@EvelynDanielle828

♥☨ Evelyn Danielle ☨♥

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“Tentei ouvir das lareiras apagadas o som que já queimou de prazer meus ouvidos. De silêncio em silêncio ecoava-se murmúrios de minha garganta trancafiada pela falta de palavras. De nada adiantava minhas metáforas, tampouco meus dons de lidar com a dor. Aquela falta que eu sentia ia além de qualquer compreensão, qualquer sentido, qualquer direção, qualquer ritual de suicídio que o amor me fizesse tomar.
Guardei minhas lembranças nas cinzas do chão, e do pó se tomou a causa: morrerá esta dor junto com os restos do que me livraram do frio da noite de inverno passada.”

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“O amor era tanto, que doentio chegava a ser
Soava minhas mãos, e me saltava o coração no peito
Não sei se amava direito, nem se era errado demais
Mas bom, tudo aquilo era. Me fazia sonhar de janela aberta
Desejar mais luares no céu. Desenhar mais corações no papel
Inventar falas doces, odiar mais ainda o tempo que tanto foge.
Os olhos brilham. A boca seca. As canelas tremulam.
As borboletas dançam no estômago que se retorce
Bate aquela insegurança de vomitar palavras erradas
Mas o amor concerta tudo com olhares desastrados
Entre sorrisos bobos e caricias acontecidas
O amor grita mais alto, os ouvidos são tapados
E nada mais importa. Nem o mundo, nem o resto.
O beijo nasce da teimosia, da paixão nos simples gestos.”
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“Fez-me tão errante
A covardia do homem…
Foice cortante
Gume esfolada de sal
Forte farda
Que finda a luz
Dos olhos e do céu
Sol, sonolento
Dos figos forjados
Caídos; Culpados por nascer
De olhos maus dormidos
Troncoeijam gritos sangrentos
Gemem na ponta afiada
Do couro carvalho de fita
Sentam, e sentem
Sinfônicos e absurdos
Gritos agudos de pavor
Gestos famintos
Falta piedade
Sobra e espalha-se a dor
Choram, sem pranto
Ajoelham-se, em um canto
Sem rima, estirpe cadente
Caem sobre as dores
Latejam dormentes
Das mudas melodias
Lacrimejam sobre as cores
Que pintam
A pele pálida
Do homem sem honra
A rotina, do escuro sem sombra
Que olha o que é de fora
Sem saber o há por dentro.
Cega-se o brilho nos olhos
Aflora a externa descendência
Do pardo, que se assombra
Diante do monstro
Que é o irmão
Ancestral
De sangue, coração e clemência
Sem amor.
Sem fraternidade.
Sem compaixão.
Seres, sem si.
Alma apodrecida de malevolência
O branco, calcaciano
Belo de bonanza
Câncer da raça
Adoecendo-se enquanto se mata
Curando-se com a própria doença.”

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“Me sentei na beira de um riacho sereno, tentei pescar sorrisos, mas entre tantas lágrimas, nada fisgava o anzol. Nada tremulava a linha. Nada.
Voltei pra casa de rede vazia, ajoelhei, e vi outros rios jorrarem pelas janelas de minha alma antes do anoitecer.”
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ESPAÇO LIVRE :

∿ Free spaces ❤ ∿
“Que mal há em sentir cócegas borboletantes no estômago às vezes? Cócegas que quase sempre se convertem em profundos arranhões conforme a razão vai dando lugar à loucura. Você se torna dependente, carente, e sempre espera por um telefonema surpresa nas noites silenciosas. Você espera por sorrisos que lhe são arrancados pela pessoa amada. Espera por aqueles beijos de improviso, sem aviso, de sincero impulso, de real emoção. Você vive aventuras com tão pouco, se arrisca pelo ilógico, muda pelo que te transborda, e percebe o quão chato é ser totalmente sóbrio… Todos sentem prazer em perder o controle às vezes, e na verdade, nem queremos achar.”
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“[…] Tenho tanto pra dizer, tanto pra explicar, mas as palavras fogem de mim, vão para longe, para onde minha voz não pode alcançá-las. Queria poder te explicar com todas as letras que você me faz bem, me faz alcançar sorrisos que nunca pude sorrir, me faz repousar sobre campos verdes de tranquilidade e deixar de lado qualquer preocupação, qualquer frustração, qualquer instabilidade de emoção. O momento que eu conseguisse me expressar como se deve seria uma experiência inesquecível de se viver; Projetar tudo o que o meu abstrato coração desenvolve aqui dentro de meu peito. Enquanto me falta vocabulário celeste para relatar essa sensação perfeita, eu só continuo curtindo, me apaixonando por você a cada segundo que o relógio tiqui-taca, a cada porção de ar que eu respiro, a cada gota de sangue que se move por minhas artérias. Me pergunto se algo pode ser feito; Essa coisa de me entregar sem querer está ficando grave, sem controle. Eu tenho fugido de meus próprios princípios quando penso em você o dia todo. A verdade é que eu tenho contrariado muitas de minhas vontades para poder ter vontade de você; Para te querer por perto quando eu me sinto longe, te procurando por outros sonhos, por outros desertos em minha mente. Falta-me as palavras certas, os atalhos errados, os fardos pesados, as vontades pensadas, as noites bem-dormidas, as tardes despreocupadas; Falta-me alguém para usar de cobertor, alguém para dividir minha dor. Falta alguém. Falta você… Falta você, aqui, comigo, agora.
Mesmo distante, mesmo mutante, mesmo incerto-duvidoso, mesmo quando não é o mesmo eu sei que é você. É você aquela pessoa que quero ter ao meu lado quando estiver velhinho, quando estiver pertinho da luz que nos leva para os anjos. É você, sem tantas dúvidas incertas, sem muita conversa. É você. É você, incondicionalmente, quem me conjuga na primeira pessoa do verbo amar.”

