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AVISO

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Gente, cansei de enrolar vocês. Fico prometendo voltar a postar aqui não só pra quem é leitor, mas pra mim também. E tá chato isso, né? A solução que eu achei é voltar a postar sim, mas só nas férias. Mas por quê? Porque eu tô mó sem tempo, minha vida tá de cabeça pra baixo, fui mal nas notas desse trimestre e eu tenho que me recuperar. Enfim, sei que muita gente deve estar querendo me espancar pra caralho, mas é isso. Me decidi. Desculpa todo esse tempo de espera e desculpa por estar desapontando vocês. Então, até dezembro/janeiro. Beijos p todo mundo <3
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ATENÇÃOOOOO

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GENTEEEE, quero pedir ZILHOES de desculpas a voces pelo tempo gigante que eu fiquei sem postar!! Aconteceu porque primeiro eu viajei e estava sem celular, ja quando voltei, minha internet estragou e só foi arrumada ontem, e sem celular nao consegui avisar. Enfim, peço desculpas mais uma vez! Logo, logo volto c os posts. Obrigada!
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Cap 47
Fomos juntas abrir a porta, com o nervosismo tomando conta. Já era 20:03, então a partir dali, os convidados chegariam rapidinho. Quem abriu foi a Rafa.
Xx: Oi! - Era um grupo de 7 pessoas, onde 6 eram meninas e apenas um era menino. Eram todas da escola, já o menino não. Na verdade eu nem conhecia o menino. Será que vai vir muita gente de penetra? Tomara. Quanto mais gente, melhor. -
Eu: Oi! Vocês são os primeiros convidados! - Eles sorriram. Estavam bem arrumados também. - Podem passar! - Abri passagem. -
Rafa já puxou o pessoal lá pro pátio e sentamos numa rodinha. Mal consegui sentar, a campainha já tocou de novo.
Eu: Bia, vem abrir comigo. - Ela assentiu. -
Era 3 meninos, todos da nossa escola, só que do terceiro ano. Todos eram lindos, mas um se destacava. Era moreno e tinha olhos castanhos. Devia ter uns 15 centímetros a mais que eu. Os três se-ca-ram eu e a Bia. A Bia não perdeu tempo.
Bianca: E aí, gatos! Podem passar. - Eles sorriram e entraram. - Vamos lá pra dentro, já tem algumas pessoas ali.
Dessa vez não deu tempo nem de fechar a porta e mais cinco garotos chegaram. E quem eram? Lucas, Matheus, Felipe e mais dois meninos que eu não lembro o nome, mas são nossos colegas. Olhei fixamente pro Lucas, que retribuiu o olhar, fazendo meu coração quase sair pela boca. Acho que nos olhamos por muito tempo, já que o Matheus interrompeu. Filho da puta.
Matheus: Vai dar pra gente entrar, amiga querida? Ou vamos ter que esperar os dois se olharem por mais algumas horas? - Sorri envergonhada. O Lucas não, ele sorriu malicioso. Assim o core não aguenta, gente. -
Eu: Não exagera Matheus.
Felipe: Exagero tem certeza? - Rimos. -
Eu: Podem passar, pessoal. Quem já chegou tá ali no pátio. - Eles assentiram e passaram. Fui junto com eles, na frente. Vi que tinha certas pessoas olhando pra minha bunda, ao olhar pro lado. Sorri. Ninguém me paga pra ser santa, então continuei caminhando.
Lucas e Matheus cumprimentaram uns meninos do terceiro que já tinham chegado. Sentamos todos. A campainha tocou de novo, então a Rafa levantou pra abrir. Enquanto isso ficamos conversando. E eu e o Lucas quase nos comendo com os olhos.
Laura: Amiga - Sussurou - Tem quarto ali do lado. Tu vira o corredor a direita e chega. - Ri alto. -
Eu: Vai querer usar, amor? - Falei no mesmo tom -
Laura: Eu? Sério? - Riu e voltou a conversar -
Então a Rafa chegou com mais três meninas atrás. Uma era da nossa escola. A outra eu não conhecia. E a outra.. A outra era a Luana. É, a menina que deu aquela festa, na qual.. Eu beijei o Lucas. Bêbada. E ele ficou com a Luana. Não me lembro de ter convidado essa vadia. Uma raiva do tamanho do mundo me subiu. Devo ter ficado vermelha. Devo ter soltado fumacinha pelos ouvidos, como nos desenhos. Ela olhou pra mim e sorriu. Eu sorri de volta, superior. Mas com fogo nos olhos. Olhei pro Lucas, e ele estava com uma expressão muito estranha. Aquela expressão que se faz quando deu merda.

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Cap 46
Então tivemos enrolar um pouco, por alguns minutos, até que meu pai chegasse em casa. Não sei onde ele estava.. Mas enfim. Eu postei uma foto de nós duas juntas, e ela postou outra. A que eu postei era na frente do espelho, a que ela postou era da câmera frontal. Também tiramos fotos sozinhas, pra postar outro dia. Quando meu pai finalmente chegou, nos levou até a casa da Dani e fez um escarcéu porque não foi convidado, eu só ria.
Pai: Chegamos.
Dei um beijo de despedida nele.
Eu: Tchau, pai.
Laura: Tchau, tio Paulo. Obrigada pela carona! - Ri internamente da Laura tentando, TENTANDO ser educada. -
Pai: Tchau, meninas. Mas ainda assim, estou chateadíssimo por não ir nessa festa só por ser coroa.
Nós rimos.
Eu: Quem sabe na próxima, pai. Quem sabe na próxima. Mas agora temos que ir. - Mandei um beijo no ar. -
Já era 19:30, então ainda tínhamos uma meia hora antes dos convidados começarem a chegar. Cumprimentamos os pais da Dani, que são uns amores mesmo por terem cedido tudo pra nós. E a propósito, a mãe da Dani estava com um vestido LINDO.
Uns 5 minutos depois de mim e da Laura, a Rafa chegou. Ela tava muuuito gata. Tinha um vestido preto básico, mas bem justo. Também estava usando um maxi colar e pulseiras douradas com detalhes verdes folha e um saltão todo glitterado da mesma cor. Assim como o meu e o da Laura, o cabelo dela estava solto, só que meio enrolado. Nós três tínhamos cabelos bem compridos.
Rafaela: Oiiii! Que lindas, meninas! - Abraçou nós duas. -
Eu: Tem certeza que é só nós duas? - Ela sorriu. Usava uma maquiagem dourada e preta e um batom vermelho sangue, da cor do meu vestido. -
Rafaela: Enquanto ninguém chega, vamos tirar umas fotos! - Mas nesse momento, vimos a Bia chegando. Meu Deus, só ia ter menina linda nessa festa. -
Bianca: Oi meninaaaaaaaaaas! - Ela estava extremamente animada. -
Eu: Acho que alguém tá animada demais pra um dia qualquer!
Bianca: Ai, Pietra, só tô felizzzzzzz! - Começou a dançar. Nós rimos. Ela usava um vestido preto com amarelo e umas rendas. Era perfeito. O salto era preto de camurça e a maquiagem toda preta com batom vermelho. O cabelo era uma trança lateral meio desfiada, solta.. Linda. -
Rafaela: Feliz, sei. - Disse rindo. -
Bianca: Venham me dar um beijo, gatinhas. - Todas cumprimentamos ela e a Laura por último, meio a contra-gosto, rapidinho. Não entendo essa richa delas, juro que não entendo. -
Rafaela: Que a gente tá gata, todo mundo sabe, mas vamos logo tirar uma foto todas juntas!
Bianca: Vamos láaa!
A casa da Dani tinha um espelhãaaaaaao largo e bem maior que nós de altura também, na sala de jantar. Tiramos umas mil fotos ali, de todos os jeitos.
Eu: Só faltava a Dani aqui.
Bianca: É! - A Rafa e a Laura assentiram com a cabeça. -
Rafaela: Mas calma, a gente ainda vai tirar muitas fotos hoje.
Laura: E como! - Rimos e concordamos -
Então a campainha tocou. O primeiro convidado. Nos olhamos todas sorrindo e mega nervosas/animadas/ansiosas. Fomos todas juntas atender.

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Cap 45
A decoração já estava pronta, a comida arrumadinha nas mesas, a mesa de doces feita e as arrumações estavam terminadas. Estava tudo muito lindo. A casa inteira. A mãe da Dani, que não teve tempo de nos ajudar, elogiou bastante, o que nos deixou bem felizes. A única coisa que a gente decidiu de última hora, foi contratar um dj. Primeiro a gente ia usar pen drives mesmo, e caixa de som. Então uma colega nossa recomendou o primo dela, e acabamos aceitando. Ele fez 50 reais a menos, já é grande coisa. Enfim. A Rafa foi pro salão arrumar o cabelo e as unhas umas 2 horas antes de mim e da Laura, que ficamos ajeitando as últimas coisas. A gente ia fazer tudo em casa mesmo, uma faria o cabelo, a maquiagem e as unhas da outra, já que não teríamos tempo de ir em lugar nenhum. Só quando a última coisa estava pronta, nós fomos pra casa. Eu fui a primeira a tomar banho, depois a Laura. Enquanto a Lau não saía do banheiro, fui colocando minha roupa. Era um vestido justo e curto, de um vermelho bem vivo, com uns detalhes dourados com glitter na alça, na cintura e na barra. O salto era preto normal, mas lindo e bem grande. Quando a Laura entrou no quarto, começou a falar.
Laura: Amigaaaaaaaaaaaa, que vestido lindo é esse?! Quero emprestado um dia! Tu fica linda de vermelho, por ser morena! Ahhhh e esse salto! - Ri dela. -
Eu: Calma, amiga. Obrigada, obrigada, obrigadaaa!
Nós duas rimos.
Laura: Não, sério. Tu tá gata mesmo, hein. - Falou rindo. -
Eu: Aprendi com a mais mais.
Laura: Sem dúvidas.
A Laura pegou um esmalte preto e pintou minhas unhas, fazendo francesinha dourada metálica. Depois de tirar os borrões, ficou perfeito. Coloquei dois anéis e uma pulseira, ambos dourados. Ela também secou meu cabelo, o que levou um tempinho. Apesar de não ser tão grosso, meu cabelo cresceu bastante nos últimos meses, falta um palmo pra chegar na cintura. Quando acabou de secá-lo, foi se vestir. Ela usaria um vestido tomara que caia também justo e curto, mas um azul anil liiindo. Dos lados, era meio vazado em renda preta. O salto era preto inteiro de glitter.
Eu: Tem certeza que tu me chamou de linda? Olha só pra esse azul! E teu salto é maior que o meu, fia. Isso que o meu já é grande.
Laura riu.
Laura: É um salto 15 cm. E obrigada também, amiga. Tá, pinta as minhas unhas agora.
Eu: Que cor?
Laura: Deixa eu pensar. Vermelho! - Rimos. Seria estranho se fosse qualquer outra cor, já que ela misturou preto e azul na roupa e vermelho nas unhas. Mas fala sério, esmalte vermelho vai até com roupa verde limão. -
Eu: Ok. Me dá o vermelho.
Peguei o esmalte e passei nas unhas dela, logo depois passando base e secante. Ela também tinha lavado o cabelo, então o sequei. E que cabelo. Depois disso, fizemos a maquiagem cada uma em si mesma, já que não consigo fazer maquiagem nos outros. Minha maquiagem ficou preta, iluminador dourado e batom coral. A dela ficou preta, azul e batom rosa. É, nós estávamos lindas. Tiramos uma foto pro insta, só pra não perder o costume.

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Capítulo 44
O sinal tocou, voltamos do intervalo e as duas últimas matérias passaram bem rápido, apesar de que as duas professoras são umas vacas. Quando a aula acabou, arrumei meus materiais na mochila correndo e fui pra casa voando. Almocei do mesmo jeito, subi pro meu quarto, peguei uma roupa, tomei um banho, me vesti e fui pra casa da Dani.
Toquei a campainha e alguns segundos depois, uma mulher loira, de estatura magra e alta me atendeu com uma voz suave. Era a mãe da Dani.
Bárbara: Oi, minha linda. Pode entrar. - Abriu passagem pra mim. - A Laura já está lá no quintal. - Ri internamente da palavra "quintal". -
Eu: Obrigada. - A cumprimentei com um beijo na bochecha. Pensei onde poderia estar a Dani agora. -
Bárbara: A Daniela está no salão, se arrumando pro suposto jantar em família. - Ela disse sorrindo como se houvesse lido meus pensamentos. - E não se preocupe, ela nem imagina uma surpresa.
Eu: Tudo bem. Ainda bem! - Respondi sorrindo. - Tia, a tia fotógrafa da Dani chega mais ou menos que horas? - Perguntei por precaução. -
Bárbara: Uma hora antes de começar a festa.
Eu: Ok, muito obrigada por tudo, tia Bárbara.
Bárbara: O que é isso, Pietra.
Eu: Vou lá ajudar a Laura então. - Me despedi com um sorriso e fui procurá-la. -
Cheguei no pátio e a Laura estava tirando das caixas alguns globos de luz e enfeites.
Eu: Cheguei, gataaaaaa!
Laura me viu e sorriu, agitada. Veio pulando me abraçar.
Laura: Pietraaaaaaaaaa, essa festa vai ser foda! A Dani vai amar, tô te falando.
Eu: Concordo. Tu já viu roupa?
Laura: Sim. A única coisa que vou ter que trocar é o sapato. Eu ia usar uma ankle boot, mas acho que vou passar calor. O sol tá rachando.
Eu: A festa vai ser de noite, anta. - Ri dela. -
Laura: Ah, é.. Mas mesmo assim, acho que vou usar saltão normal, não bota.
Eu: Tu que sabe. - Falei sorrindo. -
Laura: Mas e tu? Já sabe o que vai usar?
Eu: Simmm.
Laura: O quê???
Eu: Te mostro lá em casa depois.
Ela assentiu e começamos a arrumar as coisas mais rapidamente. Nós havíamos alugado mesas e cadeiras. Elas eram muita bonitinhas, todas trabalhadas e brancas. Não eram de plástico. Não pusemos toalha de mesa, já que a mesa por si só era linda, e acima do trabalhado de ferro, havia vidro, para sustentar as coisas. A comida e as bebidas seriam entregues todas as 18:30. Foi o mais cedo que conseguimos. Ao redor da piscina, pusemos várias mesinhas do mesmo tamanho, colocamos toalhas de mesa lisas e começamos a arrumar as tigelas e potes com os doces. Tinha muito doce, sério. Compraram sacos demais. Tinha marshmallows, bombons e tudo o que se poderia imaginar.
A campainha tocou e eu fui atender, já que os pais da Dani haviam dado uma saidinha. Era a Rafa. A abracei com toda a minha força. Não nos víamos desde o posão lá em casa. Ela disparou a falar. Me contou as novidades, as futuras festas e sobre a roupa que usaria a noite. Conversamos bastante enquanto arrumávamos tudo. Ela e a Laura também se deram bem.

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Capítulo 43
Os períodos e as matérias passaram mais devagar do que nunca. Eu estava quase gritando de tão ansiosa pra que eu pudesse ir logo pra casa e a arrumação começar. A Dani não havia ido na aula, provavelmente por causa do aniversário. Que sorte. Espero que ela não desconfie de nada sobre a festa.
O sinal tocou e puxei a Laura pra um canto.
Eu: Lau, tu vai se arrumar na minha casa, né?
Laura: Sim!
Eu: Tu não quer posar lá depois?
Laura: Sim, eu ia falar contigo sobre isso. Minha mãe também não vai ter como me buscar, já que a casa da Dani é do outro lado da cidade. - Assenti. -
Eu: Ok. Então não esquece de levar roupa e tal. - Ela assentiu -
Fomos pra cantina e sentamos com o Matheus e com o Felipe, já que a Dani e o Lucas não vieram. Não que isso interfira em alguma coisa, mas foi melhor assim. Conversamos sobre várias coisas. Acabei descobrido que o Felipe é muito querido e menos quieto do que eu pensava. De repente, o Lorenzo passou pela nossa mesa e a Laura o seguiu com os olhos. Seu olhar era triste, muito triste. Soava como culpado, mas ela não tinha culpa de nada. Também não posso culpar a Bia por causa do término, já que a Laura aceitou fazer o desafio. Mas fala sério, não precisavam ter gravado a Laura. Muito menos ter postado na internet, nas redes sociais. Todo dia a Laura era "abordada" por alguém rindo da cara dela. Se isso tivesse acontecido comigo, eu estaria quase entrando em depressão. Tá, não é pra tanto, mas eu estaria com muita vergonha. A Laura, apesar de triste, nem dá tanta bola assim, e acho que foi isso o que fez as brincadeiras e risadinhas diminuírem. Já o Lorenzo, não dava nem sinal de que gostaria de voltar com o namoro, e isso é o que provavelmente mais dói pra Lau. E se ela estivesse realmente grávida? Coisa da qual nunca mais falamos sobre. E se ela estivesse esperando um bebê mesmo, o que aconteceria? O Lorenzo não poderia simplesmente largar de mão. Não mesmo. Nós não vamos deixar.
Eu: Laura, vai falar com ele. - Me virei pra ela, apontando o Lorenzo com os olhos. -
Laura: Sem chance. - Falou baixinho. -
Eu: Não fica assim, amiga. Vai dar tudo certo. - Falei pra ela, tentando também me convencer disso. -
Ela sorriu.
Laura: Assim como? - Sorriu mais. Retribuí. -
Eu: Isso mesmo.
Matheus: As amiguinhas vão dividir o papo com nós ou vão ficar de segredinho mesmo? - Eu e a Laura rimos. -
Eu: Ah, desculpa. A gente estava conversando que calcinha subiu de preço. - Felipe riu e Laura assentiu, também sorrindo. - O que você tem a dizer sobre isso, Matheus? - Ele fez uma careta mas não deu o braço a torcer. -
Matheus: Tenho a dizer que concordo. Esses dias fui comprar uma, e as de oncinha estão 10 centavos a mais que as lisas! Que roubo! - Falou fazendo voz de bicha. -
Nós rimos.
Eu: Deixa só eu gravar isso e mandar pra Dani, meu filho, deixa.
Matheus: Não! - Falou rindo. -

