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Ondas Puras

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“Hoje ele me procurou, depois de tanto tempo. Ele me pediu desculpas por tudo o que havia me causado, disse que se sentia arrependido e culpado, que jamais deveria ter feito o que fez. Ele chorava em cada palavra que dizia, eu apenas o olhava sem dizer uma se quer palavra, deixei que ele falasse tudo o que tinha de falar, escutei calada. Calou-se e me abraçou, fiquei sem reação, não sabia o que fazer naquele momento, retribuir e logo em seguida o soltei me afastando, ele olhou e fez uma cara de “por quê?”. Olhei diretamente em seus olhos e aí foi a minha vez de dizer tudo o que tinha pra falar. - “Não espere que depois de tudo o que fez, eu volte correndo pra você e se jogue nos seus braços, sabe quantas vezes eu fui dormir depois de chorar a noite toda? quantas vezes eu fui atrás de você pra saber se estava bem e você só me ignorava, me deixava sem respostas, preocupada, fiquei em destroços, me lembrar de você me deixava pior do que já estava, você não faz a mínima ideia da saudade que eu tinha de você, do quanto eu torcia para que você me procurasse e me dissesse que também sentia saudades, você não estava nem aí, pouco se importou pro que eu sentia, me encheu de esperanças pra depois não cumprir nenhuma se quer. Agora eu só tenho a te agradecer, isso me deu forças extremas, passei a valorizar quem me valoriza, aprendi a me amar de um jeito que ninguém nunca vai amar, ainda mais você. Não se sinta mal, você não tem culpa de ser imbecil. Eu te amo, mas eu me amo ainda mais e eu não vou sofrer por você. Faça-me o favor de ir embora, leve com você tudo o que é seu e devolva minha outra metade, ninguém se satisfaz com metades, ninguém ama ninguém pela metade, ninguém chora pela metade, ninguém vive de amores pela metade, agora se você vive bem assim, faça bom proveito, mas bem longe de mim.” Nunca me senti tão aliviada depois de ter conseguido colocar pra fora o que estava guardado, sufocado, desfalecido dentro de mim à muito tempo. Não dependo de ninguém para ser feliz a não ser de mim mesma.”

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“De onde eu tiro essa força tamanha pra continuar? Bem, eu tiro de Deus. Já perdi a conta das vezes que quis desistir, que quis jogar tudo pro alto e mandar tudo pra puta que pariu, inclusive eu mesmo. Mas são nesses momentos que sinto que não vale a pena retroceder, não vale mesmo. De mim sai choro, voz, saudade. Sai um turbilhão de especificidades que nem sabia que existia, quebro-me, desmonto-me, despedaço-me… Mas Deus é especialista em decifrar e consertar corações. Ele vem todo manso, dá um afago nos meus cabelos, dá aquele abraço que acalma a alma, sabe? E sussurra bem baixinho no meu ouvido: “Vai ficar tudo bem, vai passar. Estou no controle. Se às águas não se acalmarem, te faço andar sobre elas”. É. Deus tem um jeito incrível de me fazer sentir o cara mais abençoado, mais sortudo, mais feliz do mundo quando esse meu mundo tá desabando sobre minha cabeça.”

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“O nosso amor é uma verdadeira prova de fogo. Só nós sabemos o quanto é difícil manter ele em pé, o quanto a distância é dolorosa, e as brigas parecem nunca ter fim. Mas cada dia que passa fica mais difícil abrir mão desse amor, desistir dele, desistir de toda uma historia que está sendo escrita dia-a-dia, cada dia que passa é um novo capitulo, uma nova historia para se contar. Pensar no fim e querer o fim é como publicar o livro sem revisá-lo, sem mudar o rumo da história, sem ter um final feliz; é isso que as pessoas esperam, um final feliz. E esse final feliz que ainda não está escrito existe uma família, um casamento, 2 filhos, viagens e no fim, eles dois juntos até que a morte os separem. Não importa o quanto está machucando agora, eu quero o futuro, eu quero continuar com tudo isso.”

Espaço livre

Sr_Dos_Conselhos’s Profile PhotoTexto Para vocês ✌
“Não volto mais. Não adianta resistir na janela, apertar o interfone, mexer as pernas com intranqüilidade, recorrer às paredes, avisar os parentes. Não volto mais. Podes arrumar a casa sem o café, virar o cinzeiro, dispensar os livros arranhados, os discos sublinhados. Não volto mais. Haverá espaço sobrando na mesa, na cama, no banho, no armário. Haverá espaço sobrando em teu ouvido. Não volto mais. Não sentirá o susto de ter adivinhado minhas idéias, o meu desespero em falar das novidades, os meus casacos espalhados nas cadeiras. Não volto mais. Não haverá jogos, apostas e brigas, o calendário permanecerá na mesma folha de novembro, não chegarei mais atrasado, a garrafa de vinho restará à toa, a chuva será água com gás. Não volto mais. Logo esquecerás o número de meus sapatos, o meu peso, o tamanho dos ternos, dos sonhos, dos fracassos. Não volto mais. Comprarás tudo em dobro: o amor, o xampu, os sabonetes, o pão, a comida. Pagarás tudo em dobro para consumir a metade. Jantarás de lado, com a televisão. Fecharás a casa deixando a tranca de dentro aberta. Manterás a esperança na escrivaninha. Não volto mais. Não identificarás as árvores e os colegas em teu trajeto pelo trabalho. Ninguém vai te ligar para entreter o cansaço. Não volto mais. Teu inverno demorará no escuro, teu verão demorará na luz. Não estarei esperando na porta. Faltará alguém para te elogiar. Não confiarás no espelho. Não volto mais. Tuas lembranças serão deserdadas, parte das fotos sumirão de repente, as cartas servirão de rascunhos. Deixarás de comer peixe com receio dos espinhos. Não volto mais. Me chamarás de filho da puta e conversarás com a minha mãe para saber de notícias. Me ofenderás por não te entender, por não te amar, por não insistir. Me julgarás sem direito a opinar. Convencerás tuas amigas que sou desleal, que não fui fiel, que não presto. Tomarás um porre para chorar, a verdade será maior do que a tua vontade de mentir. Não volto mais. O último beijo será o primeiro. Pastarás o pão com as migalhas irritadas, pastarás o papel com as vogais irritadas. Não volto mais. Vais odiar a sala limpa, as estantes alinhadas. Mandarás flores para teu endereço. Minha tosse não te acordará de noite. Não volto mais. Não faremos mais sinais em lojas, não subiremos as vozes no carro, não torceremos juntos. Não volto mais. Tentarás prever onde ando, com quem saio, com quem finjo. Meus cabelos serão nuvens pelo tapete. Retornará o medo de fantasmas, de versos. Não volto mais.”

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Language: English