Qual a necessidade de dá respostas desse tamanho? Ninguém vai entender nada, bicho.
ah, cara, acho que são várias coisas, né? primeiro que eu sou uma pessoa insegura, não gosto de dar resposta contundentes ou com margem demais pra serem mal-interpretadas, então uma resposta longa me permite não apenas diluir a minha opinião como detalhar melhor as coisas que me levaram a essa opinião. um “não” soa definitivo e contundente, mas um “não…” seguido de duas páginas explicando exatamente o porque desse não e como eu, claro, reconheço que o “sim” também é uma resposta válida, me deixa mais seguro de que eu consegui dizer mais ou menos o que eu queria e de que uma pessoa que firmemente acredita que “sim” não vai tentar me envolver numa longa e confusa discussão
outro aspecto, eu acho, tem a ver com o fato de que, por ter um problema de fala, eu não sou uma pessoa capaz de concatenar meus pensamentos de maneira muito coerente quando estou dizendo as coisas ao vivo, já que a gagueira me faz estar sempre evitando palavras, travando em certos momentos, preferindo abreviar o argumento ao invés de levar ele tão longe quanto eu gostaria. daí, quando eu tenho a oportunidade de escrever eu acabo tentando, de alguma maneira, compensar isso usando o espaço da maneira mais livre que eu conseguir. basicamente a minha incapacidade de ao vivo dizer apenas um “não” é mais um motivo pra que quando eu posso escrever eu diga um “não, porque….”.
um terceiro elemento seria o fato de que uma das ilusões mais gostosas que a internet oferece pra gente, além daqueles banners dizendo que existem mulheres solteiras interessadas por nós na nossa cidade, é a de que a nossa opinião é realmente relevante e as pessoas estão realmente preocupadas com o que a gente pensa. vivemos numa era em que qualquer posição que você exprime pode ser facilmente devastada com um “ninguém te perguntou nada”, então a experiência real de alguém literalmente ter te perguntado alguma coisa é um lance que eu tento apreciar da melhor maneira possível e com o máximo de atenção que eu consigo. alguém tendo um problema ou curiosidade e sinceramente querendo levar a sua opinião em consideração é uma sensação bem gostosa que se você for pensar com cuidado a gente não tem todo dia, certo?
e claro, eu gosto de escrever. colocar as coisas no papel, fazer as piadinhas, depois dar aquela revisada pra ver se eu errei a pontuação e não perceber que eu errei a pontuação porque eu sou horrível com pontuação e sempre erro a pontuação, é uma dessas coisas que me dão um prazer e uma sensação de alegria que eu sinceramente não consigo tirar de muitos outros aspectos da minha vida (já tentei lavar a louça de maneira deliberadamente complicada ou pegar o ônibus de maneira deliberadamente demorada mas nunca deu o mesmo barato), então eu não me incomodo de escrever um pouco mais nas mais diversas ocasiões já que eu gosto bastante de escrever
ainda assim começo agora a achar que não era essa a resposta que você queria
outro aspecto, eu acho, tem a ver com o fato de que, por ter um problema de fala, eu não sou uma pessoa capaz de concatenar meus pensamentos de maneira muito coerente quando estou dizendo as coisas ao vivo, já que a gagueira me faz estar sempre evitando palavras, travando em certos momentos, preferindo abreviar o argumento ao invés de levar ele tão longe quanto eu gostaria. daí, quando eu tenho a oportunidade de escrever eu acabo tentando, de alguma maneira, compensar isso usando o espaço da maneira mais livre que eu conseguir. basicamente a minha incapacidade de ao vivo dizer apenas um “não” é mais um motivo pra que quando eu posso escrever eu diga um “não, porque….”.
um terceiro elemento seria o fato de que uma das ilusões mais gostosas que a internet oferece pra gente, além daqueles banners dizendo que existem mulheres solteiras interessadas por nós na nossa cidade, é a de que a nossa opinião é realmente relevante e as pessoas estão realmente preocupadas com o que a gente pensa. vivemos numa era em que qualquer posição que você exprime pode ser facilmente devastada com um “ninguém te perguntou nada”, então a experiência real de alguém literalmente ter te perguntado alguma coisa é um lance que eu tento apreciar da melhor maneira possível e com o máximo de atenção que eu consigo. alguém tendo um problema ou curiosidade e sinceramente querendo levar a sua opinião em consideração é uma sensação bem gostosa que se você for pensar com cuidado a gente não tem todo dia, certo?
e claro, eu gosto de escrever. colocar as coisas no papel, fazer as piadinhas, depois dar aquela revisada pra ver se eu errei a pontuação e não perceber que eu errei a pontuação porque eu sou horrível com pontuação e sempre erro a pontuação, é uma dessas coisas que me dão um prazer e uma sensação de alegria que eu sinceramente não consigo tirar de muitos outros aspectos da minha vida (já tentei lavar a louça de maneira deliberadamente complicada ou pegar o ônibus de maneira deliberadamente demorada mas nunca deu o mesmo barato), então eu não me incomodo de escrever um pouco mais nas mais diversas ocasiões já que eu gosto bastante de escrever
ainda assim começo agora a achar que não era essa a resposta que você queria