@EvelynDanielle828

♥☨ Evelyn Danielle ☨♥

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É loucura odiar TODAS as ROSAS só porque uma te espetou.
Entregar todos os seus sonhos, porque UM deles não se realizou. Perder a fé em todas as orações, só porque em uma não foi atendida.
Desistir de todos os esforços só porque um fracassou. É loucura condenar todas as amizades, porque uma te traiu.
Descrer de todo AMOR porque um deles te foi infiel. É loucura jogar FORA todas as chances de ser FELIZ porque uma tentativa não deu certo.
Sempre HÁ UMA OUTRA CHANCE, uma nova amizade, um novo amor, uma nova força, para todo fim de um recomeço.

ESPAÇO - LIVRE

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Todas as trombetas soaram-se em nome da vergonha exposta, como uma chaga pulsante sobre a vaidade dos meus dias ensombrecidos. As nuvens foram varridas pelos ventos, os riachos de minhas córneas secaram, e o fôlego da vida morreu, apodrecido pelo vazio que sempre tive como câncer sem cura. Jaz, prematuramente, o ultimo sopro de minh’alma sádica, amante do prazer de errar no amor. Embriago-me com o ultimo drink envenenado, e assim sussurro teu nome antes que meus lábios sejam tragados pelos vermes do sepulcro.

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[ ESPAÇO - LIVRE ]

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“Ouvira dos esconderijos da lua, dos mais longínquos latíbulos que a escuridão permite desfrutar, distante, ecos gemidos, de dores que o breu devorou. O escuro ensinou-me a ter medo de dormir, e meus olhos já não se fecham como antes. O rangir da ferrugem dos velhos portões de ferro sempre foi como um pedido de socorro aos meus tímpanos surrados pelos assombros que o silêncio se nega a me poupar. Tudo é guerra e tudo é perda. Na calçada, as folhas secas que despencavam das árvores outoniças foram corrompidas pela desonra e necrose acumulada nos cantos do muro. Será esse o fim dos tempos que sempre temi que chegasse? Ou será apenas outro apocalipse necessário emendado por um recomeço drástico e medido? […] O medo maior, acima daqueles de monstros no telhado abutres no varal dos fundos, sem dúvidas é o medo de perder o pouco de amor que ainda resta às faíscas árduas em meu peito latente. Masoquismo, talvez. A água fria dos banhos de finais de tarde já não me faziam mais tranquilos, a posição dos quadros pareciam apunhalar-me em puro descaso ao tédio constante, e até mesmo a teimosia da escrivaninha trancada me fazia tremular. O roupeiro permanecia intacto, de aspectos e ornatos antiquados. Eu já quase nem saia da cama, não me restava muita vontade de viver, mas um romance bizarro não permitia que meus pescoço se ancorasse em um suicídio sonolento. O desespero às vezes me visitava no meio das insônias, e com o tempo se esvaiam, como quase tudo nessa vida já se foi. Os remédios acabaram por não fazer efeito, e a poeira toma a face dos armários mofados escondendo enormes rachaduras nas paredes da casa espancada pelos tremores que o chão deixava escapar. Olhando pra dentro de mim consigo ver meu coração sovado, afogando-se numa poça de sangue saturada de cacos de vidro e palavras que minha garganta engoliu antes que pudesse vomitar. Cá estou, ajoelhado nos destroços de meu mundo, e aqueles gritos distantes que ouço são meus. Os cortes que nunca vi moram em minhas costas chicoteadas pelo gume da penitência, fruto do risco de paixões proibidas. Sou eu, o judiado clamando no valete da guilhotina gotejando restos de outras bocas. Eu sou o que sobrou da angústia, sou a doçura inexistente do mundo amargo, e o lacrimejar da chuva que nunca pairou sobre os céus vermelhos do teu penar. Sou o sufoco dos soluços de pranto que o amor em mim nunca ofegou. Eu nunca fechei meus olhos por aguardar que os teus me fossem o abajur dos meus beijos noturnos. Aguardei mais do que meus pés calejados suportaram, e isso nunca foi o bastante. A vida lá fora ainda é cor de sorrisos, mas a ausência de ti me trancafiou dentro de casa, dentro do terror em cárcere, e por fim, não tive teus olhos como farol. Morri e deitei minguado, no berço da solidão, como um aborto abandonado na correnteza do esgoto, no escuro da noite.”

