~ a história de uma vida ❀

Bia narrando ...
Eu estava tendo um ótimo sono, estava até sonhando, quando acordo com um beijinho da mamãe, abri os olhos, vi mamãe sentada ao meu lado com um pacote embrulhado num papel lindo, e papai em pé ao seu lado segurando um bolo. Eles não esqueceram, fiquei muito feliz, e abri um enorme sorriso.
- Vocês não esqueceram! – Eu disse pulando no pescoço da mamãe e lhe dando um abraço sufocante.
- Claro que não né minha filhinha, nunca que iremos esquecer de seu aniversário! – Disse mamãe toda sorridente, depois que eu a abracei.
- Nós te amamos minha linda, nunca vamos esquecer uma data tão especial como essa! – Disse papai ainda com o bolo em mãos.
Fiquei olhando para o bolo, ele era lindo. Tinha escrito em cima dele “Parabéns Filhinha”. Parecia ser de chocolate, meu favorito. Mamãe percebeu que eu encarava o bolo.
- Que tal irmos comer esse bolo? Ele parecer estar maravilhoso – Disse mamãe
Eu olhei para ela, e apenas sorri. Em seguida, descemos para a cozinha. Minha boca enxia de agua só de pensar no gosto daquele delicioso bolo em minha boca.
Papai pegou os pratinhos na prateleira de cima do armário e as colheres na gaveta, enquanto mamãe ia cortando o bolo. E só os observava, aguardando para comer o bolo. Mamãe colocou o bolo no prato, e como eu suspeitava era mesmo de chocolate.
- Eba, é bolo de chocolate! – Eu disse feliz, já pegando o prato para comer
- Claro que é amor, o seu preferido! – Disse mamãe, e depois sorriu.

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Fernanda narrando...
Sexta feira acordei bem cedinho, estavam todos dormindo ainda. Não queria que ninguém me visse saindo, me troquei e peguei a chave do carro. Na noite passada conversei com o Jeferson e ele concordou, em fazer um bolo surpresa para a bia, porque depois da descoberta do bebe, ela anda muito triste, e está merecendo algo para se alegrar.
Fui para a confeitara, que era no bairro vizinho, e por sorte já estava aberta. Tinha vários bolos, um mais lindo que o outro. Eu iria mandar fazer, porque teria que ser lindo o bolo, falei para o confeiteiro como eu iria querer o bolo, ele anotou tudinho, teria que ser de chocolate, pois a bia adora chocolate. Terminei de fazer o pedido.
- Senhor, estará pronto até amanhã de manhazinha? – Eu disse com delicadeza.
- Estará sim minha senhora, estará do jeitinho que pediu. – Disse o confeiteiro, com o bloquinho nas mãos.
Eu agradeci, e fui para o caixa pagar o bolo. Cheguei no caixa, paguei e fui para o estacionamento pegar o carro. Resolvi passar numa loja para comprar alguns presentinhos para a bia.
Entrei na loja e fiquei encanta, uma coisa mais linda que a outra. Então vi um vestidinho perfeito, era rosa, cheio de babados, com uma meia calça branca. Parecia um vestido de princesa, eu me apaixonei, e era bem o tamanho da bia. Eu com certeza tinha que levar, peguei o vestido sem pensar duas vezes. E peguei mais uns brinquedinhos que ela adorava, peguei a fila pro caixa, paguei e fui pro carro. Quando cheguei em casa ainda estava todos dormindo, dentei e dormi. Acordei junto com todos, o resto do dia foi igual os outros. A bia quieta, só que hoje ela resolveu fazer greve de fome, e não comeu nada. Chegou a noite e fomos dormir.

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Os dias foram se passando, e logo mamãe descobriu o sexo do bebe. E pra minha tristeza era um menino! Por um lado eu estava sendo muito egoísta, pois estava pensando só em mim, mas eu não estava nem ligando! Depois que mamãe descobriu que era um menino, eu mudei totalmente. Fiquei mais quieta, eu já não era de falar muito, mas fiquei ainda mais calada. Dentro de cassa não era mais a mesma coisa, era tudo pro bebe, só se falavam do bebe. Eu já estava farta daquilo!
Meses foram se passando, e as coisas parece que só pioravam, mas eu não falava nada, apenas ficava observando! Chegou então o mês do meu aniversário, era dia 27 de outubro, iria cair no sábado. Mamãe sempre ficava planejando várias coisas para fazer no dia, mas esse ano foi diferente, ela nem se quer tocou no assunto. Fiquei mais triste do que já estava, será que mamãe se esqueceu do meu aniversário? Será que não se importam mais comigo? Fiquei pensando até que dormi. Já era sexta-feira, e eles ainda não haviam nem tocado no assunto. Eu também não disse nada. Na sexta-feira, quando acordei mamãe não estava em casa, não perguntei nada. Nesse dia como sempre fiquei o dia quieta, não falei com ninguém! E não comi praticamente nada! Chegou anoite, e fui dormir!

