espaço livre:
'Como se fosse um copo quebrado, peço licença para passar pelos lugares mais vazios de ruas escuras. Em cada esquina olho a procura de algo, a procura de mim. Perdi-me há tempos. Tanto tempo faz, não lembro qual foi a última vez que vi-me no espelho e encarei meu próprio reflexo. Hoje o que vejo é alguém sem vida, com os olhos opacos sem vida alguma ali. Quantas vezes olhei-me no espelho e parei pensando: Não sou eu quem está lhe encarando, não é mesmo? É justamente ao contrário. Quantas e quantas vezes fiquei ali, em frente a uma imagem que nunca foi minha. Onde estou?
Como sempre, a mesma pergunta. Se quiser ver quem sou eu simplesmente feche os olhos. Sou a escuridão em busca de luz. O que fizeram comigo? O que eu fiz comigo? Não me importo, não mais. Apenas quero encontrar-me. Onde estou? Onde poderia estar? Minha vida não depende só disso, mas quantas vezes faço movimentos livres? Quantas vezes não sou controlado por algo invisível? Quantas vezes levanto-me por vontade própria? Quero a vida que não vivi, a vida que perdi a anos atrás de volta. Quero movimentos leves, movimentos livres. Sorrisos de verdade, olhares com sentimento. Quero algo cheio, não algo vazio. Não me quero vazia, me quero cheia. Cheia de vida, cheia de esperança, cheia de sorrisos, cheia de amor.
Estou entre a vida e o suicídio. Quando isso vai parar? Quando vou poder finalmente mostrar quem sou? Não através de palavras. Palavras... Muitas vezes dizem coisas horríveis sobre nós. Quero mostrar quem sou através de atitudes, sem que digam que sou uma pessoa perturbada. Meio difícil, quando se ri automaticamente. Quando se cai porque suas pernas falham, ou até mesmo quando olhas para o nada e presta atenção nas lembranças que tem. Já que assim estou, não tenho nada há perder. As vezes gostaria de ser o vento e levar tudo para longe, me levar para longe. Talvez tenha sido ele a fazer isso. Me levando assim, embora de mim. Quando irás me trazer de volta? Quando vou parar de me procurar? Quando?
Para sempre é muito tempo, e quando fecho os olhos, vejo que tão incerto quanto nossas palavras, quanto nossos atos. É tão... Inseguro quanto eu. Espero que esse para sempre surpreenda-me de uma maneira que ninguém nunca o fez. Que ninguém nunca tentou. Mas sobre o que estou falando? Céus, minha mente está mais bagunçado do que meu quarto. Não tenho tanta certeza, mas ao menos ainda sei meu nome. Então está tudo bem. Não há esperanças quanto a me salvar, há? Não. Provavelmente. Lembre-se daqueles sorrisos que dei em dias difíceis, lembre-se dos olhares que direcionei em dias chuvosos. Lembre-se de mim como quem se salvou do vento mais uma vez. Mas lembre-se: Eu nunca fui livre.' - Vendedora de Sonhos. ( http://he-resy.blogspot.com.br/2013/06/words_29.html )
Como sempre, a mesma pergunta. Se quiser ver quem sou eu simplesmente feche os olhos. Sou a escuridão em busca de luz. O que fizeram comigo? O que eu fiz comigo? Não me importo, não mais. Apenas quero encontrar-me. Onde estou? Onde poderia estar? Minha vida não depende só disso, mas quantas vezes faço movimentos livres? Quantas vezes não sou controlado por algo invisível? Quantas vezes levanto-me por vontade própria? Quero a vida que não vivi, a vida que perdi a anos atrás de volta. Quero movimentos leves, movimentos livres. Sorrisos de verdade, olhares com sentimento. Quero algo cheio, não algo vazio. Não me quero vazia, me quero cheia. Cheia de vida, cheia de esperança, cheia de sorrisos, cheia de amor.
Estou entre a vida e o suicídio. Quando isso vai parar? Quando vou poder finalmente mostrar quem sou? Não através de palavras. Palavras... Muitas vezes dizem coisas horríveis sobre nós. Quero mostrar quem sou através de atitudes, sem que digam que sou uma pessoa perturbada. Meio difícil, quando se ri automaticamente. Quando se cai porque suas pernas falham, ou até mesmo quando olhas para o nada e presta atenção nas lembranças que tem. Já que assim estou, não tenho nada há perder. As vezes gostaria de ser o vento e levar tudo para longe, me levar para longe. Talvez tenha sido ele a fazer isso. Me levando assim, embora de mim. Quando irás me trazer de volta? Quando vou parar de me procurar? Quando?
Para sempre é muito tempo, e quando fecho os olhos, vejo que tão incerto quanto nossas palavras, quanto nossos atos. É tão... Inseguro quanto eu. Espero que esse para sempre surpreenda-me de uma maneira que ninguém nunca o fez. Que ninguém nunca tentou. Mas sobre o que estou falando? Céus, minha mente está mais bagunçado do que meu quarto. Não tenho tanta certeza, mas ao menos ainda sei meu nome. Então está tudo bem. Não há esperanças quanto a me salvar, há? Não. Provavelmente. Lembre-se daqueles sorrisos que dei em dias difíceis, lembre-se dos olhares que direcionei em dias chuvosos. Lembre-se de mim como quem se salvou do vento mais uma vez. Mas lembre-se: Eu nunca fui livre.' - Vendedora de Sonhos. ( http://he-resy.blogspot.com.br/2013/06/words_29.html )