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Quer teclar comigo novamente ?

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        CAPÍTULO 19

Quer teclar comigo novamente ?
A mulher não dissera uma palavra. Apenas o contemplava com olhares negros e não se sabia se estava sorrindo ou não. Mas a máscara sorria. Era um sorriso forte, perverso, assustador...
Roberto não se lembrava de como foi parar naquele lugar. Sua última lembrança era de estar esperando no exato local onde supostamente a encontraria. Mas ela demorara. E quando estava prestes a ir embora, alguém o surpreendeu por trás, colocando um lenço em suas narinas, fazendo-o aspirar aquele odor... E então ele desmaiou.
Então foi isso, ele pensou, dando-se conta de tudo o que aconteceu, ela me seqüestrou... Hehe... Será que ela é mesmo uma Diabinha? Parece que sim...
- Então, você me seqüestrou para que pudéssemos brincar a sós? – ele disse num tom pervertido – Você me assustou, gata. Pensei que ia morrer.
- E você vai – a mulher disse num tom normal, sem emoção alguma -. Agora vamos brincar.
Ela aproximou-se de Roberto, dando passos lentos e exóticos.
- Isso gata, venha... – ele dizia quase ofegante. Estava inteiramente excitado e a mulher percebeu através daquela parte de seu corpo que estava ereto – Venha... Isso, venha... Vamos brincar.
Ela subiu em seu corpo, que estava de costas para a cama, e sentou-se, deslizando suas mãos em seu peito. Roberto revirava os olhos e gemia. O prazer estava tomando todo o seu interior.
A mulher esfregava-se sobre ele em uma fricção de vai e vem. Roberto fechava os olhos e imaginava tudo o quanto sua mente projetava eroticamente. Era um desejo que estava sendo saciado.

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        CAPÍTULO 18

Quer teclar comigo novamente ?
O portão de grades escuro se abriu. Um dos guardas empurrou Fred adentro, junto dos outros presidiários que descansavam – mas alguns ainda agitados -. Fred observou o lugar, a escuridão que era aquele maldito calabouço. Frio, escuro, nojento... Aqueles malditos homens cheirando mal. Os ratos compartilhavam o lugar, caminhando tranquilamente e sem medo.
Os olhos do garoto se encheram de ódio. Seus lábios tremeram e ele mordeu-os, fazendo-os sangrar. De repente, ouviu uma voz. Aquela voz...
- Olá, filho – a voz vinha da escuridão e, pouco a pouco, os passos surgiam e, dentre as sombras da noite, um rosto conhecido apareceu.
- Pai – Fred disse com vertigem e aspereza. ( Marcos sorriu numa expressão diabólica. O portão do calabouço se fechou num estrondo )

ENQUANTO ISSO . .
Roberto podia ouvir a sua fraca respiração, mas ainda enxergava uma infinita escuridão. Foi quando abriu os olhos. Enxergou a forte luz branca sob um teto amarelado e cheio de rachaduras. Olhou em volta e percebeu que estava em cima de uma cama grande - de casal, por sinal -. Tentou se movimentar desesperadamente, assustado, mas estava acorrentado das mãos às pernas, preso por correntes grossas de ferro. Olhou em volta de seu corpo e percebeu que estava nu.
O quarto era pequeno, mas espaçoso. Estava sujo, empoleirado. Havia um guarda-roupa branco e velho no canto direito da parede. Não havia janelas no lugar, apenas uma porta. Porta essa pelo qual uma mulher entrara.
Ela também estava nua, mas usava uma máscara teatral dourada com um sorriso estampado e segurava um chicote de couro. Roberto a observou pálido, imóvel. Por um instante, esquecera que estava amarrado e apenas contemplava aquele corpo esculpido perfeitamente por anjos – ou demônios-. Observou a máscara em seu rosto e o chicote em suas mãos. Logo ele sorriu e, com uma mente perversamente erótica, disse:

- Então é você... Diabinha...

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        CAPÍTULO 17

Quer teclar comigo novamente ?
Ele desviou seu olhar para Carlos, sorriu e disse:
- Você pode me prender, Carlos... Pode me deixar aqui pra sempre, sem água, sem comida, sem nada... Mas você jamais saberá a verdade... Jamais.
Carlos o encarou seriamente, com ódio, com raiva. Já estava completamente sem paciência e não suportaria ficar mais nenhum minuto dentro daquela maldita sala abafada, olhando para um assassino desgraçado e filho da puta que jamais se atreveria a contar-lhe a verdade.
Ele virou-se para o relógio: Já passava das dez da noite. Estavam naquele enrolamento há quase dois dias e meio, sentados, encarando-se um ao outro. Em poucas vezes, Carlos se levantara para ir ao banheiro, ou comer um lanche – mas sempre deixando outro policial de guarda, para que o delinquente não fugisse -, enquanto Fred não se movera dali. Aguentara firmemente aqueles dois longos dias sentado, urinando nas calças, bebendo da própria saliva – que já nem houvera mais em sua língua -, morrendo de calor e de fome. Estava exausto, cansado de tudo aquilo, mas não contou a verdade – e não contaria. Se possível, se fosse para continuar ali por mais dois dias, três, ou cinco, continuaria. Mas não diria uma só palavra da verdade. Não diria.
- CHEGA! – Carlos exclamou, levantando-se bruscamente da cadeira, fazendo-a tombar para trás. Agarrou Fred pela gola da camisa e o deixou cara a cara com ele – Você vai para a prisão, filho da puta! Era isso que você queria, não é? Eu até pensei em lhe dar uma chance de se redimir, mas vejo que não há nada dentro dessa sua cabeça oca! Maldito... Era para você estar estudando agora, se formando, tornando-se um homem. Mas a única coisa que consigo enxergar em você é a maldade, a desgraça... Fico nauseado só de olhar pra você... Filho da puta!
Ele atirou o garoto contra a parede e deu-lhe um pontapé na boca do estômago, fazendo-o agonizar e ofegar.
- Quer um consolo? Quer um consolo, Fred? – disse, sorrindo sarcasticamente – A boa notícia é que não se sentirá um estranho atrás da jaula. Terá o seu maldito pai como companhia! – chutou-o novamente.