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Capítulo 42
Eu: Simmm. Vamos lá, Matheus. Vão me confundir com um túmulo.
Matheus: Imagino. Tu é a melhor amiga da Dani e não vai falar nada. - Disse descrente, mas brincando. -
Eu: Juro de dedinho. - Dei meu minguinho pra ele. -
Matheus: Sei.
Eu: Sim!
Matheus: Que curiosa, Pi. Mas eu não vou falar nada. Vai ter que esperar como a Dani.
Ele não ia me falar mesmo, então não adiantava nem tentar.
Eu: Credo, Felipe. Teu amigo é muito chato. - Matheus bagunçou meu cabelo. - Afe, Matheus. Levei horassss fazendo meu cabelo.
Matheus: Sério?
Eu: Não. - Eles riram. -
Matheus: Mas vem cá, Pietra. Se tu acha que eu não tô vendo o climinha que tá rolando entre o Lucas e uma certa pessoa, tu tá muito errada.
Eu: Que? Hãn? Nada a ver, cara. Viajou. Que pessoa? Eu? Não. - Falei de uma vez só. -
Ele e o Felipe riram.
Matheus: Calma, Pietra. Respira. Eu não falei nada de você, tu que admitiu. Não precisa ficar nervosa nem corar. - Fiz cara de brava. -
Eu: Vai se foder, Matheus.
Matheus: Só com a Dani. - Eu ri. -
Eu: Ah, guarda pra vocês, Matheus. Que nojo. - Ele riu. -
Matheus: Guardo sim. Mas voltando ao assunto, e o Lucas?
Eu: O que tem ele? O amigo é teu, não meu. Não sei onde ele tá.
Matheus: Pode parar de teatrinho, Pi. Eu sei que tu tá parada na dele. E po, ele não tá muito diferente não.
Eu: Sério??? - Sorri. - Quer dizer, não que eu me importe, né. Só curiosidade mesmo. - Desfiz meu sorriso rapidamente.-
Matheus: Se é só curiosidade, então deixa pra lá.. Nem vamos conversar sobre isso..
Eu: Ah, não Matheussss! - Quase me ajoelhei no chão. -
Matheus: Calma, cara. - Disse rindo. - É assim, ele vem me falando de ti.
Eu: O quê, cacete?
Matheus: Agora tu quer saber, né Pietra? - Ele riu. -
Eu: Sim! Mas o que ele fala?
Matheus: Pra não dar na cara, ele não diz tanta coisa assim, mas ele pensa muito mais do que diz. Pode ter certeza. É só olhar a cara que ele faz quando tu passa.
Eu: Como assim, Matheus? Fala português.
Matheus: É assim, ele quase baba, resumindo. - Sorri surpresa. -
Eu: Tu tá brincando né, Matheus? Sério. O Lucas nunca vai gostar de uma pessoa só. Ele pega todo mundo, fala sério.
Matheus: Eu também era assim antes de conhecer a Dani. Acho que não tem nada a ver. Desde que ele entrou aqui na escola esse ano, ele "mudou" um pouco.
Eu: Ele entrou esse ano?
Matheus: Sim.
Eu: E como assim mudou?
Matheus: Po, não sei explicar muito bem. Ele tá diferente... E..
Eu: E? Desembucha, Matheus. - A paciência já estava esgotando. -
Matheus: É muito raro ele ficar com alguém nas festas. Ele só pega as mina quando tá bêbado mesmo.
Eu: Mas eu vi ele ficando com a Luana lá na festa dela. E ele não estava bêbado. - Falei me lembrando. -
Matheus ia me responder, mas o maldito sinal tocou. Ele disse que conversava comigo depois. Voltamos pra aula normal, mas eu fiquei pensando no que o Matheus me falou, pensando em tudo.. O Lucas não tinha vindo na aula hoje, melhor assim. Mas espero que ele vá na festa.

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Capítulo 41
Sexta-feira, nem acredito. Mas essa é uma sexta diferente. Não vai ter baladinha nem nada pra eu poder relaxar. Pelo contrário, vou esquentar a cabeça mais ainda. Mas vai valer a pena.
Levantei da cama que nem um zumbi. Fui até o banheiro e ao me ver no espelho, concluí que eu já estava fazendo a transição. Tomei um banho quentinho, mas rápido e passei pó e rímel. Um zumbi bonitinho, agora. Pus meu uniforme, um tênis qualquer, deixei o cabelo solto, tomei café com meu pai, arrumei meus materiais na mochila e fui pra escola, já que o pai não me deixou faltar, mesmo sabendo que eu tinha toda uma festa pra organizar. Ele disse que eu não ia fazer nada de manhã mesmo, então não tinha porque faltar. É uma bosta mesmo.
Cheguei na escola e fui logo encontrar a Laura, além de falar sobre a festa, a gente tinha assuntos importantes pra conversar, mas decidi tocar no assunto mais tarde. Essa não era a hora. Ela estava na aula.
Eu: Lauraaa! - Falei chamando a atenção dela. Ela se virou. -
Laura: Oi, amiga! - Veio me cumprimentar. -
Eu: Tudo pronto pra festa, então? - Sorri ansiosa. -
Laura: Simmm! Meu Deus, mal posso esperar.
Eu: Somos duas.
Laura: Tomara que a Dani goste da surpresa.
Eu: Ela vai gostar, nem esquenta.
Laura: Viu, tu vai arrumar a festa ou se arrumar primeiro? - Boa pergunta, eu não tinha pensado nisso. -
Eu: Acho que eu vou arrumar a festa, voltar pra casa, me arrumar e volto pra festa depois. Meu Deus, eu vou ter que voar. - Pus a mão na testa, como se estivesse preocupada. Eu estava, na verdade. -
Laura: Então eu vou fazer isso também. Tem como eu me arrumar na tua casa? É que a minha mãe só tem como me levar na casa da Dani, não vai ter como eu ir e voltar pra casa e tal.
Eu: Pode sim. A gente podia ir arrumar a festa lá pelas.. 13 horas. É só almoçar correndo.
Laura: Por mim pode ser. Tu podia chamar a Rafaela pra ajudar com a festa, né? Ela é muito legal.
Eu: A Rafa é muito foda mesmo, morro rindo com ela. - Ela concordou. - E podíamos aproveitar e falar com a Bia.
Laura: É... - Falou sem convicção. Estranhei mas nem falei nada. -
Eu: Feito então. No recreio a gente conversa melhor.
Laura: Tá. - Voltou a conversar com um grupo de meninas da nossa sala. -
Fui então procurar o Matheus pra incomodá-lo, já que estava entediada e faltava 10 minutos pra aula começar. Pela primeira vez na história ele não estava com o Lucas, só com o Felipe. Sentei do lado deles na maior intimidade. Na verdade a gente era bem amigo até, já que ele me ama agora que eu juntei ele com a Dani. DE NOVO.
Eu: E aíííí. - Eles riram. -
Matheus: Como tá a vida, Pietra?
Eu: Melhor impossível. E a de vocês?
Matheus: Ótima. - Felipe concordou. -
Felipe não era tão meu amigo, então não estava conversando muito.
Eu: Já comprou o presente do teu love?
Matheus: Po, claro.
Eu: O que é????
Matheus: Segredo.
Eu: Me conta, por favorzãooo. Eu não vou contar pra ninguém.
Matheus: Não. - Sorriu. -

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Aviso ♥

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Geeeeeeeeente! Antes de qualquer coisa/capítulo, eu queria dizer que fiquei 6 dias sem postar porque fui viajar de última hora e não deu pra avisar. Eu tentei, mas não deu. Enfim, só queria dizer mesmo que não abandonei a web e isso provavelmente não vai acontecer. Provavelmente não. Não vai mesmo. Enfim, vou começar a escrever os capítulos agora, vou tentar postar bastante hoje pra compensar os dias de ausência. ♥
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Cap 40
Rafaela: Fala português, filha. Se contenta, tu é br.
Eu: Ahahhaha, é, né.
Bianca: Cala a boca, Rafaela. Tá, mas e aí, Pi! Qual o motivo do grupo? Porque só nós três?
Eu: Então, meninas. Amanhã vai rolar uma festinha da Dani na casa dela, aí eu deixei pra convidar vocês separado, pra gente poder conversar melhor.
Bianca: Sério?? Uhuuuu, que foda!
Rafaela: Ebaaa, bora beber, gente!
Eu: Não fica tão felizinha assim, amor. Tu não vai beber porra nenhuma.
Bianca: É verdade! Po, tu quase matou a gente lá na casa da Pi.
Rafaela: Credo, nem foi tão ruim assim.
Eu: Foi sim!!!
Rafaela: Foi nada! Esse estresse todo é falta de sexo, Pi.
Eu: Nossa, o bebê tá se revelando!
Bianca: Ahahahha.
Rafaela: Vão a merda, sério.
Eu: Ai, que sarro!
Bianca: Tá, chega gente.
Rafaela: É verdade!
Bianca: Vem cá, Pi. Porque a Dani não convidou ela mesma? Porque ela mandou tu vir falar com a gente?
Eu: Ah, esqueci de comentar isso. A festa vai ser surpriseeee pra Dani. Não falem nada. Não deixem escapar uma palavra só. Se conversarem com ela, ajam bem natural, se não eu mato vocês duas a facada!
Bianca: Que medo, genteeeeee!
Rafaela: Nossa, vou ir pro Haiti agora, de tanto medo.
Eu: Sério, Rafa? Haiti?
Bianca: Não deve saber nem o que é! Ahahhaha.
Rafaela: Sei sim. É uma cidade.
Eu: AHUAHAUHAUA.
Bianca: Opaaa! Pensa um pouco mais Rafa, não dói nada.
Rafaela: Pensar no quê?
Eu: Puta merda. Depois dessa eu me aposento de ti, Rafaela.
Rafaela: Não briga comigooo.
Eu: Desculpa bebê!
Rafaela: Não.
Eu: Ora.
Bianca: Credo, que nojo de vocês duas.
Eu: Mal comida.
Bianca: É tu, china.
Eu: Cala a boca, rapariga.
Rafaela: Deu, gatas! Não precisam brigar por mim.
Eu: Ha ha ha.
Bianca: Acho que não, hein.
Eu: Queridas, é meia noite já. Quase morri hoje, preciso ir dormir, sério. Não esqueçam da festa amanhã. 20 horas começa, mas cheguem antes pra ajudar. Beijão.
Rafaela: Bebês não podem ajudar.
Eu: Podem sim. Vai a merda Rafa.
Rafaela: Chorano agora.
Eu: Af. Só não esqueçam. Beijos!
Bianca: Ok, beijos! Até amanhã.
Rafaela: Boa noite! Amanhã promete, hahahah.
Eu: Hora de bebê dormir.
Rafaela: Sai fora, Pietra.
Eu: Te amo também.
Whatsapp off.
Pensei seriamente em não ir na aula do dia seguinte, mas o pai provavelmente não deixaria. Estava um pouco nervosa com a festa. Tomara que tudo dê certo como o combinado. Tomara que a Dani goste.
Tomara que o Lucas vá. Tomara.

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Cap 39
Eu: Lau, nós vamos ter que correr, se quisermos que a festa aconteça.
Laura: Sim!
E foi o que fizemos. Decidimos, em primeiro lugar, não fazer convites. Além de não dar tempo e serem dinheiro posto fora, tinha a possibilidade da Dani ver. Uma possibilidade enorme. Com certeza alguém ia comentar com outra pessoa e chegar no ouvido dela.. Ou ela poderia ver alguém abrindo... Sei lá. Decidimos não fazer e então criar três grupos no whatsapp, já que só dá pra adicionar 50 pessoas em cada um. Primeiro achamos gente demaaais, porque seria na casa da Dani, mas não tinha como tirar gente. Eram os nossos amigos, se não convidássemos todo mundo ia ficar bem chato. E com certeza um terço do pessoal ia faltar. Enfim. A galera se empolgou bastante no grupo e prometeram não deixar uma palavra escapar perto da Dani. Tomara que cumpram. Sério.
Em relação à comida, encomendamos um bolo gigante, salgadinhos e docinhos variados. Também decidimos que faríamos uma mesa de doces, com várias tigelas variadas e tal. Sobre a bebida, teria refrigerante pra quem quisesse e bebida alcoólica em geral. Muita bebida. Contratamos uma equipe de drinks muito bem falada na cidade. Pra falar a verdade, eu já tinha ido em algumas festas que eles estavam presentes. Eu amei os drinks. Fora isso, teria vodka, whisky e cerveja. E umas outras bebidas meio loucas lá que a Laura ia comprar. Já decoração não seria tanta coisa. Pegamos globos de luz emprestados do Gustavo, o nosso colega mais festeiro. Ele emprestou na boa. A festa seria no pátio enorme que a Dani tem. Os globos não teriam uma serventia tão grande, só refletiriam na parede, já que o pátio não era coberto (?), mas ia ficar legal. O pátio é todo gramado e bem no meio, tem uma calçadinha ao redor da piscina. Colocaríamos tudo em volta dela. Além do mais, os globos ficariam espalhados pelos cantos. Também compraríamos muuuuuita tinta neón no dia seguinte. E pedimos pra Bia uma única coisa: Fazer plaquinhas pro pessoal tirar fotos. Uma tia da Dani é fotógrafa, então pedimos pra mãe da Dani falar com ela, e ela aceitou na boa fazer as fotos de presente pra Dani. Todas elas. Quero uma tia assim! Hahah. Bom, o jeito que achamos de a festa ser surpresa e ela chegar "sem querer", foi de os pais dela a convidarem pra sair jantar. Tomara que ela escolha uma roupa bonita, pro bem dela! Haha.
Como fizemos tudo isso em um dia só (quarta-feira) e algumas coisas na quinta, eu estava exausta. Mas já no outro dia seria a festa, então eu precisava descansar com urgência. Tomei um banho de uma meia hora, bem relaxante. Coloquei meu pijama, escovei os dentes e deitei na cama. Peguei meu celular e fui falar com a Rafa e a Bia, já que elas eram as únicas que eu tinha deixado pra convidar separado. Fiz um grupo do trio.
Whatsapp on.
Eu: Oi chinasss!
Rafaela: Oi, gata!!
Bianca: E aí meninasss! What's going on?

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Cap 38
Daniela: Foi assim. Vocês duas saíram e eu fiquei muito sem reação, sem graça. O Matheus, o Lucas e o Felipe estavam bem do meu lado. Eu devo ter ficado muito vermelha. - Falou repetindo a cena, corando e colocando a mão na testa. Eu ri. - Eu era a primeira da fila, então me obriguei a comprar um pastel. Que depois foi jogado no lixo, mas foda-se. - Ela riu. - Continuando. Eu olhei pro lado e os nossos olhares se encontraram como num filme. - Falou sonhadora. E dramática. Não mereço isso. -
Eu: Tá, gata. Pula essa parte.
Daniela: Não! Essa parte é muito importante. - Me ajeitei melhor na cadeira. Aquilo ia demorar. - Então ele olhou pros meninos e falou que conversava com eles depois. Depois, ele me puxou pra um canto e me perguntou se eu tinha algo pra falar pra ele. Eu respondi que tinha muita coisa. Ele falou que me amava, antes de tudo, mas que eu tinha brincado com ele. Tinha terminado num dia e corrido atrás no outro. Ele falou que tinha ficado confuso e que queria ficar com uma menina que fosse decidida, e essa menina não era eu. - Uma lágrima escorreu. -
Eu: Daniela, sem drama. - Ela caiu em si e me lançou um olhar de tédio. -
Daniela: Enfim. Eu quase comecei a chorar na frente dele mesmo, com tudo o que estava escutando, mas me segurei. Então eu expliquei pra ele, que aquilo não tinha passado de um desafio que eu tive que fazer, que eu também amava ele, muito, muito, muito. Daí a gente se beijou por um tempão e fim. Satisfeita?
Eu: Sim! Um problema de amiga a menos pra resolver! - Dei um soco pra cima, no ar, como se tivesse ganhado algum jogo. -
Daniela: Ah, vai tomar no cu. - Rimos. -
Passei o resto da tarde na casa da Dani. Comemos, fomos na piscina.. Com um biquíni emprestado dela, porque eu não levei o meu. Tomamos banho e eu fui pra casa umas 19h. Cheguei em casa e fui falar com a Laura no Whats.
Whatsapp on.
Eu: Lauuuu.
Depois de uns minutos ela respondeu.
Laura: Fala, amigaaa.
Eu: Eu pensei um pouco hoje, e que tal se a festa surpresa da Dani fosse na casa dela?
Laura: Na casa dela e tals? Não seria meio... Óbvio? E fácil de ela descobrir?
Eu: Daonde, é só fazer ela ficar longe de casa o dia inteiro.
Laura: Pois é.
Eu: Mas como?
Laura: Também não sei.
Eu: Mas a gente dá um jeito nisso. Mas o que tu acha de ser lá? É grande, a piscina também..
Laura: É, talvez..
Eu: E é só a gente conversar com os pais dela, mas eles vão deixar com certeza.
Laura: É. Isso é verdade. Então feito, vamos fazer lá. Só que a gente tem que organizar tudo pra ontem! Amiga, hoje é quarta e a festa vai ser sexta. Será que vai dar certo?
Eu: Dá sim, amiga. Mas vamos pedir ajuda do Matheus, agora que eles se acertaram.
Laura: Se acertaram??? Nós somos fodas, Pietra.
Eu: Somos sim. Aliás, quem sabe os pais da Dani não dão uma forcinha na preparação!
Laura: É, acho que sim. Tomara que de certo..
Eu: Vai dar sim.