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“Noite desafinada. Chove. O céu goteja no telhado, intimidando as evidências sádicas que dormem no canto dos olhos. O temporal lá fora lava as calhas empoeiradas. E, aqui, são as lágrimas, que florescem das molduras da alma rasgada primaverando a amofinação, a tristeza pelos rastros do meu brio adoecido. Quando foi que a aquarela perdeu a cor? Quando foi que agulhas do fiar se quebraram? Trovões ecoam pelo quarto. Escorre-se a estirpe no tremular das mãos fraquejadas. Minha hemorragia é interna, sem se ver por onde sangra, nem por onde anda. Tardes vazias antecipam tudo o que tenho evitado. Pesares desmoronam tudo o que há tempos caem aos pedaços. Flores de plástico em azulêncio agonizam-me pelo reflexo do vidro embaçado. Fitam-me, e devoram-me na plenitude de sua petulância. Nas lacunas de minhas lembranças engavetam-se urnas funerárias dos restos meus, das cinzas que o vento esqueceu, daquilo que sempre fui, do que era, latumia, ecos do que já se perdeu, dos retalhos de uma guerra interna. A ventania surra pingos contra a janela fechada de alumínio, e pode-se ver através de suas frestas o amarelar das luzes lá fora. Sepultei flores nos túmulos da minha áurea, como um desespero ensaiado por meu luto rotineiro. Eu me enterrei junto à elas, sequei, e morri ao perder a essência do penar. Eternizar-me-ei dentre a essência do roseiral absinto. Não há mais recordações após uma morte tranquila. Não há mais dor. Não há mais haver, nem temer, nem o que me contrarie disso tudo. Algema-se a realidade à utopia suicida… Morri por dentro, no oco da alma, nos arredores da calma, da cama, e do resto insignificante que ainda resta. Despedaçam-se as pétalas murchas sobre o valete do chão gelado, e tais deixa escapar gritos pelas rachaduras da parede rente ao piso. De tempos em ventos, outonos secam as folhas no quintal, trazendo nostalgia e prantos no cair da tarde, em quietude, com saudades afiadas fazendo morada nas memórias. Lá fora os carrilhões chocalham-se frenéticos, anunciando o inverno rigoroso que logo vem, que chega, aconchega, que me deita na cama fria pra chorar melancolias agridoces entre riso e outro. Vaguei muitos séculos pela vida à procura de um anjo que me ensinasse a cantar com os olhos distraídos por saudades de um beijo lento, ao relento, abraçar na chuva. Alguém que me presenteasse cartas de amor aos rascunhos dobradas, com borboletas fatiadas. Alguém que me domasse, e me contivesse sobre os trilhos da fidelidade alheia. Mas de toda essa angústia costurando os meus dias cinzas… Suspira a saudade que varre as lembranças. A falta de sorrisos para enfeitar os lábios pálidos meus, secos e já esquecidos de como se encurvarem quando a felicidade vozeia ensurdecedora pela caixa do correio. Não há mais tanto a dizer, nem a esperar do resto dos dias que virão. Dos silêncios que rejeitam minha existência escapam retalhos de um passado, mofado, que nem nas profundidades do tempo encontrou lacunas para se enterrar. Nos mosaicos do meu penar, orna-se me