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''Por fora, congela-se os gestos e os ventos…
Por dentro, desaba, desmancha, os lamentos regados por lágrimas que não param de chover.
Outono chegou mais cedo, caem as folhas e meus joelhos no chão.
Não há mais vida, não há mais dias serenos por vir: enterrem-me, nas cinzas de meu coração.''
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“Noite desafinada. Chove. O céu goteja no telhado, intimidando as evidências sádicas que dormem no canto dos olhos. O temporal lá fora lava as calhas empoeiradas. E, aqui, são as lágrimas, que florescem das molduras da alma rasgada primaverando a amofinação, a tristeza pelos rastros do meu brio adoecido. Quando foi que a aquarela perdeu a cor? Quando foi que agulhas do fiar se quebraram? Trovões ecoam pelo quarto. Escorre-se a estirpe no tremular das mãos fraquejadas. Minha hemorragia é interna, sem se ver por onde sangra, nem por onde anda. Tardes vazias antecipam tudo o que tenho evitado. Pesares desmoronam tudo o que há tempos caem aos pedaços. Flores de plástico em azulêncio agonizam-me pelo reflexo do vidro embaçado. Fitam-me, e devoram-me na plenitude de sua petulância. Nas lacunas de minhas lembranças engavetam-se urnas funerárias dos restos meus, das cinzas que o vento esqueceu, daquilo que sempre fui, do que era, latumia, ecos do que já se perdeu, dos retalhos de uma guerra interna. A ventania surra pingos contra a janela fechada de alumínio, e pode-se ver através de suas frestas o amarelar das luzes lá fora. Sepultei flores nos túmulos da minha áurea, como um desespero ensaiado por meu luto rotineiro. Eu me enterrei junto à elas, sequei, e morri ao perder a essência do penar. Eternizar-me-ei dentre a essência do roseiral absinto. Não há mais recordações após uma morte tranquila. Não há mais dor. Não há mais haver, nem temer, nem o que me contrarie disso tudo. Algema-se a realidade à utopia suicida… Morri por dentro, no oco da alma, nos arredores da calma, da cama, e do resto insignificante que ainda resta. Despedaçam-se as pétalas murchas sobre o valete do chão gelado, e tais deixa escapar gritos pelas rachaduras da parede rente ao piso. De tempos em ventos, outonos secam as folhas no quintal, trazendo nostalgia e prantos no cair da tarde, em quietude, com saudades afiadas fazendo morada nas memórias. Lá fora os carrilhões chocalham-se frenéticos, anunciando o inverno rigoroso que logo vem, que chega, aconchega, que me deita na cama fria pra chorar melancolias agridoces entre riso e outro. Vaguei muitos séculos pela vida à procura de um anjo que me ensinasse a cantar com os olhos distraídos por saudades de um beijo lento, ao relento, abraçar na chuva. Alguém que me presenteasse cartas de amor aos rascunhos dobradas, com borboletas fatiadas. Alguém que me domasse, e me contivesse sobre os trilhos da fidelidade alheia. Mas de toda essa angústia costurando os meus dias cinzas… Suspira a saudade que varre as lembranças. A falta de sorrisos para enfeitar os lábios pálidos meus, secos e já esquecidos de como se encurvarem quando a felicidade vozeia ensurdecedora pela caixa do correio. Não há mais tanto a dizer, nem a esperar do resto dos dias que virão. Dos silêncios que rejeitam minha existência escapam retalhos de um passado, mofado, que nem nas profundidades do tempo encontrou lacunas para se enterrar. Nos mosaicos do meu penar, orna-se me