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Cap 37
A Dani foi embora. Fiquei super curiosa. Não demorou muito, o Matheus passou conversando com o Lucas. Quando estavam descendo as escadas, logo a minha frente, Lucas olhou pra trás, pra mim, e deu um sorriso um tanto quando.. Malicioso. É pra acabar comigo, só pode. Sacanagem, viu? Em relação ao Matheus e a Daniela, com aquele sorrisão dos dois, provavelmente voltaram. Mas mesmo assim, fiquei tri curiosa pra saber o que aconteceu. Tive que ligar pra Dani à tarde.
Ligação on.
Eu: Dani?
Daniela: Fala, amiga! - Ela estava feliz. Muito. -
Eu: Então?
Daniela: Então o que? - Se fez de desentendida. -
Eu: Daniela, me conta tudo! Tô louca pra saber, sério. - Ela riu. -
Daniela: Saber o quê?
Eu: Ahh, vai tomar banho! Desembucha, filha! - Falei impaciente. -
Daniela: Ok. Se eu não falar agora tu me mata, né?
Eu: É!
Daniela: Tá bom. Assim. Quando tu e a Lau saíram... - A interrompi. -
Eu: Ah, verdade! Acho que alguém me deve um "obrigada", né?
Daniela: Cala a boca, se não eu não conto. Enfim. - Voltou a contar. Eu podia ter certeza que ela estava sorrindo. Parecia que estava contando uma história de conto de fadas, sabe? Mereço. - Quando vocês duas saíram, eu fiquei sem reação. Fiquei com vontade de dar uns dez tiros em cada uma.
Eu: Pra quê isso, novinha? - Falei debochando. -
Daniela: Deixa eu falar, vadia!
Eu: Tá, fala. Não atrapalho mais, juro.
Daniela: É bom mesmo. Ah, quer saber? Vem aqui em casa que eu te falo. Eu vou gastar muito crédito.
Eu: Mas eu é que liguei, jumenta!
Daniela: Ah, é. Foda-se. Vem aqui em casa, Pi! Ou eu vou aí, sei lá.
Eu: Porque?? Eu vou morrer se tu não me contar agora.
Daniela: Ah, não dá pra contar por celular, amiga.
Eu: É foda, viu. Tá, tô indo aí.
Daniela: Feito! Beijos. - Desliguei. -
Ligação off.
Quase matei a Daniela, mas tomei um banho, coloquei uma regatinha preta normal, um short jeans e fui de chinelo/rasteirinha mesmo. Meu cabelo ficou solto, como antes.
Toquei a campainha da casa da Dani.
Daniela: Oi, Pi! Demorou um ano, hein.
Eu: Ah, não reclama não que a culpa foi tua.
Daniela: Culpa do que?
Eu: Do mundo estar assim.
Daniela: Cala a boca, Pietra.
Puxei ela pra dentro de casa, como se a casa fosse minha mesmo. A fiz sentar no sofá da sala. A casa dela era enorme. A minha era uma casa grande também, bonita. Normal. Não sei, relativamente grande. Mas a da Dani era enorme mesmo. Daria umas festas e tanto.
Eu: Ei, amiga, tu podia fazer uma f...
Daniela: Hãn?
Eu: Nada. Me conta de vocês dois logo.
Me dei conta que realmente poderia haver uma festa ali. A festa de aniversário surpresa da Dani. Meu Deus, eu sou um gênio. Falar com a Laura era urgente.
Daniela: Tá. Nós voltamos!!!!! Uhuuuu! - Falou empolgada. -
Eu: Tá, eu já sei, amiga. Eu quero saber como.
Dani fez uma careta.
Daniela: Credo, nem pra comemorar comigo.
Eu: Eu não quero comemorarrrr, para de enrolar e fala, antes que tu seja encontrada morta à facadas!
Daniela: Nossa, perigosa. - Revirei os olhos. - Ok, ok. Foi assim.

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Cap 36
Eu e a Laura ficamos fazendo hora lá no banheiro, mas aproveitamos pra conversar.
Eu: Então. Sobre a Dani. O que tu acha de fazer uma festa surpresa pra ela?
Laura: Acho foda. Só tem que ver se rola lugar, tempo, convites e tal... - Pensei um pouco... Realmente seria bem difícil achar um lugar grande o suficiente e tempo pra fazer tudo né. Preparativos de festa sempre acabam sendo mais complexos do que o esperado. -
Eu: Pois é... Mas se a gente fizer tudo rapidão, acho que dá. Talvez, né. Ah, não sei... Muita coisa..
Laura: É, foi o que eu pensei. Além do mais, não é só lugar. Tem comida, decoração, tempo do pessoal arrumar presentes.. I don't know, é muita coisa mesmo!
Eu: É... Ah, mas será que não dá mesmo? A Dani ia ficar felizona.
Laura: Sim! E como. Mas melhor não fazer do que fazer uma coisa mal feita. Mas...
Eu: É. Mas mesmo. - Rimos. -
Laura: Então a gente faz ou não?
Ficamos paradas, pensamos um pouco...
Eu: Sim. A gente faz. - Falei sem mais devaneios. -
Laura ficou um pouco indecisa, era um chove e não molha que meu Deus. Então ela sorriu.
Laura: Ok. A gente faz. - Decidiu. -
Voltamos pra cantina e quando íamos nos dirigir a Dani, duas coisas nos impediram. A primeira impediu a mim, não a Laura. O Lucas estava me analisando de cima a baixo. Pensa numa pessoa vermelha. Mas vermelha mesmo. Enfim. A segunda coisa, foi que a Dani estava no maior papo com o Matheus. Sério. Olhei pra Laura tão, mas tão feliz... Pietra wins! Ahahhaha. Amo a Laura, porque inveja não faz parte do dicionário dela. Apesar da barra que ela estava segurando com o Lo, ela nem estava se importando naquela hora. Ela poderia muito bem estar invejando a Dani e tal, por causa do namoro... Mas ela estava sorrindo de orelha a orelha. Eu e a Lau nos abraçamos e começamos a pular, então nos demos conta que estávamos no meio do refeitório. Arrumamos a roupa, assim como não quer nada mesmo, olhamos pros lados e fomos pra sala, pois já ia bater pro final do recreio.
Quando estávamos sentadas, conversando, a Dani e o Matheus chegaram. A Dani sentou do meu lado e sorriu... Muito, podemos dizer. Acho que alguém tinha coisas pra me contar. Sorri pra Dani de volta.
As aulas foram muito chatas, sério. Eu estava bem, mas não era pra tanto, a ponto de aguentar minha professora de matemática, chata que nem uma porta. Mas a aula acabou, graças.
Daniela: Amigaaaaaaaaaa! A vida é linda! Meu Deus!
Rimos.
Eu: Claro! Comigo nela, como não vai ser?
Daniela: Amiga modesta, essa minha!
Eu: Sempre, gata.
Rimos de novo.
Eu: Mas e aí! Me conta tudo!
Daniela: Nem rola, amiga.
Eu: Porque??? Por favorzão.
Daniela: Não é por mim, Pi. Minha mãe chegou. Ela tá ali. - Apontou. Dei oi pra tia com um aceno. Fazia tempo que eu não via ela. -
Eu: Sério que eu vou ficar na curiosidade?
Daniela: Sim, amiga. - Riu. -
Eu: Afe.
Daniela: Oraaa.
Eu: O bebê é a Rafa, não eu. Não fala "ora" pra mim.
Rimos.
Daniela: Aquela noite foi bala, né?
Eu: Foi, amiga. Foi.

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Cap 35
Cheguei na escola uns 3 minutos atrasada, mas a tolerância é de até 5, graças a Deus. Entrei na sala, pedi com licença e me sentei no lugar de sempre, do lado da Dani, na diagonal do Matheus, do lado do Lorenzo e na diagonal da Laura. Olhei pra Dani e falei sussurrando que precisaria falar com ela depois. Olhei pra Laura e a cumprimentei com um oi, também silencioso. Logo depois, olhei pro Lorenzo, ao meu lado, dei um sorriso triste e me voltei para a frente. Apesar de estar olhando pro professor de espanhol, não tinha a mínima ideia do que ou sobre o que ele estava falando. Só me vinha na cabeça o que eu poderia fazer pra ajudar as meninas a voltarem com os boys. A que ponto chegamos, todas solteiras! Só faltava a Rafa e a Bia na nossa escola, pra completar o bonde. Mas enfim, eu iria ajudar ela no que elas precisassem para que conversassem com eles.
Tocou o sinal, fomos para o recreio e nos direcionamos ao "refeitório", onde tinha o bar e as mesas. Bar entre aspas, é só um negócio que vende lanche. Só havia eu, a Dani e a Laura ali e logo a Dani foi no banheiro. Aproveitei pra falar com a Laura sobre a festa dela. A possível festa, na realidade.
Eu: Lau - Falei baixo. -
Laura: Diz.
Eu: A Dani te falou alguma coisa sobre festa de aniversário?
Laura: - Ela negou com a cabeça. - E pra ti? -
Eu: Também não. Acho que ela não vai fazer nada tão de última hora, né? O aníver já é sexta e hoje é quarta.
Laura: Pois é..
Eu: Será que rola de ela querer fazer alguma coisa?
Laura: Provavelmente não. Porque? Pensou em fazer surpresa?
Eu: - Assenti - Sim. - Então a Dani voltou. Fechamos a boca. -
Daniela: Credo, estavam falando de mim, né recalcadas?
Rimos.
Eu: Nunca, amiga.
Laura: Jamais. Ja-mais! - Dani riu. -
Eu: Meninas, vamos comigo comprar um sanduíche ali na cantina?
Daniela: Mas nem tem sanduíche na cantina, amiga. - Putz. -
Eu: Um pastel de carne? - Dani me olhou estranho. É. Eu nunca compro nada na cantina, mas vai.
Daniela: Ok.. - Falou desconfiada. Pra falar a verdade, a Laura não entendeu nada também. -
Fomos até a cantina (bar) e na verdade eu nem tinha dinheiro. A questão era que o Lucas, o Felipe e o Matheus, o M-a-t-h-e-u-s estavam ali. Paramos bem do lado deles.
Eu: Sabe, Laura... Preciso ir no banheiro. Tu faria as honras de ir comigo? - Rimos demais. A Dani boiou. -
Laura: Mas é claro, amiga querida.
Olhei pra Dani e sorri sacana, pisquei pro Matheus e saí com a Laura ao meu lado. No meio do caminho, olhei pra trás por pura curiosidade. A Dani estava me fuzilando, se pudesse, me gritaria um "Vai tomar no cu!", mas era pro bem dela. Sorri de volta. Olhei pro Lucas, que sorria (meu deus, aquele sorriso, to é morta!) olhando bem nos meus olhos. Quase desequilibrei, mas consegui seguir em frente, com muita força de vontade. Olhei pra Laura e fomos até o banheiro.

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Cap 34
Quarta-feira então. Acordei bem descansada até. Mulher sempre tem o dia super hiper ultra mega feliz, o beeeem triste, o que tudo a estressa, o depressivo, etc. Hoje é um dia no qual eu estou bem feliz. Não sei porque. Só acordei bem. Levantei da cama, tomei um banho rápido, pus uma calça jeans clara, a camiseta do uniforme do colégio e um vans preto. Passei pó e rímel, o básico mesmo, me perfumei e fiz um rabo de cavalo. Desci pra tomar café com meu pai e conversamos sobre coisas banais.
Eu: Pai.. - Fiquei tímida. -
Pai: Fala, filha.
Eu: É que...
Pai: Pode falar. - Falou lendo o jornal.
Eu: Assim... - Ele tirou os olhos do jornal e olhou pra mim com um ar interrogativo. -
Pai: Aconteceu alguma coisa?
Não. Não aconteceu nada. Mas já fazia tempo que não conversávamos sobre um assunto delicado e mal terminado. E mal explicado também, mas não vem ao caso.
Eu: Não, pai. Não aconteceu nada. Eu só gostaria de saber...
Ele se ajeitou na cadeira, como se já tivesse entendido tudo.
Eu: Eu gostaria de conversar com você sobre um assunto no qual a gente não toca faz muito tempo.
Pai: Seria sobre uma pessoa? - Sorriu de lado. -
Eu: É.
Pai: Do sexo feminino?
Eu: Deu, pai! Tu entendeu! Eu já tô envergonhada o bastante! - Rimos. -
Pai: Desnecessariamente, claro.
Eu: Porque será?
Pai: Porque eu sou seu pai, filha. Você não precisa ter vergonha de conversar comigo. Eu não sabia que você era assim! Eu achava que me contava tudo! - Ah, pai. Meu inocente pai. -
Eu: Claro que sim, pai! É só que essa situação... Essa situação me deixa... Tímida, digamos.
Pai: Entendi. Mas vamos lá, o que você quer saber?
Eu: Ah... - Olhei pro lado meio inquieta. -
Pai: Pode falar!
Eu: Tudo, pai. Você não me disse nada sobre ela. Nem quando, nem onde.. Nem como ela é, nem quantos anos tem...
Pai: Ok. - Sua perna ganhou vida própria, eu acho, de tanto que balançava. -
Olhei no celular.
Eu: Pai, meus horários te salvaram. Eu tenho que ir pra escola. Mas essa conversa com certeza tem de ser terminada, ouviu bem? - Falei mandona, brincando. -
Pai: Sim, senhora. - Ele suspirou, provavelmente aliviado. -
Voei pra escola, eu provavelmente chegaria atrasada, mas foda-se também.
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Gente, não deu pra postar ontem. Só avisando que provavelmente terão mais capítulos hoje. Ah, e no último capítulo, eu esqueci de enumerar, mas era o 33 (avá). Beijos!

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Eu: Tu vai ver, vai dar tudo certo, Lau. Vocês se amam e é isso o que importa.
Laura: Eu não sei mais se isso vem da parte dele...
Eu: O que é isso! Amor não acaba do dia pra noite. Tudo vai voltar ao normal, ele só tá meio confuso agora. - Ri de mim mesma. -
Daniela: Ei, filósofa! - Rimos e eu assenti. -
Me senti aquelas mulheres que ficam pra tias, sabe? Dão os melhores conselhos do mundo pros outros, mas a vida amorosa tá uma merda. Só uma frase é capaz de resumir a situação: Cômico se não fosse trágico. E realmente é trágico, pois é.
Laura: Obrigada, Pi. Tu é uma amiga de ouro. Obrigada por tudo. Sério. Eu te amo. - Nos abraçamos e as lágrimas vieram. Não sei porque. Não sei se foi a tpm, o fato de eu estar sozinha, pena delas ou até mesmo a nossa amizade. Vamos deletar a última opção. -
Daniela: Não me excluam. - Falou manhosa. -
Eu: Calma, amiga. Tem Pietra pra todo mundo.
Rimos.
Puxei ela pro abraço mas logo nos separei. Virei de frente pra Dani e peguei as mãos dela.
Eu: Amiga, tu também se acalma. O Matheus vai ter que vir pra aula um dia, né? E ele vai ter que te ver. E falar contigo. E te escutar. E tu vê bem o que tu vai falar, talvez tu só tenha uma chance pra falar com ele, então escolhe direitinho as palavras.
Ela assentiu. Eu continuei.
Eu: Ele vai ver que como no caso da Laura, foi só um jogo. Aquilo não foi de coração. Tu nem tem motivos pra estar chorando tanto. Eu sei que isso tá te preocupando, mas é capaz de ele rir quando tu contar o que aconteceu. Eu e a Laura vamos confirmar o que tu disser pra ele. Calma.
Ela me abraçou.
Daniela: Faço das palavras da Laura as minhas.
Eu: Ok, mas a aula vai começar daqui a pouquinho, então, lavem os rostos de novo, porque o destino foi duro com vocês. Não tinha uma cara melhor pra cada uma?
Daniela: Cala a boca, Pietra!
Nós rimos.
Laura: Dani, tu trouxe rímel e lápis?
Daniela: Só lápis.
Laura: E tu, Pi?
Eu: Trouxe sim. Vou pegar na minha mochila, já volto. - Fui lá, peguei e voltei. - Toma, gente.
Laura: Obrigadaaa!
Elas se lavaram, se maquiaram novamente, arrumaram o cabelo, que por Deus, tava uma bagaça. Elas não leem mente, então é pra falar mal mesmo! Ahahaha
Voltamos pra sala de aula e não tinha começado ainda, graças a Deus. Mas quando começou, foi uma bosta. Hoje nós tivemos matemática, português, história e ciências. Tentei prestar atenção, mas não deu. Tive que mexer no celular, se não ia morrer. Olhei pro lado e as meninas estavam no sétimo sono. Na verdade a maioria das pessoas estavam dormindo. Só eu mesmo pra aguentar tanto drama das gurias. Porque jesus, era drama aquilo. Queria que a Rafa e a Bia estivessem aqui. A Rafa com certeza não ia estar entediada, já teria inventado alguma coisa. Elas podiam estudar aqui, fala sério! Tentei ficar acordada por mais uns segundos, mas não deu. Dormi ali mesmo.

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Cap 32
Eu: Gente, parem de chorar, credo!
As duas me olharam fulminantes.
Daniela: Queria ver se fosse contigo! - Gritou um pouco mais alto do que o esperado. -
Laura: Com certeza! - Foram se aproximando de mim. Só faltava uma faca na mão de cada uma. -
Dei um passo pra trás, aquilo tava cômico.
Eu: Deu de cena, né gente.
É hoje que eu morro. É hoje!
Eu: Laura, florzinha. Calma. Espera uns dias que tu e o Lorenzo conversam.
Laura: Não é assim tão fácil. - Parecia que ela tinha decidido que não seria fácil. Assim não dá, né!
Eu: Gata, se tu disser que não vai ser, não vai ser mesmo. Pelo contrário, vai ser muito difícil. Pera. Vamos pro banheiro, pelo amor de Deus. - Me dei conta que a sala inteira estava assistindo o show de camarote. Elas também notaram, depois de um tempão e automaticamente ficaram vermelhas. Eu estava me segurando pra não rir, de verdade. Se fosse outra situação eu já estaria gargalhando, mas se fizesse isso, a Dani e a Laura me matavam.
Enfim, chegamos no banheiro que era a um corredor de distância da sala da nossa turma. Só tinha a gente ali, ainda bem.
Eu: Ok, lavem os rostos primeiro, para o bem dos meus olhos. Vocês já são feias naturalmente, mas borradas e vermelhas são piores ainda. E esse cabelo! Meu Deus. Não conhecem escova não?
Elas riram e me mostraram a língua.
Laura: O meu cabelo tá bem bonito, tá?
Eu: Tô vendo.
Laura: Tu tá falando que o meu cabelo é feio sempre, então, já que eu arrumei ele como todos os dias.
Rimos.
Daniela: E eu nem consegui fazer nada hoje, nem me arrumar, nem porra nenhuma, estava preocupada demais.
Eu: Ah, então vamos raciocinar com a Dani, Laura. - Me virei pra ela. - Ela pensou que chegando na escola parecendo um leão marinho com síndrome, ela iria conseguir o Matheus de volta. Belo pensamento, parabéns Daniela! O dia é seu! - Falei com aquelas vozes automáticas. -
Daniela: Vai a merda, Pietra.
Fiz uma cara de desentendida, magoada e ofendida.
Eu: Eu fico aqui, aguentando vocês duas, sendo que eu poderia estar pegando o Lucas e é isso que eu recebo? - Elas começaram a rir. Muito. Não entendi o porque. -
Eu: O que foi, vacas?
Daniela: Tu... Podia... Estar pegando o Lucas?
Putz.
Eu: Que Lucas? Da onde vocês tiraram isso? Ninguém falou em Lucas! Eu não conheço nenhum Lucas, e vocês?
Afe, a merda já tinha sido feita, não tinha volta. Me obriguei a rir com elas.
Laura: Me conta isso direitinho, gata!
Eu: Que contar o que, menina! A gente tá aqui pra falar de vocês!
As caras mudaram e elas voltaram a ficar tristes.
Eu: Mas sem essa cara de cachorro sem dono, por favor. Isso não vai ajudar em nada.
Não adiantou de nada o meu discurso. Continuei.
Eu: Lau. Calma. Tu logo, logo fala com o Lorenzo. É só esperar uns dias, esperar a cabeça dele esfriar... Tu não ia gostar que ele fosse gravado pelado na rua, né? - Ela negou com a cabeça. -
Laura: Mas é diferente, era um jogo..
Eu: Mas ele não sabe disso. Tu vai esperar pra falar com ele e explicar isso de uma vez!

