“Com o tempo, você analisa que abrir mão de algo muito importante, só se faz quando se tem um motivo maior que esse algo: seja um propósito, uma crença, um valor íntimo, uma obstinação qualquer que te oriente para essa escolha que já se sabia tão dolorosa. É um sacrifício voluntário por algo mais pleno, mais grandioso em Beleza. E, nestas análises, você descobre outras perdas que são positivas: perde-se também a ansiedade, a insegurança e a ilusão. E você aprende a recomeçar agradecendo por vitórias tão pequenininhas… Como quando é noite e antes de dormir você se enche de gratidão: ‘Deus, obrigada, porque é noite e eu tenho o sono… Que venha um sonho novo, então’.”
“Lembro-me bem das noites em claro passadas com ele, era as minhas melhores noites, os melhores momentos. Fazer planos par um futuro no qual hoje já não existe “nós”. Nunca imaginei que um dia chegaria ao fim, que teria que me calar quando a única coisa que eu gostaria de dizer era eu te amo.”
“O amor desbasta o ego. Enxuga excessos. Delata as mínguas. Transforma as mágoas. Destrona arrogâncias e idealizações. Desmancha certezas e tece oportunidades. Bagunça a autoimagem todinha, piedade zero, culpa nenhuma. O amor percorre territórios devastados da alma com a calma necessária para reflorestar um a um. Dissolve neblinas. Revela o sol. Destece máscaras. Reinaugura a humildade. Faz ventar. Faz chorar. Faz sorrir. Faz tempestade um monte de vezes pra dizer também céu azul um monte de vezes depois.”
“Nunca conheci alguém como você. Eu olho pra você e vejo um anjo, eu toco a sua pele e todo meu corpo acende, eu beijo você e… eu sei que estou me apaixonando.”
“Transformei meu pranto em riso que ilumina, que chega sem cerimônia e logo acha um lugar pra se sentar. Riso que chega sem avisar, pega de surpresa, fazendo de mim canção de ninar. Riso que traz a calmaria, e pra lágrima, um motivo pra se alegrar. Sol e chuva em harmonia, afastando a dor e trazendo a alegria.”
“Eu juro que não. Eu nego. Com a boca, digo não. Hoje, não. Negativo. Agora não. Não dá mais. Não pode ser. Não. Nem pensar. Não, eu disse. Porque não. Não, não e não. Repassando - não. Não, mas obrigado. Quando digo não é não. Pela última vez: não. Aí você abre a porta e tudo muda de figura. Ah, não.”