Eu estava me embriagando lentamente com as minhas reminiscências, enquanto meu olhar se fixava em cada estrela formosa que brilhava em torno da lua naquela noite de calmaria e ventos abatidos. Meus passos eram lentos e meus pensamentos vertiginosos. A minha vida inteira passava diante dos meus olhos como se eu fosse morrer naquele exato minuto. Então parei em um bar na esquina com a 48, enquanto a insônia me torturava a cada passo meu dado. Então pensei em entrar e pedir para garçom um gole de vida ou dois, mas meus olhos se prenderam novamente em um vácuo sem igual. A minha alma já não funcionava mais. Eu não conseguia me desprender, minha mente se enganchou em um recife profundo, enquanto a minha alma morria lentamente afogada com as nostalgias que atulhavam minha mente.