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        CAPÍTULO 16

Quer teclar comigo novamente ?
Roberto: Ok.
A garota passou-lhe o endereço e ele anotou. Estava realmente disposto a encontrá-la e saciar sua sede de sexo de uma vez por todas. Há tempos não transava com alguém, mas isso iria mudar...

Diabinha: Agora eu vou sair. Encontre-me amanhã neste endereço que lhe passei. Vou estar te esperando toda molhadinha... (6) (Diabinha saiu do Messenger.)

Roberto sorriu e esperou ansiosamente que o dia de amanhã chegasse. Ele iria, nem que chovesse, nem que fizesse o mais forte e caloroso sol, nem que estivesse tão frio quanto na Antártida... Ele iria, mesmo que não soubesse exatamente quem ela era, pois seu desejo era maior que todos os temores. Mentiria aos pais. Diria que ia à casa de um amigo, mas na verdade veria uma desconhecida... Mas ele iria. Ele ia. Sim. Ele iria e satisfaria o seu desejo sexual com ela... A Diabinha.
Diabinha. Um nome mau, mas não tão mau quanto a pessoa que se escondia por trás deste demoníaco apelido.
. . .
Os dedos tocavam freneticamente à mesa, como se estivessem pressionando as teclas de um piano. Os olhos vidrados fitavam o ponteiro do relógio girar completos trezentos e sessenta graus lentamente, sem pressa, emitindo o som torturante do tictac. O suor escorria da testa como gotas de água escorrendo de uma geleira prestes a derreter. A respiração era cada vez mais difícil, pois o ventilador estava desligado e Carlos não o ligaria até que Fred lhe contasse toda a verdade. Do contrário, o garoto continuaria sendo vítima daquela tortura mental.
- Estamos aqui há quase um dia e meio, garoto – Carlos disse calmo, mas é óbvio que já estava ficando cansado de tudo aquilo -. Será que você não percebe que já está condenado? Não se deu conta de que será preso? Que vai pagar por tudo o que fez? Agora, não seria melhor me dizer quem mais está envolvido nisso e onde estão os corpos de Thalita e Aline? Quer mesmo ir para a cadeia e deixar os seus outros ajudantes livres? – fez uma pausa, e perguntou de novo: - Quer mesmo fazer isso?

Fred aparentava não dar atenção as palavras do tenente, mas na verdade ouvia tudo o que lhe dissera. E, de certa forma, concordava: Ele não podia deixar os outros livres enquanto ele estivesse preso. Seria uma injustiça no mundo do crime. Mas, mesmo que desejasse dizer toda a verdade ao policial, uma parte de sua mente não o deixava fazê-lo.
Não se atreva a dizer a verdade a ele, sua mente o ameaçava. Você não vai dizer nada a ele. Nada. Nada! Se quiser, minta. Minta, invente qualquer coisa... Mas não diga a verdade. Você sabe que não pode dizer a verdade, pois ela o condenará! Lembre-se de que tudo isso é para o bem dela. Para o bem dela...

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        CAPÍTULO 15

Quer teclar comigo novamente ?
Roberto: E então... Sabe, eu achei você muito linda mesmo. Até estou suando aqui... rsrs
Diabinha: kkkkkk... Nossa, eu sou tão bonita assim? :P
Roberto: Desculpe-me a maneira de dizer, mas... Você é GOSTOSA! (6)
Diabinha: kkkkkk... Nossa gato, assim você me deixa sem jeito... rsrsrs... Eu te achei muito gostoso também. Essa sua foto sem camisa me deixou... Ai! Nem dá pra falar direito... kkkkk
Roberto: Sério? Se quiser, eu posso te mostrar algo mais... Por que não liga a sua webcam e nos vemos... Depois te mostro uma coisa... ahsuahushashaushausa...
A garota não respondeu por alguns instantes. Roberto teve receio de acabar magoando-a com aquelas palavras pervertidas. Porém...
Diabinha: Desculpe-me, gato. Eu não gosto muito de webcam. Eu prefiro mais na real. E já que moramos perto, por que não marcamos um encontro? Ai você poderia me mostrar algo seu e eu mostraria algo meu... (6)
Roberto estava boquiaberto. Num instante, perdeu toda a timidez e receio de conversar com aquela garota abertamente. Ela está querendo transar comigo, pensou. E era verdade. As cantadas dela não mentiam: Ela queria transar com ele e, claro, ele não perderia essa chance.
Roberto: Claro. Claro! Vamos marcar. Mas onde poderíamos nos encontrar? Aqui em casa não dá, os meus pais moram aqui.
Diabinha: Sem problema! Os meus pais estão viajando e nem ligam quando vem gente em casa. Vou te passar o endereço e você vem aqui, ok?

