Ronnie Radke.

Sabe o vulcão? Por fora ele é belo, frio, distante e inofensivo. Mas ninguém imagina como ele seja por dentro. Eu diria que isso faz parte da minha "casca" - exterior, um mistério. Ninguém sabe, ninguém vê, ninguém adivinha e ninguém percebe meus sentimentos, pensamentos, sensações e desejos. O magma por dentro é o nucleo, a semente do que torna o vulcão uma existência temida a essa esfera. Eu diria que a lava é minha personalidade - temperamento. Vai fervendo e cozinhando tudo aqui dentro, minhas mágoas, alegrias, tristezas, fúrias, angústias e rancores. O odor tóxico do vulcão devastando a natureza ao seu redor, dando a fatalidade a todos os seres vivos pelas suas redondezas desde as plantas até aos animais e humanos, é onde entra a minha defensiva me preparando para entrar em ação e seguir o instinto da minha natureza, criar novos começos, meios e fins, é a minha determinação de começar e terminar uma escolha, minha atitude. A fumaça totalmente tóxica, dá início as boas vindas do inferno de Dante, a forma como eu guardo para mim muitas coisas que me corroem, a fatalidade de não esquecer. O meu perdão, eu desculpo mas não esqueço e isso eu deixo claro, principalmente quando estou prestes a entrar em um último ato. Em algum momento a petrificação racha devido a elevação da temperatura do magma. Abre uma fresta e a lava transborda. São as minhas lágrimas ferventes como as chamas do inferno que corroem a minha pele através dos olhos descendo pelas minhas bochechas. O ódio que me consome, a intensidade do meu amor, o coração partido. A minha emoção relacionada a alguma situação que me faça transbordar fogo em meu olhar - minha sensibilidade. O magma é jorrado para fora através de uma ferida que é formada aqui dentro do meu interior. Algo que nunca se cicatriza e apenas transborda. O vulcão entra em erupção e devasta tudo o que estiver ao seu redor - minha paciência e bondade, se limitam e explodem, tudo o que havia guardado para mim e não demonstrado que me feriu. É jorrado como o magma, queimando, destruindo e até mesmo matando a alma de quem interferir o caminho da minha natureza. Filho do Inferno de Dante, a própria reencarnação do diabo em chamas em um belo corpo masculino. A intensidade, a fúria, o mistério - não são todos que estão disposto a admirar a minha natureza ardendo como o fogo. Mas se souber respeitar, as minhas chamas não o incendiarão, se souber me relevar como o sopro de um vento. Eu não o incendiarei. Para os que brincam com o fogo, em uma oportunidade surpresa, incendiarei até os ossos. Para quem vier me "apagar", criarei muros de pedras como o magma encontra com o oceano. Se não souber lidar com um temperamento quente, não atreva-se a se arriscar. Uma vez queimado, sempre se recordará da dor da sua pele incendiada e se obrigará a me respeitar.

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