@EvelynDanielle828

♥☨ Evelyn Danielle ☨♥

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♡ AMOR ♡

Amar não é só beijar e abraçar. É saber parar uma briga porque sabe que não vale a pena. É saber que nem sempre estará tudo bem. E acima de tudo saber que um te amo fortalece a relação, mesmo depois de brigar. Pelo simples fato de não desistirem mesmo passando por momentos difíceis.
— Charles Bukowski.

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sei que ficar pedindo likes e chato. mas poderia curtir umas respostas minhas ? para ajudar a aumentar o perfil . se você não quiser não tem problema :) .. bom dia

Lost In Hollywood
Boa noite :)

♡ TEXTO ♡

“Dos meus céus arranquei sonhos e cores. Acolhi pra meus risos somente as puras felicidades, e aprendi a viver seguindo em frente, sem torcer o pescoço para o que já se foi fincado lá trás. Mas, os gritos que antes ensurdecedores vozeavam, projetou ecos somente agora, e quando bateu-me o ar de fraqueza, veio o que se foi —ou achei que tivesse ido—, avassalador, trazendo dores que já senti, lágrimas que já chorei, memórias que já tinha esquecido, cordas que já usei para meus suicídios inocentes.
Brota das fendas o que estava enterrado, e quando ela passou ali, em frente os meus olhos depois de tanto tempo, acordou-se meu coração dentro do peito, preguiçoso, recém-curado… Despertou com aquele sorriso dela que repartia muralhas ao meio, que devastava atenções por onde alcançasse, que clareava noturnos almejos. E com aquele lindo sorriso que ela trazia nos lábios sedutores, volta meu coração a chorar. Dessa vez, lacrimeja de saudade, pelo vazio que há, pela falta de calor pra derreter meus icebergs emocionais, pelas nostalgias cinzas do que tão bom foi e se acabou; Saudade de emitir rios a quem te reflete mares calmos. Saudade de amar.”

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“Eu, aos poucos, fui parando de chorar com o passar dos dias bonitos.
Fui aprendendo a amar a solidão com a mesma intensidade que ela me acalmava, e nem mesmo as profundezas de uma noite sem lua pode esconder meu sorriso da alma. Também sorrio com os olhos, com o coração cicatrizado. Meu auge de paz está na melancolia, no lado oculto das claridades cegantes. Sou o horizonte sem alcance dos faróis. Sou como caravela sem vento, sem mar, sem destino, cigano, vagando. Sou o pendulo e a adaga. Sou o antes e o depois. Me finjo de noite pra nascer quando as luzes se acendem, me faço de foice pra cortar minhas pesadas e apertantes correntes. Vou pela sombra, até quando não é dia. Vou pelo frio, pelos risos e rios da morta rotina, que me adoece, mas é cura da euforia sem cor.
Não quero guarda-chuvas, janelas abertas, nem relógios pontuais. Quero cartolas. Quero galhos secos, estatuas mofadas e girassóis aflitos. Quero inverno, outono, cachecóis e cortinas fechadas.
Mas quero uma vida calma, tranquila. Às margens do que é eterno. Sem muitas coisas fúteis que trazem arrependimento. Presenteio-me com faces, versos e pores do Sol. Minhas musicas se preservam no silêncio, ocupando minhas memórias sádicas. Quero viver, pra que eu seja amaranto.
Será jazido em meu leito de flores negras, minhas lembranças, meus amores e eu, compositor de histórias apagadas, que foram enterradas comigo, mas nunca lidas. Nunca encontradas.”

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“Não te amo como se fosses coroa de tulipas de sal, vãos ares ventosos e perfumados, ou até rubras e celestes rosas rodadas pelo pescoço nu. Te amo com as capacidades do infinito cego. Te amo com a alma entregue, entre o nunca e o sempre. Entre a sombra que ofusca e a luz que lampeja solares. Eu te amo, sim, como o dia que nunca nasceu, mas mesmo assim espera sua morte por uma bela noite orquestrada de brumas azuladas. Te amo como as estações adoecidas, como as árvores enraizadas nas folhas caídas. Te amo como o vento ama as faces do céu, turquesa, rosado, púrpuro em seus tons de beleza. É paixão assim, sem saber se é real ou lunático. Vai além de uma poesia no velho papel. Sem saber se é orquídea ou jasmim, te amo, por não ter espaço em meu peito pra outra coisa senão amar você, primavera de meus dias cinzas, sonata de minhas partituras. Machuca-me com a própria cura, poda-me os sorrisos sinceros, e me dá o verdadeiro sabor de viver, de amar. E mesmo que os anos parem de passar, e a lua jamais volte a brilhar entre as estrelas, meu amor será intacto, será rocha, será seu.”