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        CAPÍTULO 14

Quer teclar comigo novamente ?
Meu Deus, sua mente exclamou. O suor escorreu de sua testa, o seu coração deu pontadas em seu peito...
Roberto estava totalmente excitado.
Ele não reconheceu aquela pessoa e clicou na foto para iniciar uma conversa. Ainda contemplava veemente aquela imagem. Seus olhos não piscavam. Ele, então, começou:
Roberto: Olá, tudo bom? Desculpe-me, mas quem é você? Não me lembro de tê-la em meus contatos. :s
A resposta demorou alguns segundos, mas veio:
Diabinha: Oi, estou muito bem. Não me conhece? Ué, mas você é o amigo do Lucas Oliveira, não é? Não foi você quem me adicionou?
Logo a alegria o tomou. Então é ela, ele pensou e sorriu.
Roberto: Ah... Então é você a amiga do Lucas? Rsrsrs... Ele estava me enchendo o saco pra te adicionar. Disse que você era muito linda, e é verdade... >.<
Diabinha: Obrigada amor. Você também é muito lindo sabia? Mas e então, quantos anos você tem mesmo?
A timidez o tomou. Ele não sabia quantos anos ela poderia ter e já estava cansado de saber que as garotas odiavam homens mais novos. Então resolveu mentir:
Roberto: Eu tenho vinte e um... E você?
Diabinha: Eu tenho dezenove. De onde tecla?
Roberto: Itaquaquecetuba, São Paulo, e você?
Diabinha: Arujá, São Paulo. Não é muito longe... rsrsr ;D
Roberto: É pertinho. Rsrsr
Durante alguns segundos, ela não enviou mais mensagens e Lucas apenas esperava. A conversa tinha acabado. Ele não sabia mais o que escrever e, por certo, ela esperava que ele tivesse a iniciativa de puxar assunto.
Ele pensou, pensou, pensou... Pensou bastante e, de repente, olhou novamente aquela foto e contemplou excitadamente: Gostosa, pensou. Novamente as imagens e fantasias sexuais surgiam em sua mente, agora com aquela garota incluída.
Por fim, ele não resistiu e resolveu cantá-la de uma vez por todas. Seria difícil, claro. Era quase impossível uma garota daquelas acabar gostando de um meninão como ele, ainda mais quando ele tinha dezessete anos e ela nem, ao menos, imaginava isso. Mas tentar não custou nada a ele, e ele tentou:

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        CAPÍTULO 13

Quer teclar comigo novamente ?
Em sua casa, Roberto Fernandes – dezenove anos, estatura mediana, moreno, olhos castanho claro e um rosto muito bonito – escutava um bom rock pesado, comendo puras besteiras: Um enorme sanduíche com tudo o que poderia se imaginar de comestível no meio; um refrigerante mega – um galão de coca-cola – e batatinhas murchas e oleosas. Ele literalmente estava fazendo a festa. Seus pais estavam, sim, mas na sala de estar – provavelmente assistindo a tele-novela da tarde e provavelmente não escutavam a bagunça no andar de cima -. Ele estava em seu quarto e, enquanto comia desesperadamente, deliciava-se com as belas fotos de garotas nuas em inúmeros sites pornográficos. Seus olhos fitavam aquelas imagens e ele criava casos sexuais com aquelas mulheres em sua mente.
Roberto ainda esperava por aquela garota ao qual Lucas havia mencionado e lhe passado o contato do MSN. E, mesmo que ela ainda não o tenha aceitado, ele esperava ansioso e esperançosamente por ela. Queria vê-la nua através do webcam. Queria vê-la fazendo danças sexuais a ele, mostrando lentamente e aos poucos todo o seu belo corpo. Ele se masturbaria com ela. Pensara em fazer coisas com ela que nem mesmo um ator pornô imaginaria fazer.
Ele não saía de casa. Largara a escola há três anos e seus pais não lhe davam a menor atenção. Ficava trancado em seu quarto com o computador ligado o dia todo, tentando conseguir garotas nas salas de Bate-Papo para conversas através de webcams, no intuito de fazê-las ficarem despidas para seu prazer. Às vezes conseguia. Às vezes não.
De repente, o Messenger alertou-o: “Diabinha” Acabou de entrar no Messenger.

Seus olhos sobressaltaram e ele fitou aquela foto. Uma foto perfeita daquele contato: Uma mulher trajada de uma blusa rosa e uma legue branca , com os seios bem fartos , cabelos longos loiro . .
D I A B I N H A ↓

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        CAPÍTULO 12

Quer teclar comigo novamente ?
Enquanto caminhava pelo parque do Ibirapuera, em São Paulo, discava números em seu celular. Estava ligando para alguém, um amigo.
O vento soprava não muito forte, mas o suficiente para refrescar aquele abafado calor da tarde. As pessoas deitavam sobre o verde gramado do parque, os ciclistas pedalavam e exercitavam-se, assim como os corredores batiam seus pés ao chão em uma correria física. Os cães se conheciam, colocando seus focinhos gelados uns aos outros, descobrindo novos cheiros e obtendo novas amizades – ou inimizades.
Finalmente, o sujeito para quem estava ligando atendeu.
- Alô? – a voz do outro lado perguntou.

