Qual o motivo dos seus devaneios?
Meus devaneios intercalam-se, e sempre que os tenho os escrevo, então deixarei contigo um que escrevi há algumas semanas.
“Era setembro. Eu estava em sala de aula, escrevendo o que podia, o que desejava, o que sonhava, o que sentia. Estava chovendo. Eu queria que aquilo acabasse para que pudesse sentir a chuva.
Eu senti.
Recusei todas as caronas possíveis e impossíveis, e andei embaixo da chuva com o sorriso dentre os lábios e a saudade de quem eu era. Meus cabelos compridos grudando em minha face, e minha roupa ficando molhada pouco a pouco. A medida que eu demorava, sentia-me melhor. Então eu cheguei. Retirei as roupas molhadas, e minha alegria não estendeu-se mais. Minha saúde frágil não aguentaria mais um banho, e eu não aguentaria mais um segundo trancada.
Arrisquei.
Parei no hospital horas depois. Minha pressão estava baixa, eu espirrava e minha respiração danificada. Eu não conseguia respirar por mais que quisesse. Meu pulmão doía, e eu tremia. Febre. Estava queimando em febre. Sorri fraquinho. Tudo ficaria bem, eu sabia que sim. Não era a primeira, e nem a última vez que aquilo acontecia.
Consequências.
Quando voltei para casa, a única coisa que se passava em minha mente, era o quão bons aqueles pingos estavam, e o quão alegre eu me sentia quando entravam em contato com minha pele.
Eu gostava de setembro.
Eu gostava da chuva.
Eu gostava de sentir.
Eu sabia sorrir.”
“Era setembro. Eu estava em sala de aula, escrevendo o que podia, o que desejava, o que sonhava, o que sentia. Estava chovendo. Eu queria que aquilo acabasse para que pudesse sentir a chuva.
Eu senti.
Recusei todas as caronas possíveis e impossíveis, e andei embaixo da chuva com o sorriso dentre os lábios e a saudade de quem eu era. Meus cabelos compridos grudando em minha face, e minha roupa ficando molhada pouco a pouco. A medida que eu demorava, sentia-me melhor. Então eu cheguei. Retirei as roupas molhadas, e minha alegria não estendeu-se mais. Minha saúde frágil não aguentaria mais um banho, e eu não aguentaria mais um segundo trancada.
Arrisquei.
Parei no hospital horas depois. Minha pressão estava baixa, eu espirrava e minha respiração danificada. Eu não conseguia respirar por mais que quisesse. Meu pulmão doía, e eu tremia. Febre. Estava queimando em febre. Sorri fraquinho. Tudo ficaria bem, eu sabia que sim. Não era a primeira, e nem a última vez que aquilo acontecia.
Consequências.
Quando voltei para casa, a única coisa que se passava em minha mente, era o quão bons aqueles pingos estavam, e o quão alegre eu me sentia quando entravam em contato com minha pele.
Eu gostava de setembro.
Eu gostava da chuva.
Eu gostava de sentir.
Eu sabia sorrir.”