† Fábio Silvério φ

O teu erro é não supor a possibilidade de que você esteja errado.

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Sobre as minhas intenções, eu te aconselho a não querer pronunciar-se sobre elas - não é permitido julgar as intenções de ninguém. Mas, pense um pouco: supondo que as minhas intenções fossem dúbias, o que elas estariam buscando? Duas possibilidades:

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- Defender Francisco de qualquer jeito - Isso não se sustenta, pois eu o critico bastante. Tanto que alguns católicos assépticos me consideram uma má influência, hehe..

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- Chamar a atenção dos seus defensores para mim - se fosse o caso, eu não teria o criticado tanto, antes, reclamando justo dessa expressão aí. Mas veja só: eu li o texto do vaticano e plim! A coisa se esclareceu. Se eu estivesse preocupado com imagem, não admitiria mudar de posição.

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Releia o que escrevi e mostre onde está o erro:

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"A idéia do Papa, inclusive explicada no dia seguinte, foi de contrastar o conceito de "paternidade responsável", que exige consciência, do mero reproduzir-se inconsciente dos coelhos. Se há possibilidades legítimas de espaçamento da prole, isso significa que a reflexão das condições antecede o fazer filhos."

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O próprio Papa esclareceu isso no dia seguinte. Pegue também outros pronunciamentos dele a respeito da família numerosa. Não é muito, cara.. Faça um esforço. Seja honesto.

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Olá, Elvis.

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Bem, o melancólico a que me refiro aí é um dos quatro temperamentos. Todos nós nascemos com um deles dominante, e isso é imutável. Os quatro temperamentos são: melancólico, sanguíneo, fleumático e colérico. O meu temperamento é melancólico sanguíneo. Então, mais propriamente: melancólicos podem ser católicos, já que este último é que é objeto de escolha.

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Sobre o melancólico no sentido ordinário, vejamos. A gente pode analisar isso de vários aspectos e estes aspectos não esgotam o todo. Para alguns, como para São Francisco de Assis, o que distingue o católico é a alegria que ele não consegue esconder, mesmo que tente, por ter encontrado um muito grande tesouro. Outros santos vão dizer a mesma coisa.

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Já outros serão mais soturnos, mesmo. Veja o caso do profeta Jeremias, por exemplo, ou de um São Jerônimo - que era provavelmente colérico -, ou de uma Sta Catarina de Sena que é difícil imaginar que vivia aos risos. Meditemos:

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Por que um cristão pode ser contente? Porque ele coloca a sua atenção em Deus, na felicidade do seu chamado, na realidade da salvação e no facto de que a verdade última das coisas é boa. No fundo, o bem sempre triunfa e tudo concorre para o bem dos que amam a Deus. Tudo vai, mesmo inconscientemente, cumprindo o desígnio divino, que é maravilhoso, como Ele mesmo disse a Sta Julian de Norwich: "No fim, verás que tudo termina bem."

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Pode um cristão ser tristonho?

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Um outro aspecto da realidade é que ela está muito distante do ideal, e de que a vida - esta vida - não é de brincadeiras. Jesus mesmo disse a uma mística franciscana: "não foi para rir que eu te amei". Estamos num combate, e o próprio Senhor diz: "Ai de vos que rides." Aguçar a consciência de que a vida é uma luta e de que somos miseráveis - o autor da Nuvem do não saber nos pede que nos identifiquemos como um bloco de pecado - faz alguns santos se tornarem bastante sérios. Daí talvez a fama de alguns que não sorriem. Há mesmo um santo que morreu de tristeza por ver que Deus não era amado.

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A vida espiritual é assim: uma tensão. De um lado, uma alegria que ameaçar matar de tão intensa; de outro lado, um senso da gravidade das coisas que impede de brincar e faz-nos lutar pela salvação "com amor e tremor", e nos faz sofrer com Deus. Deus diz a Sta Catarina de Sena: "Eu, qual Ser infinito, quero amor e dor infinitos". Percebe a força dessa expressão?

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Enfim, é possível, sim. A vida espiritual, quando ela se desenvolve, se torna um misto de êxtase e suplício. Alguns santos enfatizam um lado, e outros enfatizam o outro. Talvez isso tenha alguma relação com as duas místicas existentes: a de luz e a de trevas.

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Abraço.

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diferentes e ainda assim eram\são um mesmo povo. Não consigo imaginar ninguém tendo o poder de escolher quem entra no céu ou não, além de DEUS.

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Olá, Kataline. Tudo bem? =)

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Vamos por parte. As doze tribos têm características diferentes, mas são o mesmo povo. Exatamente: há uma unidade essencial e, por dentro dela, existe uma variedade. Se você observar, isso concorda com o que Paulo diz de a Igreja ser um só corpo com vários membros. Daqui temos duas coisas: o corpo é um só. A Igreja é corpo de Cristo. Portanto tem de ser uma só. A variedade ocorre dentro dela.