- Olá Roberto – disse Lucas – Sou eu: Lucas.
- E aí, Lucas – Roberto o cumprimentou feliz – Tudo bom? E então, já está se acostumando novamente com o Brasil?
- Sim, sim, estou – a voz de Lucas estava meio impaciente. Ele não estava com bom humor para uma conversa longa – E então, adicionou o contato que lhe passei?
- O da garota? – disse – Claro. Adicionei agora a pouco. Mas acho que ela ainda não aceitou o convite. Mas então, ela é gostosa mesmo? Lucas riu.
- Claro que é. Acha que eu mentiria para você? É muito boa. Bem safadinha. Você vai adorá-la.
- Não diga isso agora, amigo – disse ele num tom pervertido -, eu já estou ficando louco aqui só de imaginá-la!
- Melhor não imaginar, ela é bem melhor do que você pensa – Lucas disse, deixando seu companheiro totalmente entusiasmado –. Agora, preciso desligar. Preciso ir a um lugar e acho que já estou atrasado.
- Aonde você vai, Lucas? – perguntou Roberto, num tom de desconfiança.
- Tchau – Lucas ignorou a pergunta de seu amigo e desligou o celular. Pensou por alguns segundos e disse com remorso: - Desculpe-me, amigo, mas tudo isso é para o bem dela.

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        CAPÍTULO 11

Quer teclar comigo novamente ?
Quando Lucas Oliveira chegara ao Brasil não tinha ideia do que havia ocorrido com alguns de seus amigos e familiares. Fora à sua antiga casa e soube que seus pais haviam se mudado de São Paulo para outro Estado. Soube também dos terríveis assassinatos no qual seus primos (Fred e o falecido Éric) e seu tio (Marcos) estavam inteiramente e absolutamente envolvidos. Soube da trágica morte de Thalita, Aline e Carine pelo noticiário – que naqueles dias somente reportava assuntos relacionados a esses homicídios -.
Também ficou sabendo de muitas outras mortes, como a de Cláudia, mas não ficou tão abalado quanto à morte de suas amigas. Estava triste. Pensava se fizera a coisa certa ao deixar seus outros tios na Itália para vir morar novamente ao seu país de origem e, cada vez mais, as respostas em sua mente eram negativas.
Em quê eu fui me meter? – Sua mente questionava enquanto tomava um café, sentado diante do balcão de uma lanchonete da cidade. Tinha dinheiro para alugar um apartamento ou ficar num hotel por alguns dias. Mas esse não era o grande problema em que ele havia se metido. O problema era algo grande.
Muito maior do que se imaginava. Seu celular tocou:
- Alô – disse ele, num tom calmo. Por certo, já sabia quem era –... Sim, cheguei.
- Então ainda fará aquilo? – perguntou a voz com quem estava falando. Parecia de mulher. Era de mulher e, aparentemente, não estava de bom humor – Droga, Lucas! Eu preciso disso o mais rápido possível! O tempo está acabando!
- Eu vou fazer. Eu vou fazer, mas tenha calma! – ele disse num tom de desculpa. Tentava acalmá-la, mas logo percebeu que não conseguiria. As pessoas no local estranhavam seu comportamento de preocupação -... Eu prometo. Vou começar hoje à noite... Sim, eu o farei. Prometo.
- Se me ama de verdade, então sei que fará – a mulher disse num tom carinhoso, de esperança. Ela sabia que ele faria aquilo. Aquilo, o quê?
- Eu te amo. Veremos-nos em breve – disse e sua última palavra foi num tom despedida, desligando o aparelho.
Eu não tenho escolha. Terei de fazer isso o mais rápido possível... Ou ela morrerá.
Lucas tinha segredos. Ah, sim. Tinha muitos segredos. E estes haveriam de ser revelados com o tempo. O tempo curto que ele tinha para fazer aquilo.
Tomou seu café morno em um só gole e saiu rapidamente da lanchonete: Ele tinha muitas coisas a fazer.

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        CAPÍTULO 10

Quer teclar comigo novamente ?
E minutos depois, os pais dela devem ter achado o corpo dela e acionado à polícia – disse Fred, contando mais uma de suas confissões a Carlos que, mesmo sendo frio, ficou pasmado – Após matá-la, fui matar Thalita e, depois, Aline...
- É verdade – disse Carlos, concordando com as confissões do assassino – Os pais de Jéssica disseram ter ouvido gritos vindos da casa de Thalita, já que eram vizinhos. Mas quando chegamos ao local não encontramos nem Thalita e muito menos Aline. Somente os corpos dos pais de Thalita estendidos sobre a mesa. Você me contou toda essa história, mas ainda não me disse: Onde estão os corpos de Thalita e Aline?
- Eu já disse – exclamou num tom alto – EU OS QUEIMEI!
- VERDADE? – questionou o tenente, num tom de descrença – E onde você os queimou exatamente?
O silêncio pairava nos lábios de Fred, seus olhos buscavam qualquer coisa, objeto, quadro... Qualquer coisa que não fossem os olhos de Carlos, que estava cada vez mais impaciente e começava a dar sinais de raiva, dando fortemente um soco na mesa, assustando o garoto. Ele não estava acreditando em nada do que Fred dissera.
- Eu estou perdendo a paciência, garoto – alertou o tenente, com os dentes prensados – E você não vai querer me ver nervoso...
Mas Fred estava disposto a testar a raiva de Carlos, pois não contaria a verdade a ele... Não toda a verdade !