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- Minha querida, não fique preocupada! – Disse papai, ele tinha percebido a preocupação em meu olhar.
Eu só continuava a olha-los, e não dizia nada. Queria esperar que falassem logo de uma vez. Porque tanta enrolação? E as perguntas invadiam meus pensamentos, eu agora viajava em meus pensamentos. Até que senti mamãe me cutucar.
- Filhinha, você está ai? – Ela disse me olhando.
- Claro que estou mamãe, onde mais estaria? – Eu disse impaciente, e ela deu uma leve gargalhada.
- Sempre impaciente né minha filha? - Disse ela sorrindo.
- Vá mamãe, conte logo! - Eu disse com tom de impaciência novamente.
- Calma meu amor, isso é um assunto delicado – Disse papai, que estava calado até agora.
Eu dessa vez não disse nada, apenas esperei para que eles falassem algo. E foi o que aconteceu.
- Então minha filha, você logo terá uma companhia com quem brincar – Disse mamãe bem devagar.
Lembrei da conversa de dois meses atrás que eles tiveram, e agora eu tinha certeza, mamãe teria outro bebe! Mas como eu me fazia de bobinha, não disse nada sobre minhas suspeitas!
- Mas eu já tenho minhas primas para brincar mamãe, por que outra pessoa? – Eu disse me fazendo de desentendida.
- Filha, tenho certeza que você já entendeu, não faça brincadeirinhas - Disse meu pai olhando sério pra mim.
E eu apenas sorri. Eles retribuíram o sorriso.
- Então eu vou ter uma irmãzinha? Igual a Ana? – Perguntei a eles.
- Minha querida, talvez sim, mas talvez possa ser um menininho. – Mamãe disse.
Eu comecei a ficar brava! Não queria uma irmã, queria uma irmãzinha, para eu brincar de boneca, para sermos amigas, para eu ter com quem contar. Se fosse um menino, não iria ser a mesma coisa, mas como eu já sabia, papai queria um menino!
- Mas eu quero uma irmã mamãe, não um irmão! – Eu disse e fiz bico.
- Mas meu amor, não somos nós que escolhemos, o que Deus quiser, vai vir. – Disse ela toda paciente.
Depois disso eu não disse mais nada, apenas subi para meu quarto e fui brincar. Confesso que estava um pouco emburrada.

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3 ANOS DEPOIS ...
Quando eu já estava com 3 aninhos, percebi que meus pais estavam estranhos, eles achavam que porque eu era pequena não entendia, mas eu entendi muito bem.
Em um certo dia, eu estava na sala brincando, quando ouvi eles falando de um bebe, fiquei muito assustada, que bebe seria esse? Será que mamãe iria me trocar por um bebezinho? Ou será que ela iria ter outro bebe? Fiquei com essa dúvida, mas como eu me distraia fácil, logo me distrai com os brinquedos, e voltei a brincar.
Dois meses se passaram, e mamãe e papai não tinham mais tocado no assunto do tal bebe, e eu nem perguntei nada, porque como eu só tinha 3 anos, eles não iriam querer me contar.
Em uma terça-feira qualquer, eu estava lá fora de casa brincando com minha priminha ah Ana, ela era apenas 6meses mais nova que eu – morávamos no mesmo quintal, as vezes isso era bom, mas as vezes era péssimo – e minha mãe me chamou, larguei a Ana lá e fui ver o que mamãe queria. Cheguei em casa, mamãe e papai estavam sentados na sala, com um papel na mão, já fiquei curiosa para saber o que era! Será que era sobre o tal bebe? Eu não disse nada, apenas fiquei olhando eles.
- Minha filhinha, eu e seu pai precisamos lhe contar uma coisa! – Disse mamãe calmamente.
Eu apenas continuei olhando para eles, com minha carinha de bobinha, mas de bobinha eu não tinha nada, em minha cabeça já se tinha passado inúmeras coisas.
- Sei que você é pequena, que não entende muito as coisas, mas resolvemos lhe contar o mais cedo possível, para ser melhor para você! – Disse mamãe toda carinhosa.
Eu agora estava ficando preocupada, e o mesmo tempo fiquei um pouco brava por ela disse que eu não entendo das coisas, eu entendo sim, poxa!

