ƒяєє sρıяıт

"Estou sem forças pra recomeçar, sem fé. Você me deixou com feridas que eu tenho medo que não se cicatrizem. Amor, dizem que é um sentimento lindo, fundamental, inexplicável. Mas que sentimento é esse? Que no inicio parece ser doce, depois se torna amargo. Que não vai embora, quando você quer que ele vá embora. Que não nos deixa recomeçar. Ás vezes me sinto incapaz, incapaz de ficar com você, só mais um cara. O que você tem de demais? NADA. Você é um cara normal, que gosta de futebol, que tem preguiça de estudar. Me sinto incapaz de te esquecer. Eu deveria fazer isso, seguir em frente, te esquecer, encontrar alguém que me faça acreditar de novo no amor. Mas algo me impede. Eu não me arrependo de ter te conhecido, me arrependo apenas de ter me enganado tanto. Mas eu sei que um dia isso vai acabar e que de repente, vou me ver livre… Livre para recomeçar!"
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"Eu quero que você me veja não como uma pessoa qualquer, mas como a única pessoa capaz de te fazer sorrir, como a única que possa te fazer rir sem motivo, como a única que sempre estará do seu lado, como a única que nunca vai te abandonar, como a única que sempre vai te amar. Eu quero que você sinta que nada faz sentido sem mim, quero que você me veja em outras pessoas, quero que você pense em mim antes de dormir, quero que você lembre de mim o dia inteiro. Quero que, quando ouvir uma música, lembre-se de mim. Quero que você sonhe comigo, que nos imagine juntos. Quero que você lembre das nossas conversas, que pense no que deveria ter dito, no que deveria ter feito. Eu preciso que você fique comigo, preciso de você, preciso que você precise de mim. Preciso que você prometa que sempre vai me amar e que nunca largará minha mão."
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“Ao partirem em sua roda-cutia, ônibus e carros fazem com que folhas avermelhadas de outono flutuem como bolas de sabão e quase simultaneamente grãos de areia tornam-se navalhas dilaceradoras desses sonhos oblíquos e fluorescentes, estes que por pouco são a materialização dum ideal, fazendo com que esses despenquem como flocos de neve sob a terra árida, e assim sem se darem conta os organismos mecânicos seguem viajem no seu trecho asfaltado, com as entranhas enferrujadas e sangue queimado, distribuindo seus dejetos eliminando pulmões e descascando epidermes como laranja, para chegar mais rápido á estaca zero, assim como um gráfico que desenha montanhas e relevos.
Observo com o que me resta de visão, pois também sinto as navalhas penetrarem minhas pupilas, enrijecerem meus pulmões e coagularem meu sangue que transcorre pelos caules e com essa asquerosa enfermidade desejo salvar o vestígio dum mundo ao qual não pertenci assim conectado á cabos de aço ligados a um retângulo radioativo plugado aos meus ouvidos, este que produz um ruído que perfura meus tímpanos, assim como uma agulha que passa bailando pelo tecido da bainha da saia da sinhazinha.
Mas conforme deslizo como um barquinho de papel entre céu, mar e terra, pela janela de vitral vejo a luz do sol que transpassa galhos, folhas e concreto assim como o céu de monóxido de carbono, e com isso fico confortável como um morto num caixão de jade de pinho, repouso a cabeça no vitral encaro os olhos de Cristo e me sinto tranquilo como uma tartaruga em sua poça da água; Passo por pontes feitas de cartas, e me jogo no esgoto e imerso sem saber se me deixo levar pela correnteza da descarga ou se continuo a engolir ratos e sapos, e inconscientemente sei que em algum lugar que foge do meu ponto de visão a terra treme e o chão se abre bebendo oceanos, e arranha céus morrem afogados, o sol se transforma em serpente e corpos são arrebatados por divinas entidades, e tudo isto é apenas um curinga.
Agora meus pulmões queimam enquanto meus neurônios pulsam mais que meu coração, e fico atônico com o balé de fadas que agora dançam nas minhas entranhas, e isso faz com que os cantos dos meus lábios se retraiam formando um sorriso bobo, afável, apaixonado por todo esse desastre equilibrado.”
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