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        CAPÍTULO 9

Quer teclar comigo novamente ?
Chiii... – elevou o dedo aos lábios, mandando-a se calar – Não se preocupe Jéssica, com a sua morte outra vida será salva. Agora seja uma boa menina e fique quieta enquanto eu arranco os seus órgãos.
Não havia mais escapatória. Jéssica ia morrer.
Fred estava frente a frente com ela e sua faca estava se aproximando lentamente de seu pescoço em movimentos ameaçadores.
- Depois de matar você, matarei sua amiga: Thalita.
- Não...
Ela estava quase se conformando com a morte que se aproximava, mas um impulso a tomou. Eu quero viver, eu quero viver, eu não quero morrer... EU QUERO VIVER!!
- PORRA, EU QUERO VIVER! – ela gritou com todas as forças e, antes que fosse apunhalada, chutou a perna de Fred que, agonizando, caiu no chão, derrubando a faca.
Jéssica levantou-se e correu rapidamente em direção as escadas, subindo-as em direção ao seu quarto. Antes que chegasse ao último degrau do segundo andar, virou-se para trás para ter certeza de que o garoto ainda estava caído. Mas ele não estava.
O desespero tomou-a e repuxou o seu estômago numa sensação fria de medo. Ela entrou em seu quarto e fechou sua porta com tranca, além de colocar as coisas mais pesadas á frente dela, fazendo de tudo para que Fred não entrasse.
Enquanto se sentia segura, correu à janela, abriu-a e começou a gritar por socorro. Gritava e gritava, até que alguma bondosa alma o escutasse. A noite era escura, mas bastante estrelada. As luzes do jardim de sua casa estavam apagadas – por certo o desgraçado as apagara -. A rua asfaltada estava vazia, sem carros, pessoas, ninguém, nada...
Jéssica sentiu-se sozinha não somente em casa, mas no mundo.
- Deus – ela clamava, enquanto fechava os olhos e pedia aos céus que não a deixasse morrer – Me ajude... Eu não quero morrer...
Ela sentiu o silêncio, ouviu o silêncio. Tudo estava quieto, quieto demais...
De repente, Fred surgiu do lado de fora da janela, agarrando-a e empurrando-a para trás, entrando no quarto e, rapidamente e sem piedade, esfaqueando-a em uma série de punhaladas. Jéssica gritou, berrou, mas somente agonizava, pois ninguém a salvaria naquele momento.
- Sua vadia – ele disse, enquanto a esfaqueava com vontade – Eu pretendia doar os seus órgãos... Mas você não passa de uma galinha medíocre e desgraçada! Vai morrer e queimar no inferno!
Com olhos vidrados, Jéssica ainda agonizava, mas já não gritava. Estava á beira da morte e com a última e mais forte punhalada de Fred... Jéssica estava morta.
Após assassiná-la, ele se limpou e sua mente apenas dizia: THALITA,THALITA,THALITA !

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        CAPÍTULO 8

Quer teclar comigo novamente ?
E lá estava o telefone – o maldito telefone -, tocando incansavelmente até que alguém o atenda e o faça descansar daquele maldito toque infernal e irritante.
Quem seria? Quem seria?
QuemseriaquemseriaquemseriaquemseriaquemseriaquemseriaquemseriaquemseriaquemseriaquemseriaQUEM SERIA? – A mente rodava em apenas uma pergunta de duas palavras:
Quem seria?
- Alô? – ela atendeu e um chiado pôde ser ouvido na outra linha – Alô?! – ela disse mais uma vez e já estava prestes a desligá-lo e despejar todo o seu medo e apreensão quando, de repente...
- Jéssica? – uma voz tão doce, tão calma, tão confortante. Certamente não dava medo. Não podia ser o maníaco.
- Sim – ela respondeu, mesmo não sabendo quem era. Mas seu coração já estava mais calmo e ela respirava suavemente, a ponto de sorrir – Sim. Quem está falando?
- Sou eu, Jéssica. Sou eu – disse a voz, tentando convencer a garota de que ela o conhecia, mas ela não se lembrava daquela voz – Sou eu.
- Quem? Eu não estou reconhecendo essa voz. Quem está falando? Diga o seu nome.
Um silêncio por alguns segundos e finalmente ele disse o seu nome:
- Davis.
Os olhos dela sobressaltaram numa expressão de horror e ela atirou o telefone contra a parede branca, quebrando-o.
Ela não se conteve e começou a chorar de medo e desespero, não sabendo mais o que fazer: Era verdade. Ele estava em sua casa e ela estava em apuros.
De repente, a luz da cozinha acendeu-se, a luz forte e clara chamou a atenção da garota. Ela olhou em direção ao local e avistou uma silhueta aproximando-se. Seus lábios tremeram, ela arfou novamente e deu passos para trás: Era ele.
Um capuz preto, uma máscara teatral sorridente dourada e uma faca entre as mãos: Sim. Realmente, era ele.
- Sai daqui! SAI DAQUÍ! – ela exclamava ferozmente, andando para trás enquanto ele vinha em sua direção – O quê você quer? O quê quer?
Ele parou. Em seguida, retirou a máscara e ela pôde ver a face. Aquela face... Ela o conhecia... Ele estudava com Thalita...
- V-Você... – ela não acreditou na pessoa que estava vendo à sua frente. Seus olhos o fitavam – Você... Não... Por quê? O que você quer, pelo amor de Deus?
Sorrindo e fitando o corpo da garota, Fred respondeu: Eu quero os seus RINS !
Jéssica gritou, virou-se e correu em direção a porta da saída. Fred caminhou calmamente em direção a ela.
Droga! Porra! – gritou Jéssica: A porta estava trancada e as chaves não estavam na fechadura. Ela se batia, chutava, arranhava com suas unhas até que quebrassem... Mas era impossível. Estava encurralada – Socorro! SOCORRO!