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Cap 31.
Como dormi o domingo inteiro, fui dormir umas 4 horas da manhã. E hoje é segunda, fala sério. Tive que acordar as 7 horas hoje. 3 horas de sono é muito pouco! Mas é a vida. Levantei, tomei um banho, escovei os dentes, coloquei meu uniforme, arrumei o cabelo e o deixei solto e fui pra escola andando mesmo. Fiquei com preguiça de fazer café da manhã e pedir pro meu pai me levar, muita mão.
Cheguei uns 5 minutos antes de começar a aula, queria aproveitar pra dormir, mas as quenga não deixaram.
Daniela: Amiga, eu preciso falar com o Matheus! Ele não atendeu meu celular ontem! Eu preciso me explicar com ele, cara. E se ele não quiser falar comigo?
Eu: Respira, Dani.
Daniela: Respirar? O que é isso mesmo?
Rimos.
Eu: Ele não chegou na escola ainda?
Daniela: Não, ele não tá aqui pelo menos e eu já passei em todas as salas.
Eu: Se desesperou, hein amiga.
Daniela: Vai a merda.
Tive períodos de inglês, espanhol e religião. A aula provavelmente foi muito foda. Provavelmente, porque eu não tenho ideia do que aconteceu, dormi o tempo inteiro, inclusive perdi 10 pontos em inglês. Que bosta!
Finalmente tocou o sinal, minha caminha me esperava.
Daniela: Gata, o Matheus não apareceu hoje. O que eu faço?
Eu: Hãn?
Daniela: Como eu vou fazer pra falar com ele? Porque ele não tá me atendendo?
Eu: Vejamos. Tu supostamente terminou com ele.
Daniela: Supostamente, isso aí.
Eu: Escuta. Enfim, terminou com ele e agora não deixa o cara em paz.
Ela suspirou.
Eu: Queria o que? Uns beijos?
Daniela: Sim, por favor!
Eu: Acho que não é dessa vez que teus encantos deram certo.
Daniela: Cala a boca, Pietra!
Rimos.
Então vimos a Laura se aproximando, ela estava bem vermelha, com uma cara de choro, rímel borrado e tal. O cabelo tentava esconder, mas como estávamos bem de frente, víamos o rosto dela. Quando chegou, disse:
Laura: O vídeo.
Eu: Hãn??
Eu e a Dani fizemos uma cara de confusas, mais do que sincera.
Laura: Alguém gravou.
Daniela: Gravou o que, filha?
Eu: Desembucha!
Laura: Alguém me gravou. - Ela desembestou a chorar. - Me gravaram, cumprindo aquele desafio do capeta.
Puta merda, puta merda, puta merda.
Laura: O Lo brigou comigo. Ele brigou muito. Terminou comigo.
Eu: Calma, amiga.
Laura: Acabou tudo. Culpa daquela puta.
Eu: Da Bianca?
Laura: Quem mais seria? - Fez uma cara de tédio. -
Daniela: Qual é a de vocês, hein?
Eu: Não importa agora, Dani. - A matei com o olhar. -
Daniela: Ok, não tá mais aqui quem perguntou. Enfim. Laura, amiga. Estamos na mesma.
E elas se abraçaram e começaram a chorar. Eu morro sozinha mas não passo por isso! Deus é que me livre, pelo amor de Deus.

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Cap 30
Laura sorriu. Acho que ficou aliviada, pelo menos não teria briga. Pelo menos não hoje.
Fizemos outras verdades e desafios e acabamos bêbadas e com sono. Decidimos então ir uma por uma tomando banho, pra relaxar e passar o porre que tínhamos tomado. Aliás, acabamos tomando umas 5 doses cada uma, pelo menos. A Bia, umas 6 a mais e a Rafa umas 4 a mais. A menina só faltava pular da janela. Ela inclusive já tinha tentado fazer isso, sério mesmo, mas seguramos-a, obviamente.
Conforme ia voltando uma a uma da ducha, fomos nos acomodando na sala e nos colchões que ali pusemos, pegamos umas águas, salgadinhos e ficamos conversando e ainda vimos dois filmes. Muito bons por sinal. Já era umas 6, 7 horas da manhã. Ali acabamos dormindo.
Quando acordamos, era umas 11 horas, estávamos podres. Meu Deus.
Eu: Meninas, vocês vão almoçar aqui?
Daniela: Minha mãe vai dar carona pra Laura. Eu e ela vamos almoçar aqui sim.
Eu: Ok.
Rafaela: A Bia pode vir comigo. Nós vamos embora daqui uns minutos.
Eu: Não querem ficar mesmo?
Rafaela: Nem rola amiga, já combinei com o pai.
Eu: Feito então.
Rafaela: Que dor de cabeça, meu Deus!
Quando ela começou a falar, eu ri lembrando das cenas de ontem.
Eu: Gata, tu passou ummmm mico ontem, hein! Tu se lembra de alguma coisa?
Rafaela: Ah, cara. - Colocou a mão na cabeça -
Eu: Não né?
Rafaela: Nadinha.
Todas rimos.
Laura: Também, olha o porre da moça!
Eu: Sim!
Bianca: Quem vai ficar com as filmagens?
Eu: Nada mais justo do que eu, já que foi aqui.
Bianca: Ahhhh. Que injustiça!
Eu: Eu faço uma cópia pra todas. Satisfeitas?
Elas riram.
Bianca: Sim!
Rafaela: Ei, cara.. Nós vamos rir muito quando formos assistir! Vamos combinar de ver juntas.
Eu: Sim, com direito a pipoca e replay de ontem de noite!
Rimos e concordamos.
Estávamos todas com uma puta dor de cabeça e com aqueeela ressaca. Mas ficamos firmes e fortes, ahahah. Aos poucos, as meninas foram indo embora, e, como era domingo, decidi comer alguma coisa e voltar a dormir. Afinal, não tinha nada que eu tivesse que fazer e eu não tinha dormido nada. Eu estava quebrada. Completamente. Tomei uns remédios, arrumei a sala e me atirei na cama.
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Genteeee, eu postei 3 capítulos hoje, como viram, pra compensar ontem e ante-ontem, que eu não consegui postar. Foi mal. Beijos!

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Cap 29
Fui lá com ela. Quando o vômito sessou, ela se limpou, escovou os dentes, jogou uma água na cara e voltamos pra rodinha com as meninas. A Rafa tava dançando dança kuduro. Po, não precisava ressuscitar também, né..
Girei a garrafa, a Rafa não estava em condições. Caiu da Laura pra Dani.
Laura: Vai lá, Dani! Verdade ou desafio?
Daniela: Vou no desafio.
Repetimos o "uiiiiiiiiiiii" da vez da Laura. Ela pensou por uns momentos, virou pra Dani e falou.
Laura: Desafio você a ligar pro teu boy e terminar com ele. De brincadeira, né. Mas fala bem sério, diz que não tá mais aguentando o ciúme dele, que se sente presa e não quer mais. E não fala depois que era mentira. Só se ajeita com ele de novo segunda-feira, na aula.
À essas horas, a Dani já estava quase com os olhos fora da cara, de tão arregalados.
Daniela: E se ele me trair? Se ele não me aceitar depois? - Falou preocupada. -
Laura: Te vira, amiga.
Daniela: Vai tomar banho, fia.
Laura: Já tomei. Mas vai, liga logo!!!
Daniela: Tu me paga.
Mas ela ligou. Esperou uns segundos e ele atendeu. Ela colocou no viva-voz.
Ligação on.
Matheus: Alô? Oi amor da minha vida! Aconteceu alguma coisa?
A Dani se voltou pra Laura com um olhar de súplica, como se tivesse implorando que não precisasse fazer isso. Laura só negou com a cabeça.
Daniela: Matheus, não dá mais.
Matheus: O que, amor? - Ele não tinha entendido. -
Daniela: Não dá mais. A gente tem que terminar.
Matheus? O QUE? MAS PORQUE? - Falou surpreso, triste, bravo ou sei lá o que. -
Daniela: Esse teu ciúmes não dá mais. Não posso mais sair, nada...
Matheus: Daniela, eu não sou nem um pouco ciumento! Tu sempre faz o que bem quiser! - Pior que é verdade. -
Daniela: Matheus, não complica. É melhor.
Matheus: Tu tá bêbada, Daniela? Tu me traiu, por isso tá falando isso?
Daniela: Nem um, nem outro.
Matheus: O que é isso? E além do mais, tu não tava na casa da Pietra?
Daniela: Fudeu - Sussurrou pra nós - Sim, Matheus.
Matheus: Então? Mas que bosta.
Daniela: Para de complicar. Só vai piorar.
Matheus: Tu tá brincando comigo, né?
Daniela: Não.
E ele desligou na cara dela.
Ligação off.
A Dani estava até chorando, provavelmente por causa da vodka.
Daniela: Laura, eu vou te matar!
Acho que a Lau tinha se arrependido um pouco de ter pego tão pesado.
Daniela: Se põe no meu lugar! Duvido que tu queira perder o Enzo. - É.. Lorenzo, Lo, Enzo... Foda-se. -
Laura: É... Desculpa... Mas Dani, segunda tu já vai falar com ele. É só uma brincadeira. Nem esquenta.
Falou tentando ser otimista, sem sucesso.
Daniela: Ah, vai tomar no cu, Laura!
Eu: Opa, opa, opa. Calma aí, Dani. Tu quis desafio, teve. E Laura, manera aí, amiga. Aceitem.
Laura: É, Dani.
Daniela: É Dani um caralho. - Falou brava. -
Laura: Ok, amiga. Desculpa. Eu falo com o Matheus assim que der. Assim que a gente não pareça mais umas bêbadas. Coisa que na verdade a gente é.
Rimos um pouco. Pelo menos o clima perdeu um pouco a tensão.
Daniela: Tá. Tudo bem, Lau. Eu também me esquentei.

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Love is my medicine ☮
Cap 28.
Quando falei pras meninas a frase "Me arrependi de ter dado vodka pro nosso bebê", o apelido pegou. Todo mundo começou a tirar sarro dela e zoar, mas ela não estava nem aí. Na realidade, duvido muito que estivesse entendendo alguma coisa. Me deu dó da Rafa, imagina quando ela fosse ver os vídeos e as filmagens. Aliás, prometemos nunca mostrar pra NINGUÉM os benditos vídeos, aquilo com certeza acabaria com a reputação de qualquer um, ahuahuaha.
Eu: E aí, Laura. Foi tão ruim assim, gata? - Ela riu. -
Laura: Se imagina correndo pelada, na frente do povo todo. Tomara que ninguém tenha me visto ou reconhecido. Acho que não. Pelo menos eu não vi ninguém, até porque corri o máximo que pude, nem parei pra olhar nada. - Ficou então, pensativa. - Caralho, e se alguém tiver me visto? Ahhhh, só aceitei esse desafio porque tava bêbada. Que bosta.
Rimos.
Daniela: Calma, Laurinha. Provavelmente ninguém te viu.
Laura: Que Deus te ouça, Dani. Que Deus te ouça.
Rimos de novo.
Rafaela: Oi gatasssssssss! - Berrou. -
Bianca: Ô caralho, tu não precisa gritar não. - Falou rindo. -
Daniela: Po, a gente tá aqui do teu lado, amiga.
Laura: Meu ouvido esquerdo se foi e o direito nunca mais será o mesmo.
Rimos. Pra falar a verdade, estávamos rindo de tudo. Maldita vodka.
Eu: Calma, gente. Ela é um bebê e está bêbada. Burras somos nós que falamos pra ela beber. Já sabemos da próxima, porque meu Deus.
Bianca: Como que a gente ia saber que a bicha ia dar a louca?
Rimos. De novo.
Daniela: É, né!
Laura: É sim. Mas vamos continuar o jogo? Primeiro todo mundo dá oi pra câmera! - Ela estava filmando. Todas falamos oi. Gritamos, na verdade. - Agora eu que fiquei surda.
A Laura girou e caiu de mim pra Rafa. Ei, que liga essa Rafa.
Eu: Bebê, verdade ou desafio?
Rafaela: Com verdade, se não quiser responder dá pra beber, néeeeeeeeee? Por favorzinho. - Tentou ficar de joelhos, mas caiu. A gente riu demais. -
Eu: Sim, nena. Mas tu não acha que deu de vodka pra ti?
Rafaela: Simmmmmm! Quer dizer, nãoooooooo. Por favor, Piiii.
Eu: Po, Rafa. Então nem vou fazer a pergunta, pega lá uma dose pra ti. Só porque o estrago já ta feito e não tem mais como voltar. Mas depois, deu. - Rafa se levantou, fez como um canguru com as mãos e começou a pular com os dois pés juntos. -
Rafaela: Uhuuuuuuuu! Eu sou um canguru! Uhu! Eu sou um canguru!
Eu: Te senta aqui, Rafaela. Agora! - Ela começou a chorar. -
Rafaela: Ela brigou comigo, gente. - Todas riram. -
Eu: Ora, bebê. Que dó. Não vai ganhar vodka, pode esquecer, gata.
Rafaela: Por favorzinho. - Foi e pegou uma dose. - Massss, quero que todas tomem uma também, porque a vida é linda gente. - Que bosta. Mas mesmo assim, todas pegaram. Estavam todas na segunda, só a Rafa na quarta e a Bia na quinta. A Bia nem tava bêbaaada, tipo louca. Só dava uns sinais, nada de mais. Até que ela foi vomitar. -
Laura: Ecaaa!
Daniela: Vai lá, amiga! Corre! - A Bia foi.
Eu: Também não é pra menos, né amiga! - Gritei. Fui lá com ela. -

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Love is my medicine ☮
Cap 27
Então o telefone da Dani tocou.
Daniela: Alô? Matheus? Não, amor... - Ela riu. - Sim! - Riu mais ainda. - Isso não é da tua conta! Aquieta a bunda aí, amor. - Ela estava rindo muito. - Sim, né.. Não!
Ela desligou e começou a rir.
Daniela: Ele me perguntou se realmente só tinha menina aqui e se a gente estava fazendo guerra de travesseiro de calcinha e sutiã. Pelo amor de Deus, né! Que inocente. Mas eu nem respondi nada, só pra deixar na curiosidade.
Bianca: Não acredito. - Riu. -
Daniela: E ainda pediu pra falar com a Pietra pra saber se era verdade que estávamos na casa dela. Mas eu não deixei, né. Ele tá com ciúmes! - Rimos. -
Eu: Ai, gente. Vocês me matam!
Laura: Com o Lo não foi diferente. Ele queria porque queria vir também. Po, Pi!
Eu ri.
Daniela: Vida de comprometida não é fácil.
Eu: Ui! - Rimos. -
Laura: É, né!
Bia: Eu queria namorar. - Disse com um ar triste, mas brincando. -
Eu: Vem cá, gatinha! - Mandei um beijo pra ela e nós rimos. -
Bianca: Ai, safada!
Daniela: Tá, deu de teatrinho com a minha esposa, vamos jogar! - Falou brincando pra Bia. -
Eu: Ui, estou sendo disputada! É isso mesmo, produção?
Rafaela: Tá, gente. Vamos jogarrrrrrr! - Ela estava com uma cara de sono. Ela tinha cochilado, era isso mesmo? - E eu não estou bêbada, tá? - Falou com dificuldade. -
Eu: Imagina se estivesse. Mas ok, vamos voltar ao jogo.
Rafaela: Ebaaaaa!
Eu: Tá, deixa de ser feliz e gira. É tua vez.
A Rafa girou e caiu da Bia pra Laura.
Bianca: Verdade ou desafio? - Falou "maliciosa", com um ar... maldoso, na realidade. -
Laura: Desafio. - Falou no mesmo tom. -
Bianca: Você vai dar uma volta na quadra só de calcinha e sutiã!
A Laura fez uma careta. Olhei pra Dani, que pensava o mesmo que eu: Aquela noite não iria acabar bem.
Bianca: Não vai cumprir o desafio, gata?
Laura: Porque não cumpriria?
Bianca: Por medo, quem sabe?
Laura: Acho que não, hein.
A Laura tirou a blusa e o short e nós descemos.
Todas: 1, 2, 3 e... jáaaa!
A Laura começou a correr. Minha casa era no centro, então coitada! A Bia levantou o celular pra tirar uma foto, mas eu disse que filmar já bastava e então não deixei-a fotografar. De repente não víamos mais a Laura, ela já estava atrás da quadra. Só que ela estava demorando a chegar.
Eu: Bianca, se alguém tiver sequestrado ela, eu te mato!
Daniela: Credo, que isso! Claro que não! - Então a Laura finalmente apareceu. Ela estava toda descabelada, parecia o Godzilla. Quando comentei com as meninas, nós rimos.
Eu: Porque demorou, filha?
Laura: Um menino me agarrou e tentou me beijar, então soquei a cara dele! - Rimos mais ainda.
Rafaela: Nossa, que perigosa! - Falou a Rafa rindo MUITO. Mas ela era a única rindo. Me arrependi de ter dado vodka pro nosso bebê. Realmente, aquela noite não ia acabar bem.

