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Eu também não, deveria mesmo ter vindo conversar comigo antes, eu vivia dizendo que queria conhecer umas pessoas novas, expandir o meu círculo de amizades. E para mim está sendo ótimo conversar contigo pelas redes sociais por aí, eu sempre gostei muito dessa aproximação mais facilitada que a internet proporciona, antes do contato pessoal com alguém, é deveras útil pra quebrar o gelo e não ficar tão "awkward moment" quando as duas pessoas se encontram. Embora eu pessoalmente seja meio tímida, bem diferente do que pareço ser na internet. Meu amigo outro dia até comentou que eu não pareço a mesma pessoa aqui e fora daqui. Claro que, sou a mesma pessoa, com as mesmas ideias, os mesmos assuntos, porém lá fora sou bem mais na minha mesmo.
Mas nem se preocupe, eu tenho vários medos assim também, tem gente que eu morro de vontade de conversar, mas nunca sequer tive coragem de mandar um Oi fora do anônimo. Mando várias coisas em anônimo pra umas pessoas, mas sair de lá que é bom, nada e tudo por vergonha de chegar e conversar com as pessoas.

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Quod me nutrit, me destruit

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Há esse lugar onde ninguém tem nome ou sobrenome. Endereço então, nem pensar. Falsas identidades, falsas histórias, falsos diplomas. Falsos discursos. Falsos interesses. O que as pessoas têm ali é orgulho em demasia, um potente desejo de autodestruição e mentes depravadas. Uma fome que parece nunca saciar. Porém aquilo que alimenta, é exatamente aquilo que destrói. Fartam-se estes pobres diabos de beijos sem paixão, bebidas doces para equilibrar, cigarros que apodrecem os pulmões. Mas se apodrecerem ou não, tanto faz. Se a bebida no final fizer mal ou não, tanto faz. Se o beijo apaixonar então, que se foda. ‘Que me foda’, é o que pensam. É o que gritam ao explodirem vulneráveis em seu ápice vulgar. Vomitam em banheiros fétidos em busca de um ideal obsceno. Os saltos se quebram, as maquiagens borram e o rosto se desfigura. Quanto mais degradante for a imagem refletida no espelho, melhor se vê o retrato escarrado daquelas almas vistas de dentro. Tudo que a carne reproduz é apenas um reflexo grotesco do que acontece lá dentro. É exatamente desse modo que se apresentam. Podres, sem perspectiva, sem glamour. Eis uma geração que não se importa. A geração que não ama, a geração que não come, não sente, não faz. Eis a geração mais faminta e a geração que menos se alimenta. Eis a primeira geração a desenvolver uma bulimia sentimental. Vomitam os seus sentimentos antes mesmo de digeri-los. Sentem repulsa pelo que lhes mata a fome. ‘Matar a fome’ pois, em termo, significa suicidar-se. E suicidam mesmo suas almas, diversas vezes. Aproveitam-se da imortalidade do espírito e o maltratam. Depois descontam a raiva na carne, que é fraca, que perece. E sentem o prazer obsceno de vomitar os seus sentimentos ao invés de engoli-los. Não querem um coração gordo.
Há esse lugar. Esse lugar chamado: todo lugar.

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Costumo postar algumas coisas aqui: shootingbulletsinhappiness.tumblr.com se tiveres o interesse de ler mais algum dos meus textos. E muito obrigada pelo elogio, você é muito gentil!

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Eu acho que, pelo jeito, tinha muita ambiguidade nessa história, por exemplo: um esforço que você faz por um amor, pra no final das contas ele não ser reconhecido, ou que as pessoas sempre amam as pessoas erradas, ou ainda que a pessoa certa sempre tá bem ali há um palmo do nariz e não é notada. A Abigail, ao que me parece, era uma menina bem ingênua em vários sentidos, a mãe quis assumir uma pose de não atrapalhar nas decisões da filha, porém não ajudou em (me perdoe a expressão) porra nenhuma, faltou com o papel de protetora dela, de conselheira, de mãe. O Barqueiro foi um tremendo filho de uma puta, que se aproveitou de uma situação delicada pra tirar a sua casquinhas, não importando se ali existiam sentimentos envolvidos, o típico instinto animal exalando de um (assim chamado) ser humano (aprendi muito sobre isso depois de ler Ensaio Sobre a Cegueira). O Tomás, por sua vez, eu até entendo que ele ficasse com ciúmes da namorada, porém ele poderia se colocar no lugar dela e ver que tudo que ela fez foi pelo amor deles, que ela se submeteu a tamanha humilhação apenas pra ver ele e não tratar ela dessa forma. E outra: eu não acho que ele se importasse tanto assim com ela, porque se assim fosse, ele mesmo teria arrumado um jeito de cruzar a "fronteira" que os separava e ir ao encontro dela, mas o que ele fez foi rejeitar ela depois de tudo que ela fez. João é o típico consolo, também se aproveitou de um momento delicado pra tirar o seu lucro na história. Não acho que a Abigail seja uma vadia, como talvez, outras interpretações a tomem como tal. No primeiro momento, o ato foi por amor e, como dizem, por amor a gente fica cego e é até capaz de matar e morrer por ele. No segundo momento, ela estava desiludida e desprotegida, precisando de alguém. É óbvio que ela não sentia nada pelo João, mas já que ele tava ali, por que não? Melhor sofrer com alguém do lado do que sofrer sozinha, afinal.