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        CAPÍTULO 7

Quer teclar comigo novamente ?
Jéssica não fez questão de responder e ,de imediato, excluiu aquele maldito contato. Seu coração batia forte e aparentava estar saindo pela garganta. Ela arfava e seus olhos estavam enchendo de lágrimas. Quase histérica, ela não suportou o medo e retirou o cabo da tomada, desligando o computador repentinamente, afastando-se da máquina como se ela fosse um monstro. E, de fato, era para aqueles que não soubessem domá-la.
Aquele seu quarto agora parecia um mar de perigos. A cor rosa não distanciava o medo de si e ela não sabia o que fazer, paralisada, sentada na poltrona que ganhara junto com o computador em seu aniversário.
A respiração forçada podia ser ouvida. Ela ainda temia que o estranho estivesse dizendo a verdade, não pelas ameaças, mas pelo que ele sabia dela e Thalita: Elas eram amigas e vizinhas, e Davis sabia disso.
Como... Como ele sabia? Como ele sabia de Thalita? – Questionava-se enquanto procurava se proteger de seu próprio medo. O horror subia-lhe os calcanhares á cabeça e ela tremia como se estivesse com bastante frio, e de fato estava, mesmo que não houvesse um sopro de brisa na rua e nenhuma nuvem no céu.
De repente, ela ouviu o telefone tocar no andar de baixo de sua casa. Tocava e não parava. O coração bateu ainda mais forte, ela podia ouvir, e cada vez mais ela arfava como se não houvesse ar para respirar.
Quem será? Quem será? - Se perguntava enquanto aproximava-se lentamente da porta meio-aberta.
Seria o maníaco? Seria Thalita ligando para avisar que tudo aquilo não passou de uma brincadeira, e que aquele Davis era um contato Fake que ela mesma criara para assustá-la?
Seriam os seus pais ligando para avisá-la de que não ficariam dois dias fora e já estavam voltando?
As perguntas eram mais freqüentes em sua mente, tornando-se uma roleta de questões intermináveis e irrespondíveis. Mas ela teria que atender, tinha que atender. Sua mente não queria, mas seu corpo automaticamente a levava em direção ao andar de baixo, descendo as escadarias, passando pelos quadros de família pendurados ás paredes , pelo abajur á beira do último degrau e, finalmente, chegando a sala de estar totalmente decorada de branco, com móveis brancos, paredes brancas, tudo branco... Parecia uma sala de estar para anjos.

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        CAPÍTULO 6

Quer teclar comigo novamente ?
Porém, a resposta logo veio... Mas não era a resposta que Jéssica esperava receber:
Davis: Eu estou perto...
Jéssica engoliu em seco. Não entendeu muito a resposta, mas sentiu um frio na barriga. Ela tentou esclarecer as coisas:
Jéssica: Como? Não entendi amor. Está perto? De onde ? :S
A resposta demorou, mas, minutos depois, surgiu com palavras que intrigaram a garota:
Davis: Estou perto de você, Jéssica... Perto de sua casa... Estou te observando. Você é muito linda mesmo, até mais do que na foto. Mas infelizmente não se valoriza...

O frio na barriga voltou ainda mais agonizante. Os olhos de Jéssica fitavam aquelas palavras. O medo tomou-a dos pés a cabeça. Ela se sentiu ameaçada, sozinha - e estava sozinha, já que seus pais haviam saído -, desprotegida... E Davis sabia disso... Davis? Não...
A máscara ainda não caíra por completo, mas a garota desconfiava completamente de que aquele não era o verdadeiro nome... E aquelas fotos poderiam não ser exclusivamente dele...
Jéssica: Quem é você? Como pode dizer que está perto de mim? Está brincando comigo, seu bastardo idiota! Vou agora mesmo te excluir! Você deve ser um maldito de um Fake! Adeus!
Rapidamente, Jéssica moveu o seu mouse em direção ao link Excluir contato do site, mas sua rapidez não fora um tanto suficiente para que deixasse de receber a última mensagem do estranho:
Davis: Jéssica, você é tão descuidada... Procura homens bonitos e perfeitos em um lugar onde habitam desconhecidos e estranhos... Você os adiciona como se fossem seus vizinhos e joga-lhes toda a sua confiança... Tão bobinha e tão idiota... Você é tão galinha no Orkut quanto na escola! É exatamente igual a sua amiga Thalita! Por isso que não merecem viver... E, de certa forma, não vão... Farei questão de doar os seus órgãos à pessoas que merecem viver!

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        CAPÍTULO 5

Quer teclar comigo novamente ?
Perfeito demais.
“Está aceita amor. Bem vinda ao meu Orkut”, a mensagem notificou-a: Era Davis.
Ele respondeu, ele RESPONDEU, dizia a mente de Jéssica totalmente feliz. Ele estava online e ela teria a oportunidade de conhecê-lo melhor e, quem sabe, iniciar um grande relacionamento – até mais do que uma simples amizade...
Ela, então, iniciou a conversa:
Jéssica: Ah, obrigada amor.
Davis: E aí, você me conhece? Por que me adicionou?
Jéssica: Não, na verdade nem conheço =/... Mas achei você muito, muito lindo e resolvi te adicionar *--*... Algum problema?
Davis: Claro que não. Ao contrário, estou muito feliz de ter uma garota linda como você entre os meus contatos. ;D
Ao ler aquela resposta Jéssica sentiu-se automaticamente uma princesa. Elogios eram bem vindos a ela, ainda mais de um garoto como aquele.
Ela sorriu. Já se sentia a melhor amiga dele. Porém, ela queria mais... Algo mais do que uma simples amizade.
Jéssica: Ah, que lindo amor! Obrigada! Mas e então, está aonde?
A resposta demorou a surgir. Talvez a conexão estivesse sendo interrompida por alguns instantes. A paciência de Jéssica não era seu forte e ela já começava a dar sinais de ansiedade: Batia os pés no chão freneticamente, suspirava muitas e muitas vezes... Já estava completamente impaciente.

