insegurança
Era ela, mulher.
Andréia Freire.
Poesia 39

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Poesia 38.

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Seus olhos molharam-se de repente
Sabíamos que esta seria nossa ultima tempestade
Que depois não haveria mais “nós”
Nenhuma afinidade
Em alguns segundos partiríamos
Sem deixar nem ao menos uma metade
Ficaríamos finalmente a sós
Distantes e não apenas por quilômetros de algumas cidades
Mas por opção própria
Por uma escolha amarga
Que queimaria nossos estômagos
Por longos dias
E finalmente náufragos
Nos acostumaríamos
Com toda ausência
E algum outro barco iria nos salvar
Estava tudo planejado
E esqueceríamos o que era amar.
Andréia freire.

Poesia 37.

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Seu jeito azedo era sinônimo de saudade
Acendendo um cigarro, parecia exausta
E realmente estava, já que eu estava de volta
Ela sabia que eu não ficaria nem ao menos dois dias
Me oferecia um café, um cigarro
E fazia questão de esquecer que eu odiava os dois
Mas eu não à culpava, ela já fazia a caridade de me receber
Mesmo sem o sorriso de antigamente
Ela nunca perguntava o porquê das minhas idas e vindas
E eu nunca me preocupei em explicar
Éramos dois seres paralelos
Mas mesmo assim dormíamos juntos toda noite em que eu me fazia presente
Ela me aceitava do jeito que eu era
E eu a amava com toda sua saudade,
Enquanto ela negava sentir.
Andréia Freire.
Poesia 37

Poesia 35.

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Procurei teus sinais
Por toda cidade
Em meio há tantos delírios mentais
O farol estava vermelho
Os carros parados
Tudo parecia tão paralelo
Por um segundo
Meus olhos visualizaram a simetria
Dos seus lábios
Cada pequena linha
E seus olhos vazios
Se assemelhavam a rua
Onde apenas os vadios sonhadores perambulavam
Guiados pela sombra da lua
Vadios que amavam
Vadios que não desistiam da luta
Vadios que dançavam, afrontavam, refutavam e pouco agradavam
Vadios e prostitutas
Que outrora fomos nós
E hoje somos apenas pó
Mas ainda assim vejo teus sinais
Em todas coisas que não somos mais.
[ Andréia Freire ]
Poesia 35

Poesia 34.

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O corredor continha retratos
As fotografias me lembravam
Tantos atos falhos
Feitos por duas pessoas que diziam que se amavam
Uma delas era eu
A outra era ela
Eu era uma Julieta, que não queria um Romeu
E ela era tão bela
Que logo ao ouvir as primeiras palavras ditas por ela
Eu sabia que seria aquela pessoa a escolhida
Não por mim consciente, mas por toda energia que me rodeava
Que me atrai até aquele ser
Em meio a janeiro estávamos juntas
Era tanto o amor, que assustava
Éramos adultas
Duas mulheres que se amavam
Mas por um motivo desconhecido em setembro
Ela nós separou.
Andréia Freire.
Poesia 34

🌸 Indico:

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Novamente estou fazendo uma listinha de indicação, as pessoas abaixo citadas, tiveram grande criatividade e coerência nas respostas que foram dadas as minhas perguntas e além de tudo foram gentis e muito participativas.
Faço essa listinha para você que procura bons perfis e pessoas interessantes pra seguir, encontrem com mais facilidade.
Aqui estão:
@EveehCarine
@miilemotta00
@piesnotguys
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@dreamyAlly
@TotoNicky
@Muppers
@higinogiane
@Bruna26Santos
@Cauanigabidebona
@anazann
@MaryOliveira501
@BielAndradeS
@solandremary
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@Themysterioussweetgirl
@iziddl
@atraem
@mykaelldyovane
@SouUmaZumbi
@BiaDanadynhaPixel
@MariyFm
♡ Fico imensamente grata a vocês por fazerem parte daqui.

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Poesia 33.