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Dadas as minhas observações, a ordem da minha lista então seria:
Abigail - Porque acreditava estar fazendo o que era certo;
João - Que estava apenas procurando uma brecha pra ser feliz na história;
A mãe - Que por melhores que tenham sido as intenções dela, não ajudou a filha num momento de necessidade;
O namorado, Tomás - Primeiro porque: não se bate em mulher, ser merdinha! E segundo que ele poderia ter primeiro entendido as razões da namorada, não? Machista de merda! (someone is overreacting here)
O Barqueiro - O que ele fez foi praticamente um estupro com consentimento, a Abigail não queria dormir com ele, porém o amor pelo filho da puta lá era tão maior que o amor-próprio que ela tinha, que ela se submeteu a tal humilhação.

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Então, pra resumir: ao meu ver, a vítima o tempo todo nessa história foi apenas a Abigail. Ela foi vítima de ação e reação de outras pessoas e até de si mesma. Vítima dos próprios sentimentos, em todo o sentido da palavra, ela foi uma vítima aqui.

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(+)ponte que os unia quebrou. Sem se encontrarem, Abigail estava louca para vê-lo, e o único jeito de atravessar era por barco. Pediu para que o barqueiro a levasse pro outro lado, mas ele disse que só o faria se ela dormisse com ele. Sem saber da resposta ela voltou pra casa e indagou sua māe sobre
(+) o ocorrido, e esta disse que ela nāo queria se intrometer na vida da filha, que ela deveria saber o que fazer. Dito isso Abigail voltou e aceitou a proposta do barqueiro. Quando chegou na outra margem foi direto ver Tomás, e lhe contar o que tinha se passado. Este ao ouvir a história
(+) lhe deu uma surra, expulsando-a de sua casa. De coraçāo partido e dolorida, estava na praça quando o melhor amigo de Tomás, Joāo apareceu e declarou o seu amor por Abigail, que acabou passando a tarde com ele. / Minha atividade era de listar as personagens da história (abigail, a māe, o barqueiro
(+) joāo e tomás) em uma lista de mais certo para mais errado (o número 1 da lista sendo o mais certo e o número 5 o mais errado) E eu achei bastante interessante, gostaria de saber sua opiniāo. <3

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Oi, Lola linda! <3 Demorei um pouco pra vir aqui responder você, mas cá estou! Achei melhor colocar todas as asks em uma só pra não ficar confuso. Eu fiquei bastante interessada nessa história, até se por acaso tiver disponível em algum lugar na internet e você queira me passar, eu adoraria ler, pra poder ter uma opinião melhor estruturada. Mas pelo resumo que você me passou, acho que dá pra tirar algumas conclusões, então allons-y.

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(Por motivos de espaço, vou colocar a resposta em outra pergunta, porque eu escrevi bastante sobre, achei um tema interessante pra se discutir, iria adorar ter tido essa aula!)

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Ele é um ACER, mas eu não lembro qual é o modelo (porém esse do meu pai que eu tô usando também é ACER) e meu anterior também era um ACER. Eu acho uma marca boa, ele aguenta muita coisa. Esse de agora não tem muita capacidade na placa de vídeo, eu forcei a memória dele com o Windows 7 Professional, mas pro que eu uso: armazenar fotos e arquivos, assistir filme e editar minhas fotos ele funciona lindamente, eu tô com 50 filmes e mais de 10 séries no HD e ele ainda nem tá lerdo (não sei se isso influencia muito, ou não, eu não entendo tão bem assim sobre computadores). E outra coisa que eu gosto muito no primeiro e segundo ACER que eu tive: eles têm a tela um pouco maior e teclado numérico, eu acho muito melhor isso e prefiro. Esse do meu pai não tem, já me incomoda um pouco. Eu posso dizer que eles têm vida útil bem longa, sei lá, eu não cheguei a ter outras marcas ou usar outros notes, mas os meus nunca me deram problemas.

