Como alguém pode convencer-se da existência de Deus?
Depende muito. Geralmente, nós olhamos a realidade a partir de um ponto de vista que é formado pelos nossos pressupostos. Isso colore o mundo de um modo específico. Cada pessoa, então, vê a realidade de uma "cor", a cor da sua cosmovisão. Uma pessoa que tenha, por exemplo, uma posição racionalista, corta, a priori, tudo quanto não caiba nela, e as suas disposições sensíveis tenderão a se adequar a isso, resistindo a qualquer proposta que sugira algo radicalmente novo. Essa resistência é anterior ao próprio raciocínio e o condiciona, infelizmente, motivo pelo qual a objetividade não é um fenômeno muito comum. Mesmo assim, a capacidade lógica não é destruída, graças a Deus. Se uma pessoa encontra em si uma abertura mínima para considerar de um modo real a possibilidade de que Deus existe, então há algumas alternativas:
- Há os argumentos objetivos, que partem do mundo e levam a Deus. Eles estão bem resumidos nas chamadas 5 vias de Sto Tomás de Aquino;
- Há um argumento puramente lógico, de Sto Anselmo, chamado "Argumento Ontológico", que foi depois retomado por Descartes;
- Há o argumento moral, que vê na existência de Deus o único fundamento de uma ética não egoísta;
- Há o argumento dos milagres, cuja evidência é capaz de convencer a inteligência de qualquer pessoa minimamente sã;
- Há, ainda, o argumento do fato da ressurreição de Cristo e o comportamento dos apóstolos que seria inexplicável se Jesus não tivesse voltado à vida de fato. Esse argumento é utilizado pelo conhecido filósofo William Lane Craig.
O tal do argumento da experiência - de que uma pessoa só conhece o que experimenta - e que é o mais evocado pela maioria - é o argumento do "Um amor pra recordar": Deus é como o vento: não o vemos, mas sentimos - é puramente poético e não se sustenta como prova de nada. As experiências subjetivas são psicológicas e podem ser facilmente induzidas. Veja-se o caso do Derren Brown. A pessoa que tem essas experiências imprime a elas um significado posterior. Duas pessoas que sentem a mesma coisa podem atribuí-la a Deus ou ao Buda. Isso não funciona, portanto, como prova de nada e é melhor não apelar a isso.
- Há os argumentos objetivos, que partem do mundo e levam a Deus. Eles estão bem resumidos nas chamadas 5 vias de Sto Tomás de Aquino;
- Há um argumento puramente lógico, de Sto Anselmo, chamado "Argumento Ontológico", que foi depois retomado por Descartes;
- Há o argumento moral, que vê na existência de Deus o único fundamento de uma ética não egoísta;
- Há o argumento dos milagres, cuja evidência é capaz de convencer a inteligência de qualquer pessoa minimamente sã;
- Há, ainda, o argumento do fato da ressurreição de Cristo e o comportamento dos apóstolos que seria inexplicável se Jesus não tivesse voltado à vida de fato. Esse argumento é utilizado pelo conhecido filósofo William Lane Craig.
O tal do argumento da experiência - de que uma pessoa só conhece o que experimenta - e que é o mais evocado pela maioria - é o argumento do "Um amor pra recordar": Deus é como o vento: não o vemos, mas sentimos - é puramente poético e não se sustenta como prova de nada. As experiências subjetivas são psicológicas e podem ser facilmente induzidas. Veja-se o caso do Derren Brown. A pessoa que tem essas experiências imprime a elas um significado posterior. Duas pessoas que sentem a mesma coisa podem atribuí-la a Deus ou ao Buda. Isso não funciona, portanto, como prova de nada e é melhor não apelar a isso.