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Em uma quarta feira, em especial dia 26 de outubro, já era atarde e minha mãe estava em casa como de costume, no quarto vendo televisão, e meu pai na sala de jogos – sim ele adora jogos. De repente ele ouvi um grito. Foi correndo pro quarto ver o que era, e a cama estava molhada, a bolsa tinha estourado! Meu pai ficou sem saber o que fazer, pegou então a chave do carro, e pegou minha mãe em seus braços para leva-la ao carro. Minha avó morava ao lado, meu pai correu e tocou a campainha, minha avó logo saiu, e o olhou preocupada.
- O que aconteceu meu filho? – Disse ela com a voz cheia de preocupação.
- A bolsa da Fer estourou, vou leva-la às pressas para o médico. Poderia arrumar a bolsa do bebe? – Disse meu pai meu gaguejando.
- Mas claro que posso, vá leva-la logo! – Disse minha avó, enquanto meu pai já estava entrando no carro.
Meu pai entrou no carro, e partiu em disparada. Não muito rápido para não levar multa. Minha mãe estava no banco de traz, sentia muita dor. Logo chegaram no hospital, meu pai parou na primeira vaga que encontrou perto da porta, desceu do carro às pressas e a pegou no colo, entrando rapidamente dentro do hospital. Parou em frente a recepcionista e desesperado contou que a bolsa tinha estourado, ela rapidamente gritou os enfermeiros que já vieram com a cadeira de rodas para leva-la para a mesa de cirurgia, teria que ser cessaria, não havia tempo para parto normal! Levara ela para a sala de cirurgia, e meu pai ao lado dela, segurando em sua mão. Deram a anestesia, e começaram a fazer o parto. Não demorou nem duas horas e terminaram o parto. Eu nasci com 2,5 quilos, e com 45cm. Nasci grandinha rs.
Minha mãe foi para a sala de recuperação, onde já tinha mais duas mamães, com seus bebes. E me levaram para junto dela, me colocaram em um bercinho muito confortável. Ficamos lá por dois dias e então o médico deu alta!
Depois que eu nasci foi só alegria, todos adoravam me pega no colo, ganhei vários presentinhos depois que nasci!

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Dentro do consultório, tinha um médico, já de idade, mas era muito simpático. O médico pediu para que minha mãe sentasse naquele lugar onde se faz o ultrassom, e meu pai e minha avó nas cadeiras enfrente a mesa! O médico perguntou de quanto tempo minha mãe estava.
- Eu não sei doutor, descobrimos hoje a gravidez! – Disse minha mãe
- Hm, interessante. Então vamos ver esse bebezinho. – e foi ligando o aparelho do ultrassom
Ele passou o gel na barriga da minha mãe, e passou o negócio do ultrassom.
- Olhem, você realmente está gravida, parabéns nova mamãe! – Disse o médico com um sorriso no rosto.
- Nossa doutor, nem acredito, estou tão feliz! E quantos meses eu estou? – Disse minha mãe toda alegre
- Você está de 3 meses mamãe – Disse o medico
Enquanto isso meu pai e minha avó só observavam, sem dizer nada.
O médico deu um paninho para minha mãe retirar o gel da barriga, e foi se sentar em sua cadeira! E pegou nuns papeis de uma gaveta em sua mesa. Eram os papeis do acompanhamento do pré natal, ele os entregou a minha mãe, e ela preencheu. Depois de tudo pronto foram embora!
5 MESES DEPOIS ...
- Nem acredito amor, está chegando o grande dia! – Disse minha mãe com muita alegria
- Estou tão feliz meu amor, daqui pouco tempo nosso bebezinho estará em nossos braços! – Disse meu pai, todo empolgado.
- Pena que ainda não sabemos se é menina ou menino né? – Disse minha mãe
- Mas o que vier será muito amado meu amor! – Disse meu ai todo carinhoso
Eles já tinham decorado todo o quartinho do bebe, tudo bege, pois não sabiam o sexo!

