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Eu expliquei ali embaixo o que aconteceu, mas posso falar de novo: como não tinham alunos suficientes na turma, eles digamos que prorrogaram as inscrições e eu supostamente estaria numas "férias forçadas" e teria que esperar novas pessoas se inscreverem pra poder voltar a ter as aulas, mas como eu já tava pensando em mudar de curso (porque sinceramente, o curso é ótimo e eu tava adorando, mas não me vejo exatamente exercendo a profissão, no final das contas, eu meio que não teria o estômago necessário pra tal coisa, eu acho) então preferi trancar, meus pais concordaram e mês que vem vou me matricular em outro curso, noutra área. Por mim, se eu pudesse mesmo escolher, eu faria cursinho pra poder passar em Psicologia já esse ano, mas como o dinheiro não é meu e eu ainda tô dependendo da ajuda, vou ter que fazer algum técnico pra melhorar as chances de emprego e jogar os sonhos mais pra frente. :)

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Amor: Um Quarto Em Roma. Esse filme é praticamente a minha definição de amor. O amor é a coisa mais complexa do mundo desde que o mundo é mundo e ainda mais além. Esse filme descreve muito bem o que eu penso sobre almas gêmeas e logo, sobre o amor em sua essência. Talvez nem seja tão difícil que você encontre a sua, mas um fato importante é esse: você não vai poder ficar com essa pessoa pro resto da sua vida. E às vezes, o que você viveu com aquela pessoa que era a "sua" pessoa, foi tempo o suficiente pra você dizer que encontrou, que a sua alma encontrou a metade que faltava, que você pode provar o amor como ele realmente deveria ser. O que me faz concluir isso sobre esse filme? Primeiro, as duas garotas se encontram em uma cidade onde ambas estão apenas visitando, uma está noiva de um cara, mas de qualquer forma, elas passam uma noite em um quarto e é como se tudo ali fosse certo, como se elas se conhecessem a vida toda e tudo que nunca fez sentido, naquele momento tivesse sido explicado. O fato de serem duas mulheres ressalta ainda mais isso, porque convenhamos, a sua alma gêmea pode estar em qualquer lugar, seria "sorte demais" (pra grande maioria hétero) se além de encontrar sua alma gêmea em uma pessoa do "sexo certo", ela ainda esteja perto de você. Eu considero esse ato de achar a pessoa certa um dos poucos milagres da vida, que não acontece com todo mundo e na realidade, é raro até demais. E mesmo assim, as duas se encontram, sem um motivo grande, vão pro quarto sem nem saber porque estão indo pra lá, conversam sobre coisas uma com a outra sem nem saber porque estão contando intimidades a uma desconhecida. Isso pra mim é a essência do amor e é a minha definição. E esse filme é o filme mais bonito que eu já vi.

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Sexo: After Sex. Não é um filme muito bom, pra ser sincera, mas eu acho tão interessante a forma como eles fizeram, porque: o filme trata do que supostamente acontece após o sexo. A maioria dos filmes sempre corta da cena de sexo, pra alguma outra cena, mas nunca tem o "after". E nesse filme, os casais ou conversam, ou ficam constrangidos, ou não sabem como agir. Eu só não gostei muito do filme, porque eu acho que não assisti ele no momento apropriado, mas de qualquer forma, mesmo eu tendo achado um pouquinho fraco, eu acho que vale à pena.

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Alessandra: Suicide Room. HUAHUAH Assim, sério, esse filme é o meu filme. Esse problema que eu tenho em estar sempre em contato com a realidade, minha necessidade de buscar saídas alternativas, minha mania de me isolar e me apoiar em coisas "irreais" e ao mesmo tempo "reais". É muito eu, o filme todo parece que foi feito sobre mim. É tão eu que eu às vezes até prefiro nem falar muito sobre, pra não me revelar demais.