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Cap 26
Agora seria o terceiro abraço da Rafinha, coitada. O desafio seria ela abraçar alguém na rua, desde que fosse a primeira pessoa que ela visse. Depois, ela fingiria ter uma convulsão ou qualquer coisa e fingiria estar morrendo.
A próxima vítima na verdade eram duas. Vinha vindo na calçada uma senhorinha com sei lá, 80 anos e uma menina mais ou menos da nossa idade, ao que parecia. Como a Rafa viu as duas ao mesmo tempo, decidiu fazer com as duas.
Rafaela: Oi, oi, oi! Tudo bem com vocês? - A senhora olhou meio estranho, com medo talvez já que a Rafa parecia uma bêbada retardada. Já a menina mais jovem só ria. Ela já devia ter passado por isso quem sabe..
Xx: Oi minha filha. - Respondeu finalmente a senhora. -
Rafaela: Posso lhe dar um abraço? - Ela tava quase caindo. -
Xx: P-pode. - Coitada da senhorinha, sério. Eu e as meninas estávamos escondidas como na segunda vez, mas podíamos ouvir e ver tudo muito bem. -
A Rafa abraçou ela e depois passou pra menina. Ela abriu os braços e a menina, com um sorriso simpático, correspondeu.
Rafaela: E aí gata, como é o teu nome? - A menina riu. -
Xx: Bruna, e o seu?
Rafaela: Rafaele. Quer dizer, Rafaela. É Rafaela, né pessoal? - Olhou pro lugar onde estávamos, mas se lembrou (provavelmente, né) que não estávamos aparecendo pra ninguém, e que ela estava falando sozinha.
Bruna: Foda.
Então a Rafa se apoiou na Bruna e começou a cena.
Rafaela: Ai, ai, aii.. Meu joelho, ahhh, minhas pernas! Ah, não estou sentindo meus pés!!! Ai, meu cabeloo! Pera, cabelo não dói... - Fez uma cara pensativa. Ela era muito engraçada naturalmente, pensa nela bêbada. - Ah, minha cabeça.. Tá tudo girand... - Então ela caiu. -
Xx: Minha filhaaa! Acorda! Bruna, chama o samu! - Falou a senhora, toda preocupada. -
Bruna: Calma vó, ela já, já acorda. - Ela tinha entendido que era fingimento.
Xx: Como tu sabe?
Bruna: A senhora vai ver, ela vai ficar bem.
Então do nada a Rafaela levantou, deu um beijo na senhora, na Bruna, se despediu com um tchauzinho idiota e voltou pra dentro de casa.
Daniela: Ah, tu sabe que eu te amo, né Rafa?! - Falou rindo e Rafa a abraçou. -
Rafaela: Eu também, Danizinha. - Ela não abraçou a Dani, na verdade. Pra ser sincera, ela se debruçou, se escorou nela. Se não o fizesse, cairia.
Eu: Gente, vamos subir e continuar o jogo!
Laura: Feito.
Bia: Ok, genteee! Amo vocês. - Bia também estava bêbada, ela tinha tomado as 3 primeiras doses e depois mais uma. Mas ela era mais forte pra bebida do que a Rafinha, então ainda assim estava mais sóbria que ela.
Daniela: Vamos, sim.
Rafaela: Vamossssssssssssssssss. - Ai. -

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Cap 25
Fomos pra calçada de novo. Graças a Deus a gente ainda não tinha colocado pijama. Veio um outro menino, lindo também, mas parecia que eu já conhecia ele de algum lugar. Não dei bola e a Rafa foi fundo.
Eu: Dani.. - Sussurei -
Daniela: Fala - Falou no mesmo tom -
Eu: Amiga, tu não tem a impressão de que já viu esse menino em algum lugar? - Quase todo mundo que eu conheço, a Dani conhece também, então vai queeee, né?! Ela assentiu -
Daniela: Me pareceu também. Deve ser só impressão, amiga.
Eu: Beleza. Vamos lá.
Fomos mais pra perto da Rafa e do menino, mas dessa vez, nos escondemos junto com a Laura e a Bia, que nem se falavam, por sinal.
Rafaela: E aí, gato!! - Ele sorriu -
Xx: E aí. Tudo bom? Tu é bem gatinha, mas é que eu tô na maior pressa.
Rafaela: Ah, vai não.. - Fez manha. -
Xx: Po gata, faz assim não.
Rafaela: Então vem aqui!
Ela abraçou ele, que por sua vez só riu. Quando se desgrudaram, a Rafa começou o showzinho. Mas não antes de perguntar o nome dele.
Rafaela: Só pra saber, como é o teu nome?
Xx: Felipe.
Pooooooorra meu! Olhei pra Dani, que me olhava da mesma forma. O Felipe era um dos piá que eram amigos do Matheus. E do Lucas. A gente tentou se enterrar, mas não deu certo.
Rafaela: Ela senta, seeenta.. Naquele pique! - Começou a rebolar com a mão no joelho. O Felipe só ria, cadê a vergonha na cara? Era uma esquina, gente! Todo mundo olhando e os dois nem aí. Ela continuou. - A pretinha seeeenta, senta, naquele pique! A lorinha seenta, senta, naquele pique! - Ela descia até o chão. Ela cantou várias músicas. - Desce aí, novinha! De-de-desce aí novinha! - Essas horas eu e a Dani não sabíamos mais o que fazer de tanto rir com as meninas e de tanta vergonha. - Dom, dom, dom, dom, dom, dom, dom! Ajoelha, prepara e faz um boquete bom! - A guria tava tirando passo de dança da bunda, eu acho. - Açúcar o caralho, mamãe me passou pimenta! Ô mulher, quero ver se tu aguenta. Empina pro Biel e arrebenta, ô mulher, quero ver se tu aguenta! - Finalmente, ela deu uma piscadinha pra ele e saiu. Entrou em casa e nós esperamos ele sair, pra entrar também. Me admirei, ele nem fez cara de confuso nem nada, levou na esportiva mesmo. Que amorrr.
Quando entramos, a gente se explodia rindo.
Eu: Amiga, a gente conhecia ele! - Falei rindo -
Rafaela: Po, Pietra! Nem pra falar pras amiga! - Falou vermelha de tanto rir, não de vergonha. Aquela ali era descarada mesmo! Ahuaha
Daniela: Palmas, palmas minha gente! - A Laura e a Bia se juntaram a nós batendo palmas. - Essa aí merece o oscar! - A Dani continuou. -
Laura: Vai lá, Rafa! Próxima!
Rafaela: Nem rola, cara. Pra ter próxima, só com uma vodkazinha da amiga! - Falou sorrindo maliciosa -
Subimos e todas tomaram uma dose e a Rafa 3. A Bia já tava na quarta. Ela já estava bem retardada.
Rafaela: Agora sim, genteeee! - Descobrimos que ela é fraca pra bebida, é... -
Rimos e descemos de novo.

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Cap 24
Depois de ter assistido uns 8 filmes com as meninas, decidimos fazer um joguinho típico, o jogo da verdade. Como não tinha ninguém lá em casa além de todas nós, provavelmente seria legal.
Pra ser mais divertido, nós mudamos um pouquinho as regras do jogo. Teria a opção de não responder. Quem não quisesse responder, tinha que tomar 3 doses de vodka. Mas também teriam os desafios, básico. Decidimos ainda filmar o jogo pra no futuro assistirmos. Senhor, que medo.
Giramos a garrafa e ela parou na Dani pra Bia.
Daniela: Pergunta ou desafio? - Seria verdade ou desafio, mas decidimos assim. -
Bianca: Pergunta.
Já imaginava a pergunta que ela faria.
Daniela: O que foi aquilo quando tu entrou e viu a Laura?
A Bia nem falou nada. Sorriu, levantou, pegou a vodka e tomou as 3 doses. Ela fez uma careta tri engraçada e sã ela já não tava mais.
Próxima. A Bia girou e caiu em mim pra Rafaela. Eu não sabia direito o que perguntar pra ela, mas ela me salvou.
Rafaela: Quero desafio. - Nós quatro fizemos tipo "uuuuuui" e caímos na risada.
Eu: Hum... Desafio você a abraçar as próximas três pessoas que vir na rua e pra primeira pessoa, cantar uma música bem idiota. Pra segunda cantar e dançar funk. Pra terceira.. Pra terceira tu finge que tá morrendo depois do abraço. Agora.
Tadinha da Rafa, ela ficou tipo "vai tomar no teu cu".
Rafaela: Tu vai ter o teu, filha da mãe!
O problema é que pergunta tu pode passar, mas desafio tem que fazer todos!
Descemos as escadas e fomos pra rua. Bateu um medinho, já que era de noite. A Rafa teve sorte na primeira pessoa, era um puta cara lindo. Só que ela teria que cantar, né! Aahhah
Rafaela: Oi! Tudo bem?
Xx: Oi, gata... É.. - Ele tava tipo WHAT?
Rafaela: Como é o teu nome? - Falou toda sorridente. Ah, puta que pariu. Era só um abraço e cantar, deu. Mas a Rafa tinha que tirar proveito, né!
Xx: Renan. - Então ele olhou pras quatro meninas que estavam assistindo a cena de camarote, no caso as lindas aqui. Deu um sorriso irônico e tentou escapar da Rafa, mas ela não deixou. Deu logo o abraço e começou a cantar a música de abertura do Bob Esponja. Porra meu, nos matamos de rir. O cara nem se mexia, ficava olhando pra Rafa tri confuso. Coitado. Então do nada, a Rafa parou e entrou em casa de novo. Seguimos ela rindo e nem olhamos pra trás, estava até com pena do cara. Só entramos e fechamos a porta pra dar um tempinho, porque a Rafa logo teria que repetir o feito. Ei cara, a gente rolava de rir.

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Cap 23
Era uma das meninas que eu, a Dani e a Laura havíamos conhecido na festa da amiguinha do Lucas, a Rafaela.
Bia: Oi, meninas! Então, ontem de tarde eu encontrei a Rafa no shopping, e convidei ela pra vir aqui. Tudo bem né? - Apesar de não ter como dizer que não, realmente não tinha, a Rafa era um amor, apesar de não conhecê-la tão bem assim -
Eu: Tudo bem, sim! - Sorri. -
Bia: Falei pra ela convidar a Ju - Olha a intimidade, né. -
Rafaela: É - Sorriu - Mas ela tá viajando, então nem rola.
Eu: Ok, vamos lá pra dentro meninas!
Bia: Ok! Só vou no banheiro antes, rapidão.
Assenti.
Bia: Rafinha do meu coração, leva minhas coisas? - A Rafa riu -
Rafaela: Levo sim.
Levamos as coisas pra sala junto com a Dani e a Laura, nos sentamos e as meninas se cumprimentaram.
Laura: Então essa é a menina que eu não conhecia? - Falou sorrindo -
Eu: Não exatamente, Lau. Laura, Rafaela. Rafaela, Laura.
Laura: Prazer! Mas como assim não é a menina? - Falou confusa. -
Eu: Então, acabou que são duas meninas que você não conhece. A Rafinha acabou sendo convidada de última hora.
Laura: Ah, tá. E onde está a outra?
Eu: Já tá vindo, ela foi no banheiro.
Então a Bia chegou, mexendo no celular pra variar. Quando olhou pra nós, ficou pasma, estática. A cor dela mudou de normal pra branca, pálida. Ela estava olhando num ponto estático, quando virei pra ver o que era, ela estava olhando pra Laura, que por sua vez estava quase pior, sendo o olhar recíproco.
Eu: Ok. O que tá acontecendo aqui? Tá tudo bem?
Daniela: Gente, respirem!
Rafaela: Vocês já se conheciam?
As três estavam tipo WHO? Elas não se conheciam! Acho eu. Quando acordaram do... transe, digamos.. A Bia se sentou ao meu lado e olhou pro celular novamente. Começou a mexer normalmente. Como se porra nenhuma tivesse acontecido.
Eu: Gente, o que foi isso?
Daniela: Não olha pra mim! Entendi tanto quanto tu!
Rafaela: Laura, teu nome né gata? - Falou pra Laura - Dá pra desembuchar? - A Laura ainda tava meio estranha, mas tentou voltar ao normal -
Eu: Vocês já se conheciam?
Bia: É...
Laura: De outros tempos... Mas deixa pra lá, gente. Que tal ver um filme? - Tá, né. -
Fomos pegar os salgadinhos, refrigerantes e voltamos pra sala. Pegamos um filme de terror qualquer que estava uma bosta, em quase meia hora não aconteceu merda nenhuma. Então pegamos outro, bem diferente, a gente tava quase cagada de medo.
Olhamos vários filmes, mas uma coisa não saía da minha cabeça: O que foi aquilo entre a Laura e a Bia?
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Gente, desculpa, não pude postar ontem!

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Cap 22.
Laura: Não...
Eu: Então! Aproveita e se abre com a gente agora. Pode confiar em nós!
Laura: Mas gente, não é questão de confiança! É claro que eu confio em vocês! São minhas melhores amigas - Sorrimos - Se não em vocês, em quem?
Daniela: Qual é o problema então?
Laura: A questão é que eu quero me distrair um pouco! Fico dia e noite pensando se realmente tem um bebê dentro de mim.. Não quero pensar mais nisso..
Eu: Ok. Já sabemos que você não fez o teste.
Laura: Não, eu não fiz! Cara, é difícil demais pra mim. É difícil ver o Lorenzo e saber que eu estou escondendo dele algo tão importante.
Eu: Esconde porque quer, amorzinha.
Laura: Não! Isso deixou de ser uma opção. Eu tenho medo de ele me deixar, caso saiba do bebê. - Eu e a Dani ficamos tipo WHO? - Eu tenho medo de ele terminar comigo, de não assumir o filho. Se é que tem filho, né.. Não sei ainda.. Cara, isso ia acabar com tudo!
Eu: Meu Deus, Laura! É óbvio que ele não vai terminar contigo! Ele gosta de ti, de verdade! Parece que só não tá claro pra ti! Coisa que na verdade é transparente, porque né! Ele provavelmente vai ficar muito feliz!
Laura: É, mas esse provavelmente não é seguro, Pietra! Como que ele vai ficar feliz com um bebê pra atrapalhar tudo?
Eu: Lau... Não vamos brigar... Hoje é pra ser um dia legal, ok? Acho melhor a gente fazer o que tu disse. Esquecer o assunto. Mas antes, quero saber se você trouxe os testes pra gente fazer contigo.
Laura: Trouxe.. Mas não quero fazê-los. Não agora.
Eu: Ok. Quando quiser. - Sorri um pouco -
Laura: Obrigada por entenderem, gurias. - Nos abraçamos em 3, pois é. -
Pelo menos as coisas tinham se acalmado, mas eu ainda queria saber se o bebê realmente existia, ou se ela estava sofrendo essa porrada toda pra nada... Ia ser bem chato se descobríssemos isso, mas seria pior ainda se ela estivesse grávida, coisa que teríamos que dar um jeito de deixar algo bom, pois não podíamos nem pensar em aborto. Não seria justo. Sou totalmente contra o aborto, acabar com uma vida por irresponsabilidade é falta de maturidade. Eu sei que tem aquela porrada de blá blá blá tipo "ah, melhor não viver do que viver precariamente, ou sem condições". Eu não acho isso, acho que se houver amor, tá tudo feito.
Eu, a Dani e a Laura ficamos enrolando ali mais um tempinho já que nem rola começar um filme sem a Bia e tal. De repente, a campainha tocou.
Eu: Já vai!!! - Gritei -
A Bia entrou com uma mala enorme que daria pra uns dois meses, sendo que passaria uma noite fora de casa.
Eu: As meninas estão lá na sala, vou te ajudar com essa mala gigante e já te levo lá.
Só então percebi que havia mais uma garota atrás dela, então a reconheci.
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Gente, querem que eu poste mais um capítulo hoje? Respondam no @loveismymedicineask ou simplesmente venham conversar comigo, dar sugestões de quem é a garota, como é a mulher do pai da Pietra, se a Laura tá grávida ou não... Me contem tudo e me contem o que querem! Beijosss

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Cap 21
Espero realmente um dia sorrir pelo mesmo motivo do sorriso deles. Não é inveja nem nada, é só... Admiração. O Lo e a Laura são um casal lindo, assim como a Dani e o Matheus. Acho que vou dar uns pega na Bia só pra não ficar de vela! Ahuahauh zoa. Mas sério, tá hard pra todo mundo.
xx
A semana passou rápido até, o dia do posão com as meninas finalmente chegou. Eu tinha ficado a semana toda ansiosa. Acho que vai ser legal. E além disso, a Bia e a Laura vão finalmente se conhecer, já que não me lembro de tê-las apresentado algum dia. E nunca nenhuma das duas me falou uma da outra. Enfim.
Minha sala não era nem tão grande, nem tão pequena, então era aconchegante. No chão, tinha um tapete preto cheio de felpinhas, bem maciozinho. Nele, joguei um monte de almofadas, travesseiros e alguns cobertores também, estava fazendo frio. Eu tinha pedido pra Bia e pra Dani trazerem vários filmes pra gente ver, principalmente de terror. Já pra Laura, pedi pra ela trazer os refrigerantes, já que bebida alcoólica tinha bastante na prateleirinha aqui de casa, e era bem variada também. Meu pai gosta de "colecionar vinhos, whiskys e cervejas exóticas. Mas tem vários tipos de bebida mesmo. Mas foda-se isso. Enfim. As pizzas (sim, as!) nós pediríamos aqui de casa e faríamos brigadeiro. Eu tinha comprado um monte de porcaria tipo doces e salgadinho. Bom, estava tudo feito. Aliás, meu pai tinha saído pra não faço ideia de onde.
Deu 20 horas e as meninas começaram a chegar. A Laura foi a primeira, chegou reclamando que o Lo quase surtou só de saber que ia ter um monte de menina junto de babydoll sem ele olhar. Nós duas começamos a gargalhar, o Lorenzo era muito idiota mesmo. Ela me ajudou a levar tudo pra sala. Ela havia trazido muito mais refrigerante do que eu pensei, daria pra chamar a vizinhança toda e ainda sobraria. Depois disso, a gente sentou no chão que eu tinha arrumado com os travesseiros e tal e ficamos conversando. Uns 20 minutos depois, a Dani chegou. Meu Deus, outra exagerada! Ela trouxe nada mais, nada menos do que 15 filmes. E a Bia ainda ia trazer mais, daí tu pensa. A Dani se juntou na nossa conversa e depois de uns papos fiados, o assunto mais importante veio a tona, outra vez.
Daniela: Mas e aí, Laura.. - Falou com dificuldade, já que estávamos rindo das palhaçadas da Laura - Tu já fez o teste?
Tomamos uma feição mais séria.
Laura: Ah, cara! - Falou como se estivesse farta do assunto. - Eu estou cansada de pensar nisso. Pensei que aqui eu ia me divertir com vocês, não dividir problemas.
É, a bicha tinha uma puta personalidade forte.
Daniela: Calma, Laurinha. É claro que a gente vai se divertir. Mas estamos super preocupadas.
Laura: Agradeço, amores. Mas não precisa.
Daniela: Lau, não custa nada tu falar isso pra gente. Somos suas amigas. Queremos saber.
Laura: Vamos deixar esse assunto pra depois, por favor. Aliás, não tinha mais uma menina pra vir?
Eu: Tem sim. E aham, tu vai falar sobre isso na frente de uma desconhecida? - Ironizei