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“Quisera eu, no leito da cinza morte
Flores negras pra m’estilhaçar o peito!
Em négreos devaneios-azedume
Como aquarelas de cores tão fortes
Na palidez do silêncio derradeiro
Arder-me em memórias de amar
E no afiado gume: lembrar teu beijo!
Suspiro meus tantos romances
Que tive com a mesma mulher
Incêndios! Ígneos sempre amantes
Mas nunca de fagulhas quaisquer!
Na noturna entoo meu canto
Aos lábios que jamais beijei
Perdão se outrora, me fiz egoísta
Mas tempo algum tive paixão divida
Pois nos imensos viveres da vida
Somente uma flor-mulher amei!
No sepulcro meus olhos se rasgarão!
Pelos febris vergalhos de saudade
Qu’esta velha e surrada alma invade
Por ter ciência que os meus olhares
Nas noites invernais não mais te fitarão!
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“Tudo que eu amo se vai, se foi, me abandona sem despedidas ou acenos com lenços brancos. As pessoas, os sentimentos, as dádivas, os sonhos, tudo se esvaiu rápido demais pra minha conformação. Se vão tão rápido quanto o trocar de luzes entre anoitecer e amanhecer. Os tempos me fizeram padecer. Me tornei essa árvore oca cheia de promessas vazias e lembranças que vivem me assombrando a cada folha que cai, cada estação que chega, cada amor que se vai. O vento vem me trazer o seu perfume, me fazendo viver o passado e novamente sofrer com ele, dores repetidas e emolduradas com meu nome. Talvez o amor seja um suicídio acidental, desses que a gente se esbarra e tenta sair mesmo sabendo que não conseguirá. E eu tenho medo, de chegar outro outono e continuar assistindo minhas folhas caindo, minha alma desmanchando, e não poder fazer absolutamente nada para evitar essa decadência mortífera que me sepulta nas próprias raízes de uma ilusão triste, que brota dos cortes, dos meus sorrisos machucados pelo amor.”

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“E se a lua tivesse outra cor? E se o céu tivesse um sabor? E se as nuvens morassem no mar? Será que assim, mudando o mundo, você voltaria a me amar?
O que eu poderia fazer? Se as palavras fossem cantadas em melodias dramáticas que eu deixei de te dizer.
Será possível um morto voltar a viver? Pois te imploro que me dê a vida, me deixando amar você.
Dê asas ao monstro, que trago dentro do peito. Ele devora as minhas noites com insônias agonizantes. E esse monstro implora por você
aqui, fazendo parte de minha vida incompleta, da minha cama preguiçosa, da minhas tardes de carência.
Te quero, te espero… Te amo.”

esp. livre :)

PERGUNTAS E LIKES
“Me sinto confuso ao extremo; Me vejo como um brinquedo quebrado, esquecido na prateleira empoeirada de um quarto de luzes apagadas. Talvez falte energia. Talvez falte-me o sol, mesmo de dia. Me encontro como girassóis aflitos, escondidos na escuridão da noite, sem saber por onde devo-me fitar os reflexos deixados na poça de sangue. Eu sou o despertar das esperanças. Eu sou o alvorecer das bonanças. Eu sou os sorrisos da infância. Eu sou o fogo e o inverno. Sou a memória nas lembranças. Sou aquilo que apaga o sal do mar, e o que azula os céus de doce. Sou o engolir das palavras de rancor, sou os gemidos escandalizados pela dor. Posso ser tudo o que eu quiser, só não posso ser a pessoa certa para te amar, porque o amor foge de todas as coisas que eu posso ser, de todas as coisas que eu quero aceitar.”

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“Quisera eu, poder abraçar-te até sentir os meus braços dormentes sobre teus ombros frágeis. Repousar em teu seio e ali fazer planos do resto de minha existência ao seu lado. Pensar como arrumaríamos a sala de visitas, quais quadros colocaríamos, ou que cor seriam as paredes. Ficar imaginando a gente criando os nossos filhos, cercando-os para ensiná-los a andar. Sorrindo todos os dias, construindo nossa felicidade intocável. Sentar na varanda no cair das tardes laranjas ao som dos carrilhões pendurados no lampião. Quisera eu, abrir a janela do quarto pro céu estrelado, do teu lado, esperando você adormecer junto ao anoitecer das auroras na vastidão dos lençóis celestes, pra te ver dormir, sorrir, sonhar como um anjo sobre as nuvens do semblante lunar. Ficar tocando as suas curvas no escuro, enrolando seu cabelo dentre dedo e outro. Acariciar os teus pés com os meus, tuas mãos com as minhas, sua boca, seu queijo, sua língua… beijar-te lentamente como se a vida não tivesse pressa de passar, como se nada mais viesse a importar. Quisera eu perder minhas horas fitando os teus olhos de abismo derradeiro, par de diamantes negros, espelhos absintos de mar. Flertam os meus sentimentos mais evitados e longínquos, e refletem-me os sentidos de viver. E agora, apaga-se mais um cigarro da minha terapia de acalmar aflição. A fumaça vai subindo, se fundindo às nuvens do céu, como desejo que subiu às estrelas, pra que em uma noite dessas eu possa te abraçar, e te entrelaçar com meu amor faminto de ti. E que nunca acabe esta tal noite sonhada, ou que se encerre por um amanhecer purpurado de bruma, e dure mais do que o tempo permitir.
Quisera eu amar-te, como sonho antes de dormir.”

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Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás. " Caio Fernando De Abreu

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