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(+) E eu sei que como você não vai se importar nenhum um pouco de me indicar alguns livros dele, vim pedir algumas dicas de leitura. E também onde você comprou/emprestou e coisas assim. E quando eu já estiver com a leitura em dia, vou ler eles também. Aí venho aqui e comento com você <3

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Então, eu sinto que vou decepcionar um pouco agora. Todo mundo acha que eu já li muito Bukowski por eu gostar muito dele, mas a verdade é que eu não li nenhum livro inteiro dele. Eu li Misto-Quente, bem pelas coxas e pra ser sincera eu não gostei. O negócio com o Bukowski é que os textos soltos dele, as frases, a personalidade e as entrevistas, fazem com que eu me identifique muito com ele e eu ainda quero muito ler outras obras dele, porque estou certa de que eu posso esperar bastante dele, apesar de não ter gostado do primeiro que li. Eu queria muito ler O Amor É um Cão dos Diabos, que deve ser muito bom, boto fé, mas não achei na biblioteca e não tenho dinheiro pra comprar. Mas outra vez, uma anônima daqui de São José que não apareceu mais aqui depois me disse que tem alguns dele na biblioteca. Se você quiser procurar http://www.pergamum.bpp.pr.gov.br/biblioteca/index.php?id_biblioteca=3,4,5,6,7 (eu acho que o ask vai cortar o link ali onde tem essas virgulas depois dos números, então vai ter que copiar e colar no navegador), aí em + Biblioteca ali é só selecionar a Scharffenberg de Quadros. É bem útil isso, aliás. Haha. Mas então, por enquanto, infelizmente, eu não posso te recomendar algo dele, porque apesar de apreciá-lo muito, eu ainda não estive em tanto contato direto com a obra dele. Mas assim que eu ler mais alguma coisa, eu lhe dou um parecer, digo o que achei, indico se for bom. E se você ler alguma coisa dele antes, sinta-se a vontade pra me dizer também, pra eu ir correndo pegar e ler também e a gente poder comentar e trocar ideias. <3

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Ih, isso vive acontecendo comigo, principalmente quando vou reler minhas respostas, meus tweets, meus textos, eu sempre acho algum erro, mas aí vejo que um monte de gente já leu, que retwittaram algo com uma palavra errada, que cometi algum erro de concordância escroto ou mesmo de grafia. Fico com vontade de morrer sempre que acontece!
Eu também prefiro ler ao invés de ver o filme e se for pra ver, que seja só depois. Mas infelizmente sempre acabo fazendo o contrário e geralmente, se eu gosto muito do filme, acabo gostando menos depois que leio o livro, porque vejo que muita coisa poderia ou ter sido melhor ou ter sido diferente. E também, acaba um pouco com a graça do livro por causa do final, saber o que acontece já tira um pouco daquela magia. E quanto a ver filmes depois de já ter lido o livro, fico naquela expectativa em relação a certas cenas e depois me decepciono por não ter sido como eu imaginei.
Um exemplo: em Ensaio Sobre a Cegueira, logo no início do livro tem aquela mesma cena do homem no carro, o trânsito parado e ele gritando "ESTOU CEGO! ESTOU CEGO!" e depois o cara se oferecendo pra ajudar, levando ele até em casa e em casa, quando ele derruba o vaso de flores, no livro ele senta no sofá com as flores no colo, choramingando de dor no dedo e por causa da cegueira e aí a mulher dele chega, primeiro reclamando e depois ela corre até ele, fica com dó e faz um curativo no dedo dele. Outra coisa: eles não eram ricos ou tão boa vida e não eram tão jovens e muito menos asiáticos! O que eu imaginei na minha cabeça, era uma mulher bonita, perto dos seus 35 anos, mas com uma expressão meio cansada, de quem trabalhou o dia todo e ainda precisa cuidar do marido em casa. Uma mulher comum. E o home também, imaginei um homem mais velho, não era bonito, mas tinha cara de ser bom. E aí imaginei perfeitamente a posição das câmeras, dele juntando às cegas as flores do chão porque sabia que a mulher gostava daquele vaso e daquelas flores e depois se sentando no sofá pra esperar ela chegar, ali, cego, vendo tudo branco, desesperado. E o ladrão era tão mais gentil no livro! Porque, aliás, tem uma passagem lá que diz que o pensamento de roubar nunca havia passado pela cabeça daquele cidadão até aquele momento, aquele pequeno momento em que ele ajudou um cego e pensou naquilo e então simplesmente... fez. O ladrão era uma pessoa gentil, até então, não era tão mal caráter quanto foi representado no filme por aquele ator. E eu esperava sofrer mais, sabe? Muito mais. No livro, tem umas horas que você se obriga a parar de ler um pouco pra respirar e tomar fôlego pra continuar, porque chega a doer. Eu não senti isso com o filme e me decepcionou, porque eu sei que capacidade e orçamento, eles tem aos montes pra fazer um filme melhor do que foi. Eu nem achei o filme ruim, mas não foi nada do que eu esperava, tinha bem mais potencial.

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