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        CAPÍTULO 4

Quer teclar comigo novamente ?
Jéssica teclava no Messenger através da internet. Seus exatos quinze anos eram camuflados veementes em suas fotografias quase eróticas, postadas em sites de relacionamentos e redes sociais. Seus pais não sabiam dessa sua façanha e ela estaria disposta a jamais contar.
Além de estar conversando com amigos – e desconhecidos – no MSN, observava discretamente as fotos de seus contatos no Orkut – um site de relacionamentos gratuito que oferece ao internauta a chance de conhecer novas amizades através de fotografias, mensagens... É um espaço aberto principalmente a todos os que se sentem solitários no cotidiano e precisam se juntar a outros solitários, e assim tornam-se amigos – mesmo que, aparentemente, nunca tenham se encontrado frente a frente.
Graças as suas fotografias de biquíni e sutiã publicadas no site, muitas pessoas – homens na maioria, mas havia algumas mulheres que também apreciaram suas fotos – enviavam-lhe convites para que ela os adicionasse como amigos e fizessem parte de sua rede.
Mediante tantos internautas, ela escolheu apenas um que lhe chamou grandemente a atenção: Davis Hoffman – um garoto de aproximadamente dezoito anos, cabelos longos e louros, a pele branca e lisa como seda, olhos perfeitamente coloridos num tom azulado como o céu e um sorriso exuberantemente branco, com dentes enfileirados perfeitamente. Um Modelo? Um artista?
Uau! – Jéssica não conseguia acreditar que aquele garoto teve interesse em adicioná-la. Um modelo, aparentemente, ou um artista... Será que já o vi na TV?
Jéssica sentiu-se importante e demasiadamente linda, pois um menino daqueles jamais adicionaria uma feiosa - pelo menos, ela se sentia assim -. O interesse bateu forte em sua mente e seus olhos queriam, mas queriam muito ver as outras 42 fotos dele que estavam aparentemente bloqueadas, sendo que somente as pessoas que o tivessem como amigos poderiam vê-las.
J E S S I C A ↓

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        CAPÍTULO 3

Quer teclar comigo novamente ?
O mundo é tão pequeno, pensou Lucas, contemplando a região de Guarulhos envolta do Aeroporto Internacional em Cumbica. Acabara de chegar da Europa e já estranhava o lugar em que morava há dois anos. Sua verdadeira família morava no Brasil e ele já estava exausto de tanto ter que falar idiomas que não saíam fluentes em sua boca.
Enquanto observava os aviões que vinham e iam, a imagem quase invisível das montanhas no horizonte e o céu completamente azulado, pensava em como seus amigos o receberiam. Será que o reconheceriam? Será que notariam certas diferenças nele?
Claro que ele mudara um pouco: Estava mais alto, seu rosto mais claro – talvez pela gélida temperatura da Europa – e não possuía imperfeições. O cabelo crescera e fora tingido para um tom claro, quase castanho. Agora ele usava lentes de contato bem verdes – até que combinava com sua aparência séria, de garoto metido.
Tinha dezoito anos e já se formara no Ensino Médio. Voltou para rever os amigos, a família... Mas não tinha idéia dos terríveis acontecimentos em que todos eles estavam envolvidos.
Mas certamente ele iria descobrir e até, inocentemente – nem tão inocente assim – se envolver.
Aline, Thalita, Carine... Como será que elas estão? Tio Marcos, primos Éric e Fred... Estou com tanta saudade de vocês... Saudade. Absolutamente, Lucas não estava sabendo das coisas horríveis que haviam acontecido naquela cidade... Mas ele haveria de saber.
P E R S O N A G E M, L U C A S :

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        CAPÍTULO 2

Quer teclar comigo novamente ?
Fred não dizia absolutamente nada, apenas com os olhos vidrados á mesa, enquanto os olhos do tenente não fugiam dos seus. Carlos riu. - Está com sede? Fred engoliu em seco, emitindo o barulho da garganta totalmente ressecada. Seus lábios estavam cortados.
O tenente retirou uma garrafa de água totalmente gelada do chão e pôs sobre a mesa. Aquelas gotas gélidas escorrendo sobre o plástico... Água! Pensou Fred, com os olhos contemplando aquele líquido glorioso. Ele podia sentir a água tocando sua garganta. Água! ÁGUA, as palavras eram mais constantes em sua mente e, cada vez mais, a vontade de bebê-la tomava sua língua e garganta. Carlos girou a tampinha do lacre e elevou a garrafa em sua boca. O líquido descera suavemente. Fred podia sentir aquela água descer e engolia em seco. A vontade. O desejo... A sede. Sim. Ele estava praticamente morrendo de sede.
- AAAH... – o refrescar da boca de Carlos pôde ser ouvido – Muito bom e refrescante... Aposto que você está com sede, Fred. Melhor se acostumar comigo bebendo essa coisa geladinha... Aliás, é melhor se acostumar a beber a própria saliva... hehehe!
Os lábios de Fred tremiam, os olhos brilhavam e fitavam em Carlos. O ódio estava exposto em seu rosto e, se pudesse, ele o mataria naquele exato momento. Mas apenas teria de continuar calado. Não podia dizer o que escondia. Não podia e não ia contar, mesmo que continuasse a engolir a própria saliva para não morrer de sede. Mesmo que urinasse nas calças. Eu não vou contar, pensava ele, enquanto encarava o tenente. Ah, mas você vai contar, pensou Carlos, encarando-o também.