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Love is my medicine ☮
Cap 20.
Em meio à aqueles pensamentos inusitados que sinceramente, me surpreenderam, eu acabei dormindo.
No outro dia, acordei um pouco melhor, mas ainda estava um pouco pra baixo. E meu celular tinha descarregado, e não daria tempo pra carregar antes da aula. Oh, merda! Tive que rir de mim mesma. Tomei um banho pra melhorar a cara de sono, passei uma maquiagem levinha baseada em pó e rímel, porque era necessário. Coloquei a camiseta da escola, uma calça jeans qualquer e um vans. Fiz um rabinho de cavalo, meu cabelo estava meio sujo, já que 1 dia sem lavar era o bastante pra deixá-lo oleoso. Desci pra tomar café com meu pai.
Eu: Oi, pai!
Pai: Bom dia, flor do dia!
Dei uma risadinha
Eu: Que bom humor é esse?
Pai: Nada não, filha.
Ele continuou sorrindo, mas eu fechei a cara de zoas.
Eu: Hum.
Pai: Que matérias tu tem hoje filha?
Eu: Ah, ciências, história e matemática. Porque?
Pai: Estava sem assunto. - Rimos -
Eu: Normal.
Pai: É... Mas e sobre intercâmbio, filha? Tu ainda quer fazer um?
Eu: Ah, sei lá pai... Pra ser sincera, eu não pensei de sério sobre isso, sabe? Tava só pensando como seria, mas não me aprofundei no assunto.
Pai: Entendo. Seria uma oportunidade e tanto, filha. E uma experiência incrível.
Eu: Tenho que concordar. Tenho uma amiga que já fez e disse que foi a melhor coisa que ela fez.
Pai: Realmente.
Eu: Ela disse que ficou com medo primeiro, mas acabou fazendo high school em uma cidadezinha perto de Londres e acabou achando pouco tempo os 6 meses que ficou lá, se não me engano.
Pai: É, amor.
Eu: Deve ser muito foda mesmo.
Pai: Olha a boca, menina!
Rimos.
Então fui pra aula, inclusive cheguei atrasada e levei falta, mas pelo menos eu tentei. Quando bateu pro recreio, fui correndo procurar a Dani. Pena que a Bia não estudava no mesmo colégio que nós e a Laura estava sempre com o Lo. Falar nisso, eu precisava falar com a Laura também, saber como ela está... Coisa de amiga. Preocupação de amiga. Antes de achar a Dani, achei outra pessoa junto com o Felipe e com o Matheus... Fiquei estática. Não consegui mover um músculo depois que os nossos olhos se encontraram no meio da "cantina" ou do "refeitório", como quiser.
Eu realmente não sei porque ele me deixava assim, era estranho, curioso. Não que eu esteja apaixonada, não. De verdade. É só... Uma atração. Extremamente forte, por sinal.
Quando caí em mim e consegui desviar o olhar do dele, descobri que nos fitamos por um tempo maior do que o que seria normal, pois o Matheus e o Felipe já procuravam o que ele estava olhando. Rapidamente, desviei o olhar para o lado, segui caminhando, mas não antes de dar uma última olhada. Só então fui procurar a Dani de verdade.
Quando a encontrei, não achei que ela precisasse saber do acontecido, já que não era nada que importaria a ela tanto quanto a mim. Quer dizer, eu não me importava não... Ah, caralho. Enfim. Ela estava sentada em uma mesa com o Lorenzo e a Laura. O Lo e a Laura pareciam tão felizes...

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Love is my medicine ☮
Capítulo 19.
Eu: Como não sabe? Tu prefere fazer o teste sozinha então? Porque fazer ele, vai ter que fazer de qualquer jeito, né!
Laura: É, eu sei...
Eu: Então! Faz aqui com a gente!
Laura: Tá bom... - Ela estava meio envergonhada, mas não havia motivo qualquer para aquilo -
Eu: E outra, o Lorenzo já sabe disso?
Laura: Como assim? - Se fez de desentendida -
Eu: Tu entendeu, Lau.
Laura: Entendi sim. E não. Ele não tem nem ideia de todas essas desconfianças.
Eu: Tá, e tu pretende contar quando?
Laura: Não pretendo.
Eu: Como assim, Laura?
Laura: Mas vai mudar o que? Eu não sei se isso é verdade mesmo... - Ela estava falando baixinho, provavelmente segurando o choro. -
Eu: Vai mudar tudo! Vocês são um casal. Se fizeram juntos, tem de enfrentar juntos!
Laura: Mas não sabemos se a gravidez é concreta!
Eu: Mas mesmo assim! Tudo isso que tu tá passando agora... Essa ansiedade, incerteza, tristeza... Porque eu sei que tu tá com uma penca de olheira né, deve estar chorando 24 horas por dia... Vocês deveriam estar passando por isso juntos também! Não é certo só você sofrer. E eu sei que o Lo ia te ajudar mais do que ninguém agora. Ele te ama de verdade, dá pra ver nos olhos dele. Ele ia te ajudar e te compreender. Pode crer.
Laura: É... Talvez tu esteja certa... Mas mesmo assim, eu prefiro fazer o teste e depois explicar tudo pra ele, mesmo que dê negativo. E eu espero que dê.
Eu: Mas esbanja teimosia, né! - Rimos -
Laura: Maybe. Beijos! - Fiz um barulho de beijo em resposta -
Ligação off.
Ah, cara. Tomara que ela faça mesmo isso de explicar pro Lo tudo e tal, ela deve ter se afastado dele um bocado, se eu conheço ela. E tipo, repentinamente. Do nada. Ele deve estar boiando legal.
Liguei pra Dani e contei tudo, ela ficou meio pasma no início. Ela, como eu, achava que o Lo tava dando aquela força pra Laura agora, que ele sabia de tudo. Ela disse que também conversaria com a Lau. Espero que converse mesmo.
xx
Era uma hora da manhã mais ou menos, fui tomar um banho, coloquei meu pijama, peguei meus fones e deitei na cama. Eu já tinha feito todos os temas e trabalhos para o dia seguinte, então estava tranquila, apesar de que a vontade de faltar aula pelo resto do mês estivesse me consumindo.
Enquanto eu ouvia música, meus pensamentos foram longe a ponto de chegarem no Lucas. De repente uma lágrima escorreu. Não sei bem o motivo, já que eu não estava de tpm nem nada. Mas aquela lágrima não foi embora tão cedo e a vontade de estar com o Lucas estava muito grande. Não sabia o que estava acontecendo, já que eu nunca tinha chorado por causa de um menino. Pelo menos não chorado com sentimento. Era sempre um choro qualquer, passageiro, sem dor. Mas agora estava doendo de verdade. As cenas dele e da Luana me vieram a cabeça e aquilo estava me consumindo por dentro. Estava doendo de verdade mesmo. Eu estava com saudade de algo que eu não tinha.

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Love is my medicine ☮
Capítulo 18.
Falar no meu pai... Não aguento mais a ansiedade de conhecer essa "mulher" dele. Ele não falou mais comigo sobre isso. Nem tocou no assunto desde o dia em que a gente brigou. Acho que ele percebeu o quanto aquilo foi ruim e tentou deixar a situação um pouco de lado. Mas melhor assim, por mim, a mulher se afogava! Que horror, mentira... Mas essas coisas não precisavam acontecer. Voltando ao assunto de conhecê-la, não sei se será tão cedo. Se a gente nem conversa ou discute sobre o caso, quem dirá vivenciá-lo.
xx
Decidi fazer um posão com as meninas. Convidei a Bia, a Dani e a Laura também. "Mas Pietra, porque não fazer um programa onde os meninos possam ir também?". Porque não é justo, né. Bem legalzão a Dani e a Lau de namorado e eu e a Bia chupando o dedo hauhaua. Ah, ninguém merece.
Enfim, convidei as meninas pra posarem aqui em casa semana que vem, na sexta. Acho que vai ser bem legal, afinal a gente não faz isso desde sei lá... uns 10 anos de idade. Pelo menos eu nunca mais fiz com qualquer amiga minha..
E mudando completamente de assunto de novo, hoje eu precisei ligar pra Laurinha. Eu quase não dormi morrendo de preocupação com ela. Imagina se ela tá gravida mesmo?! Isso não pode acontecer mesmo, cara.
Ligação on.
Eu: Alô! É a Laura?
Laura: Sim, quem fala?
Eu: Sou eu, jasmúndia!
Laura: Eu quem? Jasmúndia??
Eu: É a Pietra, Lau.
Laura: Oi!!!! Jasmúndia, é isso mesmo Pi?
Eu ri.
Eu: Como tu tá, morzinhu?
Laura: Tô bem, e tu? Como tu conseguiu meu celular? Porque eu não tenho teu whats nem teu número.
Eu: Tô bem, sim. A Dani tinha.
Laura: Ata.
Eu: Tá bem mesmo? - Ela demorou um tempinho a responder -
Laura: Estou sim.
Eu: Lau, tu sabe que eu só quero te ajudar.
Laura: Sei sim, Pi. Muito obrigada.
Eu: Sério, no que tu precisar, tu me fala. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance. E vou te apoiar em toda e qualquer decisão. Claro que vou opinar sempre, mas vou te apoiar sempre.
Laura: Cara, tu é a melhor. Muito obrigada mesmo, Pi. Tua amizade é de extrema importância pra mim.
Eu: E a tua também.
Demos uma risadinha
Eu: Laura, eu vou ser objetiva.
Laura: Chora.
Eu: Tu já fez o teste?
Outra vez, ela demorou a responder.
Laura: Na verdade não. - Af - Eu não tive coragem ainda, Pietra. Eu não consigo. Eu não vou conseguir fazer isso. Cara, um testezinho desses pode simplesmente mudar a minha vida e as coisas que eu quero pra mim.
Eu: Eu sei, Laurinha. Mas tu tem que ser corajosa agora.
Laura: Não! Eu não consigo!
Eu: Calma. Quem sabe no posão aqui, a gente compra alguns testes e tu faz. Faz mais de um por precaução. Aí tu vai estar aqui junto com a gente, tu não vai estar sozinha.
Laura: Olha, muito obrigada, Pi.. Mas eu não sei...
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Amoresss! Viram que eu enumerei esse cap? Vou começar a fazer assim com todos daqui em diante, acho bem mais organizadinho. Viu, acho que vou postar mais ainda hoje. Beijão!

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Love is my medicine ☮
Matheus: Onde as princesas tinham se metido? Quase morri procurando vocês! - Falou logo dando um beijo na Dani -
Daniela: Oi amor! Acordou, finalmente! - Ela riu -
Eu: Que porre, hein po! - Rimos -
Matheus: Ah, parem de tirar comigo! - Ele também estava rindo -
Eu: Tu que tá dizendo!
Daniela: É, né! - Matheus foi chegando pertinho dela e a beijou DE NOVO -
Eu: Nessas horas, minha maior vontade é largar essa vida de solteira.
Matheus: Ah, é?
Eu: A vontade já passou!
Matheus: Aham, sei. Mente aí não, Pietra!
Eu: Tá me chamando de mentirosa, senhor?
Matheus: Tô!
Eu: Dani, segura teu homem!
Daniela: Vem cá, amor! - Não é difícil de se adivinhar o que aconteceu. -
Matheus: Tá, galera. - Só tinha nós duas ali, mas o Matheus é deficiente. - Falaram de tudo mas não me contaram onde as donzelas estavam. - Falou com uma cara desconfiada, de brincadeira. -
Daniela: Ah, amor.. Quer saber mesmo? - Cutuquei a Dani com o cotovelo, de leve. Não acho legal contar uma coisa tãaaaao pessoal da Lau assim. - Que foi, Pi?
Eu: Acho melhor ela ter certeza primeiro antes de falar alguma coisa...
Daniela: Ok.. - Graças a Deus ela entendeu -
Matheus: Tá, não vão contar? É isso mesmo?
Daniela: Problemas de mulher amor...
Matheus: Aha, sei. Ok. Po, to curioso!
Daniela: Sérião, amor. - Matheus olhou pra mim com aquela mesma cara desconfiada, eu apenas assenti -
Matheus: Então tá. Bando de mulher mentirosa. - Rimos -
Ficamos mais um pouco, dançamos também.. Tocou umas músicas muito fodas, uns funk, umas eletrônicas... Teve até rap. A festa tava bem eclética. Inclusive dancei com a Dani bem perto da Luana e do Lucas, só pra dar na cara das rapariga. Até conheci duas meninas novas, na pista mesmo. Elas se chamavam Julia e Rafaela. A gente acabou se passando whats. Eu e a Dani conversamos bastante com elas. Bem legais! Tiramos uma foto muito foda, desculpa. Postamos no insta e tipo, eu estava nas costas da Dani e a Julia nas da Rafa. Todas tinham colocado tiaras de flores (lá pelas 4h da manhã, distribuíram! Sério mesmo!) diferentes. E é claro que todas estavam com um copo de ceva na mão. A foto já tinha várias curtidas.
Voltei pra casa já era umas... 6 horas da manhã. Fomos embora só porque o dj já tinha ido também, senão... Foi uma noite longa, ahahh. Graças a Deus, meu pai não era chato pra festa e horários.. Ele é bem relax até.

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Love is my medicine ☮
Eu e a Dani boiamos legal por um momento. Porque ela estava chorando? E tipo não era um chorinho onde só cai lágrimas. Ela chorava de verdade. Compulsivamente.
Eu: Laura!!! Onde tu tava, menina? O que aconteceu?
Daniela: Calma, Lau! Tá tudo bem? - Era meio óbvia a resposta, mas a Dani é a Dani. -
Eu: Laurinha, conta pra nós! Fica calma!
Ela só chorava, não conseguia falar nada. Eu estava ficando realmente nervosa.
Eu: Lau, respira. Para de chorar, vai!
Daniela: Conversa com a gente, tu só tá deixando a gente mais preocupada... A gente tá aqui pra te ouvir. O que aconteceu? Brigou com o namo?
Ela começou a se acalmar.
Laura: Não meninas, não é nada com o Lo.
Eu e Daniela: O que foi então???
Laura: Então... Eu senti um enjoo muito forte à pouco tempo e tal, e eu venho sentindo isso já faz umas 2 semanas... - Ela começou a chorar de novo, mas não tanto quanto antes. - E eu acho que eu posso... Eu posso... - Ela começou a chorar soluçando, outra vez. -
Olhei pra Dani e ela estava com a cara igualzinha a minha: Assustada e surpresa ao mesmo tempo. Aquilo era uma bomba mesmo. A Laura não podia estar... Grávida. Logo começamos a ter pena dela.
Eu: Lau... Calma... Tu já fez um teste?
Laura: Não... - Falou entre soluços -
Daniela: Então nem tem como ter certeza Lau, seja otimista. - Laura assentiu -
E depois da pena... Veio a vontade de repreensão.
Eu: Mas Laura... Como tu foi deixar isso acontecer?
Laura: Pi... Não é bem assim...
Daniela: Como não é bem assim? Vocês não tomaram cuidado, Laura?
Podia se dizer que eu e a Dani estávamos quase bravas. Parecíamos duas mães, coisa que a Laura parecia não ter tido.
Laura: Meninas... A gente tomou cuidado... Que eu lembre...
Eu: Ah, meu Deus! Não tem como piorar um pouco mais? Só falta uma nuvenzinha chovendo em cima da gente mesmo!
Laura: Calma, Pi... - Tomei as dores dela -
Eu: Lau. - Tentei tomar cuidado com as palavras, eu estava realmente pisando em ovos. - A gente não tá falando isso pro teu mal. O que tá acontecendo aqui, é que eu e a Dani queremos te ajudar. Mas antes disso, tu precisa cair na real. Tu tem que tomar cuidado com a vida.
Daniela: É. Nem tudo é fácil assim, não. Se tu me disser que não sabia como evitar ou qualquer coisa do tipo, vai estar mentindo. E mentindo feio.
Laura: É claro que eu sabia, mas aconteceu! - Ela estava meio revoltada -
Eu: Não embrabece não, a gente tá aqui pra te ajudar.
Laura: É, eu sei.. Obrigada meninas. - Eu e a Dani abraçamos ela. -
É, eu realmente espero que a Laura não esteja grávida. Isso só acabaria com os sonhos dela mesmo.
A Lau decidiu ir pra casa com o Lo, de táxi, obviamente, já que nenhum dos dois tinha carteira, ou carro ahuahauh. E mesmo que tivessem, a bebida ainda prevalecia.
Voltei com a Dani pra festa, já que era recém 2 horas. Ainda estava completamente cheio. O Matheus estava correndo que nem um louco, até que parou na frente da gente.

