Imagine (IMAGINE) que você decidiu se matar. Agora me diga, detalhadamente, como você vai fazer isso.
'Ela estava cansada. Cansada de tudo, de todos. Pegou uma garrafa de bebida qualquer, e por sua vez saiu andando pelas ruas escuras de sua cidade. Não importou-se com as roupas meio rasgadas e tampouco com os sangramentos que tinha pelo pescoço, pelos braços e pelas pernas. Não olhou para trás, estava próximo a uma outra cidade depois de muito - pouco - andar. Céus, caiu no chão, o corpo estava quase sem vida, e acharam-na. Apenas praguejou baixinho, estava completamente coberta por cortes fundos. O único erro fora debater-se um pouco no chão, e o sussurrou saiu baixo: 'Não...' Não, a vontade era de gritar, de chorar e logo de sorrir, dizendo: 'Não! Me deixe, me deixe.' E parece que a pessoa, aquele vulto que estava ali, ficou ao seu lado, até a hora em que a vida deixou-lhe os olhos castanhos.'
Oh, mudança no final, apenas. De resto, tudo real.
Oh, mudança no final, apenas. De resto, tudo real.