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        CAPÍTULO 1

Quer teclar comigo novamente ?
        Na verdade, tudo isso fora apenas uma história contada por Fred, que, após ser encontrado pelos policiais e investigadores, estava na delegacia prestando depoimento ao tenente Carlos. -... E foi assim que eu matei Thalita e Aline – disse Fred, num tom de voz calmo, como se não estivesse preocupado com as conseqüências de seus atos. - Muito bem – disse Carlos, encarando-o com olhos de águia, tentando ler os pensamentos do homem – Então, onde estão os corpos? Fred fez uma pausa, mas respondeu: - Eu... Os queimei. Carlos logo desconfiou. Esse garoto não tem amnésia, pensou, não pode ter se esquecido de como deu fim aos corpos... Isso se ele deu mesmo um fim neles. Não. Eu não acredito nisso. Ele deve estar mentindo. Há algo a mais por trás disso, e eu vou descobrir.
- Queimou? – questionou num tom de descrença. O encarar dos olhos era muito tenso e Fred desviava os seus. Ele estava escondendo algo e Carlos sabia – E onde você jogou as cinzas? Fred, de repente, engoliu em seco. O suor escorreu-lhe da testa e a respiração era forçada. Mesmo que o policial não estivesse fazendo absolutamente nada, o garoto sentia-se pressionado, torturado mentalmente... Aquela sala pequena, estreita, abafada... A sensação de estar sendo observado por câmeras que capturariam qualquer movimento, até um piscar de olhos... Esse era o trabalho policial-investigativo: Torturar a mente do acusado. Fazê-lo dizer tudo o que seus olhos aparentam esconder. São, na realidade, completos hipnotizadores de mentes. - Fred? – Carlos chamou a atenção do garoto, que pensava muito, até demais... – Não vai dizer onde jogou as cinzas? Será que você jogou mesmo as cinzas? Será mesmo que queimou os corpos? Espere: Será que você matou mesmo aquelas meninas? Um silêncio pairou sobre a sala pouco ventilada – na verdade, não havia ventilação -. O som do tic-tac do relógio na parede podia ser ouvido, torturando cada vez mais Fred, que contava os minutos, segundos para sair dali. Se pudesse, com certeza jogaria a mesa de madeira contra o tenente e fugiria pela porta, correndo em direção a rua, até que roubasse um carro e desaparecesse do mapa. Mas não. Ele não podia nem ao menos pensar nisso. Estava em uma delegacia – o último lugar onde um bandido tentaria reagir. - Não vai me dizer nada? – perguntou Carlos num tom cômico, quase rindo, brincando com o sujeito. Ele estava se divertindo com aquela situação. Sentia puro prazer em fazer um vândalo sofrer e se torturar com o medo de ser preso, linchado. Por mais tempo que estivessem ali, Carlos estava disposto a não desistir e cada vez mais intimidava o garoto – Pois bem, fique quieto. Faça o que quiser. Mas lembre-se de que não vou a lugar algum. Vou esperar de boa vontade você abrir a boca e me dizer a verdade. Enquanto isso não acontece, apenas o observarei atentamente.

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P R Ó L O G O :

Quer teclar comigo novamente ?
Aline aproximou-se da casa de Thalita, batendo á porta: Ninguém atendeu. Ela resolveu, então, entrar por conta própria. Abrindo-a, deparou-se com a sala de estar totalmente revirada e ensanguentada. No computador, o líquido vermelho escorria pelo monitor, onde se podia ver que alguém estivera ali e entrara em uma sala de bate-papo. Aline, sem perceber, pisara em algo. Ao olhar para o chão saltou num pulo e a expressão de horror tomou o seu rosto: Ela havia pisado no corpo de Thalita, que estava estendida e já em estado de putrefação. Os vermes criavam caminhos esburacados em seu corpo. Um efeito sonoro ecoou pelas caixas de som do computador. Aline virou-se para ele e avistou na tela uma mensagem enviada há pouco. Ela leu e seus olhos esbugalharam em uma aparência horrenda:
''QUER TECLAR COMIGO, ALINE ?''
Sem que ela percebesse, um homem surgiu por trás e a apunhalou na cabeça com uma faca repentinamente, fazendo-a cair ao chão de olhos abertos e totalmente vidrados. Aline acordou. Estava com os lábios costurados e seu corpo amarrado sobre a pia da cozinha, ainda na casa de Thalita. Ela se revirava, tentava se movimentar, mas era impossível. Seus gemidos eram abafados e as lágrimas escorriam de seus olhos. Ela estava desesperada, com medo da morte – que era mais do que certa. Fred surgiu entrando ao local, segurando uma tesoura medicinal. Ele não estava com piedade naquele dia e, por conseqüência disso, Aline não estaria com sorte. Sem mais nem menos, o assassino iniciou uma dolorosa e lenta cirurgia no corpo da vítima: Primeiro, retirou os Rins, depois os Pulmões e, em seguida, o fígado. Aline estava morta !

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A T E N Ç Ã O :

Quer teclar comigo novamente ?
Como a maioria de vocês já sabem essa é a segunda temporada de @webterror09 ''Quer teclar Comigo?'' , não tem sinopse pois na primeira web eu já postei ! Só pr relembrar a web é repostada e os créditos são de : VALDIR LUCIANO ! espero que continuem gostando da web , qualquer coisa estarei aqui @menudwebs obg ♥

Language: English