não me lembra nada, e se eu não me lembro significa que não foi nada importante -falo devagar, te olhando-
que droga Salvatore -balanço a cabeça, olho pro lado-
o que eu fiz? já esclareci o porque daquilo tudo com a Elena, eu nunca te traí, então eu não entendo o problema -te olhando-
amigas, isso te lembra algo querido? -cruzo os braços te olhando-
não tenho não, te perdi no dia 16 de julho, e pelo que eu vejo quando percebo sua reação quando eu me aproximo -te olhando- nada vai voltar a ser o que era
-respiro fundo- sabe qual o problema? depois que eu descobri o que aconteceu quando nós terminamos, eu ainda não acredito que você fez isso -reviro os olhos-
-desligo o celular, te olho- então me dá um motivo pra continuar
-me aproximo- você tem a mim -te olhando-
-te ligo de novo- e eu vou deixar isso acontecer, to desativando, eu te amo
-apareço na sua casa, abro a porta e te olho- você não vai fazer isso
“Ele tem um jeito de me tocar, de caminhar com as mãos no espaço entre minha pele e a roupa, sem parar de me analisar o corpo, cheio de fome e ternura e calor. Eu sei que foi por isso que voltei, que volto, toda vez. É quando eu fico por baixo que a verdade se esfrega nos meus olhos e se infiltra pelos meus poros. Com o mapa do meu corpo, ele me prende nos meus becos e dança nas minhas avenidas. Eu não tenho saídas.” – Gabito Nunes