ve, eu não entendo direito o que é "assimilação". quando pessoas transfeministas dizem não nos assimilarão, o que elas querem dizer? :p
assimilação é quando tem um sistema que oprime a gente que nos oferece algum tipo de privilégio, mas não oferece libertação, e então somos incorporados a ele, basicamente numa posição superior à das pessoas que costumavam ficar numa posição igual ou similar à nossa, mas não superior à posição de quem já nos oprimia.
vamos supor: quando o eli vieira fez aquela (entre as milhões de outras) palhaçada, ele propôs (como o resto da medicina/biologia) uma narrativa legítima única dizendo: "mulher trans é a mulher que tem o cérebro biologicamente feminino e sempre se sentiu mulher" ou "homem trans é o homem que tem o cérebro biologicamente masculino e sempre se sentiu homem". a partir disso, se legitimariam as identidades das pessoas trans, pois a maioria caberia nessa definição - mas não todas. pessoas trans não-binárias e outras pessoas trans binárias cujas narrativas não se encaixam nessa definição permaneceriam tendo suas identidades negadas e sendo submetidas aos mesmos tipos de inquerimentos e violências.
se essa narrativa legítima única proposta pelo eli se concretizasse, poderia-se dizer que pessoas trans binárias foram assimiladas: elas estariam numa posição superior à que estavam (teriam suas identidades validadas, elas poderiam comprovar que são de fato homens e mulheres), mas não superior à posição de quem já as oprimia (elas ainda dependeriam das pessoas cis e da biologia [controlada pelas pessoas cis] para terem essas identidades validadas) e as pessoas trans não-binárias e trans binárias que fogem à essa narrativa permaneceriam no mesmo lugar.
isso aconteceu com os homens cis homossexuais no movimento lgbt, por exemplo (http://aquinacuca.blogspot.com.br/2013/11/as-vezes-eu-quero-sair-do-meu-cubiculo.html).
entendeu?
vamos supor: quando o eli vieira fez aquela (entre as milhões de outras) palhaçada, ele propôs (como o resto da medicina/biologia) uma narrativa legítima única dizendo: "mulher trans é a mulher que tem o cérebro biologicamente feminino e sempre se sentiu mulher" ou "homem trans é o homem que tem o cérebro biologicamente masculino e sempre se sentiu homem". a partir disso, se legitimariam as identidades das pessoas trans, pois a maioria caberia nessa definição - mas não todas. pessoas trans não-binárias e outras pessoas trans binárias cujas narrativas não se encaixam nessa definição permaneceriam tendo suas identidades negadas e sendo submetidas aos mesmos tipos de inquerimentos e violências.
se essa narrativa legítima única proposta pelo eli se concretizasse, poderia-se dizer que pessoas trans binárias foram assimiladas: elas estariam numa posição superior à que estavam (teriam suas identidades validadas, elas poderiam comprovar que são de fato homens e mulheres), mas não superior à posição de quem já as oprimia (elas ainda dependeriam das pessoas cis e da biologia [controlada pelas pessoas cis] para terem essas identidades validadas) e as pessoas trans não-binárias e trans binárias que fogem à essa narrativa permaneceriam no mesmo lugar.
isso aconteceu com os homens cis homossexuais no movimento lgbt, por exemplo (http://aquinacuca.blogspot.com.br/2013/11/as-vezes-eu-quero-sair-do-meu-cubiculo.html).
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Angel of Drama
