“Todos nessa história têm uma ‘hamartia’ sólida como uma rocha: a dela, estar tão doente; a sua, estar tão bem. Se ela estivesse melhor ou o senhor, mais doente, então as estrelas não estariam tão terrivelmente cruzadas, mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare esteve tão equivocado como quando fez Cássio declarar: ‘A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos.’ Fácil falar quando se é um nobre romano (ou Shakespeare!), mas não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas.” — Peter van Houten. A Culpa é das Estrelas, John Green, 2012.
“(…) e, então, no tempo que você leva para transpor essa distância, a tartaruga vai um pouco mais à frente, e assim por diante. Você é mais rápido que a tartaruga, mas não consegue alcançá-la; só consegue diminuir a distância entre vocês. Mas é obvio que você acaba simplesmente passando pela tartaruga sem ponderar sobre a mecânica envolvida, mas a pergunta de como foi capaz de fazer isso acaba sendo incrivelmente complicada e ninguém tinha achado uma resposta para ela de verdade, até que Cantor demonstrou que alguns infinitos são maiores que outros.” — Peter van Houten. A Culpa é das Estrelas, John Green, 2012.