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Há muitas mulheres solteiras no mundo
E não há problema em estar solteira
O problema esta situado nos olhos de grande parte da sociedade
Que impõe a felicidade romântica como única
Veja bem, se você é mulher, você sabe
Há cobranças diárias
Desde a segunda-feira chuvosa até o domingo de sol
E sabe, que não cabe
Há ninguém dizer como você deve viver sua mocidade
Ou a mais velha idade
Se você é mulher, você sabe
Que é boa o suficiente pra fazer o que quiser
Fazer chover
Fazer florir
Se preencher
Absorver
Bendizer
Amaldiçoar
Estar
Onde quiser
Com sua própria companhia
E toda pura calmaria [ ou euforia ]
O que você não pode
É não poder
Deixar de saber
Deixar de viver
Porquê você é mulher e mulher
Foi feita para ser o que ela quiser ser
Flor ou espinho
Apenas mulher.
Andréia Freire.
Poesia 33

Poesia 32.

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Bebemos nosso café
Frente a frente
Fingimos não nos conhecer
Tão descontentes
Por não haver mais mesas
Ele ainda carrega o meu pingente
Como se ainda carregasse uma parte minha
Junto de seu corpo
E parece um complô do universo
Moramos na mesma rua
Decoramos os mesmos versos
Gostamos das mesmas músicas
Lemos os mesmos livros
Fizemos tantas juras
De amor eterno
Mas não nos olhamos mais
E a poesia explica sem delongas
O que um dia foi amor
Hoje é a falta dele.
Andréia Freire.
Poesia 32

Poesia 31.

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Ele não tinha uma tevê
Nem tão pouco um rádio
Não lia jornais
Saia pouco de casa
Ele não sabia dos sequestros
E nem do fracasso da economia
Não sabia das catástrofes ambientais
E nem dos assaltos
Do avião que caiu
E nem das pessoas que morreram
Ele é totalmente desinformado
Ele podia
Mas não queria saber
Porquê dessa forma ele alcançava a alegria
E sua vida fluía
em meio todo mal que desconhecia
Não saber foi a forma mais eficaz
que ele arranjou de se proteger
do mundo e das pessoas que o destruíram
Por longos anos
e que hoje nenhum contato mantinha
E assim estava por inteiro
Imerso na alegria.
Andréia Freire.

Poesia 30.

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Ele teima em existir
No desentendimento entre o tempo e o espaço
E neste exato momento
Seus pensamentos estão a colidir
Entre seus medos e suas vontades
E o tempo faz
Tic - tac
Tic - tac
Ele queima
Ele sofre
Por simplesmente não querer sofrer
Mas ele sofre por ter ansiedade
E teima em não querer sofrer
Mas sofre
Sem nem ao menos perceber.
Andréia Freire.
Poesia 30

Poesia 29.

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Era uma mulher azul
Diante de um mar azul
Era uma mulher azul
Que sentia azul
Sonhava azul
Falava azul
Dormia em seu lençol azul
Com as paredes pintadas de azul
E seu cabelo azul
Era uma mulher muito conhecida
Principalmente entre os poetas
Dentro dos poetas ela vivia
Nas palavras ela fazia moradia
Mulher esta que chamamos por: Melancolia.
Andréia Freire.
Poesia 29

Poesia 28.

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Era um homem pequeno
Em um cidade pequena
Mantinha
Pequenos vícios
Pequenas virtudes
Mas
Almejava a grandeza
[ Não pense em riqueza ]
Almejava sentir grandes emoções
Mas em seu interior sentia medo
Então se tornava cada vez mais pequeno
Um pequeno borrão
Um pequeno homem
Tão,
Tão,
Tão,
Pequeno
Que vez e outra deixava de existir
Por ter um medo tão grande de se ferir.
Andréia freire.
Poesia 28

Poesia 27.

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Na lua não existem propagandas
Que obrigam alguém comprar coisas que não deseja usar
Mas ela é um outdoor de sonhos
Que temos a honra observar
Na lua não existem pessoas
Nem magoas
Talvez habite nela muita poesia
Por ser livre
Por estar em paz
Distante de tanto caos
Nas pessoas há tão pouco da lua
Mas elas gostariam de flutuar até lá
Andréia Freire.
Poesia 27

Poesia 26.

