como melhorar a acuidade intelectiva?
Bem, veja só. É um negócio em que eu tenho pensado..
A gente entende quando há intuição. É um negócio de prestar atenção e ver isso aí: ter a intuição de que é por intuição que a gente aprende, mesmo. Esse meu discurso só vai servir se você intuir as coisas que eu tô tentando expressar. Para haver intuição, é preciso que a pessoa se exponha à coisa que quer entender, e que o faça de um modo passivo. Se é o intelecto que se adéqua, ele se submete. Claro que tem aquele lance lá do intelecto agente e tal.. Mas deixa isso quieto por ora.
Então, para haver intuição, há de haver atenção, isto é, receptividade, ou, como dizia o Lavelle, a percepção de um ente enquanto presença. O pessoal do Zen diz que a atenção não é mera observação. Mas ela pressupõe a observação e surge quando há uma prática já algo sistemática dessa observação, que é também retroativamente uma atenção sobre as próprias faculdades para que não interfiram no objeto que se quer entender. Mas essa auto-atenção, por sua vez, divide a consciência em duas, e a idéia não é essa. Então, a fase da "auto-atenção" é somente uma primeira, a fim de que a mente se habitue a ficar quieta. Dizem eles - os do Zen - que uma atenção assim puramente presente desperta e libera na pessoa muita coisa que estava presa, o que leva a um aumento generalizado de qualidade, seja do nível de compreensão até a qualidade de vida, mesmo. Então, parece-me que a questão é expor a consciência à coisa que se pretende entender por um tempo suficiente para que ela atue segundo a sua natureza e intua. Falando assim pode parecer que eu to pregando alguma espécie de quietismo, o que dá a idéia de que se você ficar parado, lesando, diante de uma frase em japonês, daqui a pouco o significado daquilo vem à tua consciência, rs.. Mas não é isso. Note que eu falei de deixar a consciência agir segundo sua própria natureza.
Outra coisa: expectativas influenciam muito nesse processo. Se você diz de antemão que o assunto é difícil, e que não há garantias de que compreenderá, então isso interfere na tua capacidade de entender aquilo. É um dos motivos pelos quais alguns alunos não gostam de Filosofia. Já esperam que seja doidice e que seja difícil. Se você ficar preocupado em reter tudo o que lê, também não vai dar certo. De algum modo, você tem de ser desapegado com isso, também.
A gente entende quando há intuição. É um negócio de prestar atenção e ver isso aí: ter a intuição de que é por intuição que a gente aprende, mesmo. Esse meu discurso só vai servir se você intuir as coisas que eu tô tentando expressar. Para haver intuição, é preciso que a pessoa se exponha à coisa que quer entender, e que o faça de um modo passivo. Se é o intelecto que se adéqua, ele se submete. Claro que tem aquele lance lá do intelecto agente e tal.. Mas deixa isso quieto por ora.
Então, para haver intuição, há de haver atenção, isto é, receptividade, ou, como dizia o Lavelle, a percepção de um ente enquanto presença. O pessoal do Zen diz que a atenção não é mera observação. Mas ela pressupõe a observação e surge quando há uma prática já algo sistemática dessa observação, que é também retroativamente uma atenção sobre as próprias faculdades para que não interfiram no objeto que se quer entender. Mas essa auto-atenção, por sua vez, divide a consciência em duas, e a idéia não é essa. Então, a fase da "auto-atenção" é somente uma primeira, a fim de que a mente se habitue a ficar quieta. Dizem eles - os do Zen - que uma atenção assim puramente presente desperta e libera na pessoa muita coisa que estava presa, o que leva a um aumento generalizado de qualidade, seja do nível de compreensão até a qualidade de vida, mesmo. Então, parece-me que a questão é expor a consciência à coisa que se pretende entender por um tempo suficiente para que ela atue segundo a sua natureza e intua. Falando assim pode parecer que eu to pregando alguma espécie de quietismo, o que dá a idéia de que se você ficar parado, lesando, diante de uma frase em japonês, daqui a pouco o significado daquilo vem à tua consciência, rs.. Mas não é isso. Note que eu falei de deixar a consciência agir segundo sua própria natureza.
Outra coisa: expectativas influenciam muito nesse processo. Se você diz de antemão que o assunto é difícil, e que não há garantias de que compreenderá, então isso interfere na tua capacidade de entender aquilo. É um dos motivos pelos quais alguns alunos não gostam de Filosofia. Já esperam que seja doidice e que seja difícil. Se você ficar preocupado em reter tudo o que lê, também não vai dar certo. De algum modo, você tem de ser desapegado com isso, também.
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Fábio César Costa Júnior