† Fábio Silvério φ

Olá, Ana! ^^

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Aqui em Alagoas, eu fui "iniciado" (rsrs) numa cidadezinha jeitosa chamada Taquarana. Essa cidade originou os TLCs de Anadia, Limoeiro de Anadia, de Boca da Mata, de Tanque D'Arca e de Penedo, pelo menos. Todos esses grupos são muito parecidos. Quem é TLCista vive sendo chamado pra fazer as "escolas de vivências" ou outros tipos de serviços cá e lá.

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Contudo, eles sempre me disseram que o pessoal de Maceió já é bastante diferente. "Elitizados" foi um termo que eles usaram querendo dizer que esse TLC de Maceió só aceita - ou só é composto de - pessoas bem favorecidas financeiramente, e que, paradoxalmente, eles têm uma linha mais TL. Mas não os conheço diretamente. Travei contato breve vez ou outra nesses encontros que às vezes acontecem entre todos os grupos da região.

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Fale de iniciação porque de fato há um encontro - chamado de Curso - que não é permitido falar a ninguém de fora, e uma pessoa tem de fazer esse bendito curso para ser considerado um TLCista, rs.

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Primeiro, não é errado, mas não vá somente por isso, embora vá também por isso, rs. Também pode rezar nessa intenção.

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Bem, eu não conheço muitos grupos. Eu faço parte do TLC (Treinamento de Liderança Cristã), que, segundo me consta, é um pouco parecido com o EJC (Encontro de Jovens com Cristo). Mas pelo que eu soube as bases do TLC não são muito boas, embora os grupos de que eu faça parte tenham - graças a Deus - assumido uma perspectiva mais tradicional. Mas só pra você ter uma idéia, a bibliografia básica do movimento trazia livros do Leonardo Boff. O movimento é muito único a depender do lugar. Foi o que eu soube. Em certos ambientes, ele é muito elitizado. Em outros, nem tanto.

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Bem, há o Opus Dei, há a Legião de Maria, há o MEJ (Movimento Eucarístico Jovem), Tem um aí "da fita azul", mas de que não me recordo o nome. Enfim.. Não conheço muitos, desculpe.

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Boa sorte.

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Jesus é o que diz ser: o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Ele. Como extensão disso, os católicos crêem que "fora da Igreja não há salvação", pois a Igreja e Cristo, como a esposa e o Esposo, fazem um só: é o Christus Totus. Mas o sentido dessas coisas não é esse óbvio exclusivismo, como geralmente parece. Já houve santos que se angustiaram profundamente em pensar na condenação de todo não católico. Não é disso que se trata.

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Este assunto é por demais extenso e por aqui não dá pra fazer mais do que começar a falar disso. Há Verbo (Logos, Vâk) antes da Encarnação. Deus é eterno. Querendo revelar-Se, Ele o faz para salvar a humanidade, pois, diz Paulo, quer que todos se salvem. É natural, assim, q Ele se comunique com todos os povos, e q o faça segundo as diferentes culturas e contingências, numas de modo mais adequado que noutras. Só isto já daria conta de uma diversidade legítima de vias religiosas, todas inspiradas por Ele. Estas são as sementes de verdade. Contudo, a coisa fica mesclada entre intuições corretas e interpretações equivocadas, já que todos recebemos o dado revelado segundo esquemas prévios.

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As outras religiões, em face do Cristianismo, devem ser vistas, desse modo, como vias para ele, sendo o Cristianismo a sua perfeição e totalidade, o que se exprime na visita dos Reis Magos ao infante Jesus. As semelhanças entre Jesus e outras divindades - que geralmente cumprem os requisitos do mito solar - foram percebidas já há muito, e pessoas como Orígenes viam nisso tudo espécies de paródias demoníacas que visavam tirar a credibilidade do Cristo quando Ele viesse. Essas coisas já não são defensáveis, hoje. Parece-me mais substancioso afirmar que Deus preparou a humanidade como um todo para o Seu Cristo, embora tenha preparado, nela, um povo específico de modo particular: Israel. Mas se todas as coisas são para o Cristo, que é o primogênito da criação, nada mais natural que tudo quanto há aponte para Ele, inclusive as outras religiões.

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Considere ainda que o conceito de alma da Igreja vinculado ao de ignorância invencível dá conta de estender os limites da Igreja ao mundo todo, e inclusive a certos ateus, como o defende Jacques Maritain. Então, o exclusivismo que se afirma haver na Igreja é efeito da própria unidade do Real: as coisas são de um modo, e não de outro. Contudo, este exclusivismo, que decorre da unidade da Verdade, não é incompatível com uma salvação que se estenda muito para além dos limites visíveis da Igreja. A rigor, a Igreja abarca todo o honesto visceral. Estes são católicos sem saberem. Essa universalidade é referida no próprio significado do nome da Igreja.

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Contudo, o cristão deve ter clareza que o Cristo é a realização, como diriam Chesterton e C.S. Lewis, de toda a mitologia. É o mito que aconteceu. Todos apontavam para Ele: Buda, Krishna, Davi, Moisés, etc. O mundo só pôde chegar à "plenitude dos tempos", como diz Paulo, porque houve uma espécie de preparação geral, e não apenas dos Judeus..

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Oi, Boni. Já tive sim. Na adolescência eu sonhava em ser frei franciscano. Vez em quando eu encenava a história de Francisco e quase me realizava em vestir o hábito. Depois, mudei de time: fui pros carmelitas. Troquei a corda pelo cinturão. Também pensei na vida monástica, mas nunca seriamente a ponto de querer ser monge. Eu simplesmente admirava esse estilo de vida, sobretudo a cartuxa. Hoje em dia eu ainda considero a vida solitária, mas não muito detidamente. Mas só Deus sabe o futuro, né?

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Quanto à minha conversão, eu nasci em família católica. Vim tomar alguma consciência da coisa na adolescência e comecei a participar da RCC. O outro nível foi quando, já inadaptado, conheci os escritos do Thomas Merton e veio junto a tradição mística da Igreja. Nessa época também conheci o tradicionalismo católico e passei uns bons anos estudando muito. Bem, foi isso. Não houve nenhum arroubo nem abandono de drogas pesadas nem nada disso. Eu sempre fui muito careta, rs..

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+ Na série, toda humanidade ouviu o que diziam, que era, geralmente, Jesus é o Messias. Eles fizeram essa anunciação.
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Sim, foi isso mesmo. Isso está descrito no livro dos Atos. Contudo, São Paulo fala também de outro tipo de dom, o que precisa de interpretação. Há portanto dois tipos.

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O primeiro, xenoglossia, foi o que aconteceu em Pentecostes e se manifestou na vida de vários santos, e consiste em falar numa língua existente mas desconhecida da pessoa que fala.

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O segundo consiste em falar no idioma normal, mesmo, mas dizer coisas misteriosas. Tipo assim: "o varal místico da tábula rasa sempre exprime, em vetor ascendente, o não dito do mistério silente." O cara escuta, entende as palavras, mas não entende o sentido. Este segundo tipo a Igreja associou à Liturgia, onde o Padre explica o sentido das leituras. Se quiser ter um exemplo mais real, é só ir ler o Apocalipse.

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Agora, essa enrolada dos carismáticos não é outra coisa senão isso mesmo: enrolada.

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