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“No meio das noites de inverno, o frio mastiga-me sobre o vazio da cama sulfúrica. Os lençóis parecem devorar os restos de minha angústia sádica, que se esmigalham da minha pele envergada por arrepios de solidão. O remorso se derrama no travesseiro, fugindo pelos rasgos que as lembranças causaram em meu brio. Ouço o tilintar dos carrilhões do lado de fora do quarto, externo de toda depressão, dos malabares de foices afiadas que caíram sobre minha vaidade agonizada pela saudade. Meu orgulho é dobrável quando o assunto envolve você. Nenhuma guerra é muito quando o enlace do desfecho é você do meu lado, colecionando sorrisos nos meus dias sem amargura. A madrugada treme insana pelas cortinas ventosas, que parecem congelar junto ao meu coração apodrecido pela ironia de querer morrer de amor, e logo em seguida desejar suicídios pela ausência dele. É só outra mísera noite que se acumula junto às outras no passado abraçado pelo medo de olhar para trás. As horas engatinham ao invés de andar, outrora rastejam-se sem ânimo de seguir adiante. Os ponteiros do relógio desgovernam-se por minha mente cansada, e parecem regredir, voltar o tempo e me assombrar com sofrimentos repetidos. Há dias tenho me apegado ao desapego, pra que as dores da falta não me peguem por ai, distraído, olhando para horizonte ou outro, de estomago borboleteando sonhos e desejos de ter teu calor junto à minha necessidade de quentura. Nas paredes que revestem o meu isolamento pendurei nossas fotografias e boas recordações que nenhum avalanche pode destruir dentro de mim. A verdade que tento negar a mim mesmo, é que minha obsessão pelo teu cheiro, pelo teu jeito, carisma, toque, manias, é absurdamente maior do que a minha força pra lutar contra essa vontade vidrada de correr pelas avenidas à sua procura, apenas pra fitar os teus olhos hipnotizantes que me fraquejam as pernas. Pra desenhar nas nuvens do céu o quão imenso é o que sinto. Ou então de vozear aos quatro ventos que você nasceu pra morrer do meu lado, depois de toda uma vida de felicidades emolduradas nos porta-retratos da minha alma carente de ti. Essa obsessão é gigantesca, avassaladora, mas o meu maior medo é que tudo isso me traga insônias sonhantes de futuros que em seguida se estilhaçam nas profundezas da ilusão, do abandono, da chaga. Outra noite dessas, voltarei a chorar por você, desabafarei arrependimentos ao meu abajur apagado aos prantos, pois quando as luzes se apagam, e você se vai, meu mundo desaparece na escuridão dos abismos que o amor garimpa em meu coração platoniano, que não aprende a de desprender de você.
…Vem, de fora, outra noite, outros ventos, nostalgias, lágrimas, lamentos que perseguem-me o riso adoecido. Outro inverno que esvai, que some, sem deixar rastros de você sobre minha cama, lacrimejada com meus granizos.”
~ Annd Yawk

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“O céu já se desbotou em tons grisalhos, pelo clima gélido que chicoteia as plúmbeas nuvens refugiadas nos confins do horizonte entardecido. Com o despir das luzes solares, de sombra vestiu-me o corpo em calafrios do abraço que nunca virá. As penumbras turvam os contornos do meu rosto umedecido e parecem exalar o cheiro putrefato de meu corpo morto, estirado sobre o colchão fétido de suor e prantos lacrimejados onde o sol já não alcança mais. Minhas costas se cicatrizaram na cama, amarrotada de fotografias que não tive coragem de queimar. Sinto-me como uma pedra, mofada, abdicada aos musgos e escárnios do relento matinal. Já não me importo se as cartas caem no valete das grades do portão, se os móveis se ofuscam pela poeira excessiva, se a televisão está na tomada em dias de tempestade, ou se as folhas de outono tomarão a face da calçada de concreto sujo. Minhas roupas servem de moradia às traças, os cupins empesteiam o roupeiro, e as janelas já não refrigeram os pulmões da casa morta. Tudo parou no tempo. Tudo é apenas histórias mudas e lembranças do que um dia cantou de peito cheio de fôlego e ânimo orquestrado, e que hoje desafinasse na quietude das cordas frouxas do violino. Os meus dias passam como anos, que zombam de mim com o galopar dos ponteiros assíduos do relógio pendurado na parede descascada e decomposta pela umidade das chuvas árduas que tanto mastigam-me o coração em saudades velejantes. Quando as gotas alambicam no telhado fino, as recordações tomam formas e começam a gritar por nomes. O coração palpita amargurado, e quase salta peito afora pra deitar do lado de quem o fazia bater. As noites já não têm lua no céu, e se tiverem, não saio pra ver. O guache da aquarela se acinzentou, os peixes morreram de fome nos aquários imundos que até serviram-lhe de túmulo. Das flores que guardei, nem mesmo as pétalas secas restaram pro vento levar. Quando falta-me o ar ou o brio, engasgo-me nos pêsames do que me tornei, do luto que sou, mortificado em um lençol vermelho às lástimas de romances errantes. Morri de amor às avessas, e da poesia de papel sépio que trago no bolso, rimei-me por fim, com a dor. Fiz de minha cama, um mortuário. Cremei tudo que restava esmagado por minhas ruínas absintas. Nesta noite eu durmo sóbrio de minha loucura. Incinerei-me de angústia, e fiz-me cinzas. Resta-me os tintos vinhos embriagantes, que nem os mais aturadouros desertos de uma ampulheta podem roubar-me os prazeres de um cálice exagerado. Bebo, e, assim esqueço que estou triste. De ressaca de amor não morro mais nessa vida, nem nesta noite, nem nesta garrafa quase vazia.”
~ Annd Yawk

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