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Falamos de unidade essencial. Essa essência diz respeito ao batismo, à Fé e à Doutrina. Lembra do que Paulo diz: "se alguém vos pregar um evangelho diferente do que vos temos anunciado, ainda que seja um anjo, seja anátema." Disso decorre a unidade doutrinal e também a autoridade de quem prega, referida pelo "vos". Eram os apóstolos os responsáveis por isso, e é por isso que Paulo diz que a Fé vem pelo ouvir. Então, a lógica é que haja uma só Igreja. O próprio fato de esta Igreja ter uma vocação universal implica que ela seja uma só.

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Sobre a segunda parte, de você não imaginar ninguém tendo o poder de escolher quem entra no céu. Duas coisas: ninguém pensa isso. Se dizemos que ninguém se salva senão dentro da Igreja, entendemos que isto ocorre por desejo expresso de Jesus. A Igreja é o Corpo dEle, e é o meio pelo qual temos comunhão com Ele. Foi o que Ele instituiu para que estivesse no decorrer dos séculos a fim de todos O conhecerem. Não é a Igreja quem decide ser o que é. Ela apenas assume o papel de que lhe incumbiu o seu Fundador. Mas há também um trecho, não me lembro se de são Pedro, em que se diz que os santos julgarão o mundo. É claro que nisso eles serão delegados por Nosso Senhor que é Quem decide absolutamente. Mas ficou claro isso de que não é a Igreja quem determina o seu papel? E a idéia também não é que só se salvam os que visivelmente participam da Igreja. Lembre do argumento da ignorância invencível. A idéia é a de que, se alguém em algum lugar se salva, isso se dá através da Igreja, mesmo que a pessoa não soubesse. Mas é claro que, em se salvando, como isso ocorre depois da morte, ela saberá. =)

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Abraço.

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Pelo teor da pergunta, já se percebe que você desconhece o contexto da afirmação. Você provavelmente é protestante, pois entende a igreja como um grupo, o que subentende que você acha normal existirem várias igrejas ou vários grupos. Vamos a algumas coisas:

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Quando Deus chamou Israel, ele elegeu "um grupo", não é? Esse grupo era formado de doze tribos, fora das quais só existia o paganismo. Perceba que o próprio Jesus afirmou que só havia vindo para o povo de Israel. A partir do Cristo, uma nova Igreja é formada e as doze tribos são substituídas pelos doze apóstolos. São estes que receberão autoridade de divulgar o Evangelho e ministrar os Sacramentos: batismo, perdão dos pecados, unção dos enfermos, eucaristia, etc. Enquanto Israel tinha limites geográficos e familiares, o vínculo inaugurado pelo cristianismo é espiritual, de modo que qualquer pessoa agora pode converter-se. E é por isso que Jesus, depois da ressurreição, ordena os apóstolos a irem até os confins do mundo. A Igreja se universaliza. Universal em grego é katholikós - ela é chamada de católica pela primeira vez já no iniciozinho do séc. II. Contudo, embora ela seja universal, permanece sendo uma. E essa unidade é derivada:

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a) De ser a Igreja fundada por Jesus, que falou no singular;
b) De ser o Seu corpo; não faz sentido uma pessoa ter mais de um corpo;
c) De haver, conforme Paulo, uma só Fé e um só batismo por ser um só o Senhor;
d) De, conforme Paulo, ser a Igreja a coluna e o sustentáculo da verdade, que é una;
e) De ser a noiva do Cordeiro, que não é bígamo.

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Esta Igreja possui, dados pelo Seu Fundador, os meios de salvação: a verdade e a dispensação da Graça pelos sacramentos. Assim, quem a ela não adere, está decidindo excluir-se dessa comunhão, pois, como Ele mesmo disse, "quem vos ouve a Mim ouve e quem vos rejeita a Mim rejeita".

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Contudo, há três modos de participar da Igreja:

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a) Participando do seu corpo e alma - frequentando-a e estando em graça;
b) Participando só do seu corpo - frequentando-a mas não estando em Graça; é como um membro morto.
c) Participando só da sua alma - a pessoa não é católica por estar num estado de ignorância invencível, que não depende de si retirar, mas age dentro daquilo que conhece do bem. Se isso ocorre, essa pessoa é católica mesmo sem saber. Eu particularmente penso que é o caso de vários protestantes. Contudo, a ignorância tem de ser invencível, pois a ignorância vencível é culpável.

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A Igreja também é simbolizada pela Barca de Noé, num mundo inundado pelo pecado. E quantas barcas havia? Uma só. =)

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Quaisquer dúvidas, pergunte. Abraço,

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