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A gente sempre pensou que tudo ia melhorar
Nada melhorou
Não nos impomos contra o tempo
Passamos a criar
Paranoias
Descuidamos dos gerânios
Que plantamos no inicio da primavera
O frio, a geada o fizeram murchar
Não replantamos nosso jardim
Faltou-nos o perfume
Do alecrim
Nenhuma planta veio a brotar
E tão cansados que estávamos por falta de amar
Definhamos.
Andréia Freire
Poesia 26

Poesia 25.

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Você que anda tão distraído
Tentando distrair suas incertezas,
Rindo e tentando achar algum ponto médio de tristeza
Para não se afogar por completo
Você que olha para o nada e pensa o mesmo
Porque não procura o que lhe falta?
Eu sei, é tudo tão distante
Mas você esta ficando cada vez mais longe de si mesmo
E isso não esta se tornando algo bom,
E você bebe e se torna inconsequente
Mas esses tragos, só estão aumentando seus estragos interiores
E seu silêncio esta machucando todos que o ouvem
Porquê suas palavras sempre foram tão lindas
E hoje só se ouve o vazio
O seu vazio
Que deixa vazios espalhados por onde passa.
Andréia Freire.
Poesia 25

Texto 7.

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Acredite, não é possível aceitar alguém pela metade, não é suportável, (talvez seja por um curto tempo, um tempo de esperança ) não é suportável pelo fato de que alguém esta se dando por inteiro, se machucando, ferindo a si próprio para se encaixar nas fendas sórdidas da outra pessoa, que por algum motivo desconhecido não quer/pode se entregar e tentar se encaixar em todo o outro ser, que esta ali pedindo ‘Me ame.’ , mas amor não se pede, por isso e por tantos outros fatos não é possível aceitar ser uma metade de alguém, ter apenas uma metade de alguém ou somos por inteiro, ou somos feridos.
Andréia Freire.

🌸 Participe.

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🌸 Sobre o perfil:
Aqui posto apenas fotografias, poesias, textos e notas, escritas todas de minha autoria.
Envio perguntas diariamente, perguntas de punho filosófico e reflexivas.
Vez ou outra envio links de atualização das minhas paginas, peço que participe, caso contrario irei parar de seguir seu perfil.
Também divulgo os ''melhores'' seguidores, para que se conheçam.
🌸 Meu perfil pessoal: @AcidPoetry
🌸 Para participar:
Curta esta resposta.
Visite e curta minha pagina no Facebook: https://www.facebook.com/XXefemeroXX
( Caso você não use o Facebook, me avise. )
Dê respostas coerentes com as perguntas que envio.
Não é necessário que me envie perguntas.
É necessário que curta as atualizações sempre que eu avisar.
🌸 Visitarei seu perfil logo após você curtir aqui, e lhe avisarei se estarei seguindo.

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Poesia 23.

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Você foi, certa vez, suficientemente forte para viver sozinho
Mas quiseram lhe impor que só existe felicidade a dois
E buscou compreender, vivenciar essa felicidade
Pouco tempo durou, logo em seguida lhe vinha o amargor de perder a liberdade
Se tornava mais uma vez infeliz
Mas já era tarde, os caminhos eram todos pares
E você tão impar.
Andréia Freire.
Poesia 23

Poesia 22.

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Outros olhos
Outros cabelos
Outra mobília
Era seu quarto romance
Amélia, estava decidida
Este seria seu ultimo romance
Sua ultima tentativa, estava exausta
Todas as mulheres que amava a deixavam
E por tal coisa ouvia comentários como:
Que tal tentar com um homem?
O que a deixava aborrecida, pois os homens não a interessavam
Pareciam crianças implorando, esperneando por doces e ela era amarga.
Andréia Freire.
Poesia 22

Poesia 21.

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Eu não compreendia porque ele ainda estava ali comigo
Foram tantas decepções que lhe causei
Mas ele permanecia e seu amor era imenso
E meu amor por ele... tardio.
Eu sou uma grande confusão, falei
Ele abaixo a cabeça como quem ironizava as minhas palavras
São tempos difíceis, e você não é fácil, ele disse
Pensei comigo mesma, que aquilo era um fato verídico
Mas meu amor é forte e preciso de você, completou
Então percebi a sorte que eu tinha
Porquê os meus amores passados não resistiam
E ele insistia em estar e lutar contra meus monstros interiores
Me trazendo sopros de vida.
Andréia Freire.
Poesia 21

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