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Provando do veneno das velhas cartas de velhos poetas, escrevo uma carta como aquelas. Carregadas de melancolia e saudade. Tenho esperado em vão, pensando labirintos e encontrando enigmas. É uma pura confusão. Sinto saudade de tempos distantes, de abraços jamais sentidos e de palavras nunca ditas. A noite traz a saudade de tua voz manhosa, cheia de teus suspiros demorados e teu sotaque cansado. Era doçura em tudo o que eu via. Era doçura tua existência, tua lembrança, tua voz, teu dengo por natureza. Não faltava nada, pois você correspondia a tudo. E eu? Ah, eu não era nada. Eu era apenas um pontinho preto dentro de toda a tua perfeição. Eu só tentava entender a confusão que tinha morada em tua cabeça. Você tinha vários medos, você tinha amores e dores. Eu queria apenas poder curar cada uma delas, mas eu acabei por abrir muitas outras.
Sem saber como lidar contigo, forço-me a viver sem ti. Eu mereço isso, eu sei.
Porém, meu amigo, te devo desculpas, pois me sinto bem em lembrar que tua voz cansada não me atinge mais.
Sem saber como lidar contigo, forço-me a viver sem ti. Eu mereço isso, eu sei.
Porém, meu amigo, te devo desculpas, pois me sinto bem em lembrar que tua voz cansada não me atinge mais.
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