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Love is my medicine ☮
Mas sabe aquele beijo bom, bom mesmo? Que te leva pro céu? Então. Não durou tanto tempo assim, porque logo alguém me cutucou.
Xx: Ei, tá pensando o que?
Eu: Oi?
Lucas: Luana...
Eu: Luana? Ata, a aniversariante.
Luana: Exatamente, querida. Lucas, acho que tu me deve satisfações.
Eu: Querida, teu cu!
Lucas: Calma, Pi.
Eu: Pi o caralho, Lucas. Tá pensando que eu sou qualquer uma pra ti pegar e largar? - Então me dei em conta que era isso o que vinha acontecendo... Lucas me olhou estranho -
Lucas: E Luana, não te devo nada não, cara. Desapega.
Luana: Desapega??? Não parecia ser isso que você queria me dizer há alguns minutos atrás...
Lucas: Já ouviu falar no verbo pegar?
Luana: Não, e você?
Lucas: Ah, pois deveria!
Eu: Olha, queridos.. Discussão de casal eu não vou assistir não, e muito menos participar.
Lucas: Casal? Que casal?
Luana: Nós dois, quem sabe, Luquinhas? - Falou a última palavra com ironia -
Lucas: Casal uma vírgula!
Luana: Então é assim?
Lucas: Sim!
Eu: Gente, chega! Pra mim deu! Caralho.. - Saí pisando duro, depois de dar uma olhada pro Lucas tipo "vai tomar no cu".
Sentei em uma cadeira qualquer. Essas horas já nem tava mais bêbada. Tipo, tava, mas eu estava em mim. Comecei a pensar. O Lucas realmente tava achando que era pega e larga. Que ele ficaria comigo quando quisesse. Porque isso realmente vinha acontecendo. Mas isso iria mudar. Se ele quisesse, ia correr atrás. É, as coisas realmente iriam ser bem diferentes daqui pra frente.
Voltei lá com a Dani e os meninos AINDA estavam dormindo, é.
Eu: Dani, onde tá a Laura?
Daniela: Nem sei, amiga. E onde tu tava até agora?
Eu: Lugar nenhum, gata.
Daniela: Ah, é?
Eu: No lugar errado, amiga. Num lugar que eu não deveria ter ido.
Daniela: Tá bom, então. Mas vai me deixar na curiosidade mesmo?
Eu: Vou.
Daniela: Obrigadinha.
Eu: Sempre que precisar. - Ela me mostrou a língua. - Mas e a Laura, amiga? -
Daniela: Sumida esperta essa dela, né? - Assenti -
Eu: Bora procurar ela?
Daniela: Tá.
Meu Deus, a gente não sabia onde a Laura tinha se enfiado, sério. A gente rodou a festa inteira, só faltava o banheiro. Mas, segundo a Dani, ela tinha sumido já fazia um tempinho, mas fomos lá mesmo assim. Ela realmente estava ali. Ela estava sentada em um banquinho que tinha ali e ela estava chorando muito, tipo muito mesmo.

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Love is my medicine ☮
Acho que nunca me senti tão feliz como quando ela chamou todo mundo pra jantar. Isso já era umas 23h. O "cerimonial" tinha sido bem cansativo, mas bonito. Houveram vários vídeos feitos por amigos dela e pelo que eu vi, ela não tinha namorado. Tinha duas meninas que eram muito amigas dela, eu acho, já que fizeram um vídeo enorme pra ela. Esse sim foi chato. Mas a coisa mais bonitinha do mundo foi o irmãozinho dela cantando parabéns.
Enfim, comemos. Eu comi pra caralho. A comida tava ótima e tinha um monte de tortas de sobremesa. Aquela garota era magnata, provavelmente.
Quando puxei a Dani e a Lau pra dançar, era uma 12h. O Lo e o Matheus estavam tipo muuuuito bêbados já. Eles começaram a dançar e cantar no meio da festa. A Laura teve que interferir, porque Deus do céu, bate na madeira. Ao mesmo tempo que eles berravam e dançavam, eles quase caíam.
Finalmente eu e as meninas pudemos ir dançar em paz (o Lorenzo e o Matheus tinham dormido na mesa, isso mesmo) e as músicas estavam bem legais. Tinha muita gente dançando, a pista tava lotada. Então eu vi o Lucas ficando com a aniversariante que pelo o que eu me lembro se chamava Ana. Não, Luana. Ah, foda-se! É uma puta do mesmo jeito! E não é por causa do Lucas... Claro que não.. É só que imagina só sair ficando com qualquer menino.. Fiquei estática olhando pros dois por uns segundos até que a Dani me viu e perguntou se estava tudo bem. Eu falei que sim, mas que ia pegar um drink. Tinha vodka pura ali, então pedi uma. Aquilo desceu queimando, mas me senti um pouco melhor. Pedi outra, a sensação se repetiu, eu já estava mais alegre. Depois da terceira, quarta... Perdi as contas e já estava me sentindo das nuvens, nem sentia mais nada. Tentei caminhar até a Dani, mas não deu muito certo, pois eu caí. Então uma pessoa me ajudou a levantar, era o Lucas. Eu comecei a rir muito, tipo muito. Ah, se eu não tivesse bêbada... É.. Comecei a gargalhar e ele sorriu.
Lucas: Calma, senta aqui.
Eu: É, t- tá. - Eu tava muito bêbada pra conseguir pronunciar qualquer porra -
Lucas: Acho que alguém bebeu demais, né?
Eu: Tal- t- talvez. - Eu tava rindo pra caramba -
Lucas: Então fica aí sentadinha pra tu não cair de novo.
Eu: N-não. Eu quer-quero dan..
Lucas: Dançar? Só pode.
Eu: Vou simmmm. - Eu levantei e comecei a pular e girar até que eu caí de novo, só que no colo dele. -
Lucas: Gatinha, para quieta. - Falou rindo -
Eu: Tu tá rin- rindo d-de mi-mim? - Coloquei o dedo na cara dele, zoando. Caralho, eu tinha bebido demais. -
Lucas: Tô.
Eu: Aé?
Lucas: E o que tu vai fazer?
E eu beijei ele.

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Love is my medicine ☮
A Dani veio aqui em casa pra gente se arrumar. Nós duas deixamos o cabelo solto e eu fiz cachos. Eu coloquei um vestido curtinho preto com dourado e ela um preto com franjas na frente toda, da cor branca. Eu peguei um saltão, mas tipo saltão mesmo, dourado todo glitterado e ela um vermelho. A nossa maquiagem tava bem marcada, eu de batom vermelho e ela coral. A gente tava gata pra caralho.
Enfim, o Matheus veio buscar a gente e tenho que confessar que ele tava bem gato também. Ele veio sozinho, então eu fiquei de vela, pra dar uma variada.
Matheus: Que gatas! Dani, fica perto de mim pra nenhum marmanjo babar. - Dani se sentiu com o elogio -
Daniela: Que nada, amor. Mentira, a gente tá gostosa mesmo.
Matheus: O que eu mais admiro em ti é a modéstia, amor.
Daniela: Sempre que precisar.
Chegamos na festa. Era um puta festão mesmo. Logo que a gente chegou, já deu pra ver. A entrada tava cheia de holofotes azuis escuro e verde água, se cruzando. Cada grupinho de pessoas que chegava era parado pra tirar fotos. Nossa foto ficou ótima, nossinhora. Eu fiquei no meio do Matheus e da Dani pra não sofrer exclusão social. Tava tudo lindo até aí, mas quando a gente pisou no salão... Era o maior salão do clube. Era tipo... Gigante. Estava todo decorado das mesmas cores dos holofotes: azul escuro, meio marinho, verde água e dessa vez tinha branco também. A festa tava maravilhosa. Tinha muita gente, e ainda era cedo. A festa começava as 21h e era 21:20 recém. A noite prometia.
Logo achamos um casal de amigos numa mesa e nos juntamos a eles. Ótimo. Eu ia ficar de vela pra 2 casais.
Laura: Isso aqui tá lindo, né?!
Eu: Sim! Meu Deus! - A Dani concordou -
Lorenzo: A Luana deve tá muito gata também. - O Matheus riu -
Laura: Fala isso de novo se tu é homem! - Ok. Já sabia que a aniversariante se chamava Luana. E que a Lau era ciumenta. -
Lorenzo: Calma, amor. Só tava falando.
Laura: Ninguém perguntou.
Lorenzo: Não tá mais aqui quem falou.
E então eu vi o Lucas. Ele tava muito lindo. Ele veio nos cumprimentar. Ele cumprimentou todo mudo e quando chegou em mim, parecia que um canto da boca dele tinha se curvado. Na minha cabeça um sorriso tinha aparecido, mas provavelmente era só na minha cabeça mesmo.
Já era umas 22:30 e a bendita da Luana não tinha aparecido ainda, já tava me cansando. E tava com uma puta fome.
Daniela: Gente, a fofinha não vai vir não?
Eu: É, né.
E então ela apareceu. Começou a tocar Play Hard e ela era muito linda. Pelo menos de longe. Ela tava com um vestido azul e verde das cores da decoração e com uma tiara de flores branca. Achei bem bonitinha, mas nada a ver com o "tema" da festa. Enfim, o vestido era curto na frente e longo atrás. Ela estava linda. Quando ela chego no degrauzinho do palco, o - suposto - pai dela a ajudou a descer. Ela estava com um sorriso enorme e fez um discursinho chato de "Ah, estou muito feliz pela presença de vocês e blá blá blá". Caralho, eu tava com fome! Essa gente não come não?

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Love is my medicine ☮
Eu: Na verdade o assunto fugiu um pouco do esperado, mas eu tinha tocado no assunto.. Porque eu estava pensando sobre fazer intercâmbio. Não que seja meu sonho nem nada, é só que eu achei mó legal quando comecei a pensar em estar num outro país.. Outra cultura..
Pai: Você gostaria de fazer isso?
Eu: Ah.. Tem que ver os prós e os contras né.. Por um lado é óooootimo mas por outro, deixar a Dani aqui, a Bia, você.. É estranho demais pra mim.
Pai: É, talvez.
Eu: Mas de qualquer jeito, é muito caro, pai. Nem esquenta, nem sei porque pensei nisso.
Pai: Filha, é claro que dinheiro não nasce em árvore e a gente não tá mergulhando nele, mas é uma causa tão boa.. A gente daria um jeito, se você quisesse.
Eu: Ah, pai. Tu é simplesmente o melhor. E sobre a tal mulher.. Não esquenta que eu já me... Conformei.
Pai: Tu não sabe o quanto é bom ouvir isso.
Eu: Pai... Er, eu nunca vejo tu saindo de casa.. Durante o dia tu tá sempre trabalhando ou aqui em casa. Até onde eu sei. Quando tu arruma tempo pra ver alguém?
Pai: Então.. - ele ficou sem graça pra porra, do nada - Eu saio de noite, geralmente..
Eu: Hum.
Pai: Porque a pergunta?
Eu: Nada, só achei estranho.
xx
A Dani me ligou, me dizendo que em meia hora chegaria aqui em casa. O bom é que ela pergunta se pode, se eu quero.. Não, ela pega e vem.
Ouvi a campainha, provavelmente era ela.
Daniela: Oi gata, cheguei!!
Eu: To vendo, fia.
Daniela: Ah, cala a boca.
Eu: Não tá mais aqui quem falou.
Daniela: Amiga, amanhã vai rolar mó festão de uma amiga do Lucas, que falou pro Matheus, que me convidou e disse pra te convidar.
Eu: Pera.. Uma amiga do Lucas?
Daniela: É. Que que tem?
Eu: Não, nada. Fala tudo de novo, que o resto eu não entendi.
Daniela: Po amiga, tá pilhada com o que, que não tá me ouvindo?
Eu: Nada, caralho. Só repete.
Daniela: Tá, desculpa. Resumindo eu e tu vamos numa festa que vai ser grande, de uma amiga do Lucas, e o Matheus falou pra mim te convidar, aí a gente vai junto com ele.
Eu: Tá. Tu vem aqui se arrumar amanhã ou eu vou na tua casa?
Daniela: Pode ser lá em casa.
Eu: Feito. Que horas é a festa?
Daniela: 21h começa.
Eu: Tá, última coisa. É festa de aniversário?
Daniela: É, mas o Mat falou que não precisa levar presente. Eles já vão dar.
Eu: Fala sério, Daniela. Mat? É isso mesmo?
Daniela: Coopera, gata.
Eu: Aha.
Daniela: Ah, e a gente tem que ver o que vai vestir. Quero um vestido emprestado. Por favor, vaaaaai.
Eu: Tá, eu escolho primeiro. O resto eu deixo pra ti. - Ela fez careta -
Daniela: Sim, tu tem que tá gata pro teu boy, né?
Eu: OI?? Nada a ver.
Daniela: Aham. Tá.
Eu: Cala a boca, Daniela. Vamos ver um filme?
Daniela: Tu não sabe disfarçar, amiga. Desculpa aí.

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Love is my medicine ☮
Eu gostaria de saber pelo menos em que nível de relacionamento meu pai tá com essa mulher, porque eu não tenho nem ideia. Já me conformei um pouco com isso, mas só aceito mesmo, porque não apoio nem nada. Se eu pudesse, já teria matado ela mas não a conheço, então..
xx
Até que eu sou uma pessoa organizada, pois é. Fui ver na minha agenda o que tinha esse mês, e adivinha: aniversário da Dani! Conhecendo ela como eu conheço, vai levar todo mundo pra balada! Ou pro clube fazer um festão.. Não sei. Mas provavelmente vai ser legal. Mas é só no fim do mês. Falar em fim do mês, daqui uns dias vão entregar os boletins, e eu acho que tô ferrada, porque fui mal em tudo que é prova. E meu pai falou que eu não ia sair por 6 meses se eu ficasse abaixo da média. Oh, glória. MUDANDO DE ASSUNTO DAQUI A 2 MESES, ADIVINHA QUEM VAI FAZER 16 ANOS???????? EUZINHAAAAAAAAAAAAA! Acho que tô indo pros EUA, pelo menos lá posso dirigir com essa idade. Nossa, morar fora do Brasil deve ser o máximo. Só de me imaginar na Califórnia, não vejo mais chão. Que sonho.. Até comentei isso com o pai. A gente vinha se evitando fazia uns dias, mas tentei normalizar as coisas.
Eu: Pai, qual era o seu sonho de adolescente?
Pai: Como assim?
Eu: Tipo, algo que você gostaria muito de fazer quando tinha minha idade por exemplo.
Pai: Ah.. Eu gostaria de ser um grande musicista. - eu ri, mas logo voltei ao normal quando percebi que ele estava sério ainda -
Eu: E por acaso você canta ou toca alguma coisa? - Perguntei como se já soubesse que a resposta seria não -
Pai: Ah.. Eu tocava violão. E cantava um pouquinho também. Acho que se eu eu pegar um violão agora ainda consigo arranhar alguma coisa, já que faz uns 10 anos que não toco.
Eu: Sério pai? E porque o senhor é juiz federal? - Ele era um juiz bem sucedido sim, mas não demonstrava felicidade no que fazia. Nunca demonstrou -
Pai: Sua avó não era uma mãe muito.. Digamos... Compreensiva. Sei que queria o melhor pros filhos, mas não deixou que eu, o seu tio Alberto ou sua tia Márcia nos decidíssemos por nós mesmos. Ela queria todos os filhos juízes. E nenhum queria isso. O Alberto queria abrir um restaurante e a Márcia queria ser arquiteta, me lembro das inúmeras discussões sobre isso. Mas sua avó era muito boa, filha, apesar de tudo.
Eu: E você não a culpa por nada disso?
Pai: No fundo, sim. Mas tento ver todas as coisas boas que ela fez por nós.
Eu: Entendo..
Pai: Mas amor, por que tocou nesse assunto? De sonhos e tudo mais?

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Love is my medicine ☮
Pai: Na verdade, não sei se vai ser tão importante pra você quanto vai ser pra mim.. Mas... É.. Eu.. Eu conheci.. Eu conheci uma mulher, filha.
Eu: OI? - as palavras evaporaram -
Pai: Amor, não...
Eu: Você enlouqueceu?
Pai: O que é isso? É claro que não. - ele falou com um ar triste, ele estava falando bem baixinho, como se estivesse escolhendo as palavras -
Eu: PAI!
Pai: Filha, fala alguma coisa!
Eu: Não consigo! Não consigo! Não dá pra pensar que você está tentando ocupar o lugar da mamãe com outra qualquer só pra não sofrer! - ele realmente ficou triste -
Pai: Não é bem assim..
Eu: É assim, sim!
Pai: Não é! Todo mundo sempre tem o direito de ser feliz, menos eu!
Eu: O que?
Pai: Não estou entendendo o que tem demais em eu ter conhecido uma mulher! Em ter conhecido uma razão pra sorrir!
Eu: Não é nada disso, eu e você sabemos! A minha mãe é única, pai.. Ela não merece is..
Pai: É óbvio que é! Ela é única, sim! Única na minha vida! Na sua! Na de todos!
Eu: Eu sei disso, mas e você?
Pai: Pietra, eu tenho certeza que se ela estivesse aqui, ela estaria buscando a nossa felicidade. Eu tenho certeza.
Eu: Talvez...
Pai: Talvez, nada!
Eu: Pai, não faz isso comigo e com a mamãe... Não faz isso com a gente.
Pai: Eu só quero ser feliz de novo, Pi...
Era a única coisa que me faltava. Isso era literalmente o que faltava na minha vida: Meu pai com uma mulher.
xx
Quando contei pra Dani e pra Bia, pensei que elas iam me ajudar, me dar força... Mas o que elas fizeram? Elas riram!
Daniela: Pietra, o que tem de mais no seu pai estar gostando de uma mulher? Estar voltando a aproveitar a vida? - ela ainda estava vermelha de tanto rir. Vadia -
Bia: Além do mais, ele vai ser mais feliz, Pi.. Ele vai estar sempre sorrindo! E isso vai acabar mudando a vida de vocês como família também. Imagina você voltar a ter uma mulher dentro de casa pra te ajudar com coisas femininas? Coisas que seu pai não pode conversar com você?
Eu: Mas eu não quero mulher nenhuma! Vocês não estão entendendo. Eu não quero ninguém no lugar da minha mãe.
Bia: Mas ela não vai entrar no lugar da sua mãe! Sua mãe vai ser sempre a pessoa mais importante tanto pro seu pai, quanto pra você. Mas uma mulher dentro da sua casa resolveria muito as coisas, pode falar!
Eu: Gente! A gente nem viu ela! Eu nem sei o nome dela! Como vou saber se ela é uma pessoa boa, além do mais?
Daniela: Calma, Pi. Tudo vai se resolver. Não tem nada de mais no seu pai querer poder sorrir de novo.
E chegamos a conclusão de que: Tô fudida.