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Olhe que beleza o tão doce olhar de Tereza!
Tinha aquela tristeza, mas com tamanha certeza
De tão grande realeza, punha-se a princesa
A bailar diante à nobreza, que mais parecia francesa, portuguesa.
De tanta esperteza, junto à sua firmeza
Ela serviu a sobremesa. Como era linda aquela camponesa!

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Soturno. Chorei quando as vozes pararam de falar em meu sono. Cantei quando já não ecoava em minhas insônias motivos de viver, motivos de dormir pra acordar. Evoquei dores passadas, e as cicatrizes voltaram a latejar, árduas, rachando todo pranto contido, toda mágoa colecionada, toda humilhação engolida, como um amargo veneno potável, que se manifestava em minhas veias na forma de sangue aos exageros. Notei que tudo havia sido em vão, pois nada haveria de durar. Todos aqueles sentimentos apodreceram no relento, e se transformavam em rancor. Eu quis transmitir de uma forma menos dolorosa. Eu quis sufocar de uma maneira menos desesperada. Materializar sentimentos lúgubres, foi este o caminho que tomei para o meu alívio carnal. Foi a dose de luxúria egoísta que libertou os meus pesadelos sussurrantes, que rasgavam-me os cantos da alma. Um toque drástico, sutil como um golpe de foice. Fez-se real, os sonhos mofados no sereno. Arregalei-me os olhos, tomei distância, refleti. Era tarde demais, era prazeroso demais. E aquela lâmina prendia-se sobre meus pulsos, engasgando minha pele em estirpe, como se tivesse vontade própria. Eu me rendi, deixando-a dançar de forma a me aliviar de tudo. Era o único caminho que eu queria seguir. Desenhei na minha pele rios, e minhas mãos lavavam-se com o sangue que cascateava por meus dedos trêmulos e pálidos de amargura. Dentre rasgo e outro, sentia que os monstros dentro de mim se acalmavam lentamente, pelo sossego do fio de metal que moldava meu êxtase sádico… A dor era agradável, acolhedora, gritava-me em sua direção. E eu a segui. Segui sem medo, nem receio. Eu sabia que aquela sensação me faria bem, tal como já estava. O vício me levou a querer mais. Era uma sede desgovernada, que ia se alastrando diante das lágrimas gotejadas de um olhar sem esperança. Os cortes se tornaram mais profundos, penosos e intensos. A mim restou um sorriso, diferente de todos, único, libertante. Senti florescer dos meus ossos um prazer inexplicável, como nunca sentira antes na vida. Renunciei-me às vontades de voar, e ao sangrar minha rubra carne, senti o despertar de minhas asas empoeiradas pelo tempo de dor. Fechei os olhos, e com o último suspiro de força que me restava, mutilei minhas artérias pulsantes. Nada poderia me parar, e mesmo que pudesse, eu não permitiria… Eu estava longe, onde a lua reveste meu céu, e os ventos cantam pra me fazer dormir… Ao fraquejar de vez, deitei-me sobre o valete do chão congelado, melancolizei-me sobre as chagas, e sorri por dentro da alma… Só me restava o beijo da morte.

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Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Liked by: †Pekena†

Sofá rasgado, cortinas sendo levadas por um sopro.
Livros caindo aos pedaços, na estante de madeira antiga.
Um relógio de cuco velho jogado ao canto.
Paredes mal pintadas, desgastadas pelo tempo.
Um jornal usado, rasgado pelas traças.
Lustre tão empoeirado, que mal brilhava.
Notei mais a frente um rapaz sentado em uma cadeira que parecia ter sido restaurada. Era como se eu estivesse voltando no tempo. O rapaz sorriu, misterioso, e logo desapareceu no meio na poeira em volta, fazendo com que a cadeira voltasse a ser como antes: velha e muito gasta.
Volto a refletir, sozinha no local, novamente.
Cheiro de lembranças, sensação de velhice.
Resgatei em mim o que eu já tinha desistido há tempos.

Quando fechei os meus olhos, e desejei ter sono, eu fugia de mim, fugia de você, e dos tormentos que sua falta me causava. Minha noite não tinha insônia, nem escuridão, nem cobertores exagerados. Só havia seu nome ardendo, e uma deserta cama vazia, pequena como um abismo gelado.”

“Daquele escuro e vazio sentimento, só sobraram os lamentos que o tempo não pôde apagar. Sobraram as lástimas dos erros cometidos, os lençóis amarrotados que ainda não tive coragem de arrumar. Sobrou o luto das lágrimas que morreram ao se quebrar em minha volta, e os gritos desafinados de minha alma trêmula sobre o sofá da sala, fria, encolhida pelos assombros de sua ausência. Do amor, restou-se a dor de não poder mais amar. Do mar, sobrou as praias desertas sem barcos para velejar. De mim, sobrou apenas o inevitável. O fim. O velho e desentendido destino de quem ama demais.”

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