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- O que pode ser mãe? A senhora virou médica agora? Não querendo ser grossa. – Disse curiosa
- Você estra GRAVIDA!
- Mas como mãe? Será? – Disse surpresa, com um tom de alegria e um pouco de preocupação.
- Não vai querer que eu te fale como foi ne minha filha – Riu – Eu tenho certeza disso, eu andei te observando nos últimos dias, os desejos constantes, os enjoou-os e agora a ânsia de vomito. Você que é desatenta e não percebeu. Se não acredita em mim, vamos ao médico!
- Nossa mãe, agora que está me lembrando dessas coisas eu percebo que realmente, há coisas que comprovam que você pode estar certa! Mas para termos a certeza mesmo, vamos ao médico amanhã! - Disse ela.
- Claro que não, iremos ao médico agora! – Disse meu pai todo preocupado, já indo pegar a chave do Ix35 branco!
Elas não questionaram, só confirmaram e foram para o carro! Meu pai chegou e entrou! Abriu a garagem, e saiu. O hospital não ficava longe, era no mesmo bairro, demorava apenas uns 10 minutos! Todos foram em silencio! Chegaram no hospital, estava vazio, coisa que não era normal, pois ele sempre estava cheio. Mas isso não vem ao caso. Foram direto para a recepção, e pediram para falar com o medico que era especialista naquilo – não me recordo do nome da especialidade. A moça pegou a ficha da minha mãe, e foi entregar pro medico. Eles sentaram não cadeiras que tinham lá! Não se passou nem 10 minutos, e o medico chamou! Entraram os três!

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Era o ano de 1996, e meus pais Fernanda Caetano e Jeferson Albuquerque tinham acabado de se casar, e moravam no Rio de Janeiro, na Barra. Eram muito felizes! Um tempo tinha se passado, não me recordo quanto - Pois sou péssima de memória. E então veio a notícia que minha mãe estava gravida – Calma! Ainda não era de mim. Eles ficaram muito alegres, como qualquer outro casal que se ama ficaria com a chegada de uma benção dessas. Mas infelizmente essa alegria não durou muito, pois ela perdeu esse bebe, que seria um menino! Ficaram muito arrasados! Ela nunca superou – Que eu imagino. Mas ela também não comentava mais sobre o assunto!
Depois de terem “superado” a perda do bebe, foram fazer uma viagem, minha avó, mãe da minha mãe também ia com eles! E eles foram para os Estados Unidos, pois era um lugar bonito e sempre tiveram muita vontade de conhecer os lugares de lá! Mas o que eles não sabiam é que depois dessa viagem eles teriam uma maravilhosa surpresa!
Chegaram de manhazinha no país que era “desconhecido” por eles, não conheciam nada, obviamente! A sorte era que minha mãe Fernanda, já havia feito vários cursos de inglês, então não se perderiam por lá! Foram a busca de um hotel para ficar, andaram um pouco e logo acharam um hotel! Era um hotel maravilhoso, daqueles de luxo, sabe? Amaram claro, e resolveram ficar por lá! Minha mãe fez as reservas, e subiram para os quartos para guardar as malas! Guardaram, e cada um foi tomar um banho -Cada quarto tinha dois banheiros, por isso não precisaram esperar)! Depois de já tomarem os banhos, foram fazer um passeio pela cidade, e assim passaram-se três dias!
Minha avó Marta, só observava os atos da minha mãe, e percebeu que ela estava tendo vários desejos, mas ela não quis dizer nada, para não deixar minha mãe preocupada! No quinto dia que estava lá minha mãe começou a ter enjoou-os, minha vó então teve certeza do que já estava suspeitando! Como iam ficam lá apenas seis dias, já arrumaram todas as malas, e foram descansar para a viagem que seria no outro dia. Dormiram, e logo amanheceu. Acordaram cedo, tomaram um ótimo café da manhã, e foram pro aeroporto! O voou era as 13:00hrs – horário de lá. E ainda era 11:00hrs, ficaram fazendo passeios pelos lugares que tinha nas redondezas até dar a hora, quando era 12:30 voltaram pro aeroporto! Foram pro lugar de embarque e entraram no avião! A viagem de volta foi bem tranquila, mas minha mãe teve vários enjoou-os. Chegaram então no Brasil, no Rio! Pegaram um taxi para ir para casa, chegando em casa, como minha mãe estava muito enjoada, ele não aguentou e foi direto para o banheiro vomitar, meu pai fico preocupado se ela estava bem e foi atrás dela. Minha avó ficou na sala! Os dois voltaram, minha mãe estava um pouco pálida, pois ó só tinha tomado café da manhã! E então minha avó disse:
- Eu sei o que está acontecendo com você minha filha! – Disse despreocupada

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