“Eles marcam de ir no cinema. — Que horas começa o filme? — Babi, olha no papel. — Que papel? — Na entrada, amor. — Ah, — Ela o tira do bolso. — 18:30h, Luc. — Então, são seis em ponto, dá pra ir no Mc e comprar lanche. — Mas eu não como isso amor. — E daí? Eu como. — Ele ri. — Quanto amor, Lucas. Amo isso. — Ah, vem cá baixinha. — Sai daqui também, sai. — Vem logo, bobinha. — Ele a agarra e a leva para o Mc Donald’s. A fila estava gigante. — Lucas, não. — Não o quê? — Cara, olha a fila. — Ok, tô olhando. E agora? Ela ri. — Idiota, tá grande. — Calma, vai rapidinho. — Acho bom mesmo. Ele a agarra e a beija. — Mandona. — Some daqui Lucas. — Não. — Ele a beija. — Para de me beijar, tem uma criança olhando pra gente. — Problema dele, você é minha namorada. Ela o beija. — Idiota. — Eles ficam em silêncio por alguns segundos. — Lucas, que horas são? — 18:15h, falta quinze minutos ainda, Babi. — Mas a fila não anda, vamos embora. — O quê? Agora é orgulho comprar esse lanche, tinha umas mil na minha frente e agora tem duas. — Mas amor, e o filme? — Calma, ainda tem o trailer. — Mas eu gosto de trailer. Ele ri. — Estranha. Ele faz seu pedido, encosta no balcão e ela o agarra pro trás. — Você é chata, Babi. — Não te agarro mais. — Para, vem cá. — Ele a beija. O lanche chega e eles vão para o cinema. — Babi, corre. — Ah não, odeio correr. — Então se liga, vem atrás de mim. Quem chegar primeiro ganha. Eles começam a correr pelo shopping. Lucas estava na frente, mas sempre olhava para trás para saber onde Bárbara estava. E ela sempre estava rindo ou atrás de alguém que não dava licença. Ele ria, corria e bebia um pouco da Coca-Cola para não cair no chão. Até que ele olha para trás e não a vê. — Babi? Babi? Bárbara? — E quando ele vai pegar o celular do bolso para a ligar, ele escuta risos. Olha para o lado e vê um senhor alto e gordo e atrás dele vê uma loirinha baixinha. Ele não levou na maldade, até que aquele homem ficou em sua frente e Bárbara saiu. — Oi bobinho. — E começa a rir. — Idiota, me deu um susto. — Ele corre atrás dela. — Ficou com medo de eu ter me perdido? — Vem cá, para de correr. Ela ri. — Responde, ficou? — Claro né, lerda do jeito que é. E Babi, para de correr, pelo amor de Deus. Ela ri. — Não. Ele corre mais rápido até alcança-la. Sem se importar como refrigerante que estava em sua mão, ele a agarra. — Peguei, agora tá com você. Ela sorri, o agarra e o beija. — Pronto, peguei. — Tá comigo? — Aham. Ele a puxa, cola nariz com nariz e diz: — Lá dentro a gente conversa. Ela ri. — Ah tá bom. — O puxa e chega no cinema.”
A vida é um piano teclas branca representam a felicidade e as pretas angústias com o passar do tempo você percebe que as teclas pretas tambem fazem a musica.