e por que não deu certo?
Sabe todas aquelas cagadas que você faz no início do relacionamento só porque é “normal errar no começo"? Ou todas aquelas coisas que você faz na hora da raiva? E ainda, aquelas coisinhas que você faz e diz “ah, mas ela mereceu isso”, sabe? E tem também aquelas coisas que você faz simplesmente porque acha que não vai acontecer nada, aquelas coisas que você pensa que não tem importância, as coisinhas, as pequenas coisinhas que são “normais como em qualquer outro casal”, as coisas que você pensa que não vão afetar em nada porque você tem o amor da pessoa por garantia, sabe essas coisas? Sabe aquele pensamento de “amor supera tudo”? Então, tu nem imagina o peso gigantesco que isso reflete lá na frente, lá no fim. Todas aquelas coisinhas pequenas, todas aquelas discussões bobas que poderiam ter sido evitadas porque na realidade não tinham necessidade de acontecer, todas as brigas sérias também, todas as coisas que tu deixou de fazer e de falar, principalmente as coisas que tu deixa de falar, por medo. Isso tudo vai refletir e pesar como o inferno no final. O desgaste é o fim de qualquer relacionamento, o amor não supera tudo e ninguém “vai esperar o tempo que for preciso”. Nada é eterno e, o amor é o sentimento mais frágil de todos, ele perece, quebra. Pode até se manter por um bom tempo preso por uma linha bem fina, mas linha alguma é forte o suficiente pra suportar o peso todo, conforme ele aumenta, cada dia mais e mais. Uma hora essa linha arrebenta, uma hora algum dos lados se cansa, uma hora não vale mais à pena continuar fechando os olhos e fingindo que o amor é aquele sentimento utópico que jamais vai acabar. E aí chega uma hora que você percebe que não é tudo que dá pra superar, que muita coisa acumulada deixa uma mágoa que não cura. E aí acaba. E quando você olha pra trás, tem aquela pessoa lá, que um dia dividiu com você os melhores momentos da sua vida e depois tu olha pra frente de novo e essa pessoa continua lá, mas agora ela não é nem uma conhecida sua mais. Não deu certo porque, pateticamente falando, nós poderíamos (e deveríamos) ter feito tudo isso ai de forma diferente, mas não fizemos. Não porque a gente não quis, mas porque na época, como eu disse, sempre parece que não é grande coisa, que uma hora ou outra as coisas vão se resolver. No último momento, a solução final é a pior de todas.