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Ernesto von Rückert

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É sempre bom ser racional?

matheusmobn’s Profile PhotoMatheus Verde
Não. Há situações em que é melhor ser sentimental e emotivo do que racional. E elas são muitas, especialmente nos relacionamentos humanos. Nem sempre a lógica é a melhor proposta para a solução de uma questão. Outros valores podem se sobrepor à racionalidade, como a generosidade, a bondade, a solidariedade e outros do tipo.

Professor, na sua época de estudante, quais eram os métodos de estudo que você utilizava para memorização a médio e longo prazo?

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Esse que eu sempre preconizo. Estudar para ensinar. Estudar como se estivesse preparando uma aula para explicar o assunto que se quer aprender. Essa é a melhor maneira de aprender. Municiar-se de várias fontes de consulta, ver como cada uma delas aborda o tema e, então, elaborar a própria forma de explicar o assunto. Outro aspecto importantíssimo é que a maior parte do aprendizado se dá enquanto se assiste a aula. É preciso ficar super ligado na aula e ir entendendo tudo, tintim por tintim, enquanto está sendo passado pelo professor. Para tal, ser muito perguntador e não deixar passar dúvida nenhuma. Depois, ao estudar, apenas vai se fixar algo que já se entendeu. Não ligue para pagar o quanto de mico for preciso e não se importe com os comentários desairosos dos colegas. O importante é aprender. Reúna os colegas para ensinar para eles. Isso é ótimo. Sempre fiz muito isso. Aliás, eles é que me chamavam para ensinar para eles.

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Argumento e raciocínios são diferentes?

SilvioZanin’s Profile Photoslvzanin
Sim. Raciocínio é uma forma de pensamento que, a partir de suposições estabelecidas chega a uma conclusão derivada delas. Argumento é uma forma se se justificar alguma assertiva. Um argumento pode ser um raciocínio, mas nem sempre o é. Pode-se argumentar em defesa de algo, por exemplo, pela justeza do que ele acarreta, por sustentação empírica ou por uma plausibilidade baseada em fortes indícios.

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Uma porcentagem das pessoas que nascem sofre. Logo, não é crueldade trazer alguém a existência com chances de ser extremamente infeliz? Dá a vida a alguém que não disse se queria ou não viver, não é errado?

Não. Isso faz parte do processo natural de evolução. E o sofrimento também faz parte da vida. O que se tem que fazer é tudo para minimizá-lo, não só para si, como para todos. Eu, mesmo não tendo sido consultado se queria nascer, acho muito bom que tenha nascido e que exista, fazendo parte desse acontecimento fantástico que é o processo de evolução do Universo e da vida nele. Em verdade acho que poucas pessoas prefeririam não ter nascido, mesmo muitas que não levem uma vida muito boa. As chances de ser extremamente infeliz são muito pequenas. Há uma distribuição de felicidade que tem uma média na neutralidade, ou seja, em não se ser nem feliz nem infeliz. Então se se colocar um ponto de corte na situação de infelicidade tal que a pessoa preferiria não ter nascido, acho que os que se enquadram nessa região não chegam nem a cinco porcento.

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Leis não são dedutivas, mas podem ser derivadas de princípios, no entanto, indutivamente?

SilvioZanin’s Profile Photoslvzanin
Não. Quando se estabelece um princípio, as leis são deduzidas dele. Todavia um princípio não é o ponto de partida da construção de uma teoria. Esse ponto são as leis, que são induzidas e não deduzidas, a partir da verificação dos fatos. Os princípios são intuídos para que as leis possam ser deles deduzidas. No arcabouço lógico da teoria, os princípios são anteriores a tudo, juntamente com as definições. Mas na construção histórica das teorias, as leis é que precedem os princípios. Já os teoremas são deduzidos das leis pelo uso da lógica (que pode ser a matemática ou não) e das definições (que são arbitrárias).
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MEU CREDO

