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Como eu odeio esse tipo de comparação, cara. COMO EU ODEIO. Escuta aqui, camarada partidário de Feliciano Ramos, se tu conseguir me dar pelo menos três fatores onde um homossexual interfere no curso da sociedade TANTO QUANTO um ladrão, eu juro pra você que passarei a entender a sua comparação. Mas oh! Deixa pra lá, porque VOCÊ NÃO VAI ENCONTRAR, SIMPLESMENTE PORQUE GAYS, LÉSBICAS, TRANSEXUAIS, TRAVESTIS E SEMELHANTES NÃO INTERFEREM EM PORRA NENHUMA NO CARALHO DA SOCIEDADE.
Eles também não interferem na sua vida, nem no seu livre-arbítrio. Eles interferem menos ainda nos seus hábitos diários. E eu não acho que alguém em casa, se arrumando em frente ao espelho, pense consigo: "Oh! Tomara que eu não encontre nenhum gay na rua hoje, que Deus me proteja!" O que elas pensam é: "Tomara que eu não encontre nenhum ladrão na rua hoje." O que tem de tão assustador em gays, pelo amor de todos os deuses e deusas? A sociedade parece ter medo deles, como se eles fossem uma espécie de aliens infinitamente desenvolvidos que vão dominar o planeta e escravizar os héteros. Pelo menos é assim que as pessoas parecem pensar? E NÃO ME VEM COM ARGUMENTO BÍBLICO: DEUS NÃO PODERIA SE IMPORTAR MENOS COM OS GAYS, ENTÃO POR FAVOR.
Com tanta merda e podridão acontecendo no mundo, com tanta gente morrendo, com tanta gente precisando aprender a ler, com tanta gente passando fome E O GOVERNO ACHA QUE PRECISA PROTEGER A SOCIEDADE DOS GAYS, PORQUE "OMG, MEU ORGULHO HÉTERO ESTÁ AMEAÇADO, OH SHIT".
Eu espero que tu um dia desses esteja prestes a ser assaltado e seja salvo por um policial gay. Ou, melhor ainda, por um cidadão qualquer gay. E não, eu não sou da filosofia de "desejar o bem a todos", se tu é ignorante, a única forma de aprender a ver os seres humanos como seres humanos é sentindo na pele o tamanho da tua ignorância e falta de discernimento. Primeiro tu se livra desse preconceito ridículo e depois você vem tentar falar comigo sobre qualquer coisa. Até lá, vai se foder bem grande, camarada.

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Eu juro que se tu me perguntasse isso há um mês atrás, eu diria que sim. Mas hoje eu posso dizer que não, eu não tenho mais. É claro que eu tenho assuntos que me perturbam, porque eu sempre penso demais, eu tenho essa tendência de sempre achar que eu disse alguma besteira, que eu fiz alguma besteira, que eu agi que nem uma retardada e aí quando eu repenso nessas coisas eu fico com ódio de mim, mas não dá pra tratar isso como assuntos inacabados. E o único que realmente me incomodava, que eu ainda pensava sobre e sabia que tinha coisas pra dizer, agora simplesmente parece que chegou ao fim, parece que finalmente não sobraram coisas que eu quisesse dizer. E eu me sinto tão fodidamente aliviada sobre isso que até achei necessário usar esse palavrão pra me expressar. É bom se sentir espiritualmente mais leve.

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É um filme que eu já tinha visto há um tempo, mas resolvi ver de novo, que se chama Chatroom. Eu vivo falando aqui do filme Suicide Room, que é o meu filme favorito e, na verdade, ambos são bem parecidos, o tema é praticamente o mesmo, porém o Chatroom é um pouco mais forte.

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O ambiente do filme é realidade vs. realidade virtual, mas se você não prestar muita atenção, pode acabar se perdendo um pouco, pois o filme tenta mostrar como a realidade virtual se projeta na cabeça dos jovens. É uma rede, com diversas salas de bate-papo, mas o filme as mostra como salas reais, onde as pessoas caminham dentro delas e cada porta possui dentro um assunto de seu interesse. O ambiente, na minha visão, é mais ou menos como eu imagino que seja a DeepWeb, porque entre as portas, no filme, existem as salas para pedófilos, as salas para sádicos, para assassinos, as salas para "suicídio assistido". E aí nós temos a sala "Chelsea Teens!" criada por William, onde inicialmente aparenta ser uma sala para reunir pessoas com os mesmos interesses e os mesmos problemas e um ajudar o outro. Porém ao decorrer do filme, o que a gente percebe é que a intenção do William é liderar os membros da sala às suas ruínas, fazer com que seus demônios interiores os consumam. William, na minha visão, é um sadomasoquista (tem um momento em que vemos ele na sala de torturas assistidas, em outro momentos vemos ele se auto mutilando). E toda essa dor, essa angústia mostrada no filme é tão real... É só tentar trazer para a realidade alguns tumblrs que eu vejo na parte dos "black and white and sadness", lá é como se fosse uma grande comunidade de pessoas (jovens) com problemas psicológicos, ou inseguranças, aborrecimentos e existem algumas pessoas que estão ali pra tentar ajudar, mas existem outras também que estão ali pra piorar a situação de quem já está mal. E o filme trata de forma genuína esse assunto sobre a exposição de jovens à internet e o mal que isso pode causar-lhes quando não conhecem a intenção real de algumas pessoas e se deixam levar por mentiras, acreditam que alguém ali vai ouvi-los e ajudá-los e no começo até é assim, mas depois é a mesma pessoa que acaba destruindo-os.

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Só pra ter uma noção de que eu falo de como o filme entra na nossa mente e nos faz "sentir" a realidade virtual, vou mostrar a cena de quando um pedófilo invade a sala Chelsea Teens! É uma das melhores cenas do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=O7i28e_A9LA

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Esse filme mexe comigo porque eu sou uma pessoa que desde muito tempo usa a internet como válvula de escape, uso isso aqui por muito mais tempo que é saudável, uso pra conseguir me comunicar com as pessoas, pra conseguir me expressar, já se tornou uma parte de quem eu sou. Então eu entendo perfeitamente esse paralelo entre a realidade e a realidade virtual e também entendo como os personagens do filme se sentem ao decorrer da trama. Sempre que vejo esse filme (ou Suicide Room) eu me sinto diretamente afetada por eles porque eu sinto essa realidade.

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