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E eu amo falar sobre filmes e adorei a pergunta. <3

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Loucura: A Pele Que Habito. Eu acho bem difícil escolher apenas um filme pra essa palavra, quando a maioria dos filmes que eu vejo envolver um pouco de loucura ou pelo menos um personagem "desajustado". Porém, em A Pele Que Habito, eu acho que o nível de loucura se coloca bem à par com a questão de o que afinal é sano e o que é insano? A tal máxima da justiça com as próprias mãos aliada à satisfação de profundos desejos como recuperar alguém que já morreu, além de recuperar a dignidade e a felicidade que foram roubadas mais de uma vez. É o que eu vejo em A Pele Que Habito, um filme que te deixa desconfortável por mexer com todo seu senso de moral e ética. Quem está certo? Quem está errado? E principalmente: será que eu sou ruim pelo que o filme me fez sentir?

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Medo: Repulsa Ao Sexo. Eu acho que o medo é uma das piores coisas que uma pessoa pode sentir, porque ele é impiedoso e cruel. Chega num ponto que você não tem mais noção do que é real e do que é fruto do medo. Em Repulsa Ao Sexo, o medo de estar em contato com seus desejos carnais mais íntimos e ao mesmo tempo o peso da consciência, o peso de se perder no que é vulgar, o peso de se render ao sexo. E isso causa medo e o medo leva ao pânico. E esse pânico todo arranca gradativamente a sanidade da personagem. E não é de uma vez só, é tortuosa a forma lenta com que o medo vai tomando conta aos poucos e de repente, completamente.

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Dor: Réquiem Para Um Sonho. Eu não ia escolher esse e provavelmente depois eu vou acabar pensando em algum outro bem mais coerente, mas esse é um filme que eu posso dizer que dói. Dói o coração da gente, dói a nossa mente, dói nossos olhos. Dói tudo. Eu acho que a pior coisa que pode acontecer na vida de alguém é acabar se tornando dependente de algo. No caso do filme, são as drogas, mas eu acho que isso vai bem mais além, sabe? Depender de qualquer coisa é um inferno, seja de uma droga, de uma pessoa, de uma atividade, qualquer coisa. A dependência a dor mais constante que todo mundo já deve ter provado um dia, ao menos. E é horrível, bem mais que qualquer dor física temporária.

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(Continua)

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Ai, então! Desculpa mesmo, é que eu vivo recebendo tanta pergunta negativa e cheia de sarcasmo aqui que eu fico até meio na defensiva quando falam qualquer coisa meio contrária já. Mas teve uma coisinha só que eu gostei em Shame e foi mesmo essa parte dos irmãos, porque eu achei meio estranha a relação entre eles, talvez se o diretor tivesse explicado melhor que aquilo era que tinha desencadeado a merda toda em ambos, eu até teria amado o filme, porque de fato, me parece que um dos traumas do Brandon era a irmã, o que me levou a pensar até que em algum momento no passado eles tenham feito algo e até por isso a Sissy se cortava na adolescência, por causa da culpa e depois foi por isso que ele não queria aceitar ela na casa dele, até porque quando ela apareceu, até o momento dele citar que eles eram irmãos eu achei que ela era uma ex dele. Mas só que o filme ficou vazio, sabe? Foi mal explorado. Por mais que eu tenha tirado toda essa conclusão apenas pelos olhares de um para o outro, não é uma coisa que qualquer pessoa enxerga com facilidade e não é uma coisa concreta, talvez até eu esteja errada na minha observação, inclusive. Mas sei lá, tinha tudo pra ser um filme lindo, mas não souberam direcionar e eu até fiquei muito chateada com isso, porque a ideia era muito boa. Sei lá, tem uns que conseguem e uns que não conseguem. Tu já viu The Womb com a Eva Green e o Matt Smith? É uma história louca que dá uma surra em Shame, uma história de obsessão, te desejos reprimidos, de falta de controle, vergonha. Nossa, eu nem sei como descrever em palavras o meu sentimento por esse filme, eu só sei que é extremamente profundo e faz a gente sentir culpa e vergonha por não sentir nojo do que acontece na trama. Então eu te digo, eu sou exigente demais, o filme tem que me convencer muito pra eu gostar. Eu não me considero um gênio no assunto, mas também não sou agradada por qualquer coisa. Mas, novamente, te peço desculpas, eu fui bem grossa na resposta anterior e não era a minha intenção, viu?

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