wolfedler’s Profile PhotoErnesto von Rückert
Creio na realidade do mundo exterior, independente de uma mente perceptiva.
Creio na natureza física da realidade objetiva, isto é, na inexistência de espíritos e deuses.
Creio no caráter puramente físico-biológico da mente e da consciência, que morrem com o organismo.
Creio no surgimento espontâneo do mundo e da vida.
Creio na evolução natural das espécies vivas.
Creio no indeterminismo e na incausalidade como possibilidades no encadeamento de eventos.
Creio no acaso e em nenhuma predeterminação como o fator condicionante do rumo da evolução.
Creio na impessoalidade do bem e do mal e na superioridade do primeiro.
Creio que a felicidade é o sumo bem, não sendo o gozo cru de prazeres, mas a ventura de fazer o bem.
Creio que a verdade seja o maior valor a ser perseguido.
Creio no ceticismo metodológico como a melhor ferramenta para a busca da verdade.
Creio que a conduta humana seja balizada por concepções puramente naturalistas.
Creio na capacidade humana de disseminar o bem e erradicar o mal.
Creio na capacidade humana de atingir a verdade por seus próprios recursos intelectuais.
Creio na ciência e na filosofia como os únicos caminhos para se atingir a verdade.
Creio no amor incondicional, ilimitado e irrestrito como a atitude e o conselheiro a ser sempre tomado.
Creio na possibilidade de se construir uma sociedade justa, fraterna, pacífica, harmoniosa e feliz.
Creio na tolerância, solidariedade, operosidade e honestidade como condutas exemplares.
Creio na virtude e não na vantagem, como a regra de vida a ser perseguida por toda pessoa.
Creio na bondade como a maior de todas as virtudes.
Creio na educação, cultura, arte, ciência e filosofia como meios para se atingir essas condições.
Creio no compartilhamento da propriedade como o meio econômico ideal de se prover a vida.
Creio na abolição do emprego com a meta a se atingir para a valorização do trabalho.
Creio no autogoverno direto como a melhor maneira de se gerir a sociedade.
Creio na abolição das fronteiras com a melhor forma de se estabelecer o mundo.
Creio na liberdade de ser singular, plural, homo, hetero ou biafetivo como condição de estabelecimento dos relacionamentos amorosos.
Creio no sonho de se realizar tudo isto como a grande motivação para se viver.
Creio na luta pela concretização desse sonho como o maior significado que se possa dar à vida.

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https://ask.fm/wolfedler/answers/147601985309 Privatizar a Petrobrás e a Eletrobrás? Também me identifico com o anarco-comunismo e o anarcossindicalismo, porém, no momento atual, essas privatizações beneficiariam muito uma minoria de acionistas multi-milionários do que a maioria do povo.

rogercalibre’s Profile PhotoRicardo Silas
Não se essa privatização for feita como deve ser, isto é, com a partição dessas grandes empresas em muitas e, em cada uma, com uma grande fragmentação do capital entre muitos acionistas, com a participação obrigatória de um consórcio dos trabalhadores. Além de serem feitas pelo valor verdadeiro das empresas. Com a proibição de que sejam formados conglomerados que participem do capital de todas elas.

Faz parte de uma pessoa inteligente conseguir "ver" algo que outras não viram? Por exemplo, quem concebeu que a Lógica poderia ser ampliada para além da bivalente clássica aristotélica, expressa em termos computacionais do binário em 0 e 1 (0 é codigo de falso e 1 de verdadeiro).

SilvioZanin’s Profile Photoslvzanin
Sim, Um dos aspectos da inteligência é, justamente, a percepção do que não seja óbvio, daquilo que não é o costumeiro, que não seja o que todos considerem como estabelecido. A inteligência vê além, vê pelas frestas, percebe nuances, encontra contradições, incompatibilidades. A inteligência analisa, compara, coteja, investiga, conclui. Não se prende a padrões estabelecidos de modo preconceituoso. Admite possibilidades inusitadas. Isso tudo consiste em uma das características marcantes da inteligência. O espanto. O inconformismo. A contestação. A suspeição. A inovação. A não aceitação do que esteja estabelecido sem exame. Por isso a inteligência é perigosa, é abafada pelos interesses na manutenção do "status quo", que favoreça situações inaceitáveis a um exame mais profundo e abrangente. Daí governos não quererem que a educação seja, de fato, promotora do aprimoramento da inteligência pelo estudo da Filosofia. Mas não essa filosofia com "f" minúsculo que é dada nas escolas, em que não se filosofa nada, mas se limita a estudar a história da Filosofia, inclusive excluindo os pontos mais polêmicos. A escola tem é que polemizar mesmo. Sobre tudo. Sem medo. Isso é que é uma educação ampla e profunda.

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Achas que um presidente deve saber de economia?

Bruno de Almeida
Sim. Economia, Administração Pública, Direito e Política. Bem como Filosofia, Sociologia, Psicologia, Retórica e Dialética (arte de argumentar). Mesmo que não seja diplomado nisso tudo. Mas tem que entender disso, pois é o que vai ser o dia a dia do seu trabalho. Além de ter que ser um líder. Não é para qualquer um mesmo. Há que ter superlativas qualidades, principalmente morais (condicio sine qua non), mas não só. Qualidades empreendedoras também. Achar alguém assim não é fácil. Poucos foram líderes políticos lídimos.

O que acha do Homaranismo? https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Homaranismo

rpotozky’s Profile PhotoRicardo Potozky
Concordo em parte com suas propostas, mas tenho uma visão mais ampla. Para mim o ser humano não é o mais importante e sim a natureza como um todo. Então o que se aplica à coletividade humana, no homaranismo, deve-se aplicar à natureza como um todo. Isso vai incluir, por exemplo, o veganismo. Além de raça, é preciso também excluir do julgamento das pessoas a nacionalidade, o nível social, o nível cultural, a orientação sexual, a crença religiosa, a concepção ideológica (exceto se for uma concepção intolerante) e outros aspectos e se fixar no bom caráter. Quanto às nações, o ideal é aboli-las de vez, acabando com todas as fronteiras. Nada deve ser imposto, mas sempre buscado a adesão por convencimento. Claro que crimes têm que ser impedidos. Patriotismo é para ser completamente abolido. A mundo todo é a pátria de todos. E, mesmo ele, não pode ser tido como algo mais elevado em relação a outros possíveis mundos. As religiões devem ser paulatinamente abolidas, mesmo que as pessoas ainda mantenham alguma crença no sobrenatural. Mas essa crença precisa ser desconstruída em razão de sua total invericidade. Em adição eu incluiria a meta de tornar o mundo completamente anárquico e comunista, além de ateu. Ou seja, sem governos, sem propriedade e sem dinheiro. Tudo compartilhado. Veja meu credo:
http://wolfedler.blogspot.com/2008/11/meu-credo.html
Estou para atualizá-lo com alguns acréscimos, como o comunismo e a anarquia.

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Gostas de viver no teu país ou gostarias de te mudar? Se sim, para que país?

Em verdade não gosto de viver no Brasil, mas não quero mudar daqui. Quero ficar aqui para ajudar a consertar esse Brasil. Para colaborar para que ele se torne um lugar bom de se viver. Sem crimes, sem pobreza, sem ignorância, sem doenças, sem poluição, sem nenhuma feiura, sem nenhuma corrupção. Claro que há lugares muito melhores para se viver e eu ficaria feliz em viver neles, como os países escandinavos, a Áustria, a Suíça, a Holanda, por exemplo. Mas eu viveria com a consciência pesada de estar apenas me beneficiando e abandonando o povo brasileiro, se eu posso fazer algo pelo bem dele. O Brasil é a minha família. O povo brasileiro são os meus irmãos. Não posso virar as costas para eles. Claro que o que eu já fiz e ainda sou capaz de fazer é pouco, diante do descalabro que assola o Brasil. Mas, mesmo sendo pouco, é algo. E o que eu fiz até hoje, e ainda faço, é educar. É tirar a ignorância das pessoas. É abrir suas mentes. É espancar os preconceitos, a ignorância. Já colaborei na educação de, pelo menos, cinco mil jovens alunos meus. Para eles eu não só ensinei Física e Matemática, mas, principalmente, dei lições de vida, de ética, de honradez, de postura, de integridade, de desprendimento, de altruísmo, de disposição para mudar o mundo. Isso sempre fez uma parte fundamental de meu magistério. Um magistério humanista e solidário. Nunca egoísta. Nunca competitivo e sim colaborativo. Sempre disposto a se doar. A difundir o saber. E isso eu pretendo continuar a fazer enquanto for vivo.

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No verbete da Enciclopédia da Stanford sobre Metafísica, começa dizendo que é notoriamente difícil definir Metafísica. Eu percebo que isso se dá devido a complexidade do tema e a evolução que sofreu desde sistematizado pelo estagirita, que abordava os problemas relacionados ao ser e as causas. e vc?

SilvioZanin’s Profile Photoslvzanin
Acontece que se costuma confundir Metafísica com o estudo do sobrenatural. Certamente que a consideração da possível existência de uma realidade sobrenatural e suas propriedades é um tema próprio da Metafísica, mas ela não se restringe a isso e nem isso é o que é mais importante na Metafísica. Não vejo problema em conceituar Metafísica como a parte da Filosofia que cuida de categorizar a realidade, de estabelecer as condições de existência de seus diferentes itens, de investigar as relações que se estabelecem entre eles, especialmente relações de causa e efeito (ou sua ausência), de proceder ao levantamento das propriedades dos itens das categorias da realidade que lhes sejam essenciais e acidentais, e de modo geral, estudar tudo o que não possa ser abordado de forma científica (fenomenológica) e que não possa, também, ser enquadrado como um assunto ético, estético, lógico, epistemológico, político, econômico, sociológico, psicológico ou de outras disciplinas específicas. Em suma, a Metafísica fica com o estudo do que seja o mais básico e genérico possível. Ou seja, o mais abstrato. O mais concernente apenas a ideias que não correspondam ao que quer que seja na realidade palpável.

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A Ética é uma invenção da mente humana? Quais elementos objetivos podem sustentá-la?

rogercalibre’s Profile PhotoRicardo Silas
Todo o conteúdo dos diversos ramos da Filosofia, bem como das ciências e das artes são construtos humanos (ou de outros seres inteligentes que, porventura, haja, houve ou haverá, em qualquer lugar). Os pressupostos em que se assenta a ética advém da consideração de que as ações dos seres providos de discernimento, isto é de capacidade de análise em projeção dos resultados de suas ações e controle voluntário para permiti-las ou impedi-las, devam ter a autorização de sua execução fundamentada na maximização do bem para o maior número de seres (não apenas humanos). Tal pressuposto não é o único e deve ser assessorado por outras considerações, como a de que não se deva agir sobre outrem a não ser do modo como se queira que outros ajam sobre nós, bem como de que qualquer ação só deva ser feita se for uma que possa ser erigida como prescrição geral a ser adotada. Todavia, mesmo de posse desses critérios meta-éticos, a eticidade particular de cada ação precisa ser considerada face às circunstâncias que se apresentem, que, algumas vezes, podem autorizar, como ética, alguma ação em discordância com esses princípios. O fundamento deles reside na consideração de que o maior bem que se possa pretender seja a felicidade e que as ações dos seres dotados de discernimento e vontade devam ser no sentido da promoção da felicidade. É possível que tal critério seja contestado, contudo é quase universal, para seres sencientes e conscientes, que a felicidade é mais desejável do que a infelicidade.

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Tive um colega excelente em matemática, porém tinha dificuldade em redação e português. Fez curso superior em Informática sendo bem sucedido nesta área, trabalha na Universidade como professor. As pessoas procuram seguir carreira onde têm mais facilidade.Ninguém precisa ser bom em tudo! Concorda?

Dorairber’s Profile PhotoAuxiliadora Irber
Claro que não. Todavia em quanto mais se for bom, melhor. Só que isso é quase impossível. Por exemplo, ser bom em ciências exatas, em ciências biológicas, em ciências humanas, em linguagens, em todas as artes, em negócios, em esportes, em relacionamentos humanos, em política, em religião e o que quer que se possa conceber é quase impossível. Mas é possível ser bom em mais de uma coisa, digamos numas três ou quatro. Todavia isso não é algo que a pessoa deva perseguir. Mas se deve perseguir ser o melhor possível, dentro de suas limitações, em tudo o que puder. Mesmo que isso signifique não ser bom em nada. Mas, pelo menos, ser mais ou menos em alguma coisa.

O ateísmo também é uma posição metafísica?

viniciusvv42’s Profile PhotoVinícius Valentim Vidoto
Sim, certamente. Uma vez que Deus, bem como qualquer tipo de possível realidade sobrenatural, como almas e anjos não são entidades naturais, ou seja, físicas, a consideração de sua existência ou não, bem como de suas propriedades, é objeto pertinente à Metafísica. Há quem, até mesmo, pense que é só disso que a Metafísica cuide, o que, evidentemente, não é correto.
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Outra pergunta do Lex: só o raciocínio lógico em si, não é algo tão virtuoso quando não tem outros aspectos como a linguística, verbal, uma pessoa que resolve problemas com "relativa" facilidade pra mim é tão burra como qualquer outra, idem

wolfedler’s Profile PhotoErnesto von Rückert
Para começar, inteligência, seja em que aspecto for, não é uma "virtude", pois é uma característica do tipo da beleza. Uma virtude é uma característica que a pessoa possua por um esforço de vontade. Ninguém é inteligente porque "quer" ser inteligente. Mesmo que possa aprimorar sua inteligência por um esforço pessoal, mas isso é um trabalho ao longo do tempo e não algo que, no momento, a pessoa resolva ser. O que se pode dizer é que a habilidade de raciocinar com lógica não seja um "valor" relevante, no contexto das categorias de valores, que privilegiaria os valores, por exemplo, propiciadores do bem para o mundo. Nesse caso, a habilidade linguística também não seria um "valor" de categoria ética ou moral. Tanto uma capacidade quanto a outra serial valores mentais e intelectuais. Quanto a achar que um deles seja superior ou inferior ao outro é uma questão de opinião pessoal. Em si mesmos eles não possuem termo de comparação, como se perguntasse se um quilograma é maior ou menor do que um metro. Ter bom raciocínio lógico é um tipo de inteligência sim, do mesmo modo que ter boa fluência verbal. Mas são tipos distintos de inteligência, de modo que não se pode dizer que a posse de um mas não de outro, seja qual deles for, signifique que se seja mais ou menos inteligente. O que acontece é que, em geral (mas nem sempre) a inteligência se dá de um modo "global", fazendo com que quem seja mais inteligente em algum aspecto, também o seja em outros.

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o que seria o termo observador em mecanica quantica

lex
Observador é um sistema que seja capaz de reagir a alterações de outro sistema e, com isso, indicar que tais alterações se deram e, inclusive, mostrar quais tenham sido. Nesse sentido o sistema observador tem que ser distinto do que se esteja observando. Ou, pelo menos, ser parte de um sistema com subsistemas que indiquem uns as alterações de outros. Note que não é preciso que seja um sistema "consciente". Ou seja a indicação que um sistema faz das alterações de outro sistema é uma observação, mesmo que nunca seja conhecida por nenhum terceiro sistema dotado de consciência.
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O colapso de função de onda pode ser entendido como uma redução de potência a ato. Mais uma vez, vemos que os filósofos não estão "desatualizados" e nunca estiveram. Por anos foi filosofado sobre a questão do universo não ser eterno e agora é plausível. Os filósofos carregam a tocha do conhecimento.

SilvioZanin’s Profile Photoslvzanin
A questão é que o fato de que algo possa se transformar e passar a ser outra coisa, o que, então, se diria que essa nova coisa estava contida no que se era antes em forma de potência, não se aplica a tudo. Muitas vezes o que vem a ser o é pelo concurso não da transformação de algo em outra coisa mas da junção de mais de uma coisa na nova coisa. Por exemplo, um óvulo não é um embrião em potência, pois sem o espermatozoide ele não se torna embrião. O embrião não estava contido no óvulo sozinho. A questão do universo ser eterno, quer para o passado, quer para o futuro, também não é uma questão filosófica. É uma questão fática a ser verificada. Atualmente a corrente predominante da cosmologia considera que o universo tenha tido um início mas não terá um fim. Mas isso não é algo garantido sem margem de dúvida. Inclusive pode ser que o destino final do universo seja uma expansão não mais acelerada que, assintoticamente, leve a um estado universal que não se altere mais e implique, assim, na cessação da passagem do tempo, mesmo que continue a expansão de modo constante e uniforme. Ou seja, o universo continua a existir mas o tempo não. Então será que, sem passagem de tempo, haveria "eternidade", se o conceito de eternidade é o de uma passagem ininterrupta do tempo? Do mesmo modo que, antes do Big Bang (se é que se pode dizer isso) poderia haver espaço e conteúdo no universo, sem passagem de tempo. Nada disso, porém, pode ser respondido por conjecturas puramente filosóficas, pois a resposta requer uma verificação fática. Isso, em absoluto, não significa que se deva excluir qualquer consideração filosófica, mas que há temas que não são resolvidos filosoficamente.

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Em relação a Lógica (2 vols) de Leônidas Hegenberg, quais são essas duas obras? Não captei a mensagem.

igorbatistateles900’s Profile PhotoIgor
Leônidas Hegenberg - Lógica - O Cálculo de Predicados - Herder (ou Edusp)
Leônidas Hegenberg - Lógica - O Cálculo Sentencial - Herder (ou Edusp)
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Como se calcula a massa das galáxias?

LucioNathan’s Profile PhotoLucio Nathan
A primeira providência é determinar sua distância. Para galáxias mais próximas isso pode ser feito pela observação de estrelas variáveis cefeidas nela existentes. Para essas estrelas se determina a massa em função do período de oscilação do brilho (a relação foi estabelecida para cefeidas de nossa própria galáxia). Usando a relação entre a massa e a luminosidade absoluta se determina esta. Comparando a absoluta com a observada se acha a distância. Para galáxias mais afastadas se usa o desvio para o vermelho de suas raias espectrais pela lei de Hubble. Uma vez isso achado, se acha o seu diâmetro pelo ângulo subtendido por ela. Então se verifica a velocidade de afastamento e de aproximação de suas bordas pelo efeito Doppler aplicado, também, às linhas espectrais. Dessa velocidade e do raio, se acha a massa gravitacional atrativa existente na galáxia capaz de propiciar tal velocidade àquela distância. Outra forma é considerar a luminosidade observada em relação à distância e, daí, inferir a luminosidade absoluta. Supondo que ela seja constituída, em média, pelo mesmo tipo de estrelas da Via Láctea, se estima seu número de estrelas. Supondo, ainda, que o tamanho médio das estrelas seja o mesmo da Via Láctea, se acha a massa de estrelas que ela contém. Todavia esses dois métodos não levam ao mesmo resultado por causa da presença da matéria escura. Daí o primeiro método ser mais correto. Aliás, foi a partir dessa discrepância que se verificou a existência de matéria escura. No caso de galáxia muito distantes mesmo, pode-se estimar a distância pela luminosidade apresentada pelas explosões de super-nova do tipo Ia, que são anãs brancas que explodem ao sugarem matéria de uma companheira em um sistema binário. O tempo de relaxação do brilho (tempo que ele leva para atingir, por exemplo, metade do valor) é proporcional ao brilho absoluto, donde este pode ser avaliado e, por comparação com o brilho observado, se determinar a distância. Foi usando esse método e comparando com o desvio das raias espectrais que se verificou que a expansão do Universo está se acelerando e se aventou a existência da dita "energia escura", para acarretar essa aceleração.

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o fato de uma pessoa ter certa facilidade para resolver problemas matemáticos não as torna mais inteligentes. Conheço pessoas assim e ainda as considero "burras"... Ser questionador e procurar tentar entender o porquê de tudo

lex
No aspecto lógico matemático essa facilidade significa maior inteligência sim. Mas não necessariamente nos outros, por exemplo, no linguístico, no interpessoal ou nesse de ter a percepção das razões dos fatos. Inteligência não é algo necessariamente abrangente. Há casos que sim, mas há os que não, ou seja, a pessoa seja bem inteligente em algum aspecto e pouco inteligente em outros. Eu mesmo me vejo como bem inteligente nos aspectos lógico-matemático, linguístico e outros mas pouco inteligente em questões de negócios ou nas atividades práticas da vida.

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