#feitiçaria

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Aonde você mora, as pessoas são adeptas de superstições e feitiçaria? As ruas tem muitos trabalhos? Onde eu moro só tem.

Moro em uma ilha com mais de 1 milhão de habitantes. Existem pontos específicos pra isso, mas não faço ideia de onde ficam.

Como defender a historicidade da bruxaria tradicional, tendo participado da Wanen?

Olá, vou tentar não ser muito extenso de modo a facilitar um entendimento rápido e sem maiores margens de erros, já que realmente a comunicação virtual possa gerar mais mal entendidos do que esclarecimentos.
Não existe UMA bruxaria tradicional, ou uma organização entre "bruxarias tradicionais" que chancelam a validade de grupos que clamem para si a alcunha de tradicional. Na verdade na Inglaterra existem quatro irmandades ou quatro Vias tradicionais (Via Nocturna - Cultus Sabbati - Clan of TubalCain - Way of the Eight Winds), e o Magister Andrew Chumbley (in memorian) escreveu amplamente sobre a cena bruxa em Albion. Se quiser ler mais atentamente sobre cada caminho, sugiro essa leitura:
http://xoanon.co.uk/archive/what-is-traditional-craft/
Mesmo esses grupos não podem falar em nome da Bruxaria Tradicional como um todo, e por mais que qualquer iniciado real necessite rastrear sua linhagem até essas Vias, é sabido que existem cuveens e bruxos solitários independentes dessas Vias, muitas vezes trabalhando uma recensão da Craft um tanto quanto diferente ou até mesmo mais antigo.
A Wanen não é uma tradição de Wicca, logo não pode ser rastreada usando os parâmetros britânicos, e sua estrutura como um todo forma um ramo de Troth (Fé) muito específica e focada fortemente na feitiçaria Vanir, que é sabidamente uma das raízes históricas das práticas que junto (ou talvez, mistas) ao xamanismo formaram a base da bruxaria que eclodiu na Idade Média.
A Wanen ficou conhecida no Brasil por meio da exposição do Wagner Périco, principalmente vinculado ao movimento neo-pagão e wiccan nacional, de modo que logo houve um aporte de praticantes de Wicca para o meio Wanen, e de fora, pode parecer que tudo seja a mesma coisa.
ERRADO.
É preciso entrar e conhecer, e só então tecer suas opiniões. O Wagner foi uma pessoa extremamente diplomática ao longo desses anos, tanto é que não se encontram relatos sobre problemas ou descomposturas ligadas ao nome dele. Como respondi em outra questão, eu já tinha uma base "tradicional" (de origem suiça) de modo que o que me atraiu a Wanen foi justamente a existência de uma harmonia com os conceitos tradicionais. É preciso conhecimento de causa para elogiar ou criticar, verifiquem o quanto conhece um caminho antes de julgá-lo.
A Wanen possui um polêmico posicionamento independente da tribo Asen (Aesir), e ai talvez entre a crítica quanto ao seu valor histórico. Vale lembrar que estamos lidando com uma tradição que é transmitida a priori no interior da Alemanha quase que sumariamente de forma hereditária, e independente de sua concordância acadêmica ela possui seu valor enquanto herança cultural e folclórica. Isso destoa um tanto quando a transpomos para o Brasil, ainda mais com a associação à Wicca ou mesmo à Bruxaria Tradicional.
A Wanen é a Wanen, é um caminho honrado e belo, que não necessita de rótulos. Seu valor mágico e poético é acessível aos que a aceitarem, com o reconhecido de que na Wanen não se participa mas assim se É.

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Você prefere livros ou filmes?

Livros, e para contar o fato que tenho um em especial.
"Ambientado no século XVII, o primeiro romance de Celia Rees lançado no Brasil conta a história de Mary Nuttall, uma adolescente que não conhece os pais e que acaba de perder a avó, condenada à forca sob acusação de feitiçaria - prática intolerável numa Inglaterra em que o puritanismo mais tacanho dita as regras. Para não ter o mesmo destino, a jovem Mary se vê obrigada a fugir para a América, onde as comunidades religiosas fundadas por imigrantes começam a prosperar. Mas a menina ainda precisa manter ocultos os seus dons de clarividência: afinal, os valores religiosos do Velho Mundo, sinônimo de sofrimento e castração aos olhos de Mary, também estão presentes entre os colonos ingleses. A novidade virá do convívio com os nativos americanos, cuja espiritualidade se liga diretamente à natureza e fascina a jovem feiticeira. Narrado em forma de diário, o romance traz a idéia poderosa - ou o feitiço - de que emancipação e caráter dependem do modo de cada um encarar as coisas."

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Language: English