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Love is my medicine ☮
Caaaaaaaaaaaara, a Dani e o Matheus se acertaram! Eu não tava levando fé primeiro, mas vou explicar! Cara, to muuuuuuito feliz! A Dani me contou tudo. Enfim.
O Matheus ligou pra ela ontem (sexta-feira) e marcou de ir jantar com ela sábado. Eu fiz um escândalo, ela tava se deixando levar e tals, mas ela, que não é muito influenciável, foi. Eu tava tipo muito contrariada, mas ajudei ela a se arrumar.. Coisa de amiga, sabe? A gente passa por cima de tudo e fica ali do lado. Bom, como eu disse ela foi. Ele foi buscar ela na casa dela umas 19:30 e gente, os dois estavam lindos. Ela tava com um vestido vermelho (!!) perfeito. Ela me contou que primeiro ela não queria nem papo, mas pensou assim "se eu já aceitei, vai adiantar do que eu ficar de cara?" e eles começaram a conversar. Pelo que ela me falou, ele explicou que a menina da balada tinha agarrado ele e tudo mais. Eu e a Dani ficamos meio tipo "what?", baita desculpa esfarrapada.. Mas ela deu mais uma chance pra ele. Massss, foi bem dura e disse que se algo do tipo acontecesse de novo, ela não daria porra de chance nenhuma, nem em um ano separados (eles ficaram um mês separados)! E cá estão os dois. Mas agora tão um porre. É amor pra cá, amor pra lá, gatinho pra cá, gatinha pra lá.. Eu achei lindo nos primeiros minutos, mas eu segurei uma vela do caralho gente! E tipo, quase vomitei. Ah! E a parte mais importante: já combinamos de ir em uma festa na quinta-feira, já que sexta que vem vai ser feriado. Na realidade, a gente combinou de sair, mas ainda não sabemos pra onde. Mas eu sei que vai ser ótimo.
xx
Pai: Oi, Pi!
Eu: Fala, pai!
Pai: Filha, tu quer dar uma saída comigo?
Eu: Pode ser.
Pai: Faz um tempão que não saímos juntos. Quando você tinha seus 12 anos, ia no cinema comigo pelo menos! - rimos -
Eu: Bons tempos, bons tempos..
Pai: Você quer ir ao cinema, anjo? - ai gente, meu pai é tudo -
Eu: Sim!
Pai: E depois a gente toma um sorvete..
Eu: Ok.. Pra que tudo isso, sr?
Pai: Não posso querer sair com a minha caçulinha? - rimos novamente -
Eu: Sim, pai.
Fomos no cinema realmente, e vimos um filme de comédia bem legal até, tinha vários atores gatinhos e as atrizes eram lindas também. Depois fomos na sorveteria que ficava uma quadra do cine.
Pai: Vamos lá? - sentamos na mesa da sorveteria e eu pedi uma banana split e ele uns bagulho lá muito estranho, eram um monte de bolas de sorvete com um chocolate, sei lá..
Pai: Filha.. É.. Eu não vim aqui com você só por vir.. É.. Não sei como te falar.. Ãn.. Tenho uma coisa bem importante pra te falar, espero realmente que você me entenda..

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Love is my medicine ☮
A festa/show estava muuuuito boa! Sério mesmo. Eu e as gurias nos divertimos bastante, apesar dos pequenos contratempos, tipo Matheus. Ah, gente! É claro que eu torço pra felicidade da Dani, e muito! Só que esse negócio de trair e voltar não é comigo. E eu gostaria que não fosse com a Dani também... Inclusive ela tá aqui em casa hoje.
Daniela: Sabe Pi, eu realmente se pudesse, escolheria não ficar triste. Eu tentei superar, tentei muito. Fui pra festas e fingi, disse pra mim mesma que não gostava mais do Matheus, mas vou fazer o que? Ele apareceu todo gato na rave, eu me despedacei por dentro!
Eu: Dani, não fica assim. A vida é muito curta pra gente ficar se entristecendo. Esquece o que tá te fazendo mal. Tenta de novo, quantas vezes precisar. Isso não é pra sempre, amiga.
Daniela: Tá, e se ele realmente tiver uma explicação boa pra me dar?
Eu: Como assim?
Daniela: Ele pediu milhares de vezes pra eu deixar ele se explicar, mas eu não deixei. E se ele realmente tiver algum motivo?
Eu: AMIGA! Motivo? Que motivo? Não tem motivo pra trair! Põe isso na sua cabeça!
E ela começou a chorar.
Eu: Tu sabe que eu não tô falando isso por mal! - Não abaixei o tom de voz - tô falando isso pra ver se vindo de outra pessoa, tu entende que não tem explicação nenhuma! Desapega dele cara, tu tem muito que viver! Eu tenho muito que viver! Chega! Tu vai achar muito cara melhor.
Daniela: É.. Eu acho que tu tá certa..
xx
A Dani foi embora era umas 22h da noite. Amanhã a gente tem aula, afinal, amanhã é quarta. Desci pra jantar com o pai.
Pai: Oi filha! Vamos pedir uma pizza? Não tem nada em casa e tenho certeza que você não quer faz..
Eu: VAMOS!!!
Pai: Calma, Pietra. Parece uma esfomeada. - rimos -
Meu pai era realmente uma pessoa essencial na minha vida. Ele era meu anjo. Se eu não tivesse ele aqui, aposto que não conseguiria ser feliz. Não conseguiria aguentar. Ele é uma inspiração pra mim. A gente é bem parecido. Apesar de todos os problemas, a gente nunca fica abatido ou coisa do tipo, é.. A gente é bem alto astral. Acho que somos muito felizes na verdade, não tenho porque reclamar. Eu realmente amo ele.
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Amores, se tiver curtidas nesse cap, eu posso postar mais um ainda hoje. Se quiserem falar comigo, falem no ask da web! beijão <3

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Love is my medicine ☮
A Dani e a Bia vieram aqui em casa pra gente se arrumar pra festa, sim, finalmente sexta-feira! A festa na verdade seria um showzinho meio tropical, hipster, sei lá. Seria na praça, ao ar livre mesmo. Nunca tínhamos ido em algo assim, então nós estávamos muito ansiosas. Colocamos umas roupas bem coloridas pra combinar com o estilo do show, a gente tava gata! ahauihauiahiu. Eu e a Bia colocamos shorts coloridos (eu rosa e ela verde água) e a Dani colocou uma saia jeans vermelha com uns rasgos. Eu coloquei uma blusa branca com as laterais -bem- abertas e com uma frase em canetão preto, e um vans preto. A Bia colocou um cropped, um top na verdade, rosinha e all star branco. A Dani colocou uma blusa soltinha que mostrava a barriga e uma sandália. Então meu pai nos levou lá, e acreditem se puderem, tinha MUITA gente! Falaram que tinha mais de 15 mil pessoas, tava lotada a praça! Vários djs tocaram e foi muito divertido, até que...
Daniela: Matheus! O que tu tá fazendo aqui?
Matheus: Dani! - ele estava meio envergonhado, pois é! - Eu.. Você.. A mesma coisa que você!
A Dani foi virar a cara pra continuar curtindo o show, mas ele interrompeu de novo.
Matheus: Dani, faz assim não, velho. - falou segurando o braço dela - A gente precisa conversar! Por tudo o que a gente já viveu! Tu não me deixou explicar! E todas as ligações que eu te fiz?
A Bia, que não conhecia ele, estava com brilho nos olhos até, ela era muito romântica, fala sério. Ela provavelmente estava torcendo pra eles se acertarem..
Daniela: Matheus, deu pra ti. Eu confiei em ti, muito mesmo. Não quero brigar. Vim pra curtir, me divertir e aproveitar, não discutir contigo! Faça o favor e vai embora.
O Matheus quase foi embora, já estava se virando, mas... Ô cara persistente!
Matheus: Dani.. - Chega! -
Pietra: Matheus, faz um favor pra todas nós e nos deixa em paz. Deixa a Dani em paz! Ela viu o que tu fez! Não tem como voltar atrás! Para de encher o saco! Tchau! - O Lucas e o Felipe estavam com ele, o Lucas deu um sorriso perfeito quando eu acabei de falar.
Matheus: Eu vou.. - falou com um ar triste - mas Dani, eu te amo. Eu tô falando sério, me deixa explicar só.
Daniela: Caralho, tá. Mas outro dia. Hoje tô curtindo com as meninas.
O Lucas deu uma piscadinha pra mim e eu quase me derreti. Então ele deu uma piscadinha pra Bia também, e eu.. Bom, quase voei na cara dele! Credo! E não é ciúmes não, hein? É não! É só que.. É ruim, né? Ah, esquece, só vou piorar minha situação se falar mais. Olhei pra Bia todas derretida também.
Pietra: Bia! Para de babar, fecha a boca!
Bia: Credo gente! Tu não tá nem na tpm! Isso tudo é ciúmes?
Pietra: OI?
Bia: Nada, amiga. Olha pra frente, vamos continuar com a festa.

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Love is my medicine ☮
A Dani tava realmente muito mal, mas nada que um brigadeiro e um filminho não a acalmasse, né? Convidei até a Bianca, uma antiga amiga nossa pra ir comigo, porque quanto mais melhor! ahaha fazia um tempão que a gente não passava uma tarde assim juntas, nós éramos muito grudadas. A Bia é um amor de pessoa e bem divertida, vimos 2 filmes de romance, onde todas morreram chorando, 1 de comédia e 2 de terror! Ahahahah pior que estávamos sozinhas na casa da Dani.
Daniela: Meninas, eu não sei se eu devia ter terminado com o Matheus. Eu realmente gosto dele.
Pietra: Minha filha, ele tava te traindo!
Bianca: Dani, tu deixou ele explicar alguma coisa? Vai saber, quem sabe alguma coisa tivesse acontecido..
Pietra: Tipo ele tropeçar e cair de boca na boca de uma puta qualquer?
Daniela: Amiga, calma!
Bianca: Ah, não sei...
Pietra: Olha meninas, eu não aceitaria traição nem ferrando, se vocês querem isso pra vocês, não é comigo!
Daniela: Pi, não é isso. É que o que eu sinto é forte, não sei se deveria ter chegado ao pé da letra!
Pietra: Daniela, pensa no que tu tá dizendo!
Bianca: Calma, gente!
Pietra: Dani, desculpa.. Me irritei fácil, eu sei. É que eu odeio te ver chorando por causa de um idiota. Eu não acho certo.
Daniela: Eu sei, amiga.
Pietra: Achei ótimo tu ter dado um basta agora, pra depois não sofrer mais.
Bianca: Por esse lado..
Pietra: O único problema de tudo isso é que agora não vou mais ver o amigo lindo do Matheus.. Af! - rimos -
xx
Já era domingo de noite, amanhã teria aula. Era 12h já e eu acordo 6:30 todo dia, fala sério! Mas o melhor de tudo não é isso, e sim que eu ainda tenho dois trabalhos pra fazer! Pois é.
xx
Daniela: Pietraaaaaa! - veio gritando -
Pietra: Fala Dani.
Daniela: Amanhã é sexta e vai ter uma festa meio hippie no parque! Nós precisaaaamos ir! Vai ser muito legal! Tipo, é as 19h e vai madrugar. Vai ter música eletrônica e tudo mais. Vai ser tipo um show. Ah, vai ser muito legal! Vamos?
Pietra: Sim! - era muito bom ver que a Dani já estava recuperada, ela não falava com o Matheus já havia uma semana e *"(<{parecia}>)"* ter superado.

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Bianca ♥

Love is my medicine ☮
Oi! Sou a Bianca, tenho 16 anos e conheço a Dani e a Pietra já faz uns 6 anos, do cursinho aonde a gente fazia inglês. Teve uma época que a gente era muito apegada, era sempre nós três, mas acabamos nos afastando. Bom, moro com meus pais e minhas duas irmãs, uma de 5 anos e uma de 7 e vivemos bem, temos nossos conflitos, mas tamo aí. Enfim, não namoro e não estou a fim de ninguém no momento.
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Love is my medicine ☮
Eu: Porque vocês terminaram? Ele te bateu, por isso você estava com o rosto roxo? DANIELA, ELE TE BATEU?
Daniela: Não filha, te aquieta aí. Eu vou contar tudo. Mas primeiro tu me conta como foi com o Lucas! - Falou rindo -
Eu: Oi? Lucas? O amigo do Matheus?
Daniela: Sim! Ele beija bem? Como foi? Os pegas foram fortes, hein amiga!
Eu: Ãnnnn? Eu fiquei com ele? - E de repente uns flashes começaram a passar na minha cabeça, de a gente dançando, bebendo juntos, e.. Se beijando! E ele pegando na minha bunda! Não sabia se ria com essas lembranças ou chorava. Maldita bebida! Ele era gato mas eu não queria ter chegado a esse ponto na primeira noite! Cômico se não fosse trágico, pois é. Agora foi, massss se eu não lembro, eu não fiz.
Daniela: Lembrou, gata?
Eu: Daniela, como tu deixou? - Falei rindo -
Daniela: Amiga é pra isso.
Eu: Imagino. Mas vem cá, me conta da cara roxa logo, se não eu tenho um chilique.
Daniela: Beleza. Foi assim. Enquanto a gente tava dançando com a galera lá, na pista, eu falei que ia ao banheiro. Tá, fui lá, retoquei a maquiagem, ajeitei o cabelo..
Eu: DANIELA!
Daniela: Tá! Desculpa! Vou resumir. Não vou contar detalhes.
Eu: Cala a boca e fala!
Daniela: O que, gata?
Eu: Caralho, só conta logo.
Daniela: Tá! Enfim. Quando voltei do banheiro, eu peguei o Matheus e uma vadia se beijando, eu quase fui a loucura! Eu sempre tinha confiado muito no Matheus, até de olhos fechados! Não acreditei no que tava vendo. Então eu não fiquei parada, né? Fui lá tirar satisfação. E não só tirei satisfação como também dei um soco com tudo na cara daquela puta nojenta. Aí a gente começou a brigar no meio da festa mesmo e fizeram até rodinha. Eu posso estar com o olho e a boca roxos, mas ela tá com a cara e o corpo todo também. Daí o Matheus foi separar a gente e pediu pra conversar comigo, aí eu dei um tapão na cara dele, mas não conseguia sair sozinha, porque tinha torcido meu pé durante a briga - rimos - e ele me ajudou a sair e me pagou um táxi, porque eu falei pra ele que se ele ousasse querer me dar carona, ele levava mais uns murro. E daí eu fui pra casa e dormi. Eu não deixei ele falar absolutamente nada, ele queria o tempo todo se explicar, mas isso só me irritava mais. Enfim, nós terminamos! E eu tô muito mal cara, eu amo ele. Sabe quando tu não sabe o que fazer mais? Quando o vazio fica enorme dentro de ti?
Pois é - ela já estava soluçando nessa hora -.
Eu: Dani, calma. Respira fundo, toma uma água, toma um calmante e dorme mais até a hora de eu chegar aí. É provável que eu demore um pouquinho porque hoje é sábado e meu pai quer sair comigo de tarde, ninguém merece, mas lá pelas 15h, 16h tô aí, gata.

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Love is my medicine ☮
Acordei com a dor de cabeça mais forte que já tinha tido na vida. Tomei um remédio, escovei os dentes e fui tomar banho. Quando desci pra tomar café, descobri que era 12h. Cedo até. Meu pai estava almoçando, tinha lasanha de almoço, então fui comer com ele.
Eu: Oi pai! - Falei toda atropelada, estava morrendo de fome -
Pai: Oi filha! Onde foi ontem?
Eu: É.. Numa festa!
Pai: Voltou que horas?
Eu: Cedo, pai! Porque tu sempre pergunta isso?
Pai: Preocupação de pai, já ouviu falar?
Eu: Desnecessário.
Pai: Olha, filha, não quero que você volte tão mais tão tarde, tá?
Eu: Aham.
Pai: Última pergunta, juro. Foi com quem?
Eu: Com a Dani e com o Matheus.
Pai: Quem é Matheus?
Eu: Namorado da Dani.
Pai: Você nem pense em namorar, tá muito cedo.
Eu: Tenho quase 16!
Pai: Então!
Eu: Ah, fala sério.
Pai: Tô falando.
Eu: Chega pai, vamos comer.
Pai: Pietra..
Eu: O que é?
Pai: O Guilherme ligou..
Eu: O Gui ligou? Sério??? Porque não me acordou? Aconteceu alguma coisa? Paiii!!!
Pai: Não aconteceu nada, anjo. Mas descobri que ele vai ter que ficar mais dois anos lá, por recomendação. - Comecei a chorar de leve -
Eu: Porque isso tem que acontecer com a gente pai? Com o Gui?
Pai: É, não sei. - Ele me abraçou - Mas não vamos pensar nisso. Vamos dar força pro Guilherme.
Eu: É.. Vamos sim.
Pai: Pra descontrair, vamos no cinema hoje de tarde?
Eu: Desculpa pai, nem rola. Tô com muita dor de cabeça. - Falei me acalmando -
xx
Sabe, tá tão difícil aguentar longe do Gui. Já basta não ter mais a minha mãe por perto, agora meu irmão.. Pelo menos sei que lá, ele não corre nenhum risco. Era barra quando ele vinha pra casa drogado, eu tinha medo quando acontecia, mas logo depois, no outro dia, ele pedia desculpa e me prometia que não ia mais acontecer. Isso acontecia com muita frequência. E eu acreditava. Como irmã, eu acreditava. Como amiga, eu acreditava. Mas fazer o que, né? A vida sempre nos prega peças e faz a gente cair.
Fiquei pensando tanto nisso que acabei dormindo. Era sábado, então tudo bem. Acordei com o celular tocando. Era a Dani.
Ligação on
Dani: Pietraaaaaa! Tentei te ligar várias vezes!
Eu: Fala, vadia.
Dani: Cara, tu não sabe o que aconteceu ontem!
Eu: Não mesmo! Porque aquela cara roxa? E tu tava andando apoiada no Matheus, era isso mesmo?
Dani: É.
Eu: É o que, caralho? O que aconteceu?
Dani: